Brasil: conmoción y sospecha por la muerte del miliciano acusado del asesinato de Marielle Franco
La policía brasileña mató a un sospechoso del asesinato de Marielle Franco
La policía brasileña abatió a Adriano Magalhães da Nobrega, el presunto líder de una banda de sicarios de Río de Janeiro investigado por el asesinato de la concejala y activista de derechos humanos, Marielle Franco . El hijo mayor del presidente Jair Bolsonaro, Flavio, había homenajeado en 2005 a Magalhães da Nobrega con la Medalla Tiradentes, la más alta distinción otorgada por el estado de Río de Janeiro, mientras permanecía detenido acusado de homicidio. El salvaje asesinato de Marielle Franco ocurrió el 14 de marzo de 2018. Dos sospechosos del crimen se encuentran detenidos, pero aún se desconoce al autor intelectual.
El presunto jefe de una milicia paramilitar de Río de Janeiro murió en un enfrentamiento a tiros con agentes en el municipio de Esplanada, en el estado de Bahía, nordeste de Brasil, donde permanecía prófugo. En la operación fue incautada una pistola austríaca calibre 9mm y otras tres armas en diferentes puntos de la casa, además de trece teléfonos móviles. «Buscamos ejecutar la prisión, pero prefirió reaccionar disparando», dijo el secretario de Seguridad Pública de Bahía, Maurício Teles Barbosa.
La Fiscalía a cargo de la investigación por el crimen de Marielle Franco sostiene que Magalhaes da Nobrega era amigo de Fabricio Queiroz, exasesor del senador Flavio Bolsonaro, hijo mayor del presidente de Brasil, Jair Bolsonaro. Flavio es investigado junto con Queiroz por desvío de fondos públicos y blanqueo de capitales durante su paso como diputado regional de Río de Janeiro.
En la investigación contra el hijo mayor del presidente de Brasil aparece citado Magalhães da Nobrega, que se presume habría formado parte de la maniobra. Además, Flavio homenajeó al excapitán del batallón de élite de la policía militar de Río con la Medalla Tiradentes, la más alta condecoración más alta del Estado, en 2005, cuando el entonces policía estaba detenido acusado de homicidio. Más tarde, sería expulsado de la fuerza.
Por su parte, el PSOL (Partido Socialismo y Libertad), espacio donde militaba Franco, reclamó en un comunicado que las condiciones de la muerte de Magalhães da Nobrega sean aclaradas. «La milicia a la cual pertenecía estaba sospechada de estar implicada en el asesinato de Marielle, y él era una personaje clave para dilucidar una serie de crímenes», destacó el partido de izquierda.
También informó que solicitará una audiencia con las autoridades de Bahía para obtener más informaciones, ya que considera que el expolicía era una «pieza clave para revelar diversos delitos», entre los que citó el de Marielle y el caso del hijo mayor de Bolsonaro.
A morte de Adriano da Nóbrega, líder do grupo de extermínio «Escritório do Crime», foi uma tentativa de queima de arquivo? Em quais circunstâncias morreu esse ex-sócio do clã Bolsonaro? O Brasil merece respostas. https://t.co/pvPe9iDV2K
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) February 9, 2020
Marielle Franco fue asesinada la noche del 14 de marzo de 2018, cuando transitaba en un coche por el centro de Río de Janeiro, luego de participar de un acto político. Su automóvil fue acribillado a balazos. El conductor del vehículo, Anderson Gomes, también fue asesinado esa noche. Lesbiana, nacida en una favela y militante del PSOL, Franco denunciaba habitualmente las atrocidades de las milicias paramilitares que propagaban el terror en distintos distritos de Río.
A casi dos años del crimen, dos sospechosos fueron detenidos, ambos expolicías militares: Ronnie Lessa, de 48 años, presunto francotirador, y Elcio de Queiroz, de 46 años, acusado de haber conducido el vehículo que persiguió al de Franco.
https://www.pagina12.com.ar/246631-la-policia-brasilena-mato-a-un-sospechoso-del-asesinato-de-m
Psol vai solicitar audiência na Bahia sobre morte de miliciano
O PSOL informou, por meio de nota, que sua executiva nacional está em busca de esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como capitão Adriano, morto em uma troca de tiros com a polícia na manhã deste domingo, 9, em Esplanada, no interior da Bahia.
«A Executiva Nacional do PSOL (…) solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele Estado (Bahia) para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça-chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson», afirmou.
Segundo a nota, o PSOL ficou sabendo pela imprensa que Adriano da Nóbrega tinha sido morto pela polícia. «Avaliaremos medidas que envolvam autoridades nacionais. Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade».
Foragido desde janeiro do ano passado, Nóbrega é apontado como chefe do «Escritório do Crime», milícia suspeita pela morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018. Adriano trabalhou no 18º Batalhão da PM com Fabrício Queiroz, o ex-assessor de gabinete de Flávio Bolsonaro, investigado por lavagem de dinheiro no esquema de «rachadinha» na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Advogado diz que miliciano ligado a Flávio temia ser morto como ‘queima de arquivo’
O ex-capitão Adriano da Nóbrega, que estava foragido e morreu após ser alvo de operação policial na madrugada deste domingo (9), ligou para seu advogado Paulo Emilio Catta Preta na última semana dizendo ter certeza de que seria morto se a polícia o encontrasse.
Acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado, ele estava foragido havia mais de um ano.
Adriano também é citado na investigação que apura a prática de «rachadinha» no gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro do agora senador Flávio Bolsonaro. Ele teve duas parentes nomeadas pelo então deputado estadual, de quem já chegou a receber duas homenagens.
«Ele disse que se se entregasse tinha certeza que estaria morto no dia seguinte e também que estaria morto se o encontrassem. Falou, inclusive, que seria queima de arquivo», disse o advogado de Adriano.
Na semana passada, as polícias da Bahia e do Rio já tinham tentado prendê-lo, mas falharam. Catta Preta disse que recebeu o telefonema de seu cliente após essa operação -foi a primeira vez que o miliciano entrou em contato com o advogado. Antes, a comunicação era por meio de seus parentes, já que ele estava foragido.
«Me causou surpresa na terça (4) ou quarta (5) ele me ligar diretamente. Se apresentou, e disse que a razão da ligação era que estava receoso pela vida dele. Disse que tinha certeza de que a operação para prender era para matar», afirmou Catta Preta.
O advogado disse que tentou convencê-lo a se entregar, mas que o cliente recusou por alegar que também seria morto. «Achava melhor ele se apresentasse, assim ficaria controlado e me ajudaria nos recursos e habeas corpus que temos», disse Catta Preta, apontando ser a primeira vez na carreira que viveu uma situação do tipo.
A viúva de Adriano também ligou para o advogado e disse que esteve com ele dias antes. De acordo com Catta Preta, a mulher acredita na versão de extermínio, pois o miliciano se encontrava em condições precárias de fuga e não estaria armado, segundo a família -ao contrário do que diz a polícia.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Adriano foi encontrado no município de Esplanada (BA). Quando os policiais chegaram, ele teria efetuado disparos e, na troca de tiros, teria sido ferido.
Ainda segundo dados do governo baiano, ele teria sido levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O advogado do miliciano preferiu não opinar sobre o que de fato ocorreu com seu cliente, mas pede que seja investigado.
«Tenho esses dois relatos [de Adriano e da esposa], que evidentemente me causam estranheza e me impõe representar os órgãos responsáveis. Tem que haver uma perícia para afastar pelo menos a hipótese [de extermínio]», apontou Catta Preta. (Diego Garcia/FolhaPressSNG)
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