A un año de su primer caso positivo, Brasil supera las 250 mil muertes por Covid-19
Brasil supera las 250 000 muertes por el coronavirus
Brasil, uno de los países más castigados por la pandemia en el mundo, registró en las últimas 24 horas 1 541 muertes por covid-19 y superó los 250 000 fallecimientos por el coronavirus, informó este jueves 25 de febrero del 2021 el Ministerio de Salud.
Se trata del segundo mayor número de decesos por coronavirus para un día desde el inicio de la pandemia, un fuerte repunte que se produce precisamente en vísperas de completarse el primer año del registro del primer caso de la enfermedad en Brasil y en toda América Latina, el 26 de febrero de 2020 en la ciudad de Sao Paulo.
El número de muertos de este jueves tan solo es superado por el registrado el 29 de julio pasado (1 590 fallecidos), cuando el país estaba en el pico de la primera ola de la pandemia.
Según el boletín divulgado por el Ministerio, Brasil acumula ahora 251.498 muertes por covid desde el registro de la primera víctima, el 12 de marzo del año pasado, con lo que superó la marca de las 250 000 víctimas mortales que llegó a rozar el miércoles (249 957).
El gigante latinoamericano ya había registrado el miércoles 1 428 muertes por covid, el quinto mayor registro desde el inicio de la pandemia.
De acuerdo con el boletín, Brasil también registró en las últimas 24 horas 65.996 nuevos casos, con lo que acumula 10 390 461 contagios.
Estos datos confirman a Brasil, con sus 210 millones de habitantes, como uno de los epicentros globales de la pandemia y como el segundo país con más muertes en el mundo después de Estados Unidos y el tercero con más contagios tras la nación norteamericana e India.
Las cifras de los últimos días confirman que Brasil enfrenta una segunda ola de la pandemia más virulenta y mortal que la primera, al parecer provocada por la circulación de nuevas variantes del virus, entre las cuales la llamada mutación brasileña.
Según los datos del Ministerio, el promedio de muertes en los últimos 14 días se ubicó este jueves en 1 090 diarias, el mayor desde el inicio de la pandemia.
Promedio de muertes supera el millar por día hace un mes
El promedio de muertes se mantiene por encima de las 1 000 diarias desde el 24 de enero, algo que no llegó a registrarse ni en la primera ola de la pandemia.
Por su parte, el promedio de contagios en los últimos 14 días subió este jueves hasta los 48 330 diarios, el mayor desde el 7 de febrero pasado (48 580).
Con el aumento de las muertes y los casos este jueves, la tasa de mortalidad de la enfermedad en el país llegó a 119,7 cada 100 000 habitantes, mientras que la de incidencia subió a 4 944 infectados cada 100 000 habitantes. La tasa de letalidad de la enfermedad en Brasil se mantuvo en el 2,4 % del total de la población.
De los contagiados, 9 323 696 personas ya están recuperadas, lo que corresponde al 89,7 % de los infectados, mientras que otras 814 267 siguen bajo acompañamiento médico (7,8 % del total).
Con la propagación de la enfermedad, el 16 % de los cerca de 12 millones de habitantes de Sao Paulo, la mayor ciudad del país, ya contrajeron el virus o lo portan actualmente, según un estudio de seroprevalencia divulgado este jueves.
De los contagiados, un 43 % era asintomático, por lo que sólo descubrió la infección con el examen de sangre.
El agravamiento de la pandemia ha obligado a varios de los 27 estados de Brasil a volver a imponer rigurosas medidas de distanciamiento social, especialmente los toques de queda en los horarios nocturnos.
La medida, que ya había sido adoptada por estados como Bahía, Mato Grosso, Paraná, Amazonas y Piauí, comenzará a regir en la noche del viernes en Sao Paulo, el estado más poblado del país, con 46 millones de habitantes.
El estado de Bahía endureció aún más las medidas y este jueves anunció una cuarentena total entre la noche del viernes y la mañana del lunes, período en que tan sólo será permitida la movilización de personas y vehículos para actividades esenciales, como salud y seguridad.
Por su parte, la campaña de inmunización fue reiniciada este jueves en varios municipios que la habían suspendido la semana pasada por la falta de dosis, gracias a la llegada de 3,2 millones de vacunas distribuidas por el Ministerio de Salud el miércoles.
Hasta ahora Brasil ha vacunado con una primera dosis a cerca de 6 millones de personas, el equivalente al 2,86 % de su población.
Com pandemia no auge, Pazuello diz que contaminação está 3 vezes maior
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, reconheceu hoje que o país vive uma «nova etapa da pandemia» ao afirmar que a contaminação continua em alta, principalmente, por causa de novas cepas do novo coronavírus, que são consequência de mutações. Um dia após o Brasil chegar à marca de 250 mil mortos pela covid-19, Pazuello disse que o vírus está provocando uma contaminação três vezes maior.
«Estamos enfrentando uma nova etapa da pandemia. Hoje, o vírus mutado, ele nos dá três vezes mais a contaminação, e a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio. Essa é a realidade que vivemos hoje no Brasil», afirmou o ministro durante pronunciamento em Brasília.
Participaram do evento o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Eduardo de Oliveira Lula, e o presidente do Conasemns (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Willames Freire. Eles estiveram reunidos com o ministro antes do pronunciamento para discutir medidas de enfrentamento à crise, como o pagamento de leitos de UTI.
Pazuello disse que uma das estratégias para enfrentar a nova etapa da pandemia é a remoção de leitos. «Uma das estratégias com relação a leitos é a utilização de forma remota. São remoções», disse.
No entanto, apesar das falas de Pazuello, o presidente do Conass, que estava ao lado do ministro, afirmou que hoje haveria dificuldade para transferência de pacientes.
«A gente termina a contabilidade tendo feito o transporte de mais de 600 pacientes do Amazonas para outros estados. E mais de 60 de Rondônia. Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite. Quase todo o Brasil recebeu pacientes do Amazonas», disse Lula.
No início do ano, o estado do Amazonas enfrentou o colapso da rede de saúde e pacientes morreram sem oxigênio.
Variante
Sobre as variantes do vírus, Pazuello falava especificamente sobre a P1, que se tornou predominante em Manaus e é tida como mais transmissiva, mas o ministro também lembrou outras cepas que estão aumentando o contágio pelo mundo. A mais preocupante para o Brasil é a do Reino Unido, que já foi identificada em vários estados.
«Voltamos a ficar alertas, isso tem se confirmado, novas cepas no Brasil, nova linhagem em Manaus, a P1, extremamente agressiva em termos de contaminação, três vezes mais rápido. Esse vírus já faz parte do cotidiano, está em outros estados brasileiros. Como ela se desenvolve em cada lugar depende de outros fatores, climáticos, sociais, de saneamento, cultura», acrescentou o ministro.
Pazuello não citou especificamente em qual estudo baseou sua fala.
A fala do ministro vem num momento em que o país bate recordes nos números da pandemia, um ano após a confirmação do primeiro caso no Brasil. Há 34 dias consecutivos, o país tem uma média de mais de mil mortes diárias provocadas pela covid-19. O maior período com mortes acima de mil por dia tinha sido entre 3 de julho e 2 de agosto de 2020, com 31 dias seguidos.
Ontem, a média móvel de óbitos bateu um novo recorde: 1.129 pessoas morreram em média nos últimos sete dias, o maior número desde o início da pandemia no país. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Um ano de Covid-19 no Brasil: como o País se tornou o pior do mundo na gestão da pandemia?
Nesta semana, a epidemia de Covid-19 completa um ano desde que o primeiro caso foi oficialmente registrado no Brasil. Na mesma semana, o País chega à marca dos 250 mil mortos, de acordo com os números oficiais. O balanço desse período é, infelizmente, muito negativo. E não pelo acaso ou por mero descuido.
Era esperado que o governo cometesse erros — no começo da pandemia. Afinal, há tempos o mundo não esteve diante da ameaça global de um novo agente infeccioso – as quatro pandemias reconhecidas pela OMS nos últimos cem anos foram causadas pelo vírus da gripe.
Um exemplo emblemático é o do Reino Unido. Há um ano, a postura do governo britânico era de total desdém em relação ao recém-descoberto coronavírus. Acreditou-se na falácia da “imunidade de rebanho”. Não demorou até que essa estratégia se mostrasse equivocada, com rápida saturação da rede hospitalar e aumento no número de mortos.
O primeiro-ministro Boris Johnson reconheceu publicamente o erro e, desde abril do ano passado, quando ele próprio foi vítima da Covid-19, mudou de atitude. Outros países viveram situações semelhantes.
Há pelo menos dez meses já se sabe que a solução para a crise sanitária só chegaria com a descoberta das vacinas. E que, até que isso acontecesse, o controle deveria ser feito com medidas de distanciamento físico, reduzindo a propagação do vírus entre as pessoas.
Diante disso, estava claro que deixar a população se contaminar não seria alternativa viável. Mesmo onde há grande capacidade instalada para atendimento médico-hospitalar.
O Brasil não só continua apegado ao desastre como, ao longo desse período, dobrou a aposta nele. A intenção sempre foi facilitar a disseminação do vírus entre a população brasileira. O presidente Jair Bolsonaro, sempre minimizando o perigo, incentivou as pessoas a aglomerarem, ao mesmo tempo em que criticava governadores e prefeitos que adotaram as ações sanitárias.
O pretexto usado é que o País não pode parar e é preciso retomar a atividade econômica, mas até o uso de máscaras foi desestimulado.
As ações do governo federal têm sido compatíveis. O que mais poderia explicar a insistência no tal tratamento precoce – não usado em nenhum outro país – por tantos meses se não a ideia de estimular a população a se expor? Ou o boicote às vacinas, ao ponto de ter colocado o Brasil no final da fila do consórcio mundial dirigido pela OMS? Ou mesmo o descaso com a política de testagem, desperdiçando testes diagnósticos no ápice da epidemia?
É evidente que há também incompetência. Que o digam situações como confundir Amazonas com Amapá na remessa de vacinas. Mas só isso não explica que o Brasil chegue a um ano no momento mais grave da epidemia, registrando há mais de um mês uma média diária de mortes superior a mil mortes, lotação de leitos em diversas regiões do país e municípios entrando em colapso.
O que estamos vendo é resultado de um plano deliberado do governo Bolsonaro, que há um ano assume o risco de deixar a população exposta mesmo sabendo que muitas mortes seriam evitáveis.
O que deveria surpreender é continuarem fazendo isso impunemente.
São Paulo tem 4 mil internações por covid-19 em dois dias e bate novo recorde
Em todo o estado de São Paulo foram registradas 3.995 novas internações por covid-19 nos últimos dois dias – 2.023 ontem e 1.923 hoje (25). Os números são os maiores de toda a segunda onda pandemia do novo coronavírus, inferiores apenas aos registrados em julho do ano passado. O número de pacientes internados é de 14.809, sendo 8.042 em enfermaria e 6.767 em unidades de terapia intensiva (UTI), o que representa um aumento de 14,1% em sete dias. Dados do Boletim Coronavírus mostram picos de internações por covid-19 ocorrendo em 14 das 17 regiões de saúde do estado.
Considerando apenas o número de pacientes com covid-19 internados em UTI, houve aumento de 9,8% – de 6.162 para 6.767 pessoas. O número de internações por covid-19 é o maior registrado em toda a pandemia em São Paulo. O estado chegou hoje a 70,4% de ocupação de UTI, o que o coloca na fase laranja da quarentena. Ontem (24), o governador paulista, João Doria (PSDB), anunciou um “toque de restrição” para tentar reduzir a proliferação da doença, com impedimentos à circulação de pessoas entre 23h e 5h e aumento da fiscalização contra festas e aglomerações.
Quarentenas
A Grande São Paulo também teve aumento nas internações por covid-19 e atingiu índices de ocupação de UTI de fase laranja, tendo subido de 66%, na última sexta-feira, para 70%, hoje. Na capital paulista a situação é ainda pior, com 72,1% de ocupação de UTI. Das 17 regiões do estado, 13 tiveram aumento da ocupação de UTI nos últimos sete dias.
Três regiões devem passar da fase amarela para a laranja da quarentena, na reclassificação do Plano São Paulo que será feita amanhã: Grande São Paulo, Campinas e São José do Rio Preto. Barretos deve passar da fase vermelha para a fase laranja e Franca, da fase laranja para a fase amarela. Bauru teve queda nos índices, mas permanece com mais de 90% de ocupação de UTI.
Pico de internações por covid-19 em São Paulo
Das 17 regiões de saúde do estado, 14 registram aumento na média diárias de internações. A média no estado saltou de 1.481 pessoas, na última quinta-feira (18), para 1.734 hoje. Em uma semana, o aumento foi de 17,1%. Na Grande São Paulo, a média diária de novas internações passou de 724 para 873, no mesmo período.
Na Baixada Santista, a média passou de 34 novas internações por covid-19 por dia para 43. Em Campinas, de 108 novas internações diárias, para 132. Em Presidente Prudente, a média foi de 28 para 38 internações por covid-19 por dia.
O governo Doria ainda avalia se novas variantes do novo coronavírus podem ser responsáveis por esse pico de internações. Já há registros da variante de Manaus e da variante britânica circulando no estado.
Casos e mortes por covid-19
O número de novos casos de covid-19 em São Paulo cresceu 9,4% na última semana, ficando em torno de 12 mil registros positivos por dia, nos últimos três dias. O número de mortes também cresceu: 9%. Nos últimos três dias, o indicador ficou acima de 300 mortes diárias.
Com 408 internados, UTIs de Porto Alegre atingem maior ocupação por covid-19 da pandemia
Por Eduardo Matos
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Porto Alegre registram nesta quinta-feira (25) a maior ocupação por coronavírus desde o início da pandemia. Por volta das 19h30min, eram 408 pacientes, 10 a mais do que no dia anterior — na manhã desta sexta (26), o número já havia subido para 409, conforme painel atualizado em tempo real pela prefeitura.
Além disso, há 113 doentes graves com covid-19 em emergências aguardando vagas em UTIs. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o teto de pacientes estabelecido pela Secretaria Municipal da Saúde antes de ser obrigada a abrir leitos em outros espaços hospitalares estava fixado em 383.
Desde 1º de fevereiro, quando 271 pacientes com coronavírus recebiam tratamento intensivo, o crescimento é de 50,55%. A Capital também atingiu a maior média móvel de internações desde o início da pandemia. Entre 19 e 25 de fevereiro, ficou em 364,71 pacientes internados por dia. O número é 21,33% maior do que na semana anterior, entre 12 e 18 de fevereiro, que era de 300,71.
A taxa geral de ocupação, que inclui outros motivos além do coronavírus, está em 96,16%. São 802 pacientes para 850 leitos, sendo que há 16 bloqueados momentaneamente. Moinhos de Vento, São Lucas, Vila Nova, Restinga e Santa Ana estão com 100% dos leitos ocupados.
Média móvel
Semana entre 19 e 25 de fevereiro – 364,71 – aumento de 21,33%
Semana entre 12 e 18 de fevereiro – 300,57 – aumento de 10,39%
Semana entre 5 e 11 de fevereiro – 272,28 – aumento de 1,97%
Semana entre 29 de janeiro e 4 de fevereiro – 267
Hospitais com 100% ou mais de ocupação
Moinhos de Vento (107,58%)
São Lucas, Vila Nova, Restinga e Santa Ana (100%)
Hospitais referências em tratamento de pacientes com covid-19
Clínicas – 96,93%
167 leitos
158 pacientes
4 leitos bloqueados
Conceição – 97,33%
75 leitos
73 pacientes
Santa Casa – 94,12%
125 leitos
112 pacientes
6 leitos bloqueados
Ocupação de UTIs por covid-19 nos últimos dias
- 25/2 – 408
- 24/2 – 398
- 23/2 – 382
- 22/2 – 356
- 21/2 – 340
- 20/2 – 343
- 19/2 – 326
- 18/2 – 320
- 17/2 – 311
- 16/2 – 313
- 15/2 – 301
- 14/2 – 292
- 13/2 – 282
- 12/2 – 285
- 11/2 – 282
- 10/2 – 272
- 9/2 – 274
- 8/2 – 265
- 7/2 – 272
- 6/2 – 269
- 5/2 – 272
- 4/2 – 272
- 3/2 – 279
- 2/2 – 274
- 1/ 2 – 271
- 31/1 – 260
- 30/1 – 264
- 29/1 – 249
- 28/1 – 251
- 27/1 – 254
- 26/1 – 256
- 25/1 – 262