Brasil supera las 80 mil muertes y otros dos ministros se contagian de coronavirus
Brasil: otros dos ministros del gobierno de Bolsonaro dieron positivo al test de COVID-19
Dos ministros de Brasil dieron positivo para el nuevo coronavirus, con lo que ya son cuatro los integrantes del gabinete del presidente Jair Bolsonaro que han contraído la enfermedad.
El ministro de Ciudadanía de Brasil, Onyx Lorenzoni, y el de Educación, Milton Ribeiro, quien asumió la cartera hace cuatro días, anunciaron que fueron infectados, dos semanas después de que el propio Bolsonaro comunicara su infección por el virus.
“Acabo de recibir ahora por la mañana el resultado positivo para COVID. Ya estoy medicado y despacharé remotamente”, dijo en su cuenta de Twitter Ribeiro, quien fue investido ministro de Educación el pasado jueves y es el cuarto ministro en esa cartera desde que Bolsonaro llegó al poder el 1 de enero de 2019.
Por su parte, el ministro de Ciudadanía explicó en la misma red social que realizó pruebas médicas el viernes tras presentar algunos síntomas de la enfermedad, que confirmaron el diagnóstico positivo para la COVID-19.
Lorenzoni agregó que, desde el mismo viernes, sin todavía tener confirmación del positivo, está “siguiendo el protocolo de azitromicina, ivermectina y cloroquina” y ya siente los “efectos positivos”, pese a que la eficacia de ninguno de esos medicamentos contra la enfermedad haya sido comprobada hasta el momento.
Covid: com 1.047 mortes/dia em uma semana, Brasil passa de 80 mil óbitos
O Brasil teve contabilizadas, nas últimas 24 horas, 718 novas mortes por covid-19, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Os dados das secretarias estaduais, somados, indicam que o país ultrapassou a marca de 80 mil vítimas da infecção provocada pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. São 80.251 mortos.
Segundo a média móvel dos últimos sete dias, o Brasil mantém estabilidade no número de casos: 1.047 mortes por dia, variação de 2% em relação ao período anterior (1.052 óbitos/dia). Sul, com alta de 58%, e Centro-Oeste, com crescimento de 22%, são as regiões com maior crescimento de mortes por covid em uma semana.
Já Sudeste (alta de 2%), Norte (queda de 10%) e Nordeste (queda de 11%) apresentam estabilidade.
Do total de óbitos reportados nas últimas 24 horas, o Nordeste foi a região com mais vítimas, com 320 registros. Na sequência, aparecem o Sudeste, com 159 óbitos, e o Centro-Oeste, com 110. O Sul reportou 72 vítimas, enquanto o Norte registrou 57.
O levantamento apontou ainda que os estados confirmaram 21.749 novos casos de covid-19 de ontem para hoje, o que eleva o total de pessoas infectadas no país para 2.121.645.
O grupo de veículos de comunicação passou recentemente a divulgar a média móvel de novas mortes, que calcula a média de óbitos observada nos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
Pela atualização, Amazonas apresentou número negativo (-3) por um erro de contabilização da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus no último domingo (19). Nesta segunda, o número foi reajustado.
Os boletins divulgados em finais de semana e às segundas-feiras costumam informar números muito menores do que as edições de terças e quartas-feiras, em razão do atraso na divulgação de resultados de testes para a covid-19. Um óbito pode aparecer nas estatísticas de terça-feira, por exemplo, em razão desse represamento fora dos dias úteis.
Já o Ministério da Saúde anunciou hoje que passou a contar, nas últimas 24 horas, mais 632 óbitos em decorrência da infecção provocada pelo novo coronavírus no Brasil. São agora, nas contas da pasta, 80.120 mortes confirmadas.
De acordo com o governo federal, foram confirmados também de ontem para hoje mais 20.257 casos da doença em todo o país — totalizando 2.118.646 infectados, dos quais 1.409.202 se recuperaram e 629.324 estão em acompanhamento.
ATRASO NA DIVULGAÇÃO DE MARCOS DE ÓBITOS POR CORONAVÍRUS
O Brasil chegou às 70 mil mortes por covid-19 notificadas pelo Ministério da Saúde no dia 10 de julho. Este marco, no entanto, pode ter sido atingido muitos dias antes. A causa é a diferença entre a data em que a morte aconteceu e o dia em que ela foi anunciada oficialmente.
Ao comparar dados dos registros de ocorrências das mortes com as notificações feitas pelo ministério e pelas secretarias da saúde estaduais e municipais, o UOL descobriu que os marcos de óbitos estão sendo divulgados pelo governo com pelo menos 10 mil mortes de atraso. Os dados oficiais são apurados pelas autoridades de saúde locais e consolidados por Brasília em nível nacional.
O motivo? Demora para inclusão no sistema nacional, atraso de resultados laboratoriais confirmando coronavírus, falta de equipamentos, entre outros.
VACINA CHINESA QUE SERÁ TESTADA NO BRASIL CHEGA A SÃO PAULO
A vacina contra o novo coronavírus da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech que será testada no Brasil chegou hoje a São Paulo, informou o governador do estado, João Doria (PSDB). A previsão é de que a vacina esteja disponível até junho de 2021.
O governo paulista anunciou no mês passado uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica. Na ocasião, Doria afirmou que os testes começariam em julho, e o Instituto Butantan terá domínio da tecnologia para produção em larga escala.
Ao todo, 9.000 voluntários serão testados no Brasil — eles são obrigatoriamente profissionais da saúde.
VEÍCULOS SE UNEM EM PROL DA INFORMAÇAO
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Bolsonaro diz que Onyx e Ribeiro tomaram hidroxicloroquina e ‘estão bem’
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 2ª feira (20.jul.2020) que os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Milton Ribeiro (Educação), que contraíram a covid-19, tomaram a hidroxicloroquina e “já estão bem”.
O medicamento, amplamente defendido por Bolsonaro, não tem comprovação científica de sua eficácia contra a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
Onyx e Ribeiro anunciaram os resultados de seus testes para a doença também nesta 2ª feira (20.jul), antes da declaração do chefe do Executivo.
O chefe da Cidadania afirmou que começou a sentir sintomas na 6ª feira (17.jul), mas que está “bem melhor”. Disse que está se medicando com “azitromicina, ivermectina e cloroquina”. Nenhum deles tem eficácia contra a covid-19 comprovada cientificamente.
Já Milton Ribeiro, novo ministro da Educação, confirmou estar se “medicando”, mas não forneceu mais detalhes nem o nome dos remédios.
Ambos os ministros estão trabalhando de casa.
Assista ao vídeo em que Bolsonaro comenta a saúde de seus ministros (6min34s):
CLOROQUINA & NOTA DA AMB
O presidente também afirmou aos apoiadores que a AMB (Associação Médica Brasileira) “recomendou que fosse usado esse medicamento [hidroxicloroquina] para combater o vírus em fase inicial”.
No entanto, a nota da AMB não defende diretamente o uso do medicamento na fase inicial da doença, mas sim que os médicos tenham autonomia para prescrever ou não o remédio. A associação também pede o fim da “politização” da substância.
“Não podemos permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas pelos holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas. Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina. Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, sobretudo, contra a própria ciência.”
Vacina chinesa que será testada no Brasil chega a São Paulo
A vacina chinesa que vai começar a ser testada no Brasil pelo Instituto Butantan chegou no final da madrugada desta segunda-feira (20) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O avião saiu de Frankfurt, na Alemanha, e, após 11 horas de viagem, pousou por volta das 4h20 em Cumbica.
As vacinas seguem ainda nesta segunda-feira para o Instituto Butantan, que já pode, portanto, começar a fase de teste.
Para essa primeira etapa de análises, apenas profissionais da saúde de São Paulo, de outros 3 estados e do Distrito Federal vão participar da pesquisa. Segundo o governador João Doria, os testes vão durar 3 meses.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou no dia 3 de julho a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac. O pedido de autorização foi feito pelo Instituto Butantan.
Doria já havia anunciado no dia 11 de junho a parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês. Na ocasião, o governador disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será produzida no país e disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.
Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19.
Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.
Este é o segundo teste de vacina contra a covid-19 liberado pela Anvisa no país. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A vacina da Sinovac já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.
Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).
Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.
Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.
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