«Fora Bolsonaro»: tercer día de protestas mientras Brasil supera las 72 mil muertes

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Brasil tem novo dia de manifestações pela saída de Bolsonaro e Mourão

Neste domingo (12), o Rio de Janeiro e outros estados brasileiros tiveram novas ações da campanha pelo fim do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Após diversas ações da direita em defesa do presidente Jair Bolsonaro e de algumas pautas conservadores e inconstitucionais, partidos de esquerda e movimentos contrários ao governo decidiram realizar atos simbólicos nas últimas semanas, para marcar posição na crise política que tem afetado o Brasil há vários meses.

Jornada de LutasAto pelo Fora Bolsonaro em São Paulo convocado pelo Partido da Causa Operária e pelos Comitês de Luta!…

Publicado por PCO – Partido da Causa Operária en Domingo, 12 de julio de 2020

Desde sexta-feira (10), diversas cidades brasileiras têm recebido manifestações pedindo o impeachment ou a renúncia de Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. Neste domingo (12), a Sputnik Brasil esteve presente em um desses atos no Rio de Janeiro, em Copacabana, organizado por partidos e movimentos sociais.

Com cartazes, bonecos e bandeiras, os participantes do evento cantaram e gritaram palavras de ordem contra as administrações federal e estadual, defendendo também pautas antirracistas e antifascistas e chamando a atenção para a conduta desastrosa, segundo eles, do governo brasileiro na crise da COVID-19.

«Tem que dizer o nome certo. Ele é assassino de pessoas», disse um dos manifestantes durante a marcha pela avenida Atlântica. «A minha bandeira sempre será vermelha!», gritaram outros.

O ato durou cerca de duas horas e contou com a participação de algumas centenas de manifestantes, todos devidamente equipados com máscaras e buscando manter um mínimo de distância para respeitar as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde. Apesar de algumas suspeitas de infiltração, não foram registrados conflitos.

Sputnik


Covid: País tem 72 mil mortes e média de 1.036 óbitos/dia, diz consórcio

Até este domingo (12), o Brasil registrou uma média de 1.036 mortes diárias em decorrência da covid-19 na semana, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Segundo o levantamento, o país notificou 659 óbitos e 25.364 casos nas últimas 24 horas. Com esses números, chegamos a 72.151 vítimas e 1.866.176 casos entre os brasileiros.

O grupo de veículos de comunicação passou a divulgar a média móvel de novas mortes, que calcula a média de óbitos observada nos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

Os boletins divulgados em finais de semana e às segundas-feiras costumam informar números muito menores do que as edições de terças e quartas-feiras, em razão do atraso na divulgação de resultados de testes para a covid-19. Um óbito pode aparecer nas estatísticas de terça-feira, por exemplo, em razão desse represamento fora dos dias úteis.

País teve 631 óbitos em 24h, segundo Ministério

De acordo com o boletim de hoje do Ministério da Saúde, o Brasil registrou nas últimas 24 horas mais 631 mortes causadas pelo novo coronavírus. Além dos novos óbitos, que elevaram o total a 72.100, o país também confirmou mais 24.831 novos casos da doença. Agora, o total de infectados é de 1.864.681.

O número de novas mortes informado hoje pelo Ministério da Saúde, pela primeira vez, está abaixo de mil. Porém, como já registrado em outros momentos da pandemia, os estados notificam menos casos e óbitos aos finais de semana.

Ainda de acordo com o governo, o Brasil tem hoje 669.377 pacientes em acompanhamento 1.123.204 recuperados.

Bolsonaro critica ‘pânico’ na pandemia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que o combate à pandemia da covid-19 foi marcado pela «desinformação» e «pânico». Em publicação em suas redes sociais, intitulada «a hora da verdade», o presidente também falou sobre a situação econômica do país.

«A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar», disse.

Na última terça-feira (7), Bolsonaro disse ter testado positivo para a covid-19. Em manifestações via redes sociais, ele também afirmou estar se tratando com hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

‘Blitz da Vida’ no Rio

Ontem, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro aplicou 44 multas de R$ 107 a pessoas que circularam pelas praias sem máscaras durante a operação «Blitz da Vida». A ação, que foi repetida hoje, faz uma espécie de «pente-fino» nas praias cariocas para coibir aglomerações e exigir o uso de máscaras.

Mesmo com o risco de autuação, muitas pessoas aproveitaram o fim de semana ensolarado para romper o isolamento social, desrespeitando algumas das recentes restrições impostas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).

As equipes realizaram abordagens no calçadão e também retiraram banhistas da areia, uma vez que só estão liberadas atividades físicas individuais nesses locais. Em Ipanema, um casal chegou a entrar em conflito com os agentes que tentavam retirá-los da areia, mas acabaram sendo liberados após gritos e tumulto em torno da intervenção policial.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

UOL


Novas universidades ensinam ‘sexo sem limites’, disse ministro da Educação em 2018

O novo ministro da Educação, o advogado e pastor presbiteriano Milton Ribeiro, afirmou em 2018 que a linha existencialista de pensamento é ensinada nas universidades e incentiva uma «prática totalmente sem limites do sexo». Um vídeo mostra Ribeiro falando à comunidade evangélica sobre o assunto durante culto.

«Para contribuir ainda mais em termos negativos para uma prática totalmente sem limites do sexo veio a questão filosófica do existencialismo, em que o momento é que importa. Não importa se é A, B, se é homem ou se é mulher, se é esse, se é aquele, se é velho, se é novo. Não interessa. O que interessa é aquele momento», declarou na gravação. Ribeiro acrescenta que «é isso que eles estão ensinando para os nossos filhos na universidade».

Questionado sobre o vídeo, o Ministério da Educação não se manifestou até a publicação deste texto. A gravação foi noticiada pelo portal Metrópoles neste sábado, 11. A postagem original, contudo, foi apagada pela conta titular onde foi publicada inicialmente, o canal Meditando na Sã Doutrina. Em sua fala, o titular do MEC contextualiza ainda dizendo que a partir da década de 60 houve «liberdade maior nessa área sexual», com a invenção da pílula do dia seguinte.

«O mundo foi perdendo a referência do que é certo e do que é errado em termos de conduta sexual. E isso foi trazendo muitas dificuldades porque agora a gravidez indesejada não é mais um risco», afirmou.

Outras declarações antigas do pastor já vieram à tona desde a sua nomeação, nesta sexta-feira, 10. O Estadão mostrou que Milton Ribeiro já defendeu educar crianças «com dor». Em vídeo, publicado há 4 anos pela Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, o pastor fala aos fiéis que «deve haver rigor e severidade» na educação de crianças. O vídeo com a fala também foi apagado.

A igreja da qual Ribeiro é pastor titular comemorou a sua nomeação no MEC. Texto publicado em boletim especial da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração relatou que a nomeação foi recebida «como obra de Deus e não do homem».

A escolha do presidente Jair Bolsonaro por Milton Ribeiro ocorreu após um «vai e vem» não oficial para decidir quem ocuparia a cadeira do MEC após a saída de Abraham Weintraub. O governo enfrentou impasse para definir o substituto do ex-ministro, conhecido por declarações polêmicas como pedir a prisão dos «vagabundos» do Supremo Tribunal Federal e ironizar o sotaque de chineses.

A decisão se tornou ainda mais sensível depois de Carlos Alberto Decotelli pedir demissão antes mesmo de tomar posse, depois de inconsistências apontadas em seu currículo. O posto no ministério foi também recusado publicamento por Renato Feder, atual secretário de Educação do Paraná.

Estadão


Ministro da Defesa quer acionar Justiça contra Gilmar Mendes por fala sobre Exército e «genocídio»

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, avalia junto aos comandantes das Forças Armadas e à Advocacia-Geral da União (AGU) tomar medidas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

No sábado (11), Gilmar disse que o Exército está se associando a um genocídio, ao comentar sobre a pandemia da Covid-19, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde. O ministério é ocupado interinamente há dois meses pelo general Eduardo Pazuello.

Azevedo afirmou estar “indignado” com o que ele considera serem “acusações levianas” do ministro do Supremo.

Sem ministro efetivo há 59 dias, o país já acumula mais de 71,5 mil óbitos e 1,8 milhão de contaminados.

Foi na gestão de Pazuello que o Ministério da Saúde mudou a orientação sobre o uso da cloroquina, passando a recomendar o medicamento desde o início dos sintomas do novo coronavírus. A droga, no entanto, não tem a eficácia comprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, ao menos 20 militares, sendo 14 da ativa, ocupam cargos estratégicos no Ministério da Saúde.

Azevedo afirmou que “está avaliando junto com os comandantes de força a situação, considerando todos os aspectos”. Os comandantes e Azevedo passaram o domingo conversando por telefone para traçar uma estratégia de reação à fala de Gilmar. Não está descartada a possibilidade de o governo acionar a própria Justiça para cobrar uma retratação de Gilmar, informa o Estadão.

Gilmar tem pontes com as Forças Armadas. Em junho, se encontrou com o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, em plena crise entre o Planalto e o Judiciário.

Brasil 247


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