Bolsonaro participa en otro acto contra el Congreso y la Corte mientras Brasil supera los 100 mil contagios

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Coronavirus: Jair Bolsonaro volvió a atacar al Congreso y a la Corte Suprema

Mientras los infectados de coronavirus continúan en aumento en Brasil, el escenario político del país se encuentra cada vez más convulsionado. El presidente Jair Bolsonaro participó ayer de una manifestación en la que reiteró ante miles de seguidores en Brasilia su postura contra las medidas de confinamiento, reivindicó el apoyo de las Fuerzas Armadas a su gobierno y arremetió contra el Congreso y el Supremo Tribunal Federal.

Brasil superó ayer los 100.000 casos de Covid-19, con más de 7000 muertos. Más precisamente, se confirmaron 101.147 casos en total y 7025 decesos, según datos del Ministerio de Salud, por lo que el país de 210 millones de habitantes se ubica en el noveno lugar mundial con más personas infectadas.

Ayer, durante la manifestación, Bolsonaro pidió a Dios: «No tengamos problemas esta semana» porque «la Constitución será cumplida». «Sabéis que el pueblo está con nosotros. Las Fuerzas Armadas están con la ley, con el orden, con la libertad y también están a nuestro lado (…). Pido a Dios que no tengamos problemas esta semana porque hemos llegado al límite. No tenemos más conversación. De aquí en adelante no solo exigiremos, sino que haremos cumplir la Constitución», dijo el jefe del Estado.

También se refirió a la intervención del Supremo Tribunal Federal para frustrar el nombramiento de Alexandre Ramagen al frente de la Policía Federal a raíz de las acusaciones del exministro de Justicia e Interior Sergio Moro , quien dijo que Bolsonaro intentaba controlar el cuerpo de seguridad nombrando a un amigo. «Mañana [por hoy] nombraremos al nuevo director de la Policía Federal y Brasil seguirá su rumbo», escribió Bolsonaro en redes sociales.

En Brasil, las medidas de confinamiento son competencia de los gobernadores estatales, que las establecen en cada localidad de forma más o menos estricta, algo que molesta al presidente brasileño, que había calificado la pandemia como una «gripecita».

Ataque a gobernadores

«La destrucción de los empleos por parte de algunos gobernadores es irresponsable e inadmisible. Vamos a pagarlo caro en el futuro», indicó el mandatario en la manifestación, que se transmitió en directo por Facebook.

La protesta en Brasilia reunió a una multitud más numerosa que en las semanas anteriores, que llevaban pancartas contra Rodrigo Maia, el presidente de la Cámara de Diputados, y Sergio Moro, el ahora exministro de Justicia, quien dimitió la semana pasada con fuertes acusaciones contra Bolsonaro. Al igual que en ocasiones anteriores, algunos de los presentes reclamaron una «intervención militar».

La salida de Moro desató un fuerte conflicto dentro del gobierno, ya que se produjo además poco después de la dimisión del ministro de Salud Luiz Henrique Mandetta, por sus discrepancias con el presidente en torno a la gestión de la crisis del coronavirus.

Sin embargo, a diferencia que en las protestas anteriores, esta vez el mandatario brasileño, que no llevaba barbijo puesto, mantuvo distancia de sus seguidores, ya que permaneció en la rampa de su residencia oficial del Palacio de la Alvorada.

Además, en lugar de alentar a la multitud, Bolsonaro se conformó con hacer un breve discurso ante la cámara. Luego bajó la rampa con su hija Laura, de nueve años, para saludar a los manifestantes, pero se quedó a más de dos metros de la muchedumbre. «El pueblo está con nosotros, y el Ejército está del lado de la ley, del orden, de la libertad y de la democracia», expresó.

Pero al parecer la protesta no sucedió en plena calma. El diario Estado de S. Paulo contó que un grupo de manifestantes empujó y dio patadas a uno de sus fotógrafos y su chofer, mientras trabajaban en la cobertura de la marcha.

La Nación


Bolsonaro volta a apoiar ato contra STF e Congresso e diz que Forças Armadas estão ‘ao lado do povo’

O presidente Jair Bolsonaro mais uma vez prestigiou pessoalmente uma manifestação em Brasília de apoiadores a ele e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. Desta vez, o ex-ministro Sergio Moro também foi alvo do protesto.

Em declaração transmitida em live dele em rede social, Bolsonaro afirmou: «Tenho certeza de uma coisa, nós temos o povo ao nosso lado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, e pela liberdade. E o mais importante, temos Deus conosco».

Ao final, o presidente disse: «Peço a Deus que não tenhamos problemas essa semana. Chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão».

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada neste domingo (3) e foi até a rampa do Planalto para acenar aos manifestantes, aglomerados, que gritavam «Fora Maia», entre outras coisas. Uma bandeira do Brasil foi estendida na rampa.

O presidente voltou a atacar governadores por medidas de isolamento social no combate à pandemia do coronavírus e criticou o que chamou de «interferência» em seu governo, numa alusão às recentes medidas do STF.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou: «Mais um ato do presidente Bolsonaro, lamentável e incompatível com o cargo que ocupa».

Bolsonaro disse querer «um governo sem interferência, que possa atrapalhar para o futuro do Brasil». «Acabou a paciência», disse. «É uma manifestação espontânea, pela democracia», afirmou em live transmitida em sua rede social, da rampa do Planalto.

Nos últimos dias, Bolsonaro demonstrou irritação com a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem para a Direção-Geral da Polícia Federal. Neste domingo, disse que deve indicar um novo nome nesta segunda (4).

O presidente repetiu discurso de que estão destruindo os empregos no país. «É inadmissível. Isso não é bom. Segundo ele, o efeito colateral das medidas de isolamento pode ser mais «danoso» que o próprio coronavírus.

Um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Museu Nacional, em Brasília. Em seguida, foi organizada uma carreata em direção ao Palácio do Planalto. O ato promoveu aglomerações num momento que Brasil tem mais de 6.000 mortes pela Covid-19 e 96 mil casos confirmados.

No final do ato, Bolsonaro repetiu a referência às Forças Armadas: «Vocês sabem, o povo está conosco, as Forças Armadas estão ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade, também estão ao nosso lado».

Uma carreata teve início por volta das 10h30, descendo a Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três Poderes, onde chegaram por volta das 11h30.

Guachazh


Jornalistas são agredidos em ato estimulado por Bolsonaro

«Tenho certeza de uma coisa, nós temos um povo emocionado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo pela lei», disse Bolsonaro no protesto em que participou na tarde deste domingo (3).

Mais uma vez, o tom autoritário e agressivo de Jair Bolsonaro ecoou em seus seguidores. Num ato antidemocrático, no qual milhares de pessoas protestaram em frente ao Planalto pedindo o fechamento do Congresso e do STF, jornalistas e suas equipes foram agredidos com chutes e socos por apoiadores do presidente da República.

A manifestação, que contou com a presença de Bolsonaro e sua filha de nove anos, Laura, ocorreu no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e resultou em pancadaria, quando membros da mídia foram atacados por manifestantes. O fotógrafo Dida Sampaio do Estadão, e o motorista de sua equipe, Marcos Pereira, foram os primeiros a sofrer violência, que depois se estendeu ao repórter da Folha de S. Paulo Fabio Pupo, que tentou defender o par. O jornalista do Poder 360 Nivaldo Carboni também foi agredido fisicamente. Todos foram retirados do local por uma escolta policial e passam bem.

Líderes democráticos rapidamente repudiaram os ataques, assim como o discurso bélico e absolutista do presidente da República.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, André Figueiredo afirmou:

“É inadmissível a agressão por parte de militantes bolsonaristas à equipe do Estadão, principalmente no Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. É a violência e a intolerância que vão ganhando força, cria de um presidente que ataca a democracia e se pauta pelo ódio e o autoritarismo”.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz também se pronunciou:

“Os limites que existem são os da Constituição, e valem para todos, inclusive e sobretudo para o presidente. A única paciência que chegou ao fim, legitimamente e com razão, é a paciência da sociedade com um governante que negligencia suas obrigações, incita o caos e a desordem, em meio a uma crise sanitária e econômica”.

Em nota à imprensa, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, deixou claro seu repúdio aos acontecimentos:

«É inaceitável, é inexplicável que, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel da imprensa é que permite a nós sermos livres, e que garante a liberdade de expressão, sem a aqual não há dignidade. não há dignidade sem liberdade. E não há liberdade sem sermos informados sobre o que acontece. Esse é um papel que a imprensa cumpre superiormente, por ser seu dever e por garantir a liberdade de cada um de nós”.

Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados foi mais um que se posicionou contra as ações de Bolsonaro e seus apoiadores:

“Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror. Minha solidariedade aos jornalistas e profissionais de saúde agredidos. Que a Justiça seja célere para punir esses criminosos. No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão”.

O presidente ainda não se manifestou sobre as agressões cometidas por seus seguidores.

Brasil de Fato


Juristas, políticos e entidades reagem a nova participação de Bolsonaro em ato antidemocracia

Políticos e entidades reagiram neste domingo (3) à participação do presidente Jair Bolsonaro em mais um ato com pautas antidemocráticas e inconstitucionais.

Manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto para pedir o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, além de defender uma «intervenção militar com Bolsonaro» e criticar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Sem máscara, Bolsonaro cumprimentou o grupo e ajudou a estender uma bandeira na rampa do Planalto.

Bolsonaro declarou, em fala transmitida nas redes sociais, que tem «as Forças Armadas ao lado do povo» e que «não vai aceitar mais interferência». Disse, ainda, que pede a «Deus que não tenhamos problemas nesta semana, porque chegamos no limite».

O presidente não explicou o que pretende fazer para evitar tais interferências ou qual seria o «limite» citado.

Autoridades também repudiaram a agressão de apoiadores do presidente a profissionais de imprensa que acompanhavam o ato. A equipe do jornal ‘’O Estado de São Paulo» foi atingida por chutes, murros, empurrões e rasteiras.

Além do «Estadão», houve agressão e ofensa a equipes da «Folha de S.Paulo», do jornal O Globo e do site «Poder360».

Leia, abaixo, as reações ao ato:

  • Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados

«Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror.

Minha solidariedade aos jornalistas e profissionais de saúde agredidos. Que a Justiça seja célere para punir esses criminosos.

No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão.»

  • Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal

“A dignidade humana se caracteriza pela autodeterminação, pela liberdade de escolhas e de expressão. A dignidade da imprensa se exterioriza pela sua liberdade crítica, de investigação e de denúncia de atitudes anti-republicanas. Num país onde se admite agressões morais e físicas contra a imprensa, a democracia corre graves riscos.”

  • Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal

«É inaceitável, é inexplicável que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel de um profissional da imprensa é o papel que garante, a cada um de nós, poder ser livre. […] Esse profissionais, para dar cobro a essa exigência da sua profissão, são, de uma forma inexplicável, agredidos. Agredidos às vezes por órgãos estatais, que querem o silêncio. E só quer o silêncio, quem não quer a democracia. Porque quem gosta de ditadura gosta de silêncio, mas a democracia é plural, é barulhenta, traz os ruídos que a pluralidade enseja.

[…] Censura é inconstitucional, é injusto com todo caminho de busca por liberdade. Temos que nos libertar de modelos autoritários que teimam em fazer que haja retorno… só que não viveu agruras da ditadura pode querer isso. todos os espaços sejam guardados por discursos racionais, sou contra , deixe ver o fruto que a liberdade vai dar, vamos ver o fruto que vai dar , ela nunca dará fruto mais amargo que a ditadura. Ditadura é mesquinha, infrutífera. e por isso mesmo, eu sou a favor de garantir a liberdade.»

  • Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal

A agressão a cada jornalista é agressão à liberdade de expressão e agressão à própria democracia. Isso precisa ficar bem claro e tem que ser claramente repudiado.

  • Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal

«As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade.»

  • Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal

«Considero essas manifestações um exercício de liberdade de expressão dentro de uma democracia. Utilizando a frase clássica de Rosa de Luxembrugo, liberdade é para quem pensa diferente de mim.

Em segundo lugar, nessa manifestação, houve agressões a jornalistas. Aí, a questão muda de figura e não são mais manifestantes, são criminosos. Criminosos comuns e criminosos contra a democracia, que a meu ver devem responder a processo criminal e serem condenados por lesão corporal. Isso é inaceitável.»
  • Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro

«Democracia, liberdades – inclusive de expressão e de imprensa – Estado de Direito, integridade e tolerância caminham juntos e não separados.»

  • João Doria (PSDB), governador de São Paulo

«Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro. São criminosos que atacam a democracia e ferem o Estado de Direito. A Justiça precisa punir esses criminosos.»

«O Presidente Jair Bolsonaro mais uma vez revela seu desapreço pela democracia, desprezo pelo legislativo, menosprezo pelo judiciário e intolerância com a imprensa. Além de não admitir o contraditório, ainda estimula o povo do seu país na desobediência à saúde e à medicina. O que afronta o direito à vida. Inimaginável um presidente do Brasil sendo um exemplo do mal e conspirador contra a democracia.»

  • Camilo Santana (PT), governador do Ceará

«Aglomerações estimuladas pelo presidente em meio a uma gravíssima pandemia. Jornalistas agredidos no Dia da Liberdade de Imprensa. O Brasil vive tempos sombrios. Mas este é o momento em que mais precisamos ser fortes, para defender a vida e para lutar pela nossa democracia.»

  • Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro

«Passamos dias e dias apelando às pessoas para ficarem em casa e cuidarem da saúde e o presidente segue acenando para as pessoas em aglomerações. Eu não sei onde o presidente quer chegar com isso. Mas cada vida perdida será responsabilidade dele. É um péssimo exemplo.»

  • Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão

«Bolsonaro diz que quer um governo ‘sem interferências’, ou seja, uma ditadura. É da essência da tripartição funcional do Estado que os Poderes interfiram uns nos outros. Na verdade, Bolsonaro está com medo da delação de Moro e de ser obrigado a mostrar o exame do coronavírus.»

  • Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

“Os limites que existem são os da Constituição, e valem para todos, inclusive e sobretudo para o presidente. A única paciência que chegou ao fim, legitimamente e com razão, é a paciência da sociedade com um governante que negligencia suas obrigações, incita o caos e a desordem, em meio a uma crise sanitária e econômica.”

  • Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo

«O Presidente Bolsonaro, ao invés de se preocupar com a vida das pessoas, está preocupado em manter-se no poder desrespeitando o Estado Democrático de Direito.»

  • Fabiano Contarato (Rede-ES), senador

«As Forças Armadas, enquanto instituição de Estado compromissada com a Constituição, precisam fazer um gesto que deixe claro que não compactuam com as bravatas autoritárias do inquilino passageiro do Planalto!»

  • Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador

«A sanha criminosa de Bolsonaro não tem limites! Ele volta a incentivar e a promover aglomerações. Continua atentando contra as instituições e a saúde pública no momento em que as mortes por covid-19 batem recorde no país. Acionaremos a justiça contra essa escalada genocida!»

  • Alessandro Vieira (Cidadania-SE), senador

«Jair Bolsonaro passou uns 40 anos entre o Exército e a Câmara, está há mais de 1 ano na presidência da República e ainda não aprendeu. Mas tem que aprender: democracia exige respeito e independência entre os poderes. Não se governa no grito. Golpe nunca mais!

  • Eliziane Gama (MA), líder do Cidadania no Senado

«Em pleno dia mundial da liberdade de imprensa, bolsonaristas agridem fisicamente repórteres em brasília e o presidente ataca a mídia. Uma vergonha para a nação, que se construiu na luta pela liberdade. O arbítrio não pode ter vez entre nós, os que verdadeiramente amam o Brasil.

Agredir enfermeiras e profissionais da saúde, agredir jornalistas no dia da Liberdade de Imprensa, desrespeitar isolamento social, desrespeitar normas sanitárias que são consenso científico no mundo: tais ações combinam com tudo, menos com cidadãos de bem.»

  • André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição na Câmara

“A Oposição condena a agressão contra a equipe do Estadão. Enquanto militantes protestavam contra a democracia, a equipe era agredida a socos e pontapés. No Dia Internacional da Liberdade de Imprensa vemos a crescente violência a que profissionais de imprensa estão submetidos Jair Bolsonaro esteve no ato, reforçando apoio contra o STF e o Congresso. O uso da violência e ameaças não intimidarão aqueles que trabalham em defesa da verdade. A liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia. Vamos seguir combatendo atos autoritários e intimidatórios.”

  • Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara

“No dia em que o Brasil deve ultrapassar 100 mil casos de Covid-19 e 7 mil mortos, é lamentável e decepcionante que o presidente Jair Bolsonaro demonstre, mais uma vez, o seu apoio a movimento que está na contramão das orientações das autoridades de saúde. Além disso, quem verdadeiramente defende a democracia não participa ou aceita manifestações onde a imprensa é agredida e que atacam o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, que são seus pilares.

Essas instituições estão fazendo o que a Constituição determina e o que o país espera: o Congresso está debruçado em aprovar medidas importantes para o combate à pandemia e para mitigar os seus efeitos sobre a economia, enquanto o STF cumpre seu papel de garantir a legalidade das ações. A responsabilidade dos Poderes em cumprir suas tarefas é a melhor resposta que deve ser dada neste momento em que a maioria dos brasileiros chora seus mortos e se preocupa com o amanhã.”

  • Alessandro Molon (RJ), líder do PSB na Câmara

«Ataques a outros poderes, a jornalistas, a adversários, a ex-aliados, ameaças contra todos… A cada novo ato, Bolsonaro comprova que estamos certos: não há outra saída a não ser afastá-lo. É isso ou ele destruirá a democracia brasileira. #ImpeachmentJá»

  • Fernanda Melchionna (RS), líder do PSOL na Câmara

Inaceitável mais uma manifestação claramente inconstitucional e golpista, estimulada pela extrema-direita e pelo próprio presidente em meio a uma pandemia. No dia do trabalhador, os mesmos trogloditas agrediram uma enfermeira; hoje, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas do Estadão e de outros veículos de comunicação. Mais grave ainda são as ameaças golpistas de Bolsonaro em seu discurso, que foi amplamente divulgada pelas suas redes sociais. É urgente uma reação mais contundente das forças democráticas. Inúmeros crimes de responsabilidade já foram cometidos. O Brasil enfrenta a pior crise sanitária das últimas décadas. Afastar Bolsonaro é uma medida sanitária urgente para salvar nosso povo do covid-19 e do vírus do autoritarismo. Queremos, de fato, que as Constituição seja cumprida, quem comete crimes de responsabilidade precisa ser impedido.

  • Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), deputado

«Muito grave o que acontece nesse domingo, mais uma vez o presidente Bolsonaro agindo de forma irresponsável. Estimula um ato público, gerando aglomerações, em que a pauta desse ato é o fechamento do Congresso, fechamento do Supremo, uma pauta contra a democracia, algo que a Constituição não possibilita.

O presidente estimula, participa, vai num ato e destila ódio contra seus adversários, fala mal dos governadores, prega contra o isolamento no mesmo domingo em que vamos chegar a quase 7 mil brasileiros mortos, a quase 100 mil infectados.

Bolsonaro não consegue fazer uma fala de harmonia, não consegue chamar para o trabalho conjunto. Alimenta ódio, alimenta aglomerações, age contrário a todas as orientações dos profissionais de saúde e contra todas as orientações dos próprios presidentes de outros países.

É o cúmulo da irresponsabilidade, sem dúvida alguma, chegou ao limite máximo do que não pode fazer um presidente da República».

  • José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria na Câmara

«O Brasil tem um governo que usa a violência como método para banir a liberdade de imprensa, um dos pilares fundamentais do Estado democrático de direito. Nossa solidariedade aos profissionais do ‘Estadão’, ‘Folha’ e O Globo.»

  • Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

«Publicamos hoje uma noticia-manifesto sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Lá citamos o levantamento das agressões do ano e os casos ocorridos dia 1 e 2.

Nossa posição é de condenação a toda e qualquer agressão a jornalistas. Hoje foram dois repórteres fotográficos agredidos em Brasília. Repudiamos todas elas e pedimos o apoio da sociedade ao jornalismo e aos jornalistas.»

  • Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

«Hoje, 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, ironicamente, mais uma vez jornalistas e profissionais de imprensa no Brasil sofreram agressões verbais e físicas por parte de seguidores do presidente Jair Bolsonaro. Em Brasília, manifestantes agrediram com chutes, murros e empurrões profissionais do jornal ‘O Estado de São Paulo’.

O fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto, em uma pequena escada na área restrita para a imprensa, quando foi empurrado por manifestantes, que lhe desferiram chutes e murros. O motorista do jornal, Marcos Pereira, levou uma rasteira. Os profissionais deixaram o local escoltados pela PM. Repórteres foram insultados.

Esses atos violentos são mais graves porque não há, de parte do presidente ou de autoridades do governo, qualquer condenação a eles. Pelo contrário, é o próprio presidente e seus ministros que incitam as agressões contra a imprensa e seus profissionais.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) se solidariza com os agredidos e mais uma vez protesta e chama a atenção da sociedade brasileira para a perigosa escalada da agressividade e da violência dos seguidores do presidente Bolsonaro, não só em relação a profissionais de imprensa como a autoridades da República e opositores.»

  • Associação Nacional de Jornais (ANJ)

«A Associação Nacional de Jornais (ANJ) condena veementemente as agressões sofridas por jornalistas e pelo motorista do jornal O Estado de S.Paulo quando cobriam os atos realizados neste domingo (3) em Brasília.

Além de atentarem de maneira covarde contra a integridade física saqueles que exerciam sua atividade profissional, os agressores atacaram frontalmente a própria liberdade de imprensa. Atentar contra o livre exercício da atividade jornalística é ferir também o direito dos cidadãos de serem livremente informados.

A ANJ espera que as autoridades responsáveis identifiquem os agressores, que eles sejam levados à Justiça e punidos na forma da lei.»

  • Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB

«Tais agressões são incentivadas pelo comportamento e pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro. Seus ataques aos meios de comunicação, teorias conspiratórias e comportamento ofensivo fomentam um clima de hostilidade à imprensa, além de servirem de exemplo e legitimarem o comportamento criminoso de seus apoiadores. É inaceitável que militantes favoráveis ao governo saiam às ruas com objetivo expresso de intimidar os profissionais de imprensa, quando o próprio governo federal definiu o jornalismo como atividade essencial durante a pandemia.

A deterioração da liberdade de imprensa, fomentada por autoridades eleitas e servidores públicos, é um risco grave para a democracia. A Abraji e o Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB cobram das instituições republicanas que protejam o direito da sociedade à informação. Os três poderes, nas três esferas, não podem se mostrar passivos diante da violência física e simbólica contra os jornalistas, e devem punir agressões e reagir aos discursos antidemocráticos.»

  • Jornal «O Estado de S. Paulo»

«A diretoria e os jornalistas de O Estado de S. Paulo repudiam veementemente os atos de violência cometidos hoje contra sua equipe de jornalistas durante uma manifestação diante do Palácio do Planalto em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia. A violência, mesmo vinda da copa e dos porões do poder, nunca nos intimidou. Apenas nos incentiva a prosseguir com as denúncias dos atos de um governo que, eleito em processo democrático , menos de um ano e meio depois dá todos os sinais de que se desvia para o arbítrio e a violência.

Dada a natureza dos acontecimentos deste domingo, esperamos que a apuração penal e civil das agressões seja conduzida por agentes públicos independentes, não vinculados às autoridades federais que, pela ação e pela omissão, se acumpliciam com o processo em curso de sabotagem do regime democrático.»

  • Fernando Mendes, presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe)

“É inaceitável a agressão covarde sofrida por jornalistas no pleno exercício de suas atividades. No dia em que se comemora a liberdade de imprensa, causa perplexidade e indignação os atos de violência contra esses profissionais, mas que também atingem a Democracia e o Estado de Direito. A liberdade de expressão já havia sido atacada recentemente, quando profissionais de saúde sofreram agressões verbais durante uma manifestação pacífica. Atitudes absurdas como essas, devem ser repudiadas com veemência e os responsáveis identificados e punidos dentro de todo o rigor da lei.”

  • Fábio George Cruz da Nóbrega, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)

«Neste 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, mais do que nunca é importante valorizar esse princípio, fundamental a qualquer regime democrático, conquista civilizatória inegociável do povo brasileiro. Inaceitáveis as cenas observadas neste domingo, de ameaças e agressões a jornalistas e de cerceamento e intimidação ao trabalho da imprensa. Quem assim age, sob qualquer pretexto, atenta diretamente contra a democracia e as liberdades fundamentais.

A série de agressões registradas nos últimos tempos contra profissionais da imprensa demanda resposta rápida e rigorosa das instituições, na identificação e responsabilização de todos os envolvidos, de modo a fazer cessar, imediatamente, a escalada de intolerância e autoritarismo que vem sendo observada.»

O Globo


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