Brasil: gobernador de Goiás, Ronaldo Caiado, rompe con Bolsonaro por falta de medidas contra Coronavirus
Gobernador brasileño retira su apoyo a Bolsonaro por sus «tesis» ante la propagación del coronavirus
El gobernador del estado brasileño de Goiás, Ronaldo Caiado, informó este miércoles el fin de su apoyo al presidente Jair Bolsonaro, luego de las declaraciones del mandatario criticando las medidas adoptadas por algunos políticos en relación a la crisis del coronavirus.
«No hay más diálogo con este hombre. Las cosas han llegado a su fin», dijo en un pronunciamiento público Caiado, un firme y conocido aliado de Bolsonaro, que incluso apoyó su candidatura a la Presidencia.
Bolsonaro criticó las medidas de algunos gobernadores —entre ellos Caiado— y alcaldes, como el confinamiento de las poblaciones, cierre de comercios e interrupción de clases para contener el avance del coronavirus. Según el presidente, estas medidas podrían tener un impacto negativo en la economía.
«Lo que están haciendo en Brasil, unos pocos gobernadores y algunos alcaldes, es un crimen. Están despedazando a Brasil, están destruyendo empleos», dijo el mandatario.
Al respecto, el gobernador respondió: «Fui un aliado (de Bolsonaro) todo el tiempo, pero no puedo aceptar que ahora un presidente de la República se lave las manos y responsabilice a otras personas por un colapso económico o una quiebra de trabajos, que sucederá mañana».
En su cuenta en Twitter, donde continuó el descargo contra el mandatario, Caiado mencionó que Bolsonaro, con la «tesis» de que habrá «un colapso» económico, ha abierto el debate de escoger entre «la vida humana o la supervivencia de la economía», algo que según él, «no tiene discusión».
Se mantienen medidas en Goiás
Caiado, que además es médico, reiteró que mantendrá las medidas aplicadas en su estado para evitar la propagación del coronavirus. De momento, las restricciones puestas en marcha en la entidad que dirige estarán vigentes hasta el 4 de abril.
«Prevalecerá el decreto firmado por mí, que determina el aislamiento social de todas las personas, con la excepción de aquellos que desempeñan funciones esenciales de la vida», añadió Caiado en otro trino en Twitter.
En la misma red social enfatizó que «las decisiones del presidente de la República, con respecto a la salud pública, no llegarán a Goiás».
#aovivo sobre o pronunciamento do presidente @jairbolsonaro e nossas ações contra o coronavírus. https://t.co/67Xlf3QTMB
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 25, 2020
Brasil es el país de Latinoamérica con más casos de coronavirus confirmados. Hasta este martes 24 de marzo, el Ministerio de la Salud registró 2.201 diagnósticos positivos —27 de los cuales están en Goiás— y 46 muertes.
Caiado rompe com Bolsonaro após presidente defender fim do isolamento pelo coronavírus
Um dos poucos governadores que ainda eram aliados do presidente Jair Bolsonaro, o chefe do Executivo de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), rompeu com o governo federal. O motivo é a postura do presidente em relação ao enfrentamento à pandemia do coronavírus. Em declaração à imprensa na manhã desta quarta-feira, 25, o governador afirmou que não seguirá recomendações do presidente de suspender orientações para confinamento em massa da população como estratégia para frear a propagação da doença. Caiado foi um dos responsáveis pela indicação de Luiz Henrique Mandetta, também filiado ao DEM, para o Ministério da Saúde.
Bolsonaro voltou a criticar, na manhã desta quarta-feira, a recomendação de governantes pelo confinamento total das pessoas e defendeu que apenas pessoas do grupo de risco fiquem em casa.
“Quero deixar claro com muita tranquilidade, mas com autoridade de governador e o juramento de médico, que as decisões do presidente da República na área de saúde em relação ao coronavírus não alcançarão o Estado de Goiás”, afirmou em entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas redes sociais. O governador postou a declaração no Twitter horas depois da coletiva.
As decisões do presidente da República, no que diz respeito à saúde pública, não alcançarão Goiás! No momento em que o mundo pede socorro, se une ao combate contra o coronavírus, vem em rede nacional lavar as mãos, responsabilizar outras pessoas por eventual colapso em nosso País
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 25, 2020
Nós não vamos aceitar isso do presidente. Isso não faz parte da postura de um governante. Tem uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama que faz muito sentido neste momento: Na política e na vida, a ignorância não é uma virtude!
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 25, 2020
Caiado informou que suas decisões para o Estado relacionadas a crise causada pela covid-19 serão pautadas em indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do corpo técnico do Ministério da Saúde. “Não posso admitir e concordar com um presidente que vem a público sem ter consideração com seus aliados, sem ter respeito”, disse. «É colocar na balança o que é mais importante: a vida ou a sobrevivência da economia. Não, nós podemos fazer as duas coisas», afirmou.
O governador ainda fez críticas ao presidente. «Isso não faz parte da postura de um governante. Tem uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama que faz muito sentido neste momento: Na política e na vida, a ignorância não é uma virtude!», afirmou. Ele também mostrou indignação com o fato do presidente ter comparado o coronavírus a um «resfriadinho».
Aliado de Bolsonaro desde o processo eleitoral de 2018, Caiado se manteve ao lado do presidente mesmo em momentos em que foi pressionado por outros governadores, como no episódio do desafio lançado por Bolsonaro para que os líderes estaduais interrompessem a cobrança de ICMS. Apesar do alinhamento político, o governador de Goiás não foi poupado por apoiadores do presidente quando tentou dispersar uma manifestação no dia 15 de maio, em razão do coronavírus.
A crise existe e será tratada. No momento certo, saberemos flexibilizar as restrições. É inadmissível o presidente tratar pandemia que já matou quase 20 mil pessoas em todo o mundo, como “resfriadinho”. Insensibilidade que fere familiares de vítimas. Sou médico e não aceito isso.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 25, 2020
Em pronunciamento em rede nacional de TV nesta terça-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar em «histeria» em torno da pandemia do novo coronavírus e criticou o fechamento de escolas, entre outras medidas adotadas por governos e municípios. Ele criticou também autoridades estaduais e municipais que, em sua visão, «devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa».
O isolamento da população para evitar a transmissão do coronavírus é uma recomendação de médicos e do próprio Ministério da Saúde, que segue as orientações da Organização Mundial da Saúde. A covid-19 já infectou mais de 2 mil pessoas no País, com 46 mortes. Em Goiás, são 27 os casos confirmados da doença. Caiado também adotou restrições de circulação e fechou escolas.
‘Não adianta presidente lavar as mãos’
Caiado afirmou que não há dúvidas de que haverá crise econômica e que o desemprego aumentará, mas ponderou que a proteção da vida deveria ser priorizada em relação à sobrevivência econômica. Caiado também disse que não adianta que o presidente «lave as mãos» e tente responsabilizar os demais governantes por qualquer consequência econômica. Ele deixou claro que sua decisão é uma iniciativa própria. “Não existe aqui uma situação orquestrada com demais governadores”, declarou.
Bolsonaro tem protagonizado embates com governadores desde o início da crise, mas Caiado ainda não havia se manifestado sobre a posição do presidente em relação ao enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Coronavirus: Bolsonaro dice que Brasil puede «salir de la normalidad democrática»
Jair Bolsonaro afirmó este miércoles (más bien amenazó) que se «puede acabar» la democracia si la crisis causada por el coronavirus desemboca en una «caos».
«Lo que pasó en Chile va a ser una ´fichita´ ( nimiedad) al lado de lo que puede acontecer en Brasil, todos vamos a pagar un precio que llevará años para ser pagado, si no es que Brasil sale de la normalidad democrática, esa normalidad que ustedes tanto defienden, nadie sabe lo que puede pasar en Brasil», lanzó Bolsonaro.
Lo dijo ante periodistas que lo indagaron sobre el avance del coronavirus que en una semana pasó de dos a 48 muertos, un cuadro sanitario frente al cual algunos gobernadores decretaron la cuarentena.
Bolsonaro habló de la dolencia pero demostró que su intención era poner el acento en la incertidumbre democrática que podría avecinarse. «Brasileños despierten ante la realidad (..) si no nos despertamos ante la realidad de acá a pocos días , dejo claro, de acá a pocos días, puede ser demasiado tarde (…) el caos aparece en el horizonte».
Calificó como «demagogos» a los gobernadores que determinaron la suspensión de las actividades económicas y cierre de escuelas, principalmente en San Pablo y Rio de Janeiro. Alegó que el aislamiento de la poblaciones llevará a un parate de la economía, desocupación y descontento.
En ese sentido, repitió lo dicho en cadena de radio y televisión el martes por la noche: hay que salir a trabajar porque el virus es una enfermedad de gravedad menor, una «gripecita».
El mensaje del martes por la noche fue reprobado por sonoros cacerolazos en San Pablo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador de Bahia y prácticamente todas las capitales del país. Desde los balcones de barrios de clase media y media alta se gritó , con bastante enojo, «Fuera Bolsonaro» e «Impeachment». Todavía no se tiene una dimensión de la repulsa en barrios pobres, pero hay noticias iniciales de desconento en algunas favelas de Rio de Janeiro.
Este marte fue el octavo día seguido de protestas con tachos y cacerolas, ya que no se puede ocupar las calles por la cuarentena. Mientras se prepara una para el 31 de marzo, aniversario del golpe militar de 1964. La ocurrida ayer en Brasilia tuvo una magnitud inédita abarcando varias regiones que hasta ahora se habían mantenido indiferentes.
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