Día de la conciencia negra en Brasil | Protestas en varias ciudades del país por asesinato racista

Foto: Gui Frodu
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Hombre fue asesinado a golpes por guardas de seguridad de supermercado

En un supermercado de Carrefour ubicado en la ciudad de Porto Alegre, en el sur de Brasil, dos guardias de seguridad golpearon hasta la muerte a un hombre afro, de 40 años, identificado como João Alberto Silveira Freitas.

El caso ha sido comparado con el asesinato de George Floyd, ocurrido el pasado mes de mayo en Estados Unidos.

Según la Policía Militar del estado de Río Grande do Sul, el incidente ocurrió el jueves 19 de noviembre en la noche, justo en vísperas del Día de la Conciencia Negra. Esta fecha se celebra en Brasil en conmemoración del asesinato, en 1695, de Zumbi dos Palmares, un afrodescendiente que gobernó una “república” de esclavos libres en el nororiente del país.

La agresión que causó la muerte de João Alberto fue grabada y las imágenes se difundieron en redes sociales, causando indignación y fuertes protestas en Brasil.

En los videos que se han viralizado se observa el momento cuando uno de los guardias golpea en la cabeza al hombre.

Porsteriormente, se puede ver a los dos atacantes golpeando en el rostro a la víctima, quien ya se encuentra postrada en el piso.

Luego, con sangre ya derramada por el suelo, aparecen otras personas alrededor del hombre golpeado, mientras los dos atacantes intentan movilizarlo. Finalmente, llega una ambulancia para intentar reanimar a la víctima.

¿Qué pasó?

Según el medio brasileño ‘G1’, todo habría comenzado con una discusión en la fila de la caja. Una empleada habría llamado los guardas de seguridad del supermercado porque, supuestamente, el hombre amenazó con atacarla y golpearla.

Roberta Bertoldo, delegada de la Policía Militar de Río Grande do Sul, aseguró a ‘G1’ que el hombre habría hecho gestos agresivos mientras pagaba en la caja.

“La esposa (de la víctima) mencionó que estaban haciendo compras, que el esposo hizo un gesto que ella no supo precisar. Y, por esa razón, lo habrían expulsado”, mencionó.

Los dos atacantes, uno de 24 años y otro de 30, fueron detenidos en el acto y están siendo investigados por asesinato. Fueron identificados como Magno Braz Borges y Giovane Gaspar da Silva. Según las autoridades, uno de ellos no contaba con un registro nacional para ejercer la profesión.

La Policía Militar que aseguró en un comunicado que “reafirma su compromiso con la defensa de los derechos fundamentales y su vehemente rechazo a todos los actos de violencia, discriminación y racismo”, dijo también que uno de los guardias de seguridad involucrados en el ataque era un policía militar fuera de servicio.

Este viernes 20 de noviembre, Carrefour Brasil dijo en un comunicado que lamentaba profundamente la “muerte brutal” de este hombre, asegurando que tomaría las medidas necesarias para garantizar que los responsables fueran castigados legalmente.

En primer lugar, romperá el contrato con la empresa responsable de los guardias de seguridad que cometieron la agresión. En segundo lugar, el empleado que estaba a cargo de la tienda en el momento del incidente será despedido. Finalmente, cerrarán la tienda como una señal de respeto a la víctima.

“Nosotros no permitimos ningún tipo de violencia e intolerancia, y no aceptamos que sucedan situaciones como estas. Estamos profundamente consternados por todo lo sucedido y seguiremos la evolución del caso, ofreciendo todo el apoyo a las autoridades locales”, puntualiza Carrefour en su comunicado.

Según datos publicados en agosto de este año por ‘Atlas of Violence 2020’, la tasa de homicidios de afros en Brasil saltó de 34 a 37,8 por cada 100.000 habitantes entre 2008 y 2018.

El informe también muestra que en 2018 los afro representaron el 75,7% de las víctimas de todos los homicidios en el país vecino.

El Tiempo


Manifestantes em Brasília entram em Carrefour e protestam contra assassinato de homem negro

Gritando “vidas negras importam” e “eu não consigo respirar”, manifestantes entraram em um Carrefour de Brasília pedindo “justiça para Beto”, em referência a João Alberto Silveira Freitas, homem negro que foi assassinado por dois seguranças do supermercado em Porto Alegre, na noite de quinta-feira, 19.

O ato ocorre em no Carrefour da 402 sul.

Em outras cidades do país, como São Paulo e Porto Alegre, também ocorrem atos contra o racismo e o assassinato do homem.

Nesta sexta-feira, dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o juiz Cristiano Vilhalba Flores, do Foro Central de Porto Alegre, determinou a prisão preventiva de Magno Braz Borges e Giovane Gaspar Da Silva, seguranças que mataram João Alberto Silveira Freitas.

«Existem indícios de autoria pelas declarações das testemunhas, as quais afirmaram que a vítima fora detida pelos flagrados, sendo que estes teriam argumentado que agiram para cessar uma agressão que a própria vítima teria cometido contra terceiro, funcionário da empresa onde os fatos ocorreram. Os indícios de autoria são reforçados pelos vídeos juntados aos autos, onde se pode verificar toda a ação que culminou no óbito da vítima, que viera a falecer no local», disse o magistrado na decisão.

João Alberto era negro e foi espancado até a morte na véspera deste dia 20 de novembro, dia da Cosnciência Negra. A Brigada Militar gaúcha informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado.

Ele foi levado da área de caixas para a entrada da loja espancado no estacionamento do supermercado, por dois seguranças.

Brasil 247


Manifestantes protestam no Carrefour de Porto Alegre contra assassinato de Alberto Freitas

Centenas de pessoas participam no início da noite desta sexta-feira (20) de protesto em Porto Alegre, em frente à unidade do Carrefour onde o homem negro João Alberto Silveira Freitas foi assassinado por seguranças na noite dessa quinta-feira (19).

Brasil 247


Manifestantes ateiam fogo no Carrefour em São Paulo

Manifestantes em São Paulo protestam contra o racismo e a empresa Carrefour, que foi novamente envolvida em um caso de racismo, após dois seguranças da empresa, em Porto Alegre, assassinarem um homem negro na noite de quinta-feira, 19.

O ato em São Paulo iniciou no Masp, na Avenida Paulista, no centro da cidade, e foi até o Carrefour da Pamplona, onde os manifestantes, revoltados com os casos de racismo, atearam fogo no supermercado.

Nesta sexta-feira, dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o juiz Cristiano Vilhalba Flores, do Foro Central de Porto Alegre, determinou a prisão preventiva de Magno Braz Borges e Giovane Gaspar Da Silva, seguranças que mataram João Alberto Silveira Freitas.

«Existem indícios de autoria pelas declarações das testemunhas, as quais afirmaram que a vítima fora detida pelos flagrados, sendo que estes teriam argumentado que agiram para cessar uma agressão que a própria vítima teria cometido contra terceiro, funcionário da empresa onde os fatos ocorreram. Os indícios de autoria são reforçados pelos vídeos juntados aos autos, onde se pode verificar toda a ação que culminou no óbito da vítima, que viera a falecer no local», disse o magistrado na decisão.

João Alberto era negro e foi espancado até a morte na véspera deste dia 20 de novembro, dia da Cosnciência Negra. A Brigada Militar gaúcha informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado.

Ele foi levado da área de caixas para a entrada da loja espancado no estacionamento do supermercado, por dois seguranças.

Brasil 247


Defensoria Pública do RS: “morreu porque era negro”

O brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, homem negro, na véspera na véspera do Dia da Consciência Negra, despertou indignação em diversos segmentos da sociedade. Em nota de repúdio, publicada na manhã desta sexta-feira (20), em tom incisivo, a Defensoria Pública do Estado do Estado do Rio Grande do Sul (DPERS) destaca que embora o caso ainda esteja sob investigação, as imagens de extrema violência veiculadas na imprensa e em redes sociais falam por si. Em comunicado, o governo do estado se comprometeu em fazer uma apuração rigorosa.

Beto, como era conhecido, foi até uma unidade do supermercado Carrefour, localizado no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre, na companhia da sua esposa Milena Borges Alves e acabou sendo agredido e morto por dois homens brancos, um segurança privado do estabelecimento e um integrante da Brigada Militar, que foram presos em flagrante. Ambos são investigados por homicídio qualificado.

Abalada, a esposa da vítima disse à imprensa que os seguranças não deixaram ela se aproximar, enquanto seu marido pedia ajuda. “Seguiram com o pé em cima dele e, quando ele desmaiou, continuaram com o pé em cima dele. Um pé nas costas eu vi”, relatou.

O caso rapidamente ganhou repercussão nacional. Na nota de repúdio, a DPERS ressalta ser inadmissível que um brutal homicídio nas condições visualizáveis, com nítidos contornos racistas, seja tolerado em um Estado Democrático de Direito.

“Os fatos exigem da sociedade gaúcha explícitas e públicas manifestações de indignação, frente ao nítido crime de ódio perpetrado por dois homens brancos. A situação e seu contexto são de extrema gravidade e a Defensoria Pública, como expressão e instrumento do regime democrático, assevera que não haverá qualquer espécie de tolerância, permissividade ou conivência com o racismo, expresso letalmente no caso concreto”, ressalta a nota.

Por sua vez, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), em nota à imprensa, disse que acompanhará com atenção a apuração dos fatos relacionados à morte. “O MPRS reitera que todas as medidas necessárias para o esclarecimento das circunstâncias serão tomadas na tarefa de prontamente levar o caso à Justiça para a responsabilização dos agressores», diz o texto.

Governo garante apuração rigorosa

“Infelizmente, neste dia em que deveríamos estar celebrando políticas públicas, deparamos com cenas que nos deixam todos indignados pelo excesso de violência que levou à morte de um cidadão negro em um supermercado na capital gaúcha. Todas as circunstâncias em que este crime aconteceu estão sendo apuradas para que sejam punidos os responsáveis. Os inquéritos policiais estão sendo levados adiante com muito rigor”, garantiu o governador Eduardo Leite, na manhã desta sexta-feira.

Segundo afirmou Leite, todos os agentes da segurança pública recebem treinamento adequado para atuar nas ruas e garantir a segurança da população gaúcha, e lamentou o envolvimento de um policial, ainda que apto a cumprir apenas tarefas administrativas, “nessas cenas que nos deixam indignados”.

Em trabalho remoto, em razão de ter sido confirmado com covid-19, o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, através de sua rede social, ressaltou que o caso será apurado à exaustão. “Não podemos admitir ações dessa natureza. As imagens são horripilantes, a segurança pública de nosso estado fará tudo para o seu total esclarecimento”, escreveu.

“Enquanto houver racismo não haverá Direitos Humanos”

O Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul (CEDH-RS) também lançou uma nota de moção de repúdio e pesar. Segundo destaca a entidade, o crime é resultado da ação violenta e desmedida de seguranças do estabelecimento comercial e ceifou mais uma vida negra no Brasil. “Desta vez um homem de 40 anos, marido de Milena, morador da Vila Farrapos, tamboreiro em um centro de Umbanda, torcedor do São José, querido por sua comunidade e que teve a vida interrompida em mais um ato racista”, frisa o documento.

«Marcante, igualmente, neste episódio trágico é o fato do assassinato ocorrer às vésperas da celebração do Dia da Consciência Negra. O dia 20 de novembro marca, justamente, o assassinato de lideranças quilombolas, no ano de 1695, no Quilombo dos Palmares. De lá pra cá a resistência do povo negro por direitos de igualdade e no combate ao racismo tem feito milhares de vítimas no Brasil, as quais devem ser sempre lembradas como sementes da luta antirracista», diz a nota.

O Conselho afirma requerer que as autoridades competentes realizem todas as investigações necessárias à responsabilização dos envolvidos no crime.

Um ato pedindo por justiça para Beto está convocado para às 18h desta sexta-feira (20), em frente à unidade do Carrefour Passo D’Areia, onde ocorreu o crime. O protesto terá transmissão online pelas páginas no Facebook do Brasil de Fato RS e da Rede Soberania.

Brasil de Fato


«No Brasil não existe racismo», diz Mourão sobre assassinato de negro no Carrefour

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou nesta sexta-feira (20) que não existe racismo no Brasil ao comentar o assassinato de João Alberto, um homem negro morto por espancamento em um supermercado em Porto Alegre (RS).

“Para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar, isso não existe aqui. Eu digo pra você com toda tranquilidade, não tem racismo», disse.

Pressionado por jornalistas a analisar o que estava dizendo, ele não mudou de ideia. «Não, eu digo para vocês pelo seguinte: porque eu morei nos Estados Unidos. Racismo tem lá. Eu morei dois anos nos Estados Unidos. Na minha escola, o pessoal de cor andava separado, [algo] que eu nunca tinha visto isso aqui no Brasil. Saí do Brasil, fui morar lá, era adolescente, e fiquei impressionado com isso aí».

O vice-presidente contou ter morado nos Estados Unidos no fim da década de 1960. «O pessoal de cor sentava atrás do ônibus, isso é racismo. Aqui não existe. Aqui, o que você pode pegar e dizer é o seguinte: existe desigualdade. Isso é uma coisa que existe no nosso país. Nós temos uma brutal desigualdade aqui, fruto de uma série de problemas, e grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso aos bens e às necessidades da sociedade moderna, são gente de cor».

Pouco antes, apesar de questionar que o racismo tenha sido a causa, Mourão lamentou a morte de Beto. “Lamentável isso aí. A princípio é a segurança totalmente despreparada para a atividade que tem que fazer», comentou.

O caso

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado até a morte por um policial militar e por um segurança de um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre. Ambos foram presos em flagrantes e são investigados por homicídio qualificado.

Segundo a Brigada Militar, como é chamada a corporação do Rio Grande do Sul, as agressões começaram após um desentendimento entre a vítima fatal e uma funcionária do local. Freitas teria ameaçado bater na funcionária, que acionou a segurança.

Conforme imagens que circulam amplamente nas redes sociais, ele teria sido levado para a entrada da loja e teria, conforme a Polícia Civil, iniciado o conflito. Logo depois, se tornou alvo do espancamento pelos outros dois homens.

Brasil de Fato


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