Brasil: más de 14 mil muertos por coronavirus y el intendente de Manaos llama a Bolsonaro «asesino indirecto»

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Brasil registró 824 nuevos muertos por coronavirus y el total asciende a 14.817

Brasil registró el viernes 824 nuevos muertos por coronavirus, con lo que el total ascendió a 14.817, mientras que la cifra de contagios totales llegó a 218.223 casos confirmados, en todo el país.

Las cifras confirman que el país latinoaméricano podría estar llegando al pico de la curva de casos, en momentos en que vive una verdadera tormenta política tras la renuncia del segundo ministro de Salud en pocos meses, por discrepancias con el presidente Jair Bolsonaro vinculadas al manejo de la pandemia.

Según el balance del ministerio del viernes, se reportaron 15,305 casos nuevos en las últimas 24 horas, el tercer registro seguido en la semana. En cuanto al número de casos, el crecimiento fue del 7,4%. En relación con el aumento en el número de muertes, el crecimiento fue del 5,8%.

El jueves, el subsecretario de vigilancia de Salud, Eduardo Macário, dijo que el país está experimentando una situación de alerta debido al aumento de casos y muertes en Covid-19.

“El mensaje principal es que todavía estamos en un momento de casos crecientes. No hay perspectivas en este momento de estabilización o incluso de una disminución”, dijo Macário. “Lo que tenemos es quizás la reducción en la dinámica de la infección, cuando comparamos, por ejemplo, con los Estados Unidos, que tuvieron un crecimiento lineal muy alto”, agregó, citado por Folha.

A la crisis sanitaria planteada en Brasil por el aumento de las muertes y contagios se le sumó el viernes la crisis política con la renuncia del ministro de Salud. Cuando Nelson Teich asumió su cargo, menos de un mes atrás, la trayectoria de la curva de Covid-19 en Brasil ya estaba ascendiendo. En la semana en que fue nombrado, Brasil registró un promedio de 2 mil casos de COVID-19 por día.

En la semana de su caída, en cambio, el promedio diario de nuevos casos ya era de 10,4 mil. En números absolutos, Brasil tuvo 33.759 casos de la enfermedad el día en que Teich asumió el cargo. Este viernes, Brasil tiene 218.223.

Los cinco países con más casos de Covid-19 del mundo son los EEUU (1.4 millones), Rusia (262 mil), el Reino Unido (238 mil), España (230 mil) e Italia (223 mil). Brasil es el siguiente en el sexto lugar, pero a este ritmo, pronto podría superar a Italia.

Brasil también es el sexto país con más muertes en el mundo. Los primeros cinco son Estados Unidos (86 mil), Reino Unido (34 mil), Italia (31 mil), Francia (27 mil) y España (27 mil).

Tensiones entre Bolsonaro y Teich

Teich empezó su gestión con un mensaje difuso sobre la idoneidad de las cuarentenas. Sin embargo, con el paso de los días, se distanció del discurso del gobernante, que apuesta por volver a la normalidad de forma “inmediata” porque, como sostiene, el desempleo “también mata”. El ahora ex ministro alertó entonces de que Brasil puede llegar a registrar mil fallecidos al día y descartó, por el momento, recomendar flexibilizar las medidas de aislamiento, como defiende Bolsonaro.

“Nadie está pensando en relajar el aislamiento. En este momento, nadie está pensando en flexibilizar nada”, señaló días atrás. Pero el mandatario hizo caso omiso de esas orientaciones y sin avisar a su ministro de Salud, incluyó en la lista de actividades esenciales a peluquería, salones de belleza y gimnasios. Teich se enteró de esa decisión del presidente a través de los periodistas, en una rueda de prensa.

Posteriormente, ambos dirigentes entraron en conflicto en relación al uso de la cloroquina, un medicamento cuya eficacia contra el COVID-19 no está probada científicamente, pero que Bolsonaro defiende incluso para casos leves. Teich, en cambio, advirtió esta semana sobre los riesgos “colaterales” de administrar este antipalúdico para infectados con coronavirus, ante lo cual el mandatario respondió implícitamente pidiendo a todos sus ministros que estén “en sintonía” con él.

En la víspera, en una reunión virtual con empresarios, Bolsonaro dio hoy un paso más allá y aseguró que “exigiría” a Teich modificar la recomendación sobre el uso de la cloroquina, que ahora el Ministerio de Salud solo aconseja para los cuadros más graves.

Infobae


Prefeito de Manaus: Bolsonaro é ‘assassino indireto’

Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus, está indignado com Jair Bolsonaro. Chamou-o de «assassino indireto» por «incitar as pessoas a saírem às ruas, violando o isolamento social, melhor arma contra a covid-19.»

Além de dar à pregação de Bolsonaro um conteúdo homicida, Virgílio verteu sobre ele uma quantidade amazônica de adjetivos, um mais depreciativo do que o outro: «Palhaço», «covarde», «cretino», «nojento», «analfabeto», «imbecil», «primata»…

A pandemia tornou Virgílio um crítico ácido de Bolsonaro. A acidez evoluiu para a indignação depois que o prefeito soube que o presidente o ofendeu entre quatro paredes. Pior: tripudiou sobre a memória do seu pai, Artur Virgílio Filho (1921-1987).

Bolsonaro referiu-se a Virgílio na reunião ministerial de 22 de abril, cuja gravação é peça central do inquérito sobre a interferência política do presidente na Polícia Federal. O comentário veio à luz em notícia veiculada por Matheus Leitão, no site de Veja.

«Palhaço»

Eis a frase atribuída a Bolsonaro: «Aquele vagabundo do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid.» E o complemento: «Vocês sabem filho de quem ele é, né?»

A prefeitura de Manaus teve de realizar sepultamentos coletivos por imposição do coronavírus, que subverteu a rotina funerária da cidade, colapsando-a. «Para mim, Bolsonaro não passa de um palhaço», abespinhou-se Virgílio.

O que elevou a animosidade do estágio de «mera troca de chumbo» para o nível de «questão pessoal» foi a menção ao pai do prefeito. Ex-senador, Artur Virgílio Filho foi líder do governo de João Goulart, deposto pelo golpe militar em 1º de abril de 1964.

Em fevereiro de 1969, o pai do prefeito teve o mandato cassado. Tinha 48 anos. Foi enquadrado no AI-5, ato institucional da ditadura que é cultuado por Bolsonaro e seus filhos. Suspenderam-lhe os direitos políticos por dez anos.

«Nojento»

No final de 1979, sob o governo do general João Figueiredo, Virgílio Filho foi beneficiado pela anistia. Tinha, então, 58 anos. Morreria oito anos depois, aos 66, de câncer.

«Bolsonaro é nojento», afirmou Virgílio. «Não tem o direito de mexer com a memória do meu pai. Não chega aos sapatos dele. Não pode se meter com um homem honrado, que não é da sua laia, chegada a rachadinhas.»

«Analfabeto, Bolsonaro não conhece história», declarou o prefeito. «Só decorou a lista de quem foi cassado ou perdeu a vida, e os nomes dos torturadores, que idolatra. No mais, se perguntar quem descobriu o Brasil, ele não saberá dizer.»

Virgílio contou que sua indignação é compartilhada por seus irmãos e seus filhos. Ironicamente, a mulher do prefeito, Elisabeth Valeiko Ribeiro, votou em Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018.

«Primata»

«Ela votou contra a minha vontade», disse Virgílio, filiado ao PSDB. Ele contou que Elisabeth redige uma carta a ser endereçada a Bolsonaro. Nesta sexta-feira, a primeira-dama de Manaus anotou meia dúzia de palavras nas redes sociais.

«Não poderia deixar de expressar meu repúdio por esse cidadão que escolhi para ser presidente, mesmo contra a opinião de meu marido», escreveu Elisabeth. «Ele fez uma campanha defendendo os valores familiares e, hoje, é o maior incentivador do ódio e desrespeito.»

Para Virgílio, Bolsonaro apequena a imagem do Brasil no exterior. «Ele é ridicularizado. Trata-se de pessoa primária, um primata. Estamos sendo governados por um cretino de dicionário médico, responsável por milhares de mortes.»

Ex-parlamentar, Virgílio já foi deputado e senador. Conviveu com Bolsonaro na Câmara. «Tenho prova pessoal de que ele não vale nada», declarou. Refere-se a um episódio em que saiu em defesa do ex-deputado petista Jose Genoino.

«Covarde»

Ex-guerrilheiro, Genoino foi capturado por soldados do Exército no Araguaia. Segundo Virgílio, Bolsonaro declarou na tribuna da Câmara que Genoino entregara companheiros de armas sob tortura.

«Eu fui ao microfone e pedi que retirassem aquela excrescência dos anais da Câmara. Não se admite que ninguém faça elogios à tortura num Parlamento democrático.»

Virgílio prosseguiu: «Eu me virei para o Bolsonaro e disse: ‘Esse deputado não tem cara de que aguentaria muita tortura. Como bom covarde, ele ficou quietinho, pianinho. Noutra ocasião, me pediu um aparte. Eu disse: «Só dou apartes a Vossa Excelência em dia de sexta-feira, depois do expediente. Ele não disse nada.»

Ao final de uma semana em que vieram à luz, por força de uma ação judicial, os exames que atestaram que Bolsonaro não foi contagiado pelo coronavírus, Virgílio declarou que o presidente carrega uma moléstia enterrada dentro de si.

«Cretino»

«Ele tem olho de peixe morto, uma cara assustada, típica de pessoa que não sabe ficar quieta. Não sei que outras moléstias esse sujeito tem além da mental. Mas há algo no seu coração perverso, capaz de tocar em feridas que estão sepultadas.»

Virgílio realçou que a anistia representou um perdão recíproco. «Não esquecemos, mas perdoamos», afirmou o prefeito, antes de recordar uma amizade inusitada que cultivou com o coronel Jarbas Passarinho, nos seus tempos de senador.

«Fiz uma grande amizade com o senador Passarinho, que foi signatário do AI-5, o ato que levou à cassação do meu pai. Passarinho morreu sob a minha tristeza. Eu era mais ligado a ele do que ao Paulo Borssard. Bolsonaro, no entanto, é incapaz de esboçar sentimentos elevados. É um cretino.»

Noticias UOL


Em busca de aliados, Bolsonaro dá cargos a ex-ministro de Temer e a cacique do DEM

O presidente Jair Bolsonaro reconduziu o ex-ministro Carlos Marun (MDB), um dos mais fiéis aliados do ex-presidente Michel Temer, para o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. A nomeação de Marun e de outros cinco conselheiros foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União da sexta-feira (15).

Bolsonaro tem se articulado com partidos do chamado centrão, distribuindo cargos a essas legendas em troca de apoio no Congresso para evitar a abertura de um possível processo de impeachment.

Marun, que no governo Temer comandou a Secretaria-Geral da Presidência, foi indicado para Itaipu no último dia do mandato do emedebista. O mandato na Itaipu Binacional terminava neste sábado (16) e, com a renovação decidida por Bolsonaro, o ex-ministro tem assento na usina até 2024.

Quando deputado federal, Marun foi o líder da tropa de choque do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).

No início de 2019, Bolsonaro chegou a avaliar suspender a nomeação, mas, segundo o então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), o mandatário decidiu mantê-lo no posto por respeito a uma decisão do ex-presidente Temer.

Nos últimos meses, com a aproximação do MDB e do centrão do governo, Marun passou a trabalhar por sua recondução para Itaipu. Ele chegou a ser levado para reuniões no Palácio do Planalto pelo presidente do partido, Baleia Rossi (SP).

Além do ex-ministro, o Diário Oficial da União traz a recondução do ex-deputado José Carlos Aleluia (DEM) —antigo cacique do partido e aliado próximo do prefeito de Salvador, ACM Neto— para o conselho da usina.

Também foram reconduzidos : Célio Faria Júnior, assessor especial de Bolsonaro; Wilson Ferreira Junior, presidente da Eletrobras; e Pedro Miguel da Costa e Silva, diplomata e secretário de negociações bilaterais e regionais nas Américas do Itamaraty. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi nomeado para um assento no conselho.

Gigantes do chamado centrão, como PP, PL e Republicanos, estão gerenciando a distribuição de cargos do governo federal para atrair partidos menores para a base de apoio de Bolsonaro no Congresso.

Eleito com a promessa de acabar com o que chama de “velha política”, moldada no toma lá dá cá, o presidente iniciou nas últimas semanas negociações com o novo centrão.

O “toma lá” são os vários cargos de segundo e terceiro escalão da máquina federal, postos cobiçados por caciques partidários para manter seu grau de influência em Brasília e nos estados. O “dá cá” é uma base de apoio mínima no Congresso para, mais do que aprovar projetos de seu interesse, evitar a abertura de um possível processo de impeachment.

Para se ver fora da cadeira presidencial, Bolsonaro precisa ter ao menos 342 dos 513 deputados contra ele e um clima propício à destituição —economia em frangalhos, tensão nas ruas, por exemplo.

Líderes de partidos do chamado centrão afirmam que Bolsonaro enquadrou ministros que resistiam em ceder cargos de suas pastas ao grupo, deixando claro que quem se opuser pode ser demitido do governo.

Segundo relato desses parlamentares, a atitude de Bolsonaro se deu em dois atos: primeiro, forçou a demissão de Sergio Moro (Justiça), que no começo da gestão chegou a ser considerado “indemissível”, justamente em um contexto de que tem a palavra final sobre cargos-chave. ​

Antes da exoneração, ele havia deixado claro em reunião com todos os ministros que a prerrogativa de fazer nomeações no governo era dele.

Depois, reafirmou a quem ficou, em encontros coletivos e a sós, que ele irá distribuir postos de segundo e terceiro escalão ao centrão e que não aceitará recusas. A conduta do presidente foi confirmada por integrantes do governo à Folha.

Símbolo dessa aproximação de Bolsonaro com o chamado centrão, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) é apontado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) como um dos órgãos do governo federal mais suscetíveis ao risco de fraude e corrupção.

Como mostrou a Folha nesta sexta-feira, a avaliação foi feita em auditoria de 2018 do tribunal, divulgada no mês seguinte à eleição de Bolsonaro à Presidência. As conclusões do trabalho foram encaminhadas à época ao Palácio do Planalto e também à equipe de transição do governo federal.

Com um orçamento de aproximadamente R$ 1 bilhão para o ano de 2020 e com foco em obras de combate aos efeitos da seca, o órgão teve apontadas fragilidades “muito altas” em todos os quesitos apurados: na prevenção de fraudes e corrupção, na gestão de ética e integridade, na transparência, no controle e também na designação de seus dirigentes.

“Espera-se que esse trabalho sirva para a implementação de melhorias nos mecanismos de controle das instituições do Poder Executivo Federal, em especial nas práticas preventivas e detectivas de fraude e corrupção”, disse o TCU, em nota, na época.

Questionado agora pela reportagem, o Dnocs —que é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional— afirmou que vem trabalhando no fortalecimento de seu sistema de governança por meio de normas e da criação de instâncias relacionadas ao tema.
Cargos já entregues por Bolsonaro ao centrão

Fernando Marcondes de Araújo Leão, indicado pelo PP para diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas)
Tiago Pontes Queiroz, indicado pelo Republicanos para a secretaria nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional

Folha De Sao Paulo


Políticos, entidades médicas e sociedade civil reagem à saída de mais um ministro da Saúde

Henrique Mandetta, que sabe bem o que é ser ministro da Saúde no governo Bolsonaro, escreveu em uma rede social: «Oremos, força SUS. Ciência. Paciência. Fé!”.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro publicou: «Cenário difícil, em plena pandemia, 13.993 mortes até ontem. Números crescentes a cada dia. Cuide-se e cuide dos outros».

A saída de Nelson Teich provocou reações de parlamentares, partidos, governadores, prefeitos e representantes da sociedade civil. A maioria criticou os desmandos do governo em plena pandemia.

O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, criticou a oposição de Bolsonaro a ministros que se valem da ciência no combate à pandemia: “O presidente Bolsonaro me parece não quer um médico para cuidar da saúde dos brasileiros. Ele quer uma pessoa que cumpra suas ordens sem pensar, mesmo rasgando a ciência, mesmo não indo de encontro àquilo que os especialistas determinam”.

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, defendeu as ações do governo: «Não tem faltado, por parte do presidente Bolsonaro e do governo, recursos para estados e municípios e também recursos para o Ministério da Saúde. Se era pra não dar certo, que seja feita rapidamente a troca para que nós possamos enfrentar o que realmente interessa, que é a pandemia, que é a recuperação da vida do povo brasileiro. E nisso eu sei que o presidente tem feito o seu esforço maior».

Na Câmara, a líder do PSOL, Fernanda Melchiona, considerou a demissão grave: “Bolsonaro busca um ministro que seja tutelado pela sua marcha anticiência, obscurantista e de propagação de fake news, estimulando inclusive o uso da cloroquina que não tem nenhuma comprovação científica de que resolve o caso – ao contrário”.

Governadores, que enfrentam a pandemia com medidas restritivas, recomendadas pelas autoridades sanitárias e têm sido alvos de ataques do presidente Bolsonaro, reagiram com preocupação.

“É muito grave e preocupante mais uma mudança no Ministério da Saúde. Isso gera uma insegurança enorme diante desse enfrentamento a essa grave pandemia no Brasil. É preciso termos uma coordenação nacional, em que todas as ações de orientações do Ministério da Saúde sejam pautadas por questões técnicas e científicas”, afirmou Camilo Santana, do PT, governador do Ceará.

“A gente espera que, com a nova pessoa que entre no Ministério da Saúde, não haja nenhum tipo de problema de descontinuidade. Porque a situação do Amazonas ainda é muito grave. Nós continuamos precisando e muito da ajuda do governo federal nesse momento para que a gente possa, o mais rápido possível, sair dessa pandemia”, falou Wilson Lima, do Amazonas.

“Catorze mil famílias perderam seus entes queridos. Não estamos em uma brincadeira, não estamos num campeonato de jet ski, não estamos disputando tiro ao alvo, não estamos fazendo churrasco no jardim do Palácio do Alvorada. Estamos enfrentando uma gravíssima crise de saúde, de vida e de economia, presidente. Presidente Bolsonaro, governe. Administre o seu país com equilíbrio, com paz no coração, com compreensão, com discernimento e com grandeza. Pare com agressões, pare com os conflitos, pare de de colocar o país dentro de um caldeirão interminável de brigas e atritos”, declarou o paulista João Doria.

“É fundamental que o governo federal se alinhe e ajuste sua política na área pública, com equipe técnica, com respeito à ciência e muita integração com os entes subnacionais, como fazemos aqui, os governos estaduais com as prefeituras”, disse Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde alertou que «estamos diante da maior calamidade na saúde pública, com o maior número de mortos de nossa história recente. Estabilidade, unidade técnica, esforços conjuntos, ações efetivas e compromisso com a vida e com saúde da população é o que se espera dos gestores neste momento.”

A Frente Nacional dos Prefeitos escreveu que «qualquer profissional sério não se submeterá a um jogo que não seja para o bem da saúde da população. Enfrentar essa pandemia no país tem exigido esforços que vão além do combate à Covid-19».

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, disse que «com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito».

O presidente da CNBB, Dom Walmor de Azevedo, afirmou que «mudanças constantes no Ministério da Saúde comprometem o enfrentamento da pandemia da Covid-19, mostram fragilidades que precisam ser enfrentadas com cidadania, fé e esperança.»

A Anistia Internacional destacou que no momento em que o Brasil entra na fase aguda da pandemia, «o governo federal não apresentou medidas adequadas para o enfrentamento dessa crise. E a postura do presidente Jair Bolsonaro dificulta ainda mais as urgentes respostas que precisam ser dadas para superarmos esse momento”.

G1


PT-Brasil presentará solicitud colectiva de destitución de Bolsonaro

El Partido de los Trabajadores (PT) de Brasil presentará a la Cámara de Diputados una solicitud colectiva de destitución del presidente Jair Bolsonaro, por su incapacidad para dirigir hoy el país e irresponsable conducta ante la pandemia de Covid-19.

El pedido fue firmado por una amplia gama de movimientos sociales, organizaciones de la sociedad civil, entidades y representantes de la comunidad jurídica, además de otros partidos, como el Socialismo y Libertad (PSOL), y frentes políticos.

Bolsonaro ‘ya no funciona con este gobierno’, afirmó la presidenta del PT, Gleisi Hoffmann, quien hizo el anuncio de la demanda junto a los líderes, del partido en la Cámara baja, Enio Verri, y de la Minoría en el Congreso, José Guimarães.

Para la parlamentaria, el mandatario ultraderechista ‘es incapaz de responder a la crisis que estamos viviendo y no tiene ni las condiciones ni la capacidad administrativa y humana para dirigir el país’.

El excapitán del Ejército ‘lucha con el mundo entero, y no protege al pueblo brasileño’, indicó Hoffmann, quien consideró ‘bueno recordar que el PT tiene cuatro acciones en la Justicia Electoral que piden la casación de la chapa (grupo) de Bolsonaro y (Hamilton) Mourão (vicepresidente del país)’.

Según fuentes del PT, su dirección nacional realiza consultas y articulaciones con fuerzas democráticas y populares para que la demanda colectiva del impeachment pueda ser elaborada, firmada y presentada la próxima semana, manteniendo la posibilidad de una posterior inclusión de otras entidades.

‘Es necesario adelantar la petición de destitución’, señaló Verri, quien estimó que sería por ‘respeto al pueblo brasileño y a la vida de la población. Mientras la población muere, tenemos un presidente irresponsable’, denunció.

Recientemente, el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva aclaró que el PT no puede liderar el movimiento de despido para no dar la impresión de que la iniciativa es estrictamente política.

Las acusaciones del renunciado ministro de Justicia, el exjuez Sérgio Moro, de que el exmilitar interfirió políticamente en el desempeño de la Policía Federal y la creciente subida de la cifra de muertes por el virus SARS-CoV-2 (cerca de 15 mil) aumentaron el clamor contra el mandatario.

El jefe de Estado se resiste a la cuarentena, principal medida adoptada en los estados por orientaciones de autoridades sanitarias que escucharon las recomendaciones de la Organización Mundial de la Salud.

Sin nunca aludir el ascendente número de pérdidas humanas por la Covid-19 en Brasil, Bolsonaro aboga por el retorno al trabajo y la reapertura de las actividades económicas.

Prensa Latina


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