Brasil supera las 95 mil muertes y hay más de 70 contagios en la casa presidencial
Coronavirus en Brasil: más de 70 casos en la sede de la presidencia
Los políticos brasileros no quedaron exentos de la ola de contagios que está atravesando el país que ya cuenta con más de 2,7 millones de casos de Covid-19.
De ese modo, el Palacio del Planalto registró más de 70 casos de coronavirusen menos de un mes, período en el que dio positivo el presidente Jair Bolsonaro que coincide con el recrudecimiento de la pandemia en Brasilia.
Por su parte, Bolsonaro se incorporó al trabajo el 27 de julio, luego de casi 3 semanas de cuarentena por haber contraído la dolencia, que también afectó a su esposa, Michelle.
Este martes el presidente encabezó una reunión del Consejo de Gobierno con la junta de ministros en la que no estuvo presente el jefe de gabinete, general Walter Souza Braga tras ser diagnosticado con Covid-19.
También dieron positivo en los últimos días los ministros Milton Ribeiro, de Educación, Onyx Lorenzoni, de Ciudadanía y el titular de Ciencia y Tecnología, Marcos Pontes. (ANSA).
Según el último balance, las autoridades confirmaron 2.750.318 casos y 94.665 fallecidos, lo que convierte a Brasil en el segundo país más afectado del mundo por detrás de Estados Unidos.
No obstante, Bolsonaro, a pesar de que resultó contagiado, rebajó la importancia de la pandemia y abogó por mantener abierta la economía.
Previamente, el presidente de la Cámara de Diputados, Rodrigo Maia, del centroderechista partido Demócratas, anunció que no dará luz verde a ninguno de los 48 pedidos de juicio político contra el gobernante por considerar que no existe delito de responsabilidad cometidos en relación con su gestión del coronavirus.
Covid avança e Brasil contabiliza mais de 95 mil mortes pela doença
Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), os registros de óbitos por causa da covid-19 no Brasil chegaram a 95.819 nesta terça-feira (04). O número oficial de pessoas infectadas pelo coronavírus no país é de 2.801.921. Na avaliação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a situação segue crítica e é preciso reforço em políticas de distanciamento social, isolamento de contaminados, uso de máscara e medidas de higiene.
O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da instituição, Marcos Espinal, afirmou que o país está muito próximo de chegar a 100 mil mortes e ressaltou os registros altos de casos e mortes em algumas unidades da federação. «Um país tão vasto, apesar de ter aumentado o número de testes, não dá para dizer que está achatando a curva (…) Há comunidades no Distrito Federal, São Paulo, Bahia em que uma grande quantidade de casos e mortes estão sendo reportados», disse ele.
Ainda de acordo com os números do Conass, entre segunda (03) e terça-feira (04), 51.768 novos casos foram confirmados. Os estados que têm os números mais expressivos de infectados são São Paulo (575.589), Ceará (179.341) e Bahia (175.389). Além desses, outras seis unidades da federação contabilizam mais de 100 mil pessoas contaminadas pelo coronavírus até agora: Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Maranhão, Distrito Federal e Amazonas
Nas 24 horas de segunda (03) para terça (04), houve registros de 1.159 novos óbitos. São Paulo (23.702), Rio de Janeiro (13.705), Ceará (7.806) e Pernambuco (6.717) têm os maiores números absolutos de casos fatais.
Novos recordes mundiais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a média de novos casos globais nas últimas semanas está acima de 250 mil por dia. Nesta terça-feira (04), o mundo superou 18 milhões de infectados. Segundo o boletim de registros da organização, os países não podem ser complacentes no combate à doença.
«A OMS pede aos países que testem cada vez mais e rastreiem os contatos para garantir que nenhum caso seja perdido e que todos tenham o tratamento adequado.»
Segundo os dados diários da Universidade John Hopkins, que monitora a pandemia globalmente, Estados Unidos, Brasil e Índia têm mais da metade de todas as contaminações registradas no planeta. O Brasil é o segundo que mais contabiliza casos e mortes da doença.
O que é o novo coronavírus?
É uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Mais de 400 padres diocesanos já contraíram covid e 21 morreram, aponta relatório
A Comissão Nacional de Presbíteros (CNP), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou um relatório com os dados de padres diocesanos infectados com a covid-19. São 415 infectados e 21 mortes, totalizando 436 religiosos que já contraíram a doença.
O relatório aponta que o número de casos segue aumentando. A pesquisa foi divulgada na última sexta-feira (31). Na quarta (29), segundo a CNP, o levantamento registrava 386 padres infectados. Ou seja, houve um aumento de mais de 11% em dois dias.
O documento foi construído com base em consultas às 18 regionais da CNBB, que agregam 278 circunscrições religiosas do país entre dioceses e arquidioceses. Apesar do número alto, eles podem ser ainda maiores, uma vez que focou somente nos padres diocesanos. Os padres ligados às congregações religiosas não foram contemplados com a pesquisa.
A Regional Sul 1 da CNBB, que corresponde a 45 circunscrições religiosas do estado de São Paulo, contabiliza o maior número de casos. Nessa regional foram registrados 72 infectados pelo novo coronavírus e uma morte.
Já a regional que concentra o maior número de mortes compreende os estados do Pará e Amapá: seis padres perderam a vida por conta da infecção e 58 foram infectados.
Os dados apontam ainda que 10 bispos foram infectados com a doença e 2 morrem em decorrência do novo coronavírus.
Volta às aulas: Ex-secretários da educação, médicos, professores e famílias são contra
Contra uma volta às aulas insegura e precipitada na cidade de São Paulo, ex-secretários da educação, médicos, professores e famílias se uniram ontem (4) em ato virtual em defesa da vida dos estudantes, familiares e dos profissionais da educação. Preocupados com a forma como as aulas serão retomadas e o risco de uma explosão de casos de covid-19, os participantes destacaram que é mais urgente garantir uma boa estrutura, preparar as escolas e orientar os profissionais da educação durante o próximo semestre. E que será preciso garantir muito mais recursos para que essas ações sejam efetivadas.
“Não dá para voltar. As famílias estão com medo. Falamos que as crianças não aprendem com fome. Será que elas vão aprender com medo? Será que os professores vão conseguir ensinar com medo? Falam que vão adequar as escolas. Quem não conseguiu podar as árvores, limpar caixa de água, limpar calhas, no início deste ano, vai garantir uma volta segura?”, questionou a ex-secretária da Educação Maria Aparecida Perez (2003-2004). O plano de volta às aulas do governo de João Doria (PSDB), para todo o estado, propõe a retomada em 8 de setembro.
O também ex-secretário da Educação Cesar Callegari (2013-2015) se manifestou contra a volta às aulas e ressaltou que a educação vai precisar de muito mais dinheiro para garantir uma volta segura. “Se eu estivesse como secretário nós jamais faríamos a retomada das aulas esse ano. A retomada das atividades escolares vai custar mais dinheiro do que o comum. A cidade de São Paulo perdeu impostos e taxas na casa de 20%. Se a educação não for protegida, deve perder cerca de R$ 2 bilhões. Temos que trabalhar com a ideia de irredutibilidade dos recursos da educação. O orçamento para o próximo ano precisa considerar isso”, disse.
O ato foi organizado pelo vereador Antonio Donato (PT), que defendeu o adiamento da volta às aulas até 2021. Defendemos que esse semestre seja de preparação das escolas. De reorganização sanitária. Precisa de tempo, precisa de investimento. E também de preparo dos professores e outros profissionais da educação. Todo o tempo do aprendizado é um tempo recuperável, mas a vida não. Precisamos dar uma chance à vida e se abrirmos as escolas vamos dar uma chance para o vírus fazer mais vítimas”, disse.
Kézia Alves, do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola (Crece), destacou que as famílias de estudantes também são majoritariamente contra a volta às aulas. E que a discussão devia ser sobre a situação das famílias. “Devia estar discutindo a garantia de alimentação, a garantia de acesso ao ensino remoto, como cuidar das crianças que estão psicologicamente abaladas. Estamos exaustos de falar que não queremos essa volta às aulas. E o governo não escuta. Falamos em lives, falamos em audiências públicas, mas não adianta”, afirmou.
Reafirmando a preocupação com a saúde de toda a sociedade com uma eventual volta às aulas, o médico sanitarista Gonçalo Vecina e o pediatra Antônio Carlos Madeira, diretor do Hospital Menino Jesus, também se posicionaram contra a medida. “O momento não é de se pensar em abrir escolas. Tem que deixar as escolas fechadas e trabalhar muito firmemente para organizar as escolas com segurança para crianças e seus familiares. Precisa se pensar de modo sério e muito consequente em como poderemos fazer a reabertura das escolas”, disse Madeira.
“Praticamente não temos registro de mortes de criança. A pandemia mata duas pessoas a cada mil até 40 anos. Mas a partir dos 80 anos, mata 10 a cada cem. As crianças saem de casa e vão para escola, trocam material biológico entre elas e voltam para casa. E as pessoas ficam doentes em casa. O isolamento social deu certo porque elas estão em casa. Quando elas voltarem às aulas serão naturalmente disseminadoras de vírus, bactérias, que é o natural da vida. Se voltarmos as aulas vamos ter explosão de casos de covid-19 e de outras doenças típicas do inverno. Eu não abriria as escolas, eu não correria o risco de abrir as escolas. Não pelas crianças, mas pelos familiares das crianças”, afirmou Vecina.
Compra de Vagas
Os representantes dos trabalhadores da educação também se manifestaram contra a volta às aulas e reclamaram da falta de transparência e de receptividade do governo do prefeito Bruno Covas (PSDB). Margarida Prado Genofre, vice-presidente da Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) ressaltou que as escolas não têm condições de garantir a segurança de estudantes, professores e famílias. “Eu conheço as escolas. Sabemos que não há condições de retomar as atividades presenciais nas escolas neste momento. Isso se quiser se preservar vidas. Se não quiser, é só abrir as escolas”, afirmou.
O ato também marcou posição contra o Projeto de Lei (PL) 452/2020, de autoria do governo Covas, que estabelece condições para a volta às aulas. O projeto já foi aprovado em primeira votação e deve ser votado novamente nesta quarta-feira (5). O principal problema apontado é a possibilidade de a prefeitura comprar vagas na rede particular de educação infantil. A oposição e os trabalhadores apontam que o objetivo é apenas salvar a rede privada e que isso vai tirar dinheiro fundamental da rede pública. O PL também prevê reposição de aulas, aprovação automática dos alunos, aumento da contratação de profissionais temporários, auxílio para compra de uniformes e material escolar.
Senador vai à Justiça para obrigar Bolsonaro a pagar custos de produção e compra de cloroquina
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) entrou na Justiça nesta terça-feira (4) para obrigar Jair Bolsonaro a pagar o valor correspondente aos gastos públicos com produção ou aquisição de cloroquina.
Bolsonaro se tornou um garoto-propaganda da cloroquina, que ele apresentou como se fosse um medicamento adequado para o tratamento da Covid-19, contra a opinião de quase toda a comunidade médica nacional e internacional.
Contarato solicita que Bolsonaro tenha seu salário descontado. A ação também pede que o governo suspenda a produção ou aquisição do medicamento que tenha essa finalidade.
O senador diz no processo que houve dano financeiro ao patrimônio da União e o ato deve ser declarado nulo.
“A saúde pública está sendo exposta a um risco gravíssimo. Recorremos à Justiça porque não há estudo científico que comprove a eficácia dos medicamentos”, diz Contarato.
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