Brasil | Bolsonaro pone en duda la cifra de muertes y apoya protestas anticuarentena

2.266

Bolsonaro duda de la cifra oficial de muertos por coronavirus y respalda a los anticuarentena

Por Pablo Giuliano

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, puso en duda a su propio Ministerio de Salud sobre la cifra de muertos por Covid-19, aseguró que ningún país tuvo éxito contra la pandemia, se declaró feliz por las manifestaciones contra las cuarentenas y se quejó de las encuestas que le dan favoritismo al opositor Luiz Inácio Lula da Silva, a quien llamó «bandido».

Al hablar ante seguidores, Bolsonaro lanzó una serie de señales para su electorado frente al colapso sanitario que registra el país e incluso se posicionó contra el distanciamiento social que propuso el designado ministro de Salud, Marcelo Queiroga, quien debe reemplazar al general Eduardo Pazuello.

«Parece que la gente en Brasil muere solamente de Covid. Los hospitales están con 90% de la terapia intensiva ocupada. Necesitamos saber cuántos son de Covid y cuando son de otras enfermedades».

El excapitán del Ejército dijo que buscan derrocarlo preguntando dónde están las vacunas, en referencia del ex presidente Lula y el gobernador paulista, Joao Doria, ambos presidenciables en las elecciones de 22.

«Este es uno de los pocos países del mundo donde quieren derrocar al presidente por esto, sin presentar soluciones. Nadie puede mostrarme a mí un país que haya tenido éxito contra la pandemia. ¿Qué harían ellos en mi lugar? Comprar vacuna ellos dicen, ¿pero dónde hay vacuna para vender?», se preguntó.

Mientras el presidente hablaba ante sus seguidores, se confirmó la muerte por coronavirus del senador Major Olimpio, un policía paulista, exaliado del mandatario del Partido Social Liberal que salió del oficialismo en 2019 denunciando una maquinaria de odio de la familia Bolsonaro.

Olimpio había participado de marchas contra el confinamiento dispuestas por el gobernador paulista Joao Doria y estaba entubado desde hace una semana.

Bolsonaro también reaccionó al regreso al escenario político de Lula, quien aparece como favorito en las encuestas luego de fueran anuladas dos condenas en la operación Lava Jato, por parte de un juez de la Corte, Edson Fachin, decisión que puede ser revisada en el pleno del Tribunal a fin de marzo.

«El país está dividido. Es una lucha política durísima para 22, durísima. Un ministro de la corte le dio habilitación electoral a uno de los mayores bandidos que pasó por Brasil. Fue un ministro que absolvió a Lula», se quejó.

Bolsonaro dijo que Lula sigue involucrado porque empresas constructoras confesaron la confomación de un cartel para firmar contratos con Petrobras.

«Los delatores entregaron 2 mil millones de reales que robaron. Y eso lo robaron a una empresa pública», dijo.

En ese sentido, siguió y dijo que «ya hay encuestas que le dan 30% a Lula, como la de Datafolha» .

«Se ven obras hechas por el Partido de los Trabajadores en países dictatoriales financiadas por nuestro banco Bndes, nosotros estamos arreglando eso», dijo.

Defensor de la dictadura brasileña y de la tortura ejercida contra los presos políticos, Bolsonaro dijo que «el pueblo no sabe lo que es una dictadura de verdad».

«Los idiotas de izquierda ni saben lo que es una dictadura, (Hugo) Chávez, (Nicolás) Maduro, el finado Fidel Castro. Es difícil con una juventud contaminada por décadas de marxismo que no quiere saber la verdad», afirmó y dialogando con un seguidor le comentó que «el hambre ha regresado» y la gente «cocina con leña».

Horas antes, declaró «feliz» al respaldar las manifestaciones contra las cuarentenas que sus activistas realizaron el domingo pasado en varias ciudades frente a las medidas de distanciamiento determinadas por gobernadores.

«Lógicamente me hizo feliz, a todo Brasil le gustó, se demostró que el pueblo está vivo. El sentimiento democrático está en vigor, queremos nuestra libertad y que todos respeten la Constitución», dijo Bolsonaro anoche a sus seguidores, según publicó hoy un canal de noticias bolsonarista en YouTube.

Desde el inicio de la pandemia el mandatario de ultraderecha se negó a apoyar la recomendación científica de aplicar cuarentenas y usar barbijos, hecho por el cual la oposición ha pedido su juicio político por «genocidio sanitario».

Bolsonaro comentó con sus seguidores críticas hacia el cierre de comercios en Rio Grande do Sul, estado fronterizo con Misiones y Corrientes, que se encuentra en colapso desde hace 17 días con récord de muertos por Covid-19.

Brasil acumula 284.775 muertos y es el epicentro actual de la pandemia.

El miércoles batió récord de contagios, 90.303 en un día, con 2.648 muertos.

Especialistas calculan que a partir de mayo se reducirá el colapso hospitalario con el avance de la vacunación y las cuarentenas en marcha.

Télam


Bolsonaro chama de «imbecil» e «mau-caráter» quem exige mais vacina

Por Augusto Fernandes

O presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas que tem sofrido pela demora por parte do governo federal na compra de vacinas contra a covid-19. Ele chamou de «imbecil» e «mau-caráter» quem cobra o Executivo a adquirir mais imunizantes para proteger os brasileiros.

Ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (18/3), ele disse que não há nenhum lugar no mundo que venda a quantidade de doses suficientes para atender a demanda do Brasil e que pressionar o governo por isso é um erro. De todo modo, ele garantiu que o país deve ter até 400 milhões de doses até o fim de 2021.

«Daí o cara fala ‘quero vacina, cadê a vacina’? Ou o cara é mal-intencionado, mau-caráter ou é imbecil. Ele não consegue acompanhar, impressionante», disse o presidente. Ele acrescentou que muitos brasileiros parecem querer «derrubar o governo».

«Acho que é um dos raros países do mundo onde querem derrubar o presidente é aqui. Eles não apresentam a solução. Quando eu digo: ‘Me apresente um país onde está dando certo o combate à covid’, não tem. Esses que querem me derrubar, o que você faria no meu lugar? Ah, comprar vacina. Onde tem vacina para vender?», questionou.

Correio Braziliense


Em colapso na saúde, Brasil registra 2.724 mortos por covid-19 em 24 horas

Por Gabriel Valery

O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 2.724 mortos pela covid-19. Com isso, o país chega a 287.499 vítimas desde o início da pandemia, em março de 2020. Em pouco mais de um ano, a covid-19 provoca o maior colapso sanitário e hospitalar da história, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A média de mortos, calculada em sete dias, aponta para 2.087 vítimas em média em períodos de 24 horas. Trata-se do pior momento do surto do coronavírus no Brasil. Ainda existe uma tendência de piora para as próximas semanas. O fato fica claro com o número diário de novos casos, que está também em seu momento de maior disseminação. A média diária de novos infectados está em 71.872.

Os números são do Painel Conass, do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). E eventualmente pode divergir dos informados pelo consórcio da imprensa comercial em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos de comunicação. As divergências para mais ou para menos são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Pior cenário

Ainda de acordo com o Conass, o Brasil deve manter o período trágico por um período de até mais seis semanas. Nas últimas 24 horas foram registrados 86.982 casos, totalizando 11.780.820 contados a partir do início da pandemia. Desde o dia 9, o país ocupa o posto de epicentro da covid-19 no mundo. Nessa data, passou a apresentar mais casos e mortes diárias do que os Estados Unidos, o mais afetado pelo vírus em números absolutos. E isso, sem levar em conta que o Brasil testa menos sua população do que os norte-americanos.

Fator Bolsonaro

Entre os fatores que levaram o Brasil ao colapso por falta de leitos e à disseminação desenfreada da covid-19 estão a má gestão do governo federal e a morosidade dos governos estaduais e municipais na adoção de medidas mais rígidas de isolamento social. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro desdenhou da doença, estimulou aglomerações, ridicularizou o uso de máscaras e atacou vacinas, o colapso foi se desenhando.

A pressão do bolsonarismo fez com que fossem postergadas medidas comprovadas pela ciência como as únicas eficazes no controle da covid-19, a exemplo da vacinação e adoção de lockdown. Estimulados pelo presidente, populares seguidores do político radical chegaram a promover atos presenciais contra o isolamento, contra o uso de máscaras, e em defesa da cloroquina e da ivermectina (o chamado kit covid). Os dois medicamentos foram tratados por Bolsonaro como “milagrosos” contra a covid-19. Entretanto, desde o início da pandemia e de acordo estudos no mundo inteiro, a ciência cravava que as substâncias em questão são ineficazes no combate ao vírus.

“O Brasil promoveu e estocou o ‘kit covid’ de tratamento precoce, que não funciona. Agora isso sobra, enquanto começa a faltar o ‘kit intubação’. E são remédios que podem faltar para qualquer cirurgia, não só internação por covid”, alerta o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino. A falta de insumos básicos nos hospitais é reportada por todo o país, enquanto sobra cloroquina.

Dimensão global

O negacionismo influencia no aprofundamento do colapso. Assim, 25 das 27 unidades da federação já estão com falta de leitos de UTI. O Brasil agora caminha para uma catástrofe humanitária de escala global e sem precedentes na história recente. “Já é bem visível nossa tendência. Com a vacinação na Europa e nos EUA, acho bem possível termos os piores números absolutos e relativos entre os países mais populosos, registrados até o fim do inverno”, afirma Atila, sobre a possibilidade de o Brasil ultrapassar os Estados Unidos.

Os norte-americanos somam 543.481 mortos e 29.846.814 casos. Entretanto, o país deu uma guinada no combate à covid-19 com a saída do republicano Donald Trump da presidência. Negacionista no início, o par ideológico de Bolsonaro chegou a mudar sua visão, diferentemente do brasileiro. Mas foi tarde e o país viu o descontrole da covid-19, com dias sombrios de colapso na saúde de cidades como Nova York e Sacramento.

Novo panorâma

Agora, com a posse do democrata Joe Biden, no início do ano, os Estados Unidos passaram a adotar uma postura mais ligada à ciência. O resultado veio brevemente e com força. A tendência é de queda no número de casos e mortes desde o início do ano. Soma-se a isso o processo de vacinação ousado colocado em prática por Biden. O presidente norte-americano promete imunizar todos os adultos até o fim de maio. Já são aplicadas mais de 4 milhões de doses por dia no país.

Já no Brasil, a lentidão e o descaso de Bolsonaro com a covid-19 também têm reflexo na vacinação. Com a rejeição de contratos para compra dos imunizantes por parte de Bolsonaro, durante o momento oportuno, o Brasil sofre com a escassez de vacinas. No meio do ano passado, quando as nações correram para garantir doses, o governo brasileiro ignorava a situação.

Hoje, com pouco mais de 12 milhões de doses aplicadas, mesmo o baixo número só foi possível contra a vontade política do presidente. O estado de São Paulo, de seu ex-aliado João Doria (PSDB), insistiu na produção da CoronaVac por meio do Instituto Butantan. Enquanto isso, Bolsonaro fazia campanha contrária, dizia que não pagaria pelas doses do imunizante e chegou a disseminar mentiras sobre efeitos colaterais. O resultado é o aumento de casos da covid-19 e o colapso da saúde no Brasil.

Rede Brasil Atual


Em carta a Bolsonaro, Biden pede união contra Covid e a favor do meio ambiente, diz Planalto

Por Guilherme Mazui

O Palácio do Planalto informou nesta quinta-feira (18) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro na qual defendeu que os dois países «unam esforços» para enfrentar a pandemia do novo coronavírus e desafios da agenda ambiental.

A nota foi divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), vinculada ao Ministério das Comunicações. A Secom não divulgou a íntegra da mensagem de Biden.

Segundo a secretaria, a carta é de 26 de fevereiro e respondeu mensagem enviada por Bolsonaro a Biden para cumprimentá-lo pela posse em janeiro. O presidente brasileiro apoiou a reeleição de Donald Trump.

«O presidente Biden saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia e do meio ambiente, em alusão ao caminho para a COP26 e para a Cúpula sobre o Clima, esta última a ser sediada pelos EUA em 22 de abril próximo», diz a nota do Planalto.

Vice-presidente dos EUA no governo de Barack Obama, Joe Biden venceu a eleição disputada em novembro, mas Bolsonaro não o cumprimentou na ocasião se apoiando nas alegações de Trump, sem provas, sobre fraudes na votação. Bolsonaro endossou a tese de Trump e só enviou mensagem a Biden em 15 de dezembro.

Já em 2021, Bolsonaro enviou outra mensagem a Biden em razão a da cerimônia de posse, em 20 de janeiro.

Na carta, o presidente brasileiro disse ser «grande admirador dos Estados Unidos» e que, desde de que assumiu o poder no Brasil, passou a «corrigir» o que chamou de «equívocos de governos brasileiros anteriores», que, segundo o presidente, «afastaram o Brasil dos EUA» (relembre no vídeo abaixo).

A carta de Biden

Conforme o governo brasileiro, Biden «salientou que seu governo está pronto para trabalhar em estreita colaboração com o governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral».

Ainda de acordo com o Planalto, Biden «sublinhou que não há limites para o que o Brasil e os EUA podem conquistar juntos» e destacou o histórico dos dois países na «luta pela independência, defesa de liberdades democráticas e religiosas, repúdio à escravidão e acolhimento da composição diversa de suas sociedades».

Sobre a pandemia, a presidência informou que Biden defendeu que Estados Unidos e Brasil «unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia».

O Brasil soma mais de 285 mil vidas perdidas para a Covid-19. Hospitais de todo o país estão superlotados, há fila por leitos de UTI nos estados, há relatos de falta de itens de proteção individual e de insumos.

Segundo o Planalto, Biden também defendeu união na preservação do meio ambiente. No ano passado, durante a eleição presidencial, o então candidato democrata disse que buscaria «organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia».

Após essa fala, Bolsonaro afirmou, sem citar o nome de Biden que «quando acaba a saliva, tem que ter pólvora» ao se referir à Amazônia.

Íntegra

Leia a íntegra da nota divulgada pelo governo brasileiro:

NOTA

Em atenção à mensagem de cumprimentos recebida por ocasião de sua cerimônia de posse como 46º Presidente dos Estados Unidos da América, o Presidente Joe Biden dirigiu carta de agradecimento ao presidente Jair Bolsonaro, datada de 26 de fevereiro último.

Ao referir-se às diversas vezes em que esteve no Brasil como vice-presidente, o presidente Biden sublinhou que não há limites para o que o Brasil e os EUA podem conquistar juntos. Destacou que as duas nações compartilham trajetória de luta pela independência, defesa de liberdades democráticas e religiosas, repúdio à escravidão e acolhimento da composição diversa de suas sociedades.

Após enfatizar a responsabilidade comum dos dois líderes em tornar o Brasil e os EUA mais seguros, saudáveis, prósperos e sustentáveis para as gerações futuras, o Presidente Biden saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia e do meio ambiente, em alusão ao caminho para a COP26 e para a Cúpula sobre o Clima, esta última a ser sediada pelos EUA em 22 de abril próximo.

Ao final, o presidente Biden salientou que seu governo está pronto para trabalhar em estreita colaboração com o Governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral.

Secretaria Especial de Comunicação Social / MCom

O Globo


VOLVER

Más notas sobre el tema