Brasil superó las 38 mil muertes y Bolsonaro volvió a criticar a la OMS: “Parece un partido político”

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Brasil rebasa las 38 mil muertes por Covid-19

Brasil registró 38 mil 406 muertes al sumar mil 272 en las últimas 24 horas por el virus SARS-CoV-2, causante de la Covid-19, según la última actualización del Ministerio de Salud publicada ayer.

La cartera también informó que se contabilizaron 739 mil 503 contagios al agregarse 32 mil 91 nuevos casos.

Ante los retrasos y omisiones de este gabinete en los últimos días, que hizo emerger la confusión, un consorcio de prensa entre los portales G1 y UOL, así como los diarios O Globo, Extra, O Estado de Sao Paulo, Folha de Sao Paulo, comenzó a trabajar en colaboración para reunir información necesaria en 26 estados y el Distrito Federal.

Para esa asociación sin precedentes, el objetivo es que los brasileños conozcan la evolución y el número total de muertes causadas por la Covid-19, además de los números consolidados de casos probados y con resultados positivos para el nuevo coronavirus SARS-CoV-2.

En la jornada, el Supremo Tribunal Federal (STF) ordenó al ministerio que retome la publicación completa sobre el total de los casos de Covid-19 registrados diariamente en el país. ‘Ordeno al ministro de Salud que mantenga, en su integridad, la divulgación diaria de los datos epidemiológicos relativos a la pandemia de Covid-19 (…) con los números acumulados, exactamente como se había realizado hasta el 4 de junio’, indicó el juez Aleandre de Moraes, del STF.

De esta forma, De Moraes se pronunció a favor de una solicitud de los partidos Red de Sustentabilidad (REDE), Socialismo y Libertad (PSOL) y Comunista de Brasil (PCdoB).

Pese acatar el pedido de las organizaciones políticas opositoras, el juez también exigió a la Abogacía General de la Unión que presente informaciones que ‘considere necesarias’ en un plazo de 48 horas.

El general Eduardo Pazuello, ministro interino de la cartera de Salud, afirmó durante una reunión del gabinete que nunca hubo intención de revisar el número de expirados, ni ninguna sugerencia del gobierno al respecto.

Por las presiones, la cartera volvió a su posición anterior y comunicó que publicaría los datos más temprano (20:00 hora local) e incluiría los totales acopiados.

Prensa Latina


Covid-19: Brasil tem 38.406 mortes e 739.503 casos confirmados

O Brasil acumula 38.406 mortes e 739.503 casos confirmados de covid-19, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde.

Nas últimas 24 horas, as secretarias estaduais e municipais de saúde notificaram 1.272 óbitos e 32.091 novos infectados. O País é o terceiro em número de vítimas fatais em todo o mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

O governo federal estima, ainda, que 311.064 pessoas já estão curadas da infecção provocada pelo novo coronavírus. «O número de recuperados é estimado por um cálculo composto que leva em consideração os registros de casos e óbitos com confirmação de covid-19 e o número de pacientes hospitalizados registrados no SIVEP Gripe (Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe)», explica.

A pasta voltou a apresentar os dados da pandemia em todo o Brasil como eram exibidos até a semana passada, quando passou a divulgar apenas informações de casos e óbitos referentes ao dia.

A mudança ocorre após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou ontem que o portal mantivesse as informações anteriores.

Os dados consolidados, como casos e óbitos por dia e acumulados, além da taxa de incidência, foram suprimidos na sexta-feira passada, sob alegação de que o governo os apresentaria de uma forma mais próxima à realidade.

SP bate recorde de mortes em 24h

São Paulo bateu mais um recorde de mortes por covid-19, com 334 óbitos notificados nas últimas 24 horas. O estado acumula 9.522 vítimas fatais e 150.138 casos confirmados da doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Na segunda-feira (8), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, já previa aumento no número de óbitos. Segundo ele, isso ocorre sempre às terças-feiras e resulta de um atraso na contabilização de casos aos sábados e domingos.

A taxa de ocupação de leitos de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) é de 68,6% em todo o estado e de 74,1% na Região Metropolitana. Há 4.481 pessoas internadas em UTIs e 8.073 em enfermarias.

Veja a situação em cada região do Brasil

Centro-Oeste

Goiás: 6.521 casos (180 mortes)
Distrito Federal: 18.090 casos (236 mortes)
Mato Grosso: 4.339 casos (135 mortes)
Mato Grosso do Sul: 2.455 casos (22 mortes)

Sul

Rio Grande do Sul: 12.802 casos (301 mortes)
Paraná: 7.314 casos (253 mortes)
Santa Catarina: 12.192 casos (179 mortes)

Norte

Amapá: 13.771 casos (285 mortes)
Rondônia: 9.220 casos (255 mortes)
Pará: 59.148 casos (3.853 mortes)
Roraima: 6.056 casos (168 mortes)
Acre: 8.457 casos (223 mortes)

Nordeste

Pernambuco: 41.010 casos (3.453 mortes)
Bahia: 30.481 casos (937 mortes)
Paraíba: 22.452 casos (534 mortes)
Alagoas: 17.193 casos (640 mortes)
Sergipe: 10.126 casos (252 mortes)
Piauí: 7.927 casos (265 mortes)
Ceará: 68.384 casos (4.309 mortes)
Maranhão: 52.069 casos (1.285 mortes)
Rio Grande do Norte: 11.027 casos (459 mortes)

Sudeste

São Paulo: 150.138 casos (9.522 mortes)
Espírito Santo: 21.964 casos (904 mortes)
Rio de Janeiro: 72.979 casos (6.928 mortes)
Minas Gerais: 16.102 casos (399 mortes)

R7


Bolsonaro diz que OMS “parece partido político” e ameaça deixar organização

Após reunião ministerial nesta terça-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao dizer que a entidade internacional “parece mais um partido político”.

Ele disse que, após a pandemia, o Brasil deve avaliar a permanência na organização, composta por 194 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

Bolsonaro falou sobre o tema ao ser questionado por jornalistas, na saída do Palácio da Alvorada, sobre o fato de que não há comprovação sobre o nível de transmissão do vírus por pessoas assintomáticas.

Na segunda-feira, 8, a diretora técnica da entidade, Maria Van Kerkhove, disse que a transmissão por pacientes sem sintomas era “muito rara”, e o presidente usou a fala para defender a flexibilização da quarentena nesta terça. No entanto, a organização fez uma retificação e afirmou que a transmissão da covid-19 está, sim, ocorrendo a partir de casos assintomáticos da doença, mas ainda não há conclusões sobre a proporção.

“Temos de ser realistas, nós sabemos que não tem comprovação de nada. Até a hidroxicloroquina não tem comprovação. A OMS voltou atrás, desaconselhou estudos e depois voltou atrás. OMS é uma organização que está titubeando, parece mais um partido político.”, disse o presidente.

Segundo ele, o Brasil vai pensar, depois da pandemia, se continua como integrante da OMS. “O Brasil vai pensar nisso depois que acabar a pandemia, a gente vai pensar seriamente se sai ou não, porque não transmite confiabilidade.

Muita gente perdeu a vida porque ficou em casa, muita gente sente dor no peito e não foi para o hospital por medo do vírus e acabou enfartando e morrendo.”

Diante dos milhares de mortos pela pandemia no mundo todo, Bolsonaro afirmou, sem apresentar evidências, que esses óbitos não ocorreram por falta de respiradores e leitos de UTI, e sim pela falta de remédios com comprovação científica, citando como exemplo a hidroxicloroquina.

“Muitos faleceram porque pode ser que lá na frente pode se comprovar, por falta da hidroxicloroquina. Mudamos (o protocolo) para que a hidroxicloroquina pudesse ser utilizado a partir dos primeiros sintomas. Obviamente tem de ouvir o médico. Quem não quiser usar, não use”, declarou.

Istoé


#MarchaPelaVida: entidades em todo o Brasil defendem a Ciência frente à negligência do governo diante da pandemia

Nas cinco regiões do país, instituições de referência para as políticas públicas e os direitos humanos se uniram em uma grande marcha virtual nesta terça (09/06). A #MarchaPelaVida reuniu mais de 500 entidades, além de movimentos sociais, artistas, ativistas e intelectuais com objetivo de cobrar respostas do poder público e sensibilizar a população diante do caos na Saúde pública e nas políticas sociais.

Número de óbitos omitidos, flexibilização de medidas de isolamento indo contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), trocas consecutivas de ministros da Saúde em meio ao cenário emergencial, estímulo a manifestações que apoiam a ditadura militar, desrespeito aos profissionais de imprensa e ao serviço público, negação da ciência e das evidências técnicas, indicação da Hidroxicloroquina/Cloroquina sem estudo concluído que comprove eficácia diante da Covid-19. Essas são apenas algumas das práticas atuais de descaso do Estado que levam à manifestação virtual organizada pela #FrentePelaVida.

São mais de 37 mil mortes registradas desde o início da epidemia no Brasil, onde grande parte delas seria evitável se o Sistema Único de Saúde (SUS) não estivesse subfinanciado e as medidas de enfrentamento estivessem sendo aplicadas conforme as evidências técnicas e científicas. Para Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), “não podemos ficar parados, por isso seguimos em marcha, exigindo do governo e fazendo nossa parte para destruir o seu projeto de morte. As vidas não são apenas números, elas valem mais”.

Gulnar Azevedo, presidenta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), afirmou que “lutar pela vida significa seguir a Ciência e fortalecer o SUS, garantindo equidade e acesso universal. Tudo pode ser recuperado, inclusive a economia, a unica coisa que não tem volta quando perdemos é a vida”. Dom Walmor de Oliveira, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em vídeo, disse que “marchar pela vida é o convite que deve ecoar no coração de nós todos, enfrentando a cultura de morte”.

Populações vulnerabilizadas sofrem mais

As vidas da população negra e de outros segmentos vulnerabilizados não podem ser esquecidas, pois são os que mais sofrem em contexto de crise, afirmou Lúcia Souto, presidenta do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). “A vida e a democracia estão sendo afrontadas. A desigualdade do Brasil é imoral, baseada numa matriz da escravidão. É inadmissível. Precisamos distribuir a riqueza produzida por todos os brasileiros. É inaceitável o racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira”. Dirceu Greco, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), complementou. “Essa disparidade foi ainda mais escancarada pela pandemia”.

Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional no Brasil, lembrou que “as pessoas em favelas, em situação de rua, pessoas em privação de liberdade, mulheres, povos indígenas, comunidades quilombolas, povos e comunidades tradicionais, trabalhadores informais, LGBTQI+”, dentre outros segmentos vêm sendo gravemente afetados nesse momento.

José Carlos Dias, presidente da Comissão Zilda Arns, afirmou que “o momento exige a superação das diferenças e união de todos os democratas pela restauração da paz e da economia”. Para ele, “não devemos nos intimidar, nem perder a esperança”. Socorro Gross Galiano, representante da Organização Pan-Americana no Brasil (Opas), defendeu o controle social. “O direito à participação social é pilar fundamental da construção coletiva das políticas de Saúde”.

Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que “a batalha que estamos travando não é a marcha dos soldados, é a marcha da cidadania contra o abandono da Ciência e o discurso preconceituoso, isolacionista e terraplanista que vem ganhando assustadora força no nosso país”.

SUS contra a necropolítica

O médico Drauzio Varella, em depoimento gravado, afirmou que a Covid-19 no Brasil poderia ser ainda pior se não fosse o SUS. “Sem o SUS viveríamos uma barbárie. É o maior sistema de Saúde do mundo. É o grande programa de distribuição de renda. É o que permite defender a vida dos brasileiros agora. O SUS não é perfeito, tem problemas de gestão, de financiamento, de troca de ministro de Saúde como se troca de camisa, mas o SUS melhorou desde o início da epidemia até agora. Que fique essa lição para quando a epidemia terminar. O SUS ainda é vilipendiado pelos brasileiros e é injusto”.

A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), Débora Duprat, também em depoimento gravado, trouxe à tona o conceito de “necropolítica”, referenciando o teórico Achille Mbembe. “Estão apostando numa política de eliminação de vidas, numa escala ascendente de pobreza e miséria extrema, voltando o país para o Mapa da Fome. A pandemia torna mais evidente essa política, num estado precarizado em investimento em Saúde”, criticou.

Tuitaço é o quinto assunto mais comentado no Brasil

Um tuitaço foi realizado para reforçar a Marcha Virtual pela Vida com as hashtags: #MarchapelaVida e #FrentepelaVida. O assunto foi o quinto mais comentado no dia de ontem, no país, na rede social. O objetivo da mobilização no Twitter foi chamar a atenção para o fortalecimento dos valores fundamentais para que a sociedade brasileira tenha condições de enfrentar a pandemia de coronavírus: a vida, a saúde e do SUS, a solidariedade, a preservação do meio ambiente, a democracia, a ciência e a educação.

Encaminhamento

A #FrentePelaVida vai continuar reverberando seus princípios e valores declarados no manifesto da #MarchaPelaVida. As entidades envolvidas seguirão com ações concretas de enfrentamento à crise social, política e econômica em todos os estados brasileiros. Outras entidades podem se somar à frente por meio do site.

Saiba mais

Um ato político com a presença de diversos parlamentares também foi realizado. Ontem também ocorreu uma marcha simbólica ao Congresso Nacional por meio de um app. Foram mais de cinco mil pessoas em caminhada virtual na #MarchaPelaVida. As atividades encerraram com um coral que uniu diversos artistas em um canto coletivo virtual (foto principal). Essas e outras ações realizada pelas diversas entidades parceiras você encontra no site: www.marchavirtualpelavida.org.br

A Frente pela Vida é conduzida pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Abrasco, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), CNBB, CNS, Cebes, SBB, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Rede Unida.

Conselho Nacional da Saùde

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