Policía de Brasil quiere interrogar a Bolsonaro por las denuncias de Moro
Quiere Policía de Brasil interrogar a Jair Bolsonaro
Los responsables de una investigación que intenta determinar si el presidente brasileño, Jair Bolsonaro, interfirió ilegalmente en la Policía Federal, como denunció el exministro Sergio Moro, informaron que pretenden interrogar al mandatario.
Según publica El Informador, la demanda, que debe ser autorizada por la Corte Suprema, se enmarca en una investigación abierta sobre la base de denuncias de Moro, quien renunció al cargo de titular de Justicia el pasado abril tras denunciar supuestas presiones e injerencias ilegales del mandatario en la Policía Federal.
La petición fue dirigida al magistrado Celso de Mello, quien desde el Supremo supervisa esa investigación, y en caso de que la apruebe, deberá decidir también si el interrogatorio será presencial o si el mandatario puede responder por escrito a un cuestionario.
La pesquisa intenta esclarecer si Bolsonaro presionó, o trató de interferir política e ilegalmente, a la Policía Federal, que a su vez investiga a dos de sus hijos: Flavio, quien actualmente es senador, y el concejal de Río de Janeiro, Carlos.
El exjuez, conocido por su papel en la operación anticorrupción Lava Jato, prestó declaración ante las autoridades e indicó que las presiones de Bolsonaro fueron “explícitas” en una reunión ministerial el 22 de abril, días antes de su renuncia.
Após casos de Queiroz e Weintraub, advogados reforçam pedido de impeachment de Bolsonaro
Os advogados José Rossini Campos do Couto Corrêa e Thiago Santos Aguiar de Pádua apresentaram ao Supremo Tribunal Federal um ‘reforço’ para a ação que visa obrigar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a analisar pedido de impeachment movido contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No documento, os advogados alegam que ‘sem nenhum tipo de escrúpulo ou controle’ Bolsonaro vem reincidindo em crimes de responsabilidade, citando ainda três ‘fatos novos’: ‘a ordem de invasão de hospitais’, a ‘fuga’ do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para os Estados Unidos e a prisão do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, em imóvel de propriedade de advogado de Bolsonaro.
A petição foi apresentada nesta quarta, 24, e dirigida ao ministro Celso de Mello, relator do caso. Na ação em questão, o último ato do decano foi despachar comunicado ao Palácio do Planalto para informar o presidente sobre o processo e ainda abrir espaço para ele se manifestar e contestar a ação.
No documento, Corrêa e Pádua apontam que a Advocacia-Geral da União chegou a contestar a ação, mas, segundo eles, acabou sendo ‘envergonhada’ pelo presidente dois dias depois, quando Bolsonaro sugeriu a seus apoiadores que invadissem hospitais de campanha para filmar leitos destinados para pacientes com o novo coronavírus.
Segundo os advogados, a ação de Bolsonaro, ‘expôs pessoas ao risco de contágio, comprometendo o cuidado com os próprios pacientes, em clara afronta aos poderes constituídos e às funções essenciais à justiça’.
O segundo ‘fato novo’ citado na peça é a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro à época em que era deputado estadual no Rio. Alvo de investigação sobre ‘rachadinhas’ no gabinete de Flávio na Alerj, o ex-PM foi encontrado em imóvel em Atibaia, de propriedade de Frederick Wassef, que se autointitula defensor e amigo do presidente e é ex-advogado do filho ’01’ de Bolsonaro.
Segundo o delegado Nico Gonçalves, que conduziu as diligências da operação Anjo, um caseiro relatou que Queiroz estava no local há cerca de um ano. Na avaliação de Corrêa e Pádua, a situação ‘configura claro indício de tentativa de dificultar as investigações durante o exercício do mandato’.
Os advogados citam ainda suposta ‘atitude em conluio’ de Bolsonaro e Weintraub, relacionada à exoneração do ex-ministro e sua viagem para os Estados Unidos.
“Como se já não fosse o suficiente, o presidente da República cometeu outro potencial crime de responsabilidade quando simulou, com desvio de finalidade, a exoneração do então Ministro da Educação Abraham Weintraub, o pior de que se tem notícia na história do Brasil, e talvez do mundo, para que este último pudesse sair do país e ingressar nos Estados Unidos usando passaporte diplomático, fugindo das barreiras sanitárias e fitossanitárias impostas, confirmando o crime de responsabilidade quando da posterior ‘retificação’ da data da exoneração”, registra a petição enviada ao STF.
Com relação a tal caso, os advogados pedem cooperação do EUA com ‘urgente’ informação sobre ‘quaisquer contatos (formais ou informais) realizados pelo governo brasileiro (por quaisquer de seus membros da chancelaria ou de qualquer espécie)’ relacionados ao ingresso de Weintraub no País.
“Esse tipo de desprezo, verdadeiramente abjeto para com a República, tem sido ecoado nas falas, comportamentos e omissões do Presidente da República, que não ostenta as condições necessárias para a dignidade que o cargo exige, já tendo perdido de há muito, as condições de governar”, afirmam os advogados no documento.
A nova petição também reitera todas as solicitações da ação inicial, apresentada em abril. Em tal texto, Corrêa e Pádua alegaram ‘omissão’ do Legislativo em avaliar a abertura de impeachment do presidente.
Na ocasião, os advogados argumentaram que Bolsonaro teria cometido supostos crimes de responsabilidade: ao divulgar a campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’, suspensa por ordem judicial; ao participar de manifestações com pedidos pró-intervenção militar; ao demitir o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à crise sanitária do novo coronavírus.
A petição inicial também citava falta de transparência em relação ao teste do presidente para covid-19, que não foi publicamente divulgado, e a alegação não comprovada de suposto ‘dossiê de inteligência’ que apontaria suposto plano para derrubá-lo.
Flávio Bolsonaro é citado cinco vezes como líder de organização criminosa
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é citado cinco vezes pela Promotoria do Rio de Janeiro como líder de organização criminosa. As citações estão no relatório do pedido de prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz e de sua esposa Márcia Oliveira de Aguiar, ordenados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Na representação enviada à Justiça, o MP do Rio fez diferentes referências ao senador. Em cinco delas, ele foi descrito como “líder da organização criminosa” instalada em seu gabinete quando deputado estadual na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, as indicações tratam de depósitos fracionados em dinheiro na conta de Flávio, pagamento de boletos do parlamentar por Queiroz e supostos crimes cometidos por seu advogado à época.
Flávio e Queiroz estão no centro das investigações do MP do Rio sobre supostos crimes de peculato, nome dado ao crime cometido por qualquer servidor público que se apropria de dinheiro ou qualquer bem que tenha acesso devido ao cargo, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os supostos crimes foram praticados entre 2007 e 2018. As investigações estão focadas nos desvios de salários dos assessores da Alerj, conhecido como rachadinha, que ocorriam “de forma reiterada e estruturada”, diz trecho da representação do MP do Rio.
Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, na residência de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro e de Flávio até três dias depois da prisão do ex-assessor.
Segundo o senador, Wassef deixou de ser seu advogado no último domingo (21). Após a operação, Flávio negou as acusações de rachadinha e se disse “vítima de um grupo político”.