Ministro de Educación brasileño culpa a China por la pandemia y desata otra crisis diplomática

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Crisis diplomática entre Brasil y China por dichos de un ministro sudamericano

China expresó «una fuerte indignación y rechazo» a los dichos del ministro de Educación brasileño, Abraham Weintraub, quien insinuó desde Twitter que el ‘Gigante Asiático’ provocó la pandemia global del coronavirus por «un plan para dominar el mundo», provocando una enorme tensión diplomática con el principal socio comercial de Brasil.

La embajada china en Brasil emitió un duro comunicado para responder a las consideraciones de Weintraub, tildándolas de «absurdas y despreciables». Para Beijing no se trató de un simple exabrupto, sino que fueron «elaboradas deliberadamente».

El funcionario del Gobierno de Jair Bolsonaro había expresado una teoría conspirativa: «Geopolíticamente, ¿quién podría salir fortalecido, en términos relativos, con esta crisis mundial?», para luego agregar en tono de burla «¿Quién en ‘Blasil’ está aliado con este plan infalible para la dominación mundial?», aludiendo a la forma en que muchos chinos pronuncian la letra «R», como si fuese una «L».

Para China, los comentarios «tienen una naturaleza fuertemente racista y objetivos indescriptibles, y han causado influencias negativas en el desarrollo saludable de las relaciones bilaterales».

Por otro lado, la legación de Beijing subrayó que «La mayor urgencia en este momento es unir a todos los países en una cooperación internacional» contra la pandemia.

Hace pocas semanas, el presidente Jair Bolsonaro debió pedir disculpas a su homólogo chino, Xi Jinping, por tuits de su hijo Eduardo que también culpaban a China por el coronavirus.

BAE


Atacada por Weintraub e Eduardo Bolsonaro, China anuncia cooperação com Mandetta

Após episódios ofensivos contra a China, que partiram do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e nesta semana do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, anunciou parceria com o ministério da Saúde, comandada por Luiz Henrique Mandetta, que tem batido de frente com Jair Bolsonaro.

“Nesta tarde, na conversa telefônica com Min. @lhmandetta, coincidimos em reforçar a cooperação bilateral, especialmente entre os dois ministérios da saúde, para compartilhar experiências do combate à Covid-19 em prol do enfrentamento conjunto deste desafio global”, postou no Twitter o embaixador da China no Brasil.

O discurso ideológico contra a China é uma prática do governo Bolsonaro, inclusive pessoalmente por parte do presidente. No episódio envolvendo Eduardo Bolsonaro, o deputado culpou o país pela pandemia do coronavírus. Weintraub foi racista e debochado, além de dizer que a pandemia era uma teoria conspiratória para que os chineses dominassem o mundo. A China exigiu posicionamento do Brasil nos dois casos (leia aqui e aqui).

Brasil 247


Maia critica Bolsonaro e diz que é melhor ‘respeitar a ciência do que fritar’ o Mandetta

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou nesta terça-feira (7) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de usar uma estrutura paralela para tentar desqualificar aqueles que avalia serem seus inimigos.

A estrutura paralela seria o chamado gabinete do ódio, formado por integrantes da ala ideológica do governo que atuam no Palácio do Planalto.

As declarações de Maia foram feitas durante uma videoconferência da Necton Investimentos. Ele falou sobre as tensões geradas pelo rumor de demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) nesta segunda (6).

Maia disse que, em conversa com auxiliares de Bolsonaro, assegurou que o presidente não demitiria o ministro da Saúde. “Eu falei: ‘Fica tranquilo. Conheço já há um ano e ele não vai demitir um ministro popular’”, afirmou. “Ele vai organizar a relação dele, vai construir um discurso com o Mandetta, vai manter o Mandetta, não tenho dúvida nenhuma disso”.

Isso porque, segundo o deputado, Bolsonaro teria percebido que Mandetta tem apoio e confiança da sociedade.

“O presidente trabalha com popularidade, pena que popularidade de rede social. É assim na relação dele com o [ministro da Justiça, Sérgio] Moro e tem sido agora assim na relação dele com o Mandetta”, criticou. “E sempre usando essa estrutura paralela para tentar desqualificar quem ele considera, vamos dizer assim, inimigo dele, que possa ser adversário dele”.

Maia também ironizou e disse que Bolsonaro ficou com “raiva” por Mandetta ter aparecido na live da dupla sertaneja Jorge e Mateus. “Mas ele não tinha condições, e ele sabe disso (…), de trocar o ministro nesse momento”, afirmou.

O presidente da Câmara criticou ainda o desgaste gerado pelo rumor e disse que, no momento, é melhor “respeitar a ciência do que fritar o ministro da Saúde”.

Integrantes do chamado núcleo moderado do governo, que inclui militares, conversaram com Bolsonaro desde a manhã de segunda para tentar demovê-lo da ideia de exonerar Mandetta no curto prazo. Em conversas reservadas, o presidente chegou a dizer que a situação estava insustentável.

Apesar de não ter dado sinais de que vai demitir o ministro, aliados de Bolsonaro o consideram imprevisível e, por isso, buscam alternativas para o cargo.

Na videoconferência, Maia afirmou ainda que a crise é um momento de construir pontes entre os Poderes para focar em agendas permanentes. No entanto, criticou a postura de integrantes do governo por criarem atritos desnecessários que podem comprometer a recuperação brasileira.

Em especial, citou o ministro Abraham Weintraub (Educação), que usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para fazer chacota da China.

«Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?», escreveu o membro do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, trocando a letra «r» por «l», assim como na criação de Mauricio de Sousa.

Maia qualificou de “besteira” e “erro” a postura do ministro e lembrou que a China é um importante parceiro comercial do Brasil.

“Eu, de fato, não entendo como é que um governo num momento desse de crise, pega um parente do presidente [em referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro], pega ministro para desqualificar um país que poderia estar ajudando o Brasil muito mais”, criticou.

Folha de S. Paulo

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