Brasil: en medio de la conmoción por la muerte del periodista Rodrigo Rodrigues llegan a 88 mil las muertes por COVID-19
Covid-19: país tem 88,5 mil mortes e 2,48 milhões de casos acumulados
A atualização diária do Ministério da Saúde mostra que já ocorreram no Brasil 88.539 mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registrados 921 óbitos. A soma marcou um aumento de 1% em relação a ontem (27), quando o balanço trazia 87.618 falecimentos.
Ainda de acordo com a pasta, foram acrescidos às estatísticas 40.816 novos caso nas últimas 24 horas. Com isso, o total de casos acumulados chegou a 2.483.191. O número representa elevação de 1,6% em comparação com ontem, quando o painel marcava 2.442.375 pessoas infectadas desde o início da pandemia.
Segundo o boletim, há 673.092 pacientes em acompanhamento. Até o momento, 1.721.560 pessoas já se recuperaram da covid-19. Há também 3.842 óbitos em investigação.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,6%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 32,1. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1181,6.
«Dificuldade para exportar dados»
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que teve «dificuldade para exportar a base de dados a tempo de atualizar o painel nacional». As informações serão agregadas amanhã(29). Já a Secretaria de Saúde do Pará fez uma revisão dos dados, reduzindo o total de mortes do estado.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus são: São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.613), Pernambuco (6.421) e Pará (5.716). As Unidades da Federação com menos óbitos causados pela pandemia são: Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (357), Roraima (479), Acre (500) e Amapá (558).
Jornalista Rodrigo Rodrigues morre aos 45 anos
O jornalista Rodrigo Rodrigues, 45, morreu nesta terça-feira (28). A informação foi confirmada pelo Grupo Globo, em que ele trabalhava desde 2019, no início da tarde.
Atualmente, Rodrigues era apresentador do canal esportivo SporTV e titular do programa Troca de Passes, que repercute os jogos do futebol brasileiro.
Ele havia feito 15 dias atrás um exame que diagnosticou a Covid-19. Desde então, estava afastado do trabalho e relatava perda de paladar e olfato, mas dizia se sentir bem.
No sábado (25), o jornalista manifestou sintomas mais fortes, como dor de cabeça, vômitos e desorientação e deu entrada na emergência do hospital Unimed-Rio.
Segundo boletim médico, após exames foi constatado que ele teve uma trombose venosa cerebral em decorrência do coronavírus, o que levou a um procedimento para diminuir a pressão intracraniana no domingo (26).
Na segunda (27), o hospital divulgou nova atualização sobre o seu estado de saúde. Segundo a nota, ele permanecia em coma induzido, monitorado em unidade de terapia intensiva.
Apresentando o Troca de Passes desde setembro de 2019, Rodrigo Rodrigues também esteve à frente de outras programas na Globo, inclusive do Globo Esporte de São Paulo em diversos sábados.
Com passagens por vários canais, como SBT, TV Cultura, Band e Rede Vida, além dos esportivos ESPN e Esporte Interativo, começou a carreira em 1995.
Também músico, líder da banda The Soundtrackers (especializada em trilhas sonoras de filmes), ele se dedicou por muitos anos ao jornalismo cultural e escreveu livros, como «As Aventuras da Blitz», “Almanaque da Música Pop no Cinema” e “London London: O único guia para conhecer Londres utilizando o metrô”.
“Eu comecei desenhando, aí passei pro violão. E, aí, quando eu achava que ia ser professor de arte e tocar na noite, eu fiz um teste acidental e virei apresentador. Não parei mais, faz 25 anos… Mas eu nunca deixei de tocar, eu faço questão de manter a banda porque uma paixão alimenta a outra”, afirmou em uma participação no programa Domingão do Faustão.
Em nota, a Globo disse que «se despede com carinho de Rodrigo, lamenta a sua partida tão prematura e se solidariza com a família e com os amigos». «Rodrigo deixa lembranças de seu bom humor e de uma carreira onde jornalismo e música sempre caminharam juntos.»
A emissora afirmou também que, «desde o início da pandemia, tem nas medidas de prevenção da doença e no apoio incondicional aos profissionais contaminados com a Covid-19 as suas maiores prioridades».
Lula: “Rodrigo Rodrigues levava informação e simpatia. E foi cedo demais”
Rodrigo Rodrigues era um jovem apresentador e jornalista de talento, que eu, como milhares de outros fãs, acompanhamos pela TV nas discussões esportivas. Alguém que levava informação e simpatia, e de quem nos sentíamos próximos através da televisão. Todo o dia centenas, e a cada semana milhares de brasileiros estão perdendo a vida por essa doença terrível. Não são números. São vidas, são pessoas queridas.
Rodrigo foi cedo demais, e isso podia ser evitado, se tivéssemos um presidente que não desprezasse as orientações da ciência e a gravidade da pandemia, o que torna tudo mais triste. Como milhares de pessoas que acompanhavam seu trabalho pela TV, meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores de Rodrigo Rodrigues.
Luiz Inácio Lula da Silva
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