Brasil: evangélicos lideran la agenda oficial y amplían su influencia en el gobierno de Bolsonaro

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Evangélicos ampliam influência e Bolsonaro prioriza lideranças em eventos oficiais

Jair Bolsonaro vem priorizando sua agenda com encontros com lideranças religiosas, mais especificamente com representantes de igrejas evangélicas ou neopentecostais, uma de suas principais bases de apoio. Ao todo, ele participou de 40 compromissos oficiais, sendo 23 deles no Palácio do Planalto e 17 em eventos públicos ao longo de 2019, diz reportagem do jornal O Globo. A média de encontros do gênero chega a três participações por mês.

Neste sábado (15), Bolsonaro participou de um evento em comemoração aos 40 anos da Igreja Internacional da Graça de Deus, no Rio de Janeiro. A igreja, fundada pelo missionário R.R. Soares é a terceira organização religiosa com maior dívida ativa junto à União, R$ 144,3 milhões. As 36 maiores organizações religiosas em atividade no Brasil devem cerca de R$ 888,4 milhões e 20 delas são igrejas ou instituições evangélicas ou neopentecostais.

No evento, Bolsonaro voltou a repetir que apesar da Constituição afirmar que o Estado é laico, “o presidente é cristão”.” O Brasil está mudando. Mais do que pelos números da economia, mas porque respeita a família”, emendou.

A priorização da agenda junto ao segmento evangélica deixa para trás os representantes de outras religiões. No ano passado Bolsonaro participou de apenas 9 encontros ligados ao catolicismo, 1 ao judaísmo e 1 ao islamismo.

A guinada religiosa também ficou evidenciada com a implantação de políticas voltadas para agradar as lideranças deste segmento, tanto em nível tributário, como na política externa, com a defesa da transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Brasil 247


Bolsonaro com um gabinete completamente militarizado

O que presidente Jair Bolsonaro pretende ao colocar um militar na Casa Civil? Esta é a pergunta que se faz em Brasília. Será que o Congresso Nacional vai literalmente tremer nas bases diante das intenções de um ministro milico?

Bolsonaro anunciou o general Walter Braga Netto, chefe do Estado-Maior do Exército, que comandou a operação militar no Rio de Janeiro, como o novo ministro da Casa Civil. Agora, todos os Ministérios com gabinete no Palácio do Planalto estarão ocupados por militares.

CAPITÃO

Quem analisa esta postura do presidente Bolsonaro é o Estadão que, em editorial diz que “é compreensível que Bolsonaro queira ter, como seus ministros mais próximos, pessoas com quem tenha maior afinidade. O presidente, como capitão reformado do Exército, decerto sente-se mais à vontade e confiante com assessores que foram seus companheiros de farda ou são egressos do mesmo ambiente em que se formou como militar. O problema é que, assim, Bolsonaro parece disposto a fechar definitivamente as portas aos políticos, aquartelando-se no Palácio do Planalto”

Enquanto durar, contudo, o “gabinete fardado” do Palácio do Planalto é um indicativo claro de que o presidente Bolsonaro resolveu retirar o gerenciamento de seu governo da órbita dos políticos. “Ficou completamente militarizado o meu terceiro andar”, brincou o presidente, em referência ao andar do Palácio do Planalto onde ficam o gabinete da Presidência da República e os de alguns de seus principais auxiliares. Agora, ministros militares ocupam toda a chamada “cozinha do Planalto” – a Casa Civil, a Secretaria de Governo, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria-Geral.

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