Día de la Independencia: marchan contra Bolsonaro y en defensa de la democracia

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Defienden la vida en Brasil en el Día de la Independencia

Movimientos populares, sociales y sindicales realizarán manifestaciones en todo Brasil como parte del llamado Grito de los Excluidos, a raíz de conmemorarse hoy el Día de la Independencia bajo el lema La vida en primer lugar.

Según una nota publicada por la Central Unitaria de Trabajadores (CUT), también acompaña a esa frase el pedido de ‘trabajo, tierra, techo y participación’.

Las protestas enarbolarán asimismo banderas contra el proyecto de austeridad salarial y social del gobierno de Jair Bolsonaro y la falta de un comando nacional para combatir la Covid-19 que en el país cobró hasta el momento cerca de 127 mil muertes y más de cuatro millones de contagios.

El escrito de la CUT precisa que en la jornada se escuchará ‘el grito de los más de 13 millones de brasileños, especialmente de negros con baja escolaridad, que se encuentran en una situación de extrema pobreza’.

Muchos, prosigue, ‘viviendo en las calles, en las favelas, en las ocupaciones y en las periferias, abandonados por este gobierno que solo piensa en acabar con las políticas sociales para los más vulnerables’.

En el estado de Sao Paulo, excepcionalmente este año, por la pandemia del nuevo coronavirus, el Grito de los Excluidos no seguirá en la avenida Brigadeiro Luiz Antônio hacia el Monumento a los Bandeiras, junto al Parque Ibirapuera, como de costumbre.

Organizado por la Central de Movimientos Populares, con el apoyo de la CUT Sao Paulo, el acto se concentrará ahora en la Plaza Oswaldo Cruz, punto de partida de la Avenida Paulista.

Desde 1995, el Grito de los Excluidos moviliza a los ciudadanos de todo Brasil el 7 de septiembre como contrapunto al de Independencia.

Para los movimientos sociales, este rugido aún no se ha hecho realidad. ‘En 2020, ante los reveses impuestos al pueblo brasileño y la agudización de la desigualdad social, la 26 edición del Grito de los Excluidos demanda: basta de miseria, de prejuicios y de represión’, apunta la CUT.

Se espera que las manifestaciones se realicen en ciudades de al menos 18 estados y el Distrito Federal.

En Brasilia, los frentes Brasil Popular y Pueblo Sin Miedo se unen a la acción titulada ‘Brasil, ¿cuál es su grito? #ForaBolsonaroeMourão (Fuera Bolsonaro y (Hamilton, vicepresidente) Mourão)’, en un acto escénico en defensa de la vida, la democracia y los derechos, en la Explanada de los Ministerios.

El gigante suramericano proclamó su emancipación de Portugal el 7 de septiembre de 1822. El príncipe de Portugal, Pedro I de Brasil (Libertador y padre de la nación brasileña), anunció el Grito de Independencia en los márgenes del río Ipiranda, en Sao Paulo.

Prensa Latina


Covid-19: Brasil tem 126.650 mortes e 4.137.521 casos da doença

O Brasil registrou neste domingo (6) 14.521 casos de covid-19 e 447 mortes pela doença provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com as informações do Ministério da Saúde, o país tem 126.650 mortos e 4.137.521 casos desde a primeira notificação.

Ainda segundo o balanço do governo federal, 3.317.227 pessoas se curaram da doença e outras 693.644 estão em acompanhamento.

Desde o início da pandemia, segundo a Universidade Johns Hopkins, quase 27 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo. Do total de doentes, 881.096 morreram.

Veja a situação em cada Estado do Brasil

São Paulo: 855.722 casos

Bahia: 271.225 casos

Rio de Janeiro: 232.818 casos

Minas Gerais: 234.804 casos

Ceará: 222.372 casos

Pará: 207.638 casos

Santa Catarina: 189.028 casos

Distrito Federal: 169.617 casos

Maranhão: 158.050 casos

Goiás: 147.615 casos

Rio Grande do Sul: 143.914 casos

Paraná: 143.074 casos

Pernambuco: 132.152 casos

Amazonas: 123.811 casos

Espírito Santo: 115.505 casos

Paraíba: 109.673 casos

Mato Grosso: 97.819 casos

Piauí: 82.006 casos

Alagoas: 80.717 casos

Sergipe: 73.740 casos

Rio Grande do Norte: 63.801 casos

Rondônia: 58.066 casos

Tocantins: 55.513 casos

Mato Grosso do Sul: 53.491 casos

Roraima: 45.137 casos

Amapá: 44.770 casos

Acre: 25.443 casos

R7


A 26ª edição do Grito dos Excluídos terá manifestações em 18 estados. Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo se unem em defesa da vida, da democracia e dos direitos

Desde 1995, o Grito dos Excluídos mobiliza cidadãos em todo o Brasil no 7 de setembro como um contraponto ao grito da Independência. Para os movimentos sociais, esse grito ainda não se concretizou. Em 2020, diante dos retrocessos impostos ao povo brasileiro e com o agravamento da desigualdade social a 26ª edição do Grito dos Excluídos avisa: “Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!”
Serão realizadas manifestações em cidades de pelo menos 18 estados do país e no Distrito Federal. Em Brasília, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo unem-se ao Grito dos Excluídos em um Ato Cênico Performático – em defesa da vida, da democracia e dos direitos. O objetivo, informam os organizadores, é denunciar os retrocessos sociais, econômicos e ambientais no Brasil implementados pelo governo de Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão.

O ato, na Esplanada dos Ministérios (no gramado ao lado do Teatro Nacional), tem concentração marcada para 9h. Intitulado Brasil, qual o seu grito? #ForaBolsonaroeMourão, será desenvolvido por meio de imagens que mostrem a situação do Brasil em consequência do descaso do governo federal com a vida e os direitos da população. Dirigida pelo dramaturgo brasiliense Zé Regino, o protesto criado coletivamente foi inspirado nas escolas de samba e será organizado em alas. Cada uma delas fará uma denúncia, por meio de recursos cênicos, de forma estática, silenciosa, sem microfones ou auto-falantes. O distanciamento social e todas as normas sanitárias de afastamento, de não aglomeração e de uso de máscaras serão respeitados.

Os temas – vida, democracia e direitos – serão retratados pelos diversos movimentos sociais, coletivos políticos de resistência e partidos políticos de esquerda.

Cruzes e balões

O advogado Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), conta que, em tempos de pandemia, de isolamento contra a covid-19, a mobilização foi adaptada a essa nova realidade. “Neste 7 de setembro realizaremos o 26º Grito dos Excluídos, com manifestações nas ruas, praças, e também nas redes, com debates virtuais, lives, pelo Brasil inteiro.”

Na cidade de São Paulo, há 12 anos a CMP organiza a mobilização pelo Grito dos Excluídos a partir da Praça Osvaldo Cruz, com caminhada pela Avenida Paulista e descida pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até o Parque do Ibirapuera. “Este ano, a manifestação ficará somente na Praça, com respeito ao distanciamento social”, explica Bonfim. “Vamos levar cruzes para simbolizar as mortes de mais de 120 mil pessoas pela covid-19, pela irresponsabilidade do governo Jair Bolsonaro. Vamos soltar balões para homenagear as famílias que perderam seus entes queridos. E expor carteiras de trabalho, para denunciar o desemprego, uma questão que preocupa muito os trabalhadores.”

Unidade contra o desmonte

O coordenador da Central de Movimentos Populares valoriza a unidade dos movimentos sociais, das duas frentes, diante da conjuntura vivida pelos brasileiros. “Em acordo com a coordenação do Grito, estaremos levando para as ruas do Brasil a pauta do Fora, Bolsonaro. É muito importante essa unidade para enfrentarmos o desmonte das políticas públicas, o aumento do desemprego, da miséria, da fome que está se acentuando sobretudo a partir do golpe de 2016. E com mais força com a vitória do projeto fascista liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem destruído a economia do nosso país – privatizando recursos naturais, empresas públicas de desenvolvimento econômico e social –, e atacado a democracia.”

Para Raimundo Bonfim, Bolsonaro mostra desprezo pela vida humana, pela saúde pública, ao não liderar um processo de ações de mitigação dos efeitos da pandemia. “Então é um 7 de setembro marcado por indignação contra essa política genocida, de morte. Mas é também um momento de somar forças e mostrar a unidade dos movimentos sociais em parceria com as pastorais sociais e o conjunto das forças democráticas e populares. Será um dia de manifestações em defesa da vida, do emprego, da renda, da saúde, da moradia, da liberdade de expressão e de organização dos movimentos populares e da classe trabalhadora.”

Vida em primeiro lugar

Em carta de apoio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lembra que o Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo. “É um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.”

“Vida em primeiro lugar”, clama a CNBB. “O 26º Grito dos Excluídos e Excluídas quer ressoar em nossas mentes e em nossos corações o compromisso de que precisamos estar atentos e atentas para percebermos os sinais que nos impõem os tempos atuais, marcados pela pandemia que escancara a triste situação de como vive a maioria da população brasileira, sem terra (território), sem teto e sem trabalho, sem saúde, sem educação e sem alimento. Portanto sendo arrancada sua dignidade.”

A CNBB ressalta o sofrimento das famílias pelas perdas sofridas durante a pandemia do coronavírus. “Infelizmente, existe uma omissão por parte do governo brasileiro. Um ministério que não se deixa orientar pelos conhecimentos científicos. Incapacidade de administrar os recursos destinados ao combate a pandemia. Há uma indiferença em relação aos cuidados da vida”, critica a carta.

A carta lembra os gritos dos encarcerados, do povo em situação de rua, das comunidades tradicionais, das periferias, dos povos indígenas, dos trabalhadores em serviços precarizados, das comunidades ciganas, migrantes, do povo do circo. “Eis um grande apelo para nós: igrejas, pastorais, organismos, movimentos populares. Ecoamos os nossos gritos, com o ‘ressoar dos atabaques do povo negro; som do maracá de esperança e resistência dos povos indígenas’. Juntemo-nos com todos os povos, tecendo sonhos de justiça e paz na grande teia da solidariedade e gritar: Vida em primeiro lugar.”

26º Grito dos Excluídos terá atos neste domingo e na segunda-feira
As informações a seguir – como links, endereços, horários e pontos de concentração, entre outras – foram fornecidas por organizadores locais de atividades do 26º Grito dos Excluídos e compiladas na medida do possível por coletivos de comunicação e de movimentos sociais que apoiam a realização do Grito.

Amazonas

Dia 6: em Manaus, às 16h, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/sefras.org): Perspectiva Revolucionária da Economia de Francisco e Clara nos dias atuais

Bahia

Dia 7, em Salvador, às 15h, com transmissão ao vivo (http://www.facebook.com/gritosalvador)

Ceará

Dia 6, Tianguá, às 16h, com transmissão ao vivo

Dia 7, em Fortaleza:

Distrito Federal

Dia 7, em Brasília, às 10h: Ato Cênico Performático no gramado da Esplanada dos Ministérios

Espírito Santo

Dia 6, em Vitória, às 19h: projeção Mapeada no Convento da Penha, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/penhaconvento)

Dia 7, em Vitória, às 8h: celebração inter-religiosa, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/penhaconvento)

Goiás

Dia 7, em Goiânia: dia de manifestações, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/forumgoianoemdefesa/), e a participação de Ermínia Maricato, João Pedro Stédile e Leonardo Boff

Maranhão

Dia 7, ato na Diocese de Brejo, às 9h, transmissão ao vivo  (https://www.facebook.com/diocesedebrejo.com.br/)

Dia 7, em São Luís: ação com a população em situação de rua no Mercado Central à noite

Mato Grosso

Dia 7, em Cuiabá, às 18h: celebração ecumênica na Paróquia Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/fdhtmatogrosso/)

Minas Gerais

Dia 7, em Belo Horizonte, às 10h: Igreja São Francisco de Assis – Pampulha; Viaduto – Av. Antônio Carlos (próximo a PPL); Viaduto – Av. Antônio Carlos com Av. Abrahão Caram; Av. Amazonas (Mercado Central); Praça da Estação

Pará

Dia 7, em Belém, às 8h: concentração do Grito na Praça da República, em frente ao teatro, transmissão ao vivo pela rádio web Idade Mídia e página oficial do Grito de Belém (https://www.facebook.com/Grito-dos-Exclu%C3%ADdos-Bel%C3%A9m-PA-541730972558152/)

Paraná

Dia 7, em Curitiba, às 12h: missa presidida por Dom José Antonio Peruzzo, arcebispo de Curitiba, com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/arquidiocesedecuritiba/)

Pernambuco

Dia 7, em Recife, às 9h: ato público presencial no Parque Treze de Maio

Rio de Janeiro

Dia 7, na cidade do Rio de Janeiro, às 9h: ato público presencial na Rua Uruguaiana com Av. Presidente Vargas e marcha até o museu do Amanhã – Praça Mauá. Bicuda do Bozó presente

Rio Grande do Norte

Dia 7, em Mossoró: distribuição de cestas com alimentos e materiais de higiene arrecadados durante a Campanha de Solidariedade, às pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre elas imigrantes, com momentos de diálogos e encerramento com mística

Rio Grande do Sul

Dia 7, em São Leopoldo, às 10h: ato simbólico com o plantio de 80 mudas de árvores, em memória às mais de 3,5 mil vidas perdidas na pandemia do coronavírus no Rio Grande do Sul. Transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/brasildefators/)

Dia 7, em Caxias do Sul, às 18h: transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/gritacaxias)

Rondônia

Dia 7, em Porto Velho: amanhecer com casas com panos pretos e cartazes dos gritos; às 17h, ato presencial cultural no Centro Político Administrativo do Governo do Estado, com no máximo 25 pessoas, participação de representantes dos povos indígenas ameaçados nos territórios, que será transmitido ao vivo pela página da diocese

Roraima

Dia 7, em Boa Vista, às 8h: ato presencial público, concentração do Grito na Praça do Centro Cívico

São Paulo

Dia 7, no ABC, às 15h: leitura de mensagem do teólogo e escritor Frei Betto; A história do Grito; Os excluídos pelo racismo; Os excluídos pelos despejos. Com transmissão ao vivo (https://us02web.zoom.us/j/89233244863?pwd=cnlaZk1VMXQyeUExWGhkRWpjQmRDdz09)

Dia 7, atividades a partir das 7h30. Às 9h: missa na catedral de Mogi das Cruzes com a presença do bispo dom Pedro Stringhini, do padre Dimas e outros para a reflexão do 26º Grito dos Excluídos. Atividade do Grito, às 11h, com transmissão ao vivo (www.redelivre.online  e a página do Facebook O Grito dos Excluídos do Alto Tietê)

Dia 7, em Aparecida, às 9h: celebração da 33ª Romaria dos Trabalhadores/as e do 26º Grito dos/as Excluídos/as, presidida pelo bispo de Aparecida, dom Orlando Brantes. Participação com banners e com a temática na celebração. A missa será transmitida pela TV Aparecida, Rádio Aparecida e Portal A 12

Dia 7, na Baixada Santista, às 9h: atos nas cinco cidades, em espaços públicos, transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/GritosDosExcluidosBaixadaSantista/)

Dia 6, em Carapicuíba, às 15h: “Os gritos do povo por terra, teto e trabalho”, com a participação de Salete Carollo, assentamento Tapes MST/RS, Darcy Costa, coordenador MNPR, Soledad Pequena, assessora Cemir, Arnaldo de Negri, Fórum da Sociedade Civil da Saúde e Seguridade Social e do Grito dos Excluídos Continental. Com transmissão ao vivo (https://www.facebook.com/PASTORAL-DA-SAUDE-REGIONAL-SUL-1-127816873988682/)

Dia 7, em Carapicuíba, às 10h: saída do Parque da Aldeia com destino ao Parque Gabriel Chucre, Via Inocência Seráfico

Dia 7, em Jundiaí, às 9h: a Diocese de Jundiaí realiza o seu 10º Grito dos Excluídos, com uma celebração na Paróquia São José Parque Almerinda Chaves, com transmissão ao vivo (facebook.com/paroquiasaojosealmerinda / facebook.com/diocesejundiai)

Dia 7, em Osasco, pela manhã: ato simbólico na Praça Helena Maria

Dia 7, em São Paulo, às 10h: ato sem caminhada na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, Fora, Bolsonaro! Queremos Trabalho, Terra, Teto e Pão!

Regional CNBB Nordeste 2 (AL, PE, PB, RN)

Dia 7, Grito dos Excluídos, das 9h às 12h. 9h – Boas vindas e abertura; Mística com Zé Vicente; Plenária “Os clamores do povo: gritos do Regional Nordeste 2”; Exibição de vídeo do Regional; 12h – Encerramento

MAÇONS PROGRESSISTAS


Bolsonaro, a la cabeza de los antivacunas

Por Dario Pignotti

Agitación y propaganda contra la vacuna. En los últimos días Jair Bolsonaro realizó declaraciones alineadas con los grupos negacionistas que denostan la inmunización contra el coronavirus, dolencia que ya costó la vida de 126.650 brasileños e infectó a otros 4.137.521, según los datos divulgados este domingo a la noche por los estados provinciales, cuyos números son más confiables que los del gobierno nacional siempre tentado de escamotear informaciones.

Junto al pastor y ministro de Justicia, André Mendonca, el presidente realizó una gira concluida este fin de semana por el estado de San Pablo donde insistió en sus cuestionamientos sobre el fármaco contra la covid-19 que aún está en fase de estudios.

Como si fuera un predicador repitió al menos cuatro veces, entre el jueves y el sábado, que sólo en las «dictaduras» los ciudadanos son obligados a ingerir vacunas violando la voluntades individuales. El vicepresidente, general Hamilton Mourao, lo apoyó.

El ex capitán y caudillo de ultraderecha ataca a las campañas de inmunización levantando como bandera la defensa de la «libertad» en una guerra fría imaginaria.

Dijo que sólo autorizará la vacuna cuando ésta sea absolutamente segura, al contrario de lo que hizo cuando promocionó el consumo de la hidroxicloroquina, droga que no es recomendada por la Organización Mundial de la Salud (OMS) debido a sus efectos colaterales.

Este medicamento, también cuestionado por infectólogos brasileños, recibió recursos del gobierno y fue fraccionado en laboratorios del Ejército, por orden del ministro de Salud, general Eduardo Pazuello.

A pesar de los ataques presidenciales contra la vacuna y su obligatoriedad, los estudios continúan en dos centros de investigación de punta en Río de Janeiro y San Pablo.

La Fundación Oswaldo Cruz, del gobierno nacional con sede en Río, trabaja sobre la vacuna de la Universidad de Oxford y el Instituto Butantan, del gobierno de San Pablo, realiza tests con la Coronavac, del laboratorio chino Sinovac.

Además están encaminados los exámenes, pero aún no se iniciaron, con la vacuna Sputnik V, como resultado de un acuerdo entre el gobierno de Rusia y las autoridades de la provincia de Paraná.

Terraplanistas

Entre los enemigos citados en estos días por el mandatario están la OMS ( «no tiene la menor credibilidad», dijo ) y los gobernadores de la mayoría de los estados brasileños a los que les reprocha haber impulsado el aislamiento social y el uso de mascarillas para contener la diseminación de la pandemia.

Durante una charla con vecinos de Eldorado, cuidad del interior paulista donde pasó parte de su juventud, Bolsonaro le recomendó a un niño que se quite el barbijo, violando las normas vigentes.

Ese tipo de consejos tienen un eventual efecto pedagógico sobre sectores de la población que, sin ser militantes del negacionismo, son permeables a las palabras de un gobernante con la popularidad en alta, ubicada en la franja del 37 por ciento según encuestas realizadas el mes pasado.

En un momento de delirio casi mussoliniano, Bolsonaró llegó a decir la semana pasada que su liderazgo es «impar» y que fue el único presidente «en el mundo todo» que siempre mantuvo la misma posición ante la pandemia surgida a fines de febrero en San Pablo. Esas posiciones, aseguró, explican él éxito de Brasil frente a la dolencia.

Omitió recordar que en marzo comparó a la covid-19 con una «gripecita» o un «resfriadito» intrascentes, y en abril pronosticó que la pandemia estaba a punto de ser superada.

El terraplanismo oficial tiene como antecedente el discurso antivacuna defendido desde hace años por Olavo de Carvalho, el ideólogo de cabecera de la familia Bolsonaro y uno de los enlaces con Steve Bannon, quien fuera coordinador de la campaña presidencial de Donald Trump en 2016 y desde el mes pasado es imputado por varios delitos en la justicia de Nueva York.

El plan bolsonarista frente al virus no es mera abstracción ideológica: su boicot al aislamiento, la incitación a la invasión de hospitales de campaña y la demora en enviar socorro económico a los estados contribuyeron a que Brasil sea el segundo país del mundo en muertes e infecciones. Miles de víctimas podrían haberse evitado con otra política sanitaria.

Así lo indican algunas de las denuncias por genocidio contra el gobernante presentadas ante el Tribunal Penal Internacional y varios pedidos de impeachment ingresados en el Parlamento brasileño.

La profesora Ligia Bahia, especialista en Salud Pública de la Universidad Federal de Río de Janeiro, plantea que esta narrativa contra la vacunación puede ser perjudicial frente a las futuras campañas de concientización que habrán de realizarse cuando alguna de las vacunas sea autorizada.

s probable que la perorata del mandatario fortalezca la prédica de grupos terraplanistas que ya intensificaron su proselitismo contra la vacuna en julio y agosto según una investigación realizada por Unión Pro Vacuna, grupo integrado por especialistas de la Universidad de San Pablo.

Ese estudio advierte puntos de contacto ideológico entre el activismo antivacuna y los canales y perfiles de ultradercha vinculados al «Gabinete del Odio», un aparato de desinformación posiblemente coordinado desde el Palacio del Planalto por Carlos Bolsonaro, el hijo del presidente.

En otras palabras: es plausible sospechar que desde el Planalto se alienten operaciones de desinformación sanitarias, igual que meses atrás se respaldó una campaña en favor del golpe de Estado junto al cierre del Parlamento y el Congreso.

Otro hijo presidencial, el diputado Eduardo Bolsonaro, acaba de justificar, seguramente siguiendo instrucciones de su padre, una «rebelión» como la ocurrida hace más de un siglo contra la vacuna antivariólica.

Bolsonaro concibe este sabotaje de la salud pública dentro de una «guerra cultural y anticivilizatoria» de largo plazo, reflexiona la filósofa brasileña Marcia Tiburi, autora de libro Como conversar con un fascista , exiliada en Francia tras recibir amenazas de grupos de ultraderecha.

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