Bolsonaro dice que el barbijo no sirve mientras Brasil supera las 111 mil muertes y pasa la tasa de mortalidad de EEUU
Brasil supera las 111 mil muertes de Covid-19 al sumar mil 212
Brasil acumula hoy 111 mil 100 fallecidos de la Covid-19 al sumar mil 212 de martes para este miércoles y contabiliza tres millones 456 mil 652 contagios de la enfermedad, según informó el Gobierno.
La más reciente actualización del Ministerio de Salud precisa además que del total, dos millones 615 mil 254 pacientes se recuperaron de la dolencia, 730 mil 298 continúan bajo observación y la tasa de mortalidad por el patógeno resulta del 3,2 por ciento.
El estado de Sao Paulo continúa siendo el epicentro de la pandemia en el país al concentrar 27 mil 591 pérdidas humanas. Le sigue Río de Janeiro con 14 mil 913 óbitos.
El gobernador de Sao Paulo, Joao Doria, exigió este miércoles al presidente, Jair Bolsonaro, el envío de fondos para desarrollar la vacuna china (CoronaVac) contra el virus SARS-CoV-2, causante de la enfermedad.
Alertó que el mandatario destinó unos 180 millones dólares a la Fundación Oswaldo Cruz (Fiocruz), que desarrolla la vacuna de la Universidad de Oxford (Reino Unido), y no hizo aportes a su administración para la CoronaVac.
‘No vemos ninguna razón para que se privilegie una vacuna en detrimento de otra’, señaló Doria desde su casa, en la que cumple un periodo de aislamiento por estar infectado de la Covid-19.
Brasil aparece como el segundo país del mundo más afectado por el coronavirus, detrás de Estados Unidos.
Brasil chega a 111.189 mortes por Covid-19 e passa a taxa de mortalidade dos EUA
O Brasil registrou 1.170 novas mortes pela Covid-19 e 48.541 casos da doença nesta quarta (20). Dessa forma, o país chega a 111.189 óbitos e 3.459.702 infecções desde o início da pandemia.
Com as mortes registradas no dia, o Brasil chegou a 53,1 mortos por 100 mil habitantes e ultrapassou a taxa de mortalidade dos Estados Unidos.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 989, o que mantém uma posição de estabilidade nos dados, embora com números elevados.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Rondônia não havia divulgado atualização dos dados até o fechamento do balanço.
O Centro-Oeste é a única região com crescimento da média móvel de mortes. O aumento foi de 10% em relação a 14 dias atrás.
Há crescimento na média móvel de mortes no Amazonas, Bahia e Distrito Federal.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 53,1 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 52,9 e 62,4 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 45,8 mortes para cada 100 mil habitantes. Recentemente, a Índia, com 52.889 óbitos, também passou o Reino Unido em número de mortos.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 13,7 mortes por 100 mil habitantes.
Dados do Ministério da Saúde, divulgados nesta quarta-feira (19), mostram que o Brasil registrou 49.298 casos de contaminação pelo novo coronavírus e 1.212 mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas.
Desde o início da pandemia, já são 111.100 óbitos acumulados e 3.456.652 casos confirmados no país.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Bolsonaro contraria ciência e diz a apoiadores que eficácia de máscara é ‘quase nenhuma’
O presidente Jair Bolsonaro fez críticas nesta quarta-feira (19) ao uso de máscaras como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. Segundo o presidente, a eficácia da máscara é «quase nenhuma».
A declaração foi dada no início da noite a apoiadores que aguardavam o presidente na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada. Nesta quarta-feira, o Congresso derrubou o veto de Bolsonaro ao uso obrigatório da máscaraobrigatório em áreas públicas em todo o território nacional (leia mais abaixo).
No encontro com os apoiadores, por duas vezes, o presidente da República negou a eficácia da máscara, sem apresentar qualquer evidência.
O equipamento de proteção, assim como o uso do álcool e gel e o distanciamento social, reúne consenso da comunidade científica internacional. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda essas medidas para frear o espalhamento da Covid-19.
O diálogo envolveu dois apoiadores, e começou porque uma mulher disse que preferia fazer foto com Bolsonaro em outra oportunidade, quando a máscara não fosse mais necessária. Nesse momento, o presidente usava máscara.
«Foto, só quando não precisar de máscara, viu? Eu espero», disse a apoiadora.
«Tem algum médico aí? Eficácia dessa máscara é quase nenhuma», respondeu Bolsonaro.
«Não, eu espero o dia que a gente não usar mais», comentoua mulher.
«Acho que não tem que ter máscara nenhuma, tem nada ver», afirmou outro apoiador.
Daí, Bolsonaro repetiu: «Eficácia da máscara é quase nenhuma.»
Congresso derruba o veto do presidente Bolsonaro ao uso obrigatório de máscara
Bolsonaro contra a máscara
Em julho, Jair Bolsonaro chegou a vetar trechos de um projeto aprovado pelo Congresso Nacional que tornava o uso da máscara obrigatório em áreas públicas, em todo o território nacional.
Bolsonaro decidiu retirar, do texto, os trechos que falavam do uso em escolas, comércios, templos religiosos e outros locais que geram aglomeração.
O veto foi derrubado pelo Congresso nesta quarta-feira e, com isso, as regras serão promulgadas e entrarão em vigor.
Além das regras gerais, o governo federal acionou a Justiça para que o próprio presidente não fosse obrigado a usar máscara.
A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para derrubar sentença anterior que obrigava Jair Bolsonaro a usar o equipamento em locais públicos.
Mesmo enquanto estava com a Covid-19 – um diagnóstico anunciado por Bolsonaro em redes sociais –, o presidente foi visto pilotando uma moto e conversando com garis, sem máscara, na área aberta do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro veta uso obrigatório de máscara no comércio e em templos
Desde o início da pandemia, autoridades científicas em todo o mundo revisaram diversas vezes as recomendações para o enfrentamento do novo coronavírus. As mudanças refletem as conclusões de novos estudos e a comparação de evidências que são coletadas conforme a pandemia avança.
Até junho, por exemplo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmava não haver evidências sobre o uso de máscaras por pessoas saudáveis. A prioridade era dada ao uso por profissionais de saúde e pacientes com o vírus.
Naquele mês, a orientação mudou e o uso passou a ser encorajado, ainda que a máscara, sozinha, não seja suficiente para blindar pessoas saudáveis.
Desde então, o uso de máscaras segue recomendado por autoridades sanitárias em todo o mundo. Se utilizada de forma correta, a máscara evita que pessoas doentes projetem o vírus em secreções, e que pessoas saudáveis absorvam o vírus projetado no ar pela boca ou pelo nariz.
Na última semana, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelos médicos Monica Gandhi e Eric Goosby, da Universidade da Califórnia, e pelo pesquisador Chris Beyrer, da Universidade Johns Hopkins, apontou que as máscaras também reduzem a carga viral à qual estamos expostos.
Se infectados, o estudo diz que a manifestação da doença pode ser mais branda ou mesmo assintomática, graças ao uso dos equipamentos. O estudo foi publicado no «Journal of General Internal Medicine».
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