Brasil | Bolsonaro se retracta sobre la recomendación de cloroquina para combatir al Covid y afirma: «Por lo menos no maté a nadie»
“Por lo menos no maté a nadie”: las disculpas de Bolsonaro por defender el uso de la cloroquina
“Por lo menos no maté a nadie”, fue la aclaración final que hizo el presidente brasileño, Jair Bolsonaro, en una alocución en redes sociales, en donde se retractó por su defensa en el uso del fármaco antipalúdico conocido como cloroquina.
“Puede ser que en el futuro alguien diga que la opción (de la cloroquina) es cero, que es un placebo. Todo bien, paciencia, pido disculpas, chao”, señaló Bolsonaro.
Pese a la controversia internacional que había suscitado el uso de dicho medicamento, el mandatario brasileño no dudó en defender su eficacia para el combate del COVID-19, incluso posterior al contagio que tuvo en julio del año pasado.
Se sabe incluso, que como plan de combate contra el virus, el gobierno de Brasil ha gastado más de 100 millones de reales (cerca de 20 millones de dólares) tanto en hidroxicloroquina como en otros medicamentos, cuya efectividad sigue siendo cuestionada por buena parte de la comunidad científica.
Cloroquina pode ser placebo, admite Bolsonaro: ‘ao menos não matei ninguém’
Após passar meses insistindo na defesa da cloroquina no combate à pandemia de covid-19, apesar de estudos científicos mostrarem que a substância não tem eficácia contra o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu ontem, pela primeira vez, que a droga pode ser um «placebo», isto é, um medicamento sem efeito. Ainda assim, o presidente mais uma vez incentivou o seu uso.
Pode ser que lá na frente falem: ‘a chance é zero, era um placebo’. Tudo bem, paciência. Me desculpa. Tchau. Pelo menos não matei ninguém.
presidente Jair Bolsonaro, durante live semanal pelas redes sociais
A declaração foi feita em uma transmissão ao vivo feita ontem, ao lado do diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres. O próprio órgão, ao aprovar o uso emergencial de vacinas contra a covid-19, afirmou que não há um tratamento com efeito comprovado contra a doença.
Até agora, os gastos da União com cloroquina, hidroxicloroquina, tamiflu, ivermectina, azitromicina e nitazoxanida somam pelo menos R$ 89.597.985,50, segundo reportagem da BBC News Brasil por meio de fontes públicas. Nenhum desses medicamentos tem efeito comprovado contra a covid-19.
Em 2020, o governo federal adquiriu 5,8 milhões de comprimidos de cloroquina. Uma parte da produção foi conduzida pelo laboratório do Exército, com gasto de R$ 1,5 milhão até o mês de junho. A compra dos insumos pelas Forças Armadas para a produção do medicamento está sob investigação do TCU (Tribunal de Contas da União), que apura por que a aquisição desses produtos ficou 167% acima do preço comum.
Ontem, o Brasil chegou hoje ao 15º dia consecutivo com média de mais de mil mortes por covid-19, segundo o consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte. Nos últimos sete dias, a média de vítimas ficou em 1.030. Na quinta-feira, foram computados 1.291 novos óbitos causados pela doença. No total, 228.883 pessoas morreram devido à covid no Brasil desde o início da pandemia.
Presidente cita dados não comprovados
Apesar do recuo, o presidente insistiu na defesa do medicamento, citando dados sem fontes.
«Vi alguns estudos dizendo que tem 70% de eficácia. Então, 140 mil mortes poderiam ter sido salvas», divulgou o presidente, sem especificar quais estudos seriam esses.
Não foi a primeira vez que ele citou dados não comprovados para incentivar o uso de cloroquina. «Vou chutar aqui. Por volta de 30% das mortes poderiam ser evitadas com hidroxicloroquina usando na fase inicial», disse ele no ano passado. Na mesma oportunidade, ainda divulgou uma outra mentira sobre o combate ao coronavírus: «uma maneira de você conseguir vitamina D é pelo sol. E a vitamina D ajuda aí a combater o vírus».
Em outra transmissão ao vivo do ano passado, Bolsonaro já fez brincadeira para incentivar o uso de cloroquina, o que aumentou a politização do assunto. «Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína».
Em 2021, o Ministério da Saúde chegou a lançar um aplicativo para recomendar tratamentos que incluíam o uso da cloroquina contra a covid-19. O programa foi criticado, por indicar remédios sem efeito comprovado. O governo federal chegou a divulgar o aplicativo nas redes sociais, mas depois retirou o o programa das lojas virtuais e disse que ele só foi ao ar por causa de ações de hackers.
Efeito colateral
Bolsonaro também erra ao insistir que a cloroquina não tem efeitos colaterais. «Se não faz mal, o médico falou que não está previsto esse mal que você tem na bula do remédio, não provoca arritmia, por que não tomar? Eu tomei».
Diarreia, náusea, dor abdominal, falta de apetite, constipação, vômito, tontura, sonolência, vertigem, tremor, febre, coceira, lesões de pele e urticária estão entre os possíveis efeitos colaterais da cloroquina.
A bula recomenda cautela com pacientes com doenças hepáticas ou renais e com problemas cardíacos, gastrointestinais e neurológicos.
Além disso, o medicamento é contraindicado para crianças menores de 6 anos. O aplicativo do Ministério da Saúde, divulgado no Amazonas, não fazia diferenciação de idade e indicavarecomendação de cloroquina até para bebês.
Ivermectina sem efeito comprovado também
O governo federal também já defendeu o uso de ivermectina para combate contra covid-19. Mas ontem a própria fabricante, a norte-americana Merck (representada no Brasil pela MSD), afirmou que não há evidências de que o medicamento traga benefícios ou seja eficaz no tratamento da doença causada pelo coronavírus.
Em um comunicado publicado ontem, a empresa disse que não há base científica que indique efeitos terapêuticos contra a covid-19 nos estudo pré-clínicos já publicados.
Além disso, a farmacêutica afirmou que não foi encontrada evidência significativa de eficácia ou atividade clínica do medicamento em pacientes infectados pelo coronavírus.
Bolsonaro anunció decretos para liberar compras de armas a civiles: «No le temo a un pueblo armado»
El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, afirmó que no le teme a un pueblo armado al anunciar tres decretos para facilitar la adquisición de armas por parte de civiles y un proyecto de ley que enviará al Congreso, con el objetivo de proteger legalmente a policías y militares involucrados en homicidios.
“La semana que viene voy a firmar tres decretos sobre armas. Las armas son un derecho de ustedes. Las armas evitan que un gobernante de turno se transforme en dictador. No le tengo miedo al pueblo armado. Me siento a gusto cuando la gente de bien está armada”, afirmó Bolsonaro.
El mandatario volvió a la carga con una mayor liberación del acceso, porte, posesión y uso de armas luego de haber logrado que Arthur Lira, del conservador Partido Progresista, su aliado, consiguiera la titularidad de la Cámara de Diputados, y Rodrigo Pacheco, del derechista Demócratas, la del Senado.
“Parece que acabamos de asumir nuevamente”, dijo Bolsonaro sobre la nueva fuerza parlamentaria que lo respalda, representada por partidos derechistas incluidos en el Centrao, un bloque clave para la gobernabilidad pero famoso por buscar cargos en ministerios y empresas estatales.
En un discurso en Cascavel, estado sureño de Paraná, el mandatario defendió su nueva agenda presentada en la apertura del año legislativo que incluye la privatización de la empresa Eletrobras, la mayor estatal eléctrica de América Latina, autorizar la minería en tierras indígenas y proteger a los policías acusados de ‘gatillo fácil’ o violencia institucional.
“El policía que está en operaciones debe tener una garantía. El policía no puede ser sorprendido por una convocatoria a declarar a la justicia o quedar preso porque estaba trabajando”, dijo Bolsonaro.
El proyecto de ley busca generar un régimen especial para los homicidios cometidos durante las operaciones encabezadas tanto por las policías -que dependen de los estados- como por las fuerzas al mando del Poder Ejecutivo, como las eventuales intervenciones en la seguridad pública que puede realizar el Ejército o la Fuerza Nacional de Seguridad, tropa de elite de la policial federal.
Bolsonaro diz que editará mais decretos sobre armas e que tem acordo para votar projeto que dificulta punição de militares
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que editará na próxima semana mais três decretos sobre armas, mas não entrou em detalhes sobre o seu conteúdo. Bolsonaro também disse que já está «acordado» com os novos presidentes da Câmara e do Senado a votação de um projeto que dificulta a punição de militares por mortes ocorridas durante operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Durante uma cerimônia de inauguração de um Centro Nacional de Treinamento de Atletismo em Cascavel (PR), Bolsonaro afirmou que não tem «medo do povo armado»:
— Semana que vem vamos baixar mais três decretos sobre armas e CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Arma é um direito de vocês. Arma evita que um governante de plantão queira ser diretor. Eu não tenho medo do povo armado. Muito pelo contrário, me senti muito bem (em) estar ao lado do povo de bem armado no nosso Brasil.
Durante uma cerimônia de inauguração de um Centro Nacional de Treinamento de Atletismo em Cascavel (PR), Bolsonaro afirmou que não tem «medo do povo armado»:
— Semana que vem vamos baixar mais três decretos sobre armas e CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Arma é um direito de vocês. Arma evita que um governante de plantão queira ser diretor. Eu não tenho medo do povo armado. Muito pelo contrário, me senti muito bem (em) estar ao lado do povo de bem armado no nosso Brasil.
No domingo, o GLOBO mostrou que o número de armas poder de civis ultrapassou 1 milhão, um aumento de 65% em relação à quantidade existente em dezembro de 2018, antes da posse de Bolsonaro.
Na cerimônia, Bolsonaro também disse ter conversado com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sobre a votação de um projeto que estabelece um excludente de ilicitude para militares que participarem de GLO.
A proposta, enviada pelo governo à Câmara em 2019, faz parte da lista de prioridades entregues por Bolsonaro a Lira e Pacheco durante uma reunião na quarta-feira.
Apesar do presidente tratar a votação do texto como certa, Pacheco afirmou, após a reunião de quarta-feira, que todas as sugestões terão que passar pelos colégios de líderes das duas Casas.
— Por isso, policiais, eu pretendo botar em votação, já acordado, conversado, com os presidentes da Câmara e do Senado, e vai passar pelo Parlamento, o excludente de ilicitude. O policial em operação tem que ter uma garantia. E quem manda as Forças Armadas para a rua em uma GLO sou eu. E quem bota na rua a Polícia Militar é o governador Ratinho. Nós temos que ter responsabilidade — disse Bolsonaro.
Na segunda-feira, o GLOBO mostrou que Bolsonaro tem utilizado as operações de GLO com menos frequência do que seus antecessores diretos. O presidente alega como obstáculo justamente a falta de aprovação do projeto.
A proposta determina que militares que participem de GLOs não podem ser presos em flagrante caso matem alguém em legítima defesa. O militar só poderá responder por eventual «excesso doloso» e poderá ter a pena atenuada.
Apesar do presidente ter se dirigiado a «policiais», o texto enviado ao Congresso trata apenas de membros das Forças Armadas e da Força Nacional.
Bolsonaro afirmou que um militar não pode «receber a visita de um oficial de justiça» após uma operação:
— Homens sérios, honestos, chefes de família, trabalhadores. Não pode, após o cumprimento da missão, receber a visita de um oficial de justiça para começar a responder um inquérito ou até mesmo receber uma ordem de prisão preventiva. isso não pode acontecer. se ele está armado na rua, é porque nós colocamos as armas nas mãos deles
O presidente disse ainda ter «certeza» de que o Congresso saberá «aperfeiçoar esse projeto e aprová-lo para o bem de todos nós».
‘Liberdade’ para escolher ministros
Na mesma cerimônia, Bolsonaro disse que todo chefe de Executivo precisa ter «liberdade» para nomear seus ministros ou secretários e que não ter isso é «o caminho certo para o fracasso».
A declaração ocorre no momento em que o presidente negocia ministérios com partidos do Centrão, como compensação à vitória de Lira e Pacheco nas eleições no Congresso. O Republicanos, por exemplo, deve indicar o novo ministro da Cidadania.
— Como é que você pode iniciar um mandato no Executivo e sonhar, ou quem saber ter a certeza que você vai entregar para o seu sucessor algo melhor lá na frente? Se você tiver a liberdade para escolher os seus secretários e os seus ministros. Se não tivermos essa liberdade, é o caminho certo para o fracasso. Não tem como não dar errado, vai dar errado — afirmou Bolsonaro.