Brasil | Cerca de alcanzar los 7 millones de contagios, el gobierno recibe duras críticas por su plan de vacunación
Covid: Com mais de 300 mil infectados na semana, Brasil volta ao pior nível da crise
Por Nara Lacerda
Com o registro total de contaminados pela covid-19 crescendo sem parar há seis semanas, o Brasil voltou a confirmar mais de 300 mil novos pacientes em sete dias. O país só havia superado a marca de 300 mil em quatro ocasiões no mês de julho, quando o número de confirmações da covid-19 chegou aos piores patamares já observados em solo nacional.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o total de novos doentes na semana que terminou nesse sábado (12), chegou a 302.950. O número pode ser ainda mais expressivo, já que estão faltando os dados mais recentes de Goiás por questões técnicas. Com isso, a média móvel de contaminados (soma de todos os casos dos últimos sete dias, dividida por sete) se mantém acima de 43 mil. É o pior nível em quatro meses.
O número de óbitos causados pela covid-19 no Brasil também vem crescendo em velocidade maior há um mês. Entre 06/12 e 12/12, o coronavírus custou a vida de 4.495 mil pessoas no país. Desde o fim de setembro o cenário não chegava a esses patamares. Atualmente, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde, há mais de 720 mil pacientes em acompanhamento, o que não era registrado desde agosto.
Neste domingo, foram confirmados mais 21.825 novos casos da covid-19 no Brasil. A soma de pessoas que foram infectadas desde o registro do primeiro caso é de 6.901.952. O número de mortes chegou a 181.402. Em 24 horas foram relatados 279 óbitos.
Saiba o que é o novo coronavírus
É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.
Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Duras críticas al gobierno de Brasil por el plan de vacunación
“La estupidez asesina del presidente Jair Bolsonaro ante la pandemia pasó todos los límites; basta de bromas con la vacuna”, sostuvo el diario Folha de Sao Paulo en una nota editorial.
La microbióloga Natalia Pasternak sostuvo en Twitter que “el Ministerio de Salud trata de hacer pasar a la población de Brasil y al Supremo Tribunal Federal (STF, corte suprema) como payasos”.
En tanto, el diario O Estado de Sao Paulo condenó la “incompetencia letal” del gobierno, según la agencia de noticias AFP.
Pasternak y los dos periódicos reaccionaron de ese modo a la publicación de un plan de vacunación que no informó cuándo comenzarán a aplicarse las dosis ni precisó cómo se alcanzará el objetivo de inmunizar a 70% de la población.
El programa fue publicado luego de que el STF le ordenara al Ejecutivo que lo hiciera.
Según los datos presentados por el Ministerio de Salud, se prevé vacunar en una primera etapa a cerca de 14 millones de personas de alto riesgo, incluidos trabajadores de la salud, adultos mayores e indígenas.
En las tres etapas siguientes se pretende alcanzar a 51,6 millones de habitantes (alrededor de 24% de la población) y cubrir finalmente a más de 70% de las personas, aunque el Ministerio no dio detalles de cómo se hará.
Pasternak cuestionó que el anuncio oficial considerara seguras 70 millones de dosis de la vacuna del laboratorio Pfizer cuando el gobierno y la compañía aún están negociando la provisión, y que no explicara cómo va a almacenar las vacunas a los 70 grados Celsius bajo cero requeridos.
Asimismo, el programa divulgado por el gobierno federal no tiene en cuenta la vacuna china CoronaVac, pese a que el gobernador del estado San Pablo, Joao Doria, informó que ya se aseguró 46 millones de dosis y planea iniciar la aplicación el 25 de enero.
Brasil es el tercer país con más casos confirmados de coronavirus acumulados desde el comienzo de la pandemia y el segundo con más muertes por la enfermedad, según la universidad estadounidense Johns Hopkins.
Hasta anoche sumaba 6.880.127 contagios y 181.123 fallecimientos, según el último balance del Ministerio de Salud, citado por la agencia Europa Press.
Pesquisadores citados no plano de vacinação federal ficam indignados com o uso indevido de seus nomes
Nota assinada por cientistas citados no plano diz que material não foi apresentado previamente. «Nos causou surpresa e estranheza», diz o documento.
De acordo com informações do portal G1, um grupo de pesquisadores divulgou na noite deste sábado (12) uma nota em que diz não ter sido consultado sobre o plano de vacinação contra a COVID-19 que foi encaminhado pelo governo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os cientistas também foram às redes para falar do caso. Um dos integrantes do grupo técnico do Eixo Epidemiológico do Plano Operacional da Vacinação contra COVID-19 afirmou que os pesquisadores são colaboradores junto ao governo para o desenvolvimento do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19.
Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!
— Ethel Maciel, PhD (@EthelMaciel) December 12, 2020
Eles relatam que haviam solicitado uma reunião sobre o plano apresentado e manifestado preocupação pela retirada do material «de grupos prioritários e pela não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes».
«O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência», diz trecho da nota divulgada pelo grupo de pesquisadores.
Parentes de vítimas da COVID-19 em cemitério no Brasil
Em outro momento do texto, eles fazem um apelo para que «todas populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, como indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, privados de liberdade e pessoas com deficiência».
Os cientistas pedem que o governo de Bolsonaro retome negociações de compra de outras vacinas para a COVID-19.
«Novamente, vimos solicitar do governo brasileiro esforços do Ministério da Saúde para que sejam imediatamente abertas negociações para aquisição de outras vacinas que atendam aos requisitos de eficácia, segurança e qualidade, inclusive com laboratórios que reúnam condições de produção e oferta de doses de vacina e com outras empresas também com oferta de vacinas seguras e eficazes», conclui o texto.
Após 180 mil mortes, Bolsonaro diz que “liberdade vale mais do que a própria vida”
Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a população não deve ser tomada pelo pânico e frisou que a liberdade das pessoas vale mais do que a própria vida.
Em meio ao avanço da pandemia de Covid-19 no país, com aumento de casos e óbitos e adoção de medidas restritivas por parte dos governos locais, o presidente da República não falou diretamente sobre a doença.
“Não deixem que pânico nos domine, a nossa liberdade não tem preço, ela vale mais que a nossa própria vida”, afirmou ele em um breve discurso em um formatura da Marinha.
O presidente Bolsonaro ainda fez no discurso uma citação a uma passagem bíblica ao afirmar que “se te mostras fraco no dia da angústia é que tua força é pequena”, mencionando o provérbio “quando o Estado avança sobre direitos e liberdades individuais, dificilmente ele recua”.
Participaram do evento, o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa.