Récord de 407 muertes en un día y los contagios ya son casi 50 mil

Foto: AFP
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Coronavirus en Brasil: un record de 407 muertos en 24 horas

Brasil registró un nuevo record de muertes por Covid-19 con 407 víctimas fatales en las últimas 24 horas y acumula 3.313 muertes en total. La cantidad de casos positivos se eleva a 49.492, un incremento de 3.735 casos en un día. Mientras tanto, el gobierno de Jair Bolsonaro enfrenta un nuevo cimbronazo ante la posibilidad de que el mediático ministro de Justicia, Sergio Moro , confirme la renuncia a su cargo en las próximas horas.

Quien presentó las trágicas cifras de la pandemia en Brasil fue el ministro de Salud, Nelson Teich —protagonista del anterior enfrentamiento de Bolsonaro con su gabinete — e intentó matizar la cifra al señalar que «aún no se ha establecido si realmente se trata de una aceleración real de la pandemia o si el incremento de fallecidos y casos confirmados refleja un aumento de los diagnósticos».

En ese sentido, a principios de mes, según difundió este jueves el portal O Globo, las muertes por enfermedades respiratorios, no registradas como Covid, aumentaron en más de 2 mil casos en marzo pasado.

Teich buscó resaltar una mejora en la capacidad de análisis de los laboratorios y el número de test, que ayudará a diseñar un «mapa» más real sobre la situación en todo el país. Las imágenes de las fosas comunes en el Amazonas que dieron vuelta al mundo mostraron otra faceta de un alarmante subregistro. «Cuantos más test hagamos, mejor comprenderemos la incidencia del virus en Brasil», indicó Teich.

Según el Ministerio de Salud, la situación más crítica continúa en el estado de Sao Paulo, el más poblado del país, con 46 millones de personas, y en el que hasta ahora se han registrado 16.740 casos y 1.345 muertes por causa de la pandemia de coronavirus.

Página|12


Brasil bate novo recorde e registra 407 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas

O Brasil registrou 407 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (23). Esse é o novo recorde diário do país.

Ao todo, são 3.313 vítimas do novo coronavírus até o momento. Os casos confirmados chegam a 49.492, sendo que 3.735 foram registrados no último dia – acréscimo de 8,2%.

São Paulo segue na liderança entre os estados, com 16.740 casos e 1.345 mortes, seguido por Rio de Janeiro (6.172 casos e 530 mortes) e Ceará (4.598 casos e 266 mortes).

O que é o coronavírus?

É uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS) a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Brasil de Fato


Manaus registra recorde em número de enterros

O número de enterros nos cemitérios públicos de Manaus, no Amazonas, atingiu um novo recorde nesta semana. Nesta terça-feira (21), foram 136 sepultamentos nos cemitérios públicos da cidade, o número é quase cinco vezes a média de enterros diários na capital. Nos últimos dias, os enterros passaram a ser coletivos e os caixões colocados em valas comuns. As informações são do G1.

A estrutura insuficiente de atendimento a pacientes com a Covid-19 tem levado famílias ao desespero. Segundo os dados da Secretaria de Saúde do estado, o sistema está no limite com 96% dos leitos de UTI dos hospitais públicos ocupados. Nos hospitais de apoio e prontos socorros, apenas casos gravíssimos estão sendo atendidos por causa da superlotação.

O Amazonas já registra 2.479 contágios e 207 mortes até a terça-feira. Manaus, com 1,7 milhão de habitantes, tem a maior taxa de mortalidade por Covid-19 das 27 capitais.

O estado teme ainda que o sistema prisional possa ser o próximo alvo da doença. Na quarta-feira, foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 em um presídio. O homem cumpria prisão temporária e agora está internado em um hospital de Manaus.

ISTOE


Comunidades quilombolas têm sete mortes pela covid-19 em apenas 12 dias, aponta Conaq

Por Marina Duarte de Souza

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) apresentou, nesta quinta-feira (23), um balanço de que foram registrados sete óbitos em decorrência do novo coronavírus em comunidades quilombolas do país ao longo de 12 dias. Para o movimento, que atua em mais de 3.500 comunidades em todas as regiões do Brasil, a situação desse setor da população diante da pandemia é «desesperadora».

Os dados integram um monitoramento autônomo desenvolvido pela organização e ainda apontam que os casos estão aumentando. Entre os dias 16 e 17 de abril, havia diagnósticos em cinco estados, sendo 29 casos pendentes de confirmação, sete confirmados e duas mortes, estes últimos nos estados do Amapá e de Pernambuco.

Mas nessa quarta-feira (22), o número aumentou com o falecimento de quatro quilombolas em cidades de Goiás e do Pará. Nesta quinta-feira (23), a comunidade de Marambaia, no Rio de Janeiro, registrou um óbito, e três casos foram confirmados em Pernambuco e uma pessoa internada em estado grave no Maranhão.

Com a subnotificação em todo o país, a Conaq denuncia que a situação é ainda mais grave nos quilombos, alegando que muitas secretarias municipais de saúde deixam de informar quando a transmissão e a morte ocorrem entre pessoas quilombolas.

“Os dados revelam uma alta taxa de letalidade da covid-19 entre os povos quilombolas e uma grande subnotificação de casos. Situações de dificuldades no acesso a exames e denegação de exames a pessoas com sintomas têm sido relatadas pelas pessoas das comunidades”, afirma a entidade em nota.

Para a organização, a cada dois dias, aproximadamente, ocorre um óbito pela covid-19 entre quilombolas. As poucas condições de saneamento, acesso à água e falta de um sistema de saúde estruturado nessas comunidades são apontadas como fatores que potencializam o ritmo de alastramento e letalidade da epidemia.

“Devido à falência estrutural de sucessivos governos e dinâmicas de racismo institucional, as comunidades não contam com um sistema de saúde estruturado, ao contrário, os relatos da maior parte das comunidades é de frágil assistência e da necessidade de peregrinação até centros de saúde melhor estruturados. Essa situação tende a ser agravar exponencialmente com as consequências sociais e econômicas da crise da covid-19 na vida das famílias quilombolas”, diz o texto.

Auxílio Emergencial

Outra dificuldade relatada neste momento em diferentes comunidades é o acesso à renda básica emergencial, especialmente no que toca à acessibilidade dos procedimentos de cadastramento via aplicativo e falta de ações de governos estaduais e municipais no sentido de atender demandas emergenciais dos remanescentes de quilombos.

“É perceptível a paralisia dos governantes que assistem ao caos nos quilombos e acabam por reforçar discursos vazios do governo federal que, até o momento, não fez chegar amparos emergenciais e medidas de proteção mais efetivas aos quilombos em todo Brasil”, reitera a Conaq.

Brasil de Fato


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