Brasil | Con más de 4,4 millones de contagios y 134 mil muertes, Bolsonaro juramenta como ministro de Salud al general Eduardo Pazzuello
Coronavirus: Jair Bolsonaro juramenta al ministro de Salud con renovada defensa de la cloroquina
El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, tomó juramento este miércoles al general Eduardo Pazuello como ministro de Salud, cargo que ocupaba interinamente desde mayo pasado, con una renovada defensa de la cloroquina para tratar el coronavirus (COVID-19).
Después de cuatro meses, los más duros de la pandemia, que deja ya en el país casi 134.000 muertes, Brasil volvió a tener un titular efectivo en la cartera de Salud, por la que desde febrero pasado, cuando se registró el primer caso brasileño de COVID-19, habían pasado otros dos titulares.
Em ato no Planalto, Pazuello é efetivado, e Saúde passa a ter ministro titular após 4 meses
Após quatro meses no cargo, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, tomou posse nesta quarta-feira (16) como ministro efetivo da pasta.
A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, e coube ao presidente Jair Bolsonaro assinar o termo de posse de Pazuello. O anúncio de que Pazuello seria efetivado no cargo foi feito na segunda-feira (14).
Algumas autoridades acompanharam a cerimônia, entre as quais o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os ministros Braga Netto (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Fábio Faria (Comunicações), Milton Ribeiro (Educação) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura).
O Salão Nobre do Palácio do Planalto, onde aconteceu a cerimônia, estava lotado. Os convidados estavam de máscara, item obrigatório em locais públicos no Distrito Federal.
General do Exército, Eduardo Pazuello é o terceiro ministro da Saúde no atual governo. Antes dele, ocuparam o cargo os médicos Luiz Henrique Mandetta (janeiro-2019/abril-2020) e Nelson Teich (abril a maio/2020).
Tanto Mandetta quanto Teich saíram do Ministério da Saúde após divergências com Bolsonaro sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 e sobre medidas de distanciamento social (clique no nome do ex-ministro para relembrar as demissões).
Nelson Teich pediu demissão no dia 15 de maio e, desde então, Pazuello, à época secretário-executivo, passou a conduzir a pasta e a definir as estratégias para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
No dia 3 de junho, Pazuello foi nomeado ministro interino da Saúde e, nesta quarta, quatro meses após a saída de Teich, foi efetivado no comando da pasta.
‘Carro andando’
No primeiro pronunciamento como titular do Ministério da Saúde, Pazuello disse que entrou na pasta em meados de abril, «no momento mais crítico da pandemia».
«Literalmente, tivemos que trocar a roda do carro andando. A responsabilidade era enorme e tivemos a liberdade total para implementarmos as medidas que eram necessárias», disse.
Em outro momento, em agradecimento a empresários e entidades, Pazuello disse que o Brasil está «vencendo a guerra».
«O mais forte a salientar foi a união e a solidariedade de todo o povo brasileiro, mostrando o valor de nossa nação, onde empresários, cidadãos e entidades das mais diversas se mobilizaram e continuam mobilizados na certeza de que, juntos, estamos vencendo essa guerra», declarou.
O ministro da Saúde defendeu ainda o tratamento precoce da doença pode salvar vidas.
“Em um primeiro momento, acreditavam que a melhor conduta era ficar em casa, aguardando a melhora dos sintomas e somente procurar atendimento médico em caso de falta de ar. Nós vimos que não era o melhor remédio o ‘fica em casa, esperando falta de ar’. O aprendizado nos mostrou que quanto mais cedo atendermos os pacientes melhores são suas chances de recuperação. O tratamento precoce salva vidas”, disse.
Vacina
Em breve entrevista após ser empossado no cargo, Pazuello disse que a previsão é de que um programa nacional de vacinação contra o coronavírus inicie a partir de janeiro. Ele disse, entretanto, que o calendário pode ser antecipado, caso as pesquisas sobre vacina sejam concluídas antes dessa data.
O ministro também afirmou que o Ministério da Saúde já estuda quais serão os públicos-alvo do programa de vacinação, mas não antecipou os grupos.
“Temos também já bem claro os públicos-alvo. Então, com certeza, durante a pandemia, nós pudemos verificar quais são os públicos-alvo mais sensíveis e você pode, a partir daí, avaliar que a gente tem já uma linha de trabalho em cima de públicos-alvo. Quais são os públicos-alvo? Qual é a sequência? Isso faz parte de um plano que está sendo desenhado ainda”, disse.
Segundo Pazuello, também está sendo discutida dentro do Ministério da Saúde a possibilidade de inclusão de remédios integrantes do “kit Covid”, entre os quais, a cloroquina, no programa Farmácia Popular.
Sobre a possibilidade de se aposentar do Exército, o ministro disse que entrar para a reserva é uma possibilidade e não uma obrigação.
Eduardo Pazuello
Eduardo Pazuello tem 56 anos e nasceu no Rio de Janeiro. É militar da arma de Intendência, formado em 1984 na Academia Militar das Agulhas Negras (RJ), onde também estudou o presidente Jair Bolsonaro.
Entre as missões desempenhadas no Exército, Pazuello foi coordenador logístico de tropas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Ele também coordenou a Operação Acolhida, de auxílio a imigrantes venezuelanos, na fronteira de Roraima com o país governado por Nicolás Maduro.
À frente do Ministério da Saúde, Pazuello nomeou vários militares para sua equipe; elaborou, atendendo a demandas de Bolsonaro, protocolo sobre o uso de cloroquina nos casos leves de Covid-19; e gerou polêmica ao modificar a forma de divulgação de casos da doença.
O ministro também foi questionado sobre critérios de distribuição e sobre a não aplicação integral de verbas para a Covid-19. Ele foi criticado ainda por não atender a alertas sobre desabastecimento de remédios e sobre excesso de estoque de cloroquina, medicamento cuja eficácia contra o coronavírus não é comprovada.
Em posse de Pazuello, Bolsonaro critica escolas fechadas, volta a exaltar cloroquina e chama imprensa de «catastrófica»
Durante solenidade de posse do novo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que atuava como interino da pasta há três meses, desde a demissão de Nelson Teich, Jair Bolsonaro fez um discurso crítico a todas as medidas tomadas por governadores e prefeitos em combate à pandemia do novo coronavírus e voltou a mirar contra a imprensa.
«Não tínhamos por que fechar as escolas, mas as decisões não estavam mais nas nossas mãos, e sim nas de governadores e prefeitos, por decisão judicial», afirmou Bolsonaro. «Somos um país com maior número de dias em lockdown nas escolas. Isso é um absurdo», completou.
«Não precisaria ter fechado o comércio como aconteceu», declarou ainda, dizendo que foi contra a política do ‘fica em casa’. «Essa questão poderia ter sido tratada com mais racionalidade», mas «alguns governadores foram tomados pelo pânico, tomados por essa mídia catastrófica. Isso não é uma crítica à imprensa, é uma constatação», disse
No início de sua fala, ele voltou a fazer propaganda da cloroquina como tratamento para a Covid-19, e lamentou ter sido criticado pela mídia, que sempre enfatizou que o medicamento não tinha comprovação científica para curar os infectados com o vírus.
«Nós tínhamos que fazer alguma coisa sobre as mortes vitimadas pelo vírus. A primeira coisa foi a hidroxicloroquina. A decisão não foi da minha cabeça, como uma aposta de um jogador. O chanceler Ernesto Araújo conversou com diversos embaixadores», disse.
Bolsonaro também deu como exemplo de baixa letalidade na pandemia o continente africano, atribuindo esse dado ao uso da cloroquina, sem considerar que um dos fatores é a idade da população – a mais jovem do mundo, com média de 18 anos.
Brasil registra otras 987 muertes por coronavirus y suma 134.106 decesos
Brasil registró el miércoles otras 987 por COVID-19, lo que eleva el número total de fallecidos por la enfermedad en el país a 134.106, según datos del Ministerio de Salud.
El gobierno también reportó 36.820 nuevos casos de la enfermedad causada por el nuevo coronavirus, con lo que las infecciones confirmadas en el país ascienden a 4.419.083.
Brasil es el segundo país del mundo con mayor número de muertes por COVID-19, solo por detrás de Estados Unidos, y es tercero en la cifra de casos, superado por Estados Unidos e India.
A pesar de que los datos oficiales muestran una reducción en las cifras en las últimas semanas, el número de muertes por COVID-19 en Brasil sigue estando entre los más altos del mundo, con un promedio de 715 decesos por día en la última semana epidemiológica.