Elecciones municipales en Brasil | Tras la derrota, Bolsonaro pone en duda el recuento de votos
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Bolsonaro pone en duda el proceso de recuento de votos en Brasil
El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, volvió a poner en duda este lunes el sistema de recuento de votos de la Justicia electoral del país tras las municipales de la víspera, en las que el conservadurismo que lidera sufrió un duro varapalo.
«Precisamos un sistema de escrutinio que no deje dudas», declaró Bolsonaro a las puertas de su residencia oficial, al poner en tela de juicio el recuento de votos de este domingo, que tuvo un atraso de unas cuatro horas respecto a lo que se preveía, pero aún así concluyó por completo durante la madrugada.
El Tribunal Superior Electoral (TSE) atribuyó el atraso a unos problemas técnicos en sus sistemas informáticos, que durante la jornada habían sufrido un ataque de piratas de la Internet que, de acuerdo a las autoridades, fue «totalmente repelido».
De todos modos, a pesar de la demora respecto a la previsión inicial, en cuestión de unas ocho horas fueron escrutados los votos de casi 148 millones de electores de 5.569 ciudades del país, sin que se conozca hasta ahora un sola denuncia de fraude.
Aún así, Bolsonaro declaró que «si no tenemos una forma confiable de hacer las elecciones, la duda siempre va a permanecer».
Según el gobernante, que desde siempre desconfía del sistema de votación totalmente automatizado que existe en Brasil, es necesario que el país tenga «un escrutinio confiable y rápido», que «no deje margen para suposiciones».
En ese sentido, insistió en su propuesta de volver a adoptar el voto mediante células de papel, en lugar de las urnas electrónicas que el país utiliza desde 1996, y aseguró que ese es el deseo «del pueblo».
En las elecciones municipales, el bolsonarismo apenas logró situar a dos de los candidatos apoyados directa o indirectamente por el mandatario en las 26 capitales para una segunda vuelta, que se celebrará el próximo 29 de noviembre.
Uno, el actual alcalde de Río de Janeiro, Marcelo Crivella, que consiguió el 21,8 % de los votos, y se enfrentará en segunda vuelta a Eduardo Paes (centroderecha), quien obtuvo casi el 40 % y es claro favorito.
El otro es Wagner Sousa Gomes, conocido como «el capitán Wagner», que estará en la segunda vuelta frente al laborista José Sarto, con quien virtualmente empató este domingo con una votación en torno al 30 %.
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Lula diz que eleições fortalecem esquerda: ‘luta continua no 2º turno’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje, em uma postagem no Twitter, que as eleições municipais fortaleceram a esquerda no Brasil e, sem citar o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que a luta continua no segundo turno.
Ontem, o candidato do PT na capital paulista, Jilmar Tatto, e lideranças do partido como o ex-prefeito Fernando Haddad manifestaram apoio expresso a Boulos após a confirmação do segundo turno entre o representante do PSOL e Bruno Covas (PSDB).
Apesar de não citar o nome de Boulos, a postagem de Lula deixa implícito o apoio a candidaturas de esquerda que estão no segundo turno. A declaração, ao colocar a esquerda – e não só o PT – como fortalecida, também carrega simbolismo em relação ao reconhecimento da força de outros partidos neste espectro político.
«A extrema direita de Bolsonaro foi a grande derrotada nessas eleições. O fortalecimento da esquerda e de seus valores humanistas e de justiça social, mostra que reconstruir um outro Brasil, mais fraterno e solidário, é possível», escreveu Lula.
1 – A extrema direita de Bolsonaro foi a grande derrotada nessas eleições. O fortalecimento da esquerda e de seus valores humanistas e de justiça social, mostra que reconstruir um outro Brasil, mais fraterno e solidário, é possível.
— Lula (@LulaOficial) November 16, 2020
Antes de declarar que a luta continua, Lula falou especificamente do seu partido, que disputará o segundo turno em duas capitais: Recife e Vitória. Até o momento, o partido não confirmou vitória em nenhuma das 100 maiores cidades do Brasil, mas permanece na disputa em 15.
«Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o PT esteve nas ruas dialogando com o povo e debatendo um projeto de sociedade mais humana e menos desigual. Sairemos desse processo eleitoral fortalecidos e com nossa disposição de luta renovada pelo povo brasileiro», disse.
«Parabéns aos nossos candidatos e candidatas e a nossa aguerrida militância que percorreu o país em tempos tão desafiadores. E aos nossos companheiros de outros partidos que apresentaram excelentes resultados lutando o bom combate, sem agressões e com respeito ao nosso PT. A luta agora continua no 2º turno, até a vitória!», completou.
Além do apoio a Boulos – que ainda precisa ser formalizado pelo partido – em São Paulo e das disputas em Vitória e Recife, o PT busca vitórias como integrante da chapas de Manuela D’Avila (PC do B) em Porto Alegre e de Edmílson Rodrigues (PSOL) em Belém.
Uma análise mais precisa sobre um possível fortalecimento da esquerda e do PT dependerá do desempenho dos candidatos no segundo turno das eleições.
Números reafirmam tendência de alta da covid-19 no país após primeiro turno eleitoral
Nesta segunda-feira (16), após o primeiro turno das Eleições 2020, período em que o país foi palco de mais movimentação e aglomeração nas ruas, as estatísticas da pandemia reafirmaram a tendência de alta no número de casos da covid-19.
O Brasil segue em linha ascendente, agora com 5.876.464 notificações, segundo o boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A entidade acompanha diariamente os dados dos estados.
Foram registrados 13.371 casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas. A média móvel de registros nos últimos sete dias está em 28.776, resultado do comportamento ascendente da pandemia. Já em termos de óbitos, o Brasil registrou 216 em 24 horas. Com isso, os números mostram uma média móvel de 484 para a última semana em relação aos casos de morte.
O país apresenta atualmente uma taxa de letalidade de 2,8%, enquanto o índice de mortalidade é de 79 casos para cada 100 mil habitantes. A primeira calcula a proporção de mortos em relação ao total de infectados e a segunda corresponde a um percentual demográfico.
Saiba o que é o novo coronavírus
É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.
Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.
Como ajudar quem precisa?
Nos diferentes cantos do país, há muitas formas de prestar solidariedade à população mais vulnerável neste momento de pandemia. Uma delas é a campanha “Vamos precisar de todo mundo”, coordenada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, no intuito de divulgar ações populares de cooperação. Veja mais detalhes aqui: https://todomundo.org/
Barroso pede que PF investigue ataque hacker ao sistema do TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pediu hoje (16) que a Polícia Federal (PF) investigue ataques cibernéticos aos sistemas da Corte.
Durante coletiva de imprensa no início da noite, Barroso disse que há suspeitas de articulação de grupos para desacreditar o sistema de votação.
Ontem (15), durante o horário da votação, o sistema de informática do TSE foi alvo um ataque de múltiplos acessos. No entanto, o ataque foi neutralizado pelo sistema de defesa e não houve vazamento de dados, segundo o tribunal.
As tentativas de invasão foram feitas por meio de servidores localizados no Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. Esse sistema não tem relação com a apuração dos votos, que ocorre por meio de uma rede privada.
No mesmo dia, foram divulgados na internet dados pessoais de ex-servidores e ex-ministros. Segundo o presidente, os dados são antigos e foram liberados em sites da internet para tentar desacreditar a segurança da votação.
“Os dados vazados tinham mais de dez anos de antiguidade e divulgação foi feita no dia das eleições para procurar causar impacto e trazer a impressão de fragilidade no sistema. Ao mesmo tempo que esses dados foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura, e muitos deles são investigados pelo STF”, afirmou.
Sobre o atraso de três horas na divulgação dos resultados, Barroso disse que a Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, será acionada para tentar resolver o problema para o segundo turno.
A forma de totalização (soma dos votos) centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelo tribunais regionais eleitorais e foi alterada por motivos de segurança e de custos.
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