Brasil: Bolsonaro nombró como nuevo jefe de la Policía Federal a Rolando Alexandre
Bolsonaro nombró a un nuevo jefe de la Policía tras duro revés judicial
El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, nombró a un nuevo jefe de la Policía Federal luego de que el nombre que había propuesto la semana pasada fuera vetado por el Supremo Tribunal Federal, por tratarse de un amigo que supuestamente iba a interferir en investigaciones.
Bolsonaro firmó un decreto nombrando al comisario Rolando Alexandre, quien era director de Logística de la Agencia Brasileña de Inteligencia (ABIN) y es mano derecha de Alexandre Ramagem, nombre vetado por la corte suprema, el Supremo Tribunal Federal y jefe de los espías.
El nuevo jefe de la policía federal reemplazada a Mauricio Valeixo, cuya destitución por parte de Bolsonaro provocó la salida del gobierno del ministro de Justicia y Seguridad Pública, Sérgio Moro.
Moro denunció a Bolsonaro de intentar manipular la Policía Federal para tener acceso a investigaciones en curso.
El domingo, Bolsonaro había amenazado con nombrar pese a la decisión de la corte a Ramagem, lo cual iba a crear un conflicto de Estado.
Bolsonaro nomeia homem de confiança de Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal
Após dias de intensa especulação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou, na manhã desta segunda-feira (4), o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). O órgão será conduzido agora pelo delegado Rolando Alexandre de Souza, atual secretário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O nome dele era um dos mais cogitados para o cargo e foi confirmado por meio do Diário Oficial da União (DOU), com assinaturas do presidente e do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça. Souza tomou posse logo na sequência, em um ato sem cerimônia aberta.
O novo gestor é apontado como homem de confiança do delegado Alexandre Ramagem, nome que o chefe do Executivo tentou emplacar para o cargo, mas que foi vetado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última quarta-feira (29), após uma ação ajuizada pelo PDT.
Por conta disso, a nomeação de Souza é vista como uma tentativa de contornar a decisão da Corte, garantindo a influência de Ramagem na PF. O STF havia avaliado a escolha deste como imprópria para o cargo porque o delegado tem relação de confiança com os filhos do presidente. O clã do chefe do Executivo é acusado de tentar intervir em investigações da PF que atingem a família.
A troca de comando na PF foi o estopim da crise política envolvendo Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que deixou o cargo no último dia 24, após Maurício Valeixo ser demitido da direção-geral do órgão.
Perfil
O delegado federal Rolando Alexandre de Souza ingressou na PF em 2001. Nos últimos anos, atuou como superintendente do órgão no estado de Alagoas entre 2018 e 2019, até que, em setembro do ano passado, assumiu a Secretaria de Planejamento e Gestão da Abin. A mudança de cargo veio a convite do diretor-geral, Alexandre Ramagem – figura próxima dos filhos de Bolsonaro e que ganhou a confiança da família depois de atuar na segurança do presidente durante a campanha eleitoral de 2018.
Um sua trajetória pelo órgão, Rolando Souza também exerceu funções de comando no Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e na Divisão de Combate a Crimes Financeiros da PF, além de ter atuado na Superintendência do órgão em Rondônia.
Novo diretor-geral da PF vai trocar superintendente do Rio, foco de interesses de Bolsonaro
Um dos primeiros atos do novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, nomeado para o cargo nesta segunda-feira, foi mudar o comando da Superintendência da PF no Rio, justamente o foco de interesse do presidente Jair Bolsonaro e que gerou atritos entre ele e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Essa mudança ainda não foi oficializada, mas é dada como certa nos bastidores da PF.
Segundo fontes da PF, Rolando convidou o atual superintendente da PF do Rio, Carlos Henrique Oliveira, para ser o diretor-executivo da corporação em Brasília, segundo cargo na hierarquia da Polícia Federal. Embora seja uma promoção, a mudança foi vista com ressalvas internamente, já que o próprio presidente Bolsonaro afirmou publicamente que tinha interesse em indicar um nome para a PF do Rio. A promoção, segundo essas fontes, seria uma tentativa de minimizar o desgaste provocado pela mudança nessa Superintendência.
Bolsonaro tentou fazer essa indicação no ano passado, mas sofreu resistência interna da PF, então comandada por Maurício Valeixo, nome de confiança de Moro. Ainda não há definição de quem será o substituto de Carlos Henrique no cargo. O novo diretor-geral está começando a montar sua equipe e convidar integrantes da PF para compor os postos-chave da administração em Brasília. Em geral, as mudanças nas superintendências ocorrem em um segundo momento.
Nos bastidores da PF, o nome do delegado Alexandre Silva Saraiva volta a surgir como cotado para assumir a PF do Rio. Saraiva era a indicação que Bolsonaro tentou fazer no ano passado, mas a interferência externa provocou resistência e a nomeação não foi concretizada.
As tentativas de interferência política na PF por parte de Bolsonaro foram motivo para o pedido de demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro.
Rolando foi nomeado por Bolsonaro para o cargo nesta segunda-feira, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo da família do presidente que era seu favorito para o posto. A indicação de Rolando, então, passou pelo aval de Ramagem.