Brasil registró 30 mil casos en un día y el total supera los 4 millones de contagios
Brasil sumó 30.000 nuevos casos de COVID-19 en un día y ya superó los 4,1 millones
Brasil registró en las últimas 24 horas 30.168 nuevos casos de coronavirus, por lo que el total sobrepasó este sábado los 4,1 millones, mientras que las muertes llegan ya a 126.203, según el boletín divulgado por el Ministerio de Salud.
El país contabilizó 682 muertes en 24 horas y por tercer día consecutivo se situó por debajo de los 1.000 decesos diarios, reflejo de lo que, según las autoridades, serían las primeras señales de estabilización.
Algunos estados, como Sao Paulo, ya han registrado un mes de caída en el número de decesos, pero los expertos coinciden en que todavía es pronto para hablar de mejora generalizada en el país debido al tamaño continental y heterogeneidad de Brasil.
El Ministerio también informó que la cifra de pacientes recuperados se sitúa ahora en 3.296.702 y 700.095 permanecen bajo observación en el país que, con 210 millones de habitantes, es en términos absolutos el segundo más afectado por la pandemia, solo por detrás de Estados Unidos.
No obstante, Brasil podría ser sobrepasado en los próximos días por India en lo que se refiere a número de casos, ya que el país asiático cruzó este sábado la barrera de los cuatro millones de casos por coronavirus desde el comienzo de la pandemia.
Reapertura de atracciones turísticas y más controles
Sao Paulo y Río de Janeiro, que hace seis meses fueron dos de los principales epicentros de la pandemia en Brasil, reabrieron este sábado atracciones turísticas, en medio de la ralentización de la pandemia en sendas ciudades.
Tras casi seis meses cerrado, el futurista Museo del Mañana fue hoy el primer museo de Río en reabrir sus puertas, mientras que Sao Paulo permitió por primera vez desde el comienzo de la pandemia la entrada de visitantes en el acuario de la ciudad, aunque con algunas limitaciones.
Tanto el Museo de Mañana, un proyecto arquitectónico del español Santiago Calatrava, como el acuario más grande de Sudamérica restringieron la entrada de público con el fin de evitar aglomeraciones.
Asimismo, ambas ciudades redoblaron hoy la fiscalización en sus playas con motivo del puente por el festivo del día de la Independencia, que se celebra el próximo lunes, a fin de impedir que se repitan las imágenes de aglomeraciones vistas en los últimos días en diversas playas del país.
De esta forma, Sao Paulo y Río, que ya había reabierto algunos de sus principales puntos turísticos, como el Cristo Redentor o el Pan de Azúcar, dieron un paso más en su proceso gradual de desescalada.
Sao Paulo, el estado más populoso de Brasil con 46 millones de habitantes, completó la víspera cuatro semanas consecutivas con una reducción en el número de muertes, un hecho inédito desde la llegada de la pandemia a Brasil.
Pese a la mejora, el gobernador de Sao Paulo, Joao Doria, alertó de que “no puede bajar la guardia” ante el virus, que deja en el estado más de 845.100 casos, con 31.000 muertos.
Quilombolas já registraram 4.541 casos e 156 óbitos causados pela covid-19
O boletim epidemiológico do “Observatório da Covid-19 nos Quilombos”, organizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq) e o Instituto Socioambiental (ISA) revela que houve, até o momento, 156 óbitos e 4.541 casos de contaminados por coronavírus nos quilombos do Brasil. Isto significa que, desde a primeira morte, dia 11 de abril, morreu cerca de quilombola por dia.
No dia 28 de maio, eram 197 casos confirmados, um aumento de 3.905 em pouco mais de quatro meses no registro de infectados nos territórios quilombolas.
Além dos contaminados e dos óbitos, o boletim epidemiológico indica que outros 1.214 quilombolas seguem monitorados, sem a confirmação, ainda, de que estão contaminados e outros 3 três óbitos também aguardando confirmação de diagnóstico (Bahia, Minas Gerais e Pará). No Brasil, são quase 125 mil mortes e mais de 4 milhões de pessoas infectadas já registrados.
O levantamento computa o total de óbitos em 16 dos 24 Estados com quilombos certificados e/ou em processo de certificação. Desses, 28% estão no Estado do Pará que também lidera o número de quilombolas contaminados e com suspeita de covid, colocando a Região Norte do Brasil como a mais letal diante da proliferação do coronavírus nos territórios quilombolas, com 42% dos casos mapeados pela Conaq em todo o Brasil.
Seguidos do Pará, onde houve 43 mortes, vem o Rio de Janeiro (38), Amapá (23), Maranhão (12) e Pernambuco (9).
A organização denuncia que os dados da transmissão da doença em territórios quilombolas são sub-notificados, pois muitas secretarias municipais deixam de informar ocorrências entre pessoas quilombolas. Por isso, os números seriam maiores, como analisa o coordenador, Biko Rodrigues.
“É um número muito subestimado, porque o controle está sendo feito pela Conaq e organizações estaduais. A gente está buscando informações, da nossa forma, com campanha, materiais informativos, mas por parte do estado não existe nenhuma ação concreta”, declara.
O dirigente pontua que a organização está construindo ações judiciais para obrigar o governo federal a construir um plano que possa atender os territórios quilombolas na questão do enfrentamento a covid-19.
Bolsonaro retira 5,7 milhões de pessoas do auxílio-emergencial
O governo apertou os critérios de concessão para o auxílio emergencial estendido e calculou que 5,7 milhões de pessoas deixarão de ser elegíveis, conforme números apresentados pelo Ministério da Cidadania.
Em exposição de motivos sobre a Medida Provisória que institui o novo auxílio de 300 reais, a pasta informou que a primeira fase do programa, que distribuiu 600 reais mensais aos beneficiários, atingiu 67,2 milhões de brasileiros. O contingente é superior à toda população da Itália.
Nesta segunda fase, que irá até dezembro, serão 61.488.087 pessoas elegíveis, disse o ministério.
Mais cedo, o secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, Gustavo Guimarães, já havia destacado que o CPF está sendo usado no cruzamento de dados para concessão do auxílio, o que delimitará a base de beneficiários.
“Aconteceu realmente uma limitação”, disse ele.
O custo mensal do auxílio emergencial caiu a 16,9 bilhões de reais para o período de setembro a dezembro, ante 50,8 bilhões de reais na fase anterior, que durou de abril a agosto, redução de 67%.
O programa é a iniciativa de maior vulto do governo para enfrentamento à pandemia de coronavírus. O Ministério da Economia atualizou nesta manhã seu custo total a 321,8 bilhões de reais em 2020.
Guimarães exemplificou que, agora, se a pessoa tiver posse ou propriedade de bens em 2019 acima de 300 mil reais, não receberá mais o auxílio emergencial residual.
“Outros cortes foram feitos com base no CPF, isso reduz sim a base”, pontuou ele, complementando que as alterações foram feitas para atender a recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), mirando coibir fraudes.
Nesta nova etapa do auxílio, os residentes no exterior ou os que estejam presos em regime fechado não poderão receber o benefício.
Em outra frente, os rendimentos tributáveis calculados para a elegibilidade serão os relativos ao ano de 2019, e não mais de 2018. As regras relativas ao quantitativo de cotas para cada família também foram ajustadas.
Segundo a MP, o recebimento do auxílio emergencial residual será agora limitado a “duas cotas por família”. Na redação da lei do auxílio de 600 reais, o recebimento do auxílio era limitado a “dois membros da mesma família”.
A mãe solteira continua com direito a receber duas cotas. Na prática, caso outra pessoa elegível ao benefício seja da mesma família, ela deixará de poder receber, uma vez que o critério de duas cotas por família já terá sido satisfeito.
Guimarães também disse que quem está no cadastro do Bolsa Família voltará a receber o que tem direito pelo programa. Caso esse valor seja menor que 300 reais, apenas a diferença é que será paga via auxílio emergencial.
Nos cinco meses iniciais do programa, os beneficiários deixavam de receber o Bolsa Família e recebiam 100% do auxílio emergencial.
O Ministério da Cidadania calculou a necessidade de 79,1 bilhões de reais para a nova fase do auxílio. O impacto orçamentário será menor –67,6 bilhões de reais– porque parte da despesa será coberta com crédito ordinário do Bolsa Família.