El canciller de Brasil ratifica que su país se retira de la CELAC
Ministro Ernesto Araújo: Brasil abandonó la Celac por su apoyo a Venezuela y Cuba
El ministro brasileño de Relaciones Exteriores, Ernesto Araújo, afirmó este jueves que Brasil decidió abandonar la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac) por el apoyo que el organismo da a regímenes no democráticos como los de Cuba, Venezuela y Nicaragua.
2/O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região (seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul) por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 16, 2020
“Brasil decidió suspender su participación en la Celac porque el organismo no venía obteniendo resultados en la defensa de la democracia o en cualquier área. Por el contrario, le daba palco a regímenes no democráticos como los de Venezuela, Cuba y Nicaragua”, dijo el canciller en un mensaje que publicó en su cuenta en Twitter.
Araújo explicó en la red social los motivos que llevaron al Gobierno brasileño a anunciar el miércoles que suspendió su participación en todas las actividades de la Celac, que reúne a 33 países de toda América.
La cancillería tan solo atribuyó su decisión a la falta de condiciones del organismo para actuar adecuadamente en el actual contexto de crisis regional.
Araújo agregó que, pese a su decisión, Brasil está comprometido con la integración regional, pero condicionada a que sea promovida por países democráticos.
“Brasil refuerza su determinación de trabajar con todas las democracias de la región (sea bilateralmente o mediante la OES, el Prosur o el Mercosur) por una agenda de libertad, prosperidad, seguridad e integración abierta”, agregó el canciller en Twitter.
La decisión brasileña de abandonar la Celac fue comunicada la semana pasada a México, que el 8 de enero asumió la presidencia temporal del foro e invitó a Brasil a reintegrarse al mismo.
En su respuesta, Brasil afirmó que no participaría en las actividades del foro por no “considerar que estén dadas las condiciones para la actuación (apropiada) de la Celac en el actual contexto de crisis regional”, y agregó que no suscribirá ningún documento, agenda o propuesta de trabajo que surja de las reuniones ministeriales del organismo.
La Celac, uno de los principales foros de concertación política de América Latina, nació en febrero de 2010 integrado por 33 países de Latinoamérica y El Caribe.
El organismo, que agrupa a prácticamente todos los miembros de la OEA con excepción de Estados Unidos y Canadá pero con presencia de Cuba, fue una iniciativa del entonces presidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva, uno de los principales rivales políticos del actual jefe de Estado, el líder ultraderechista Jair Bolsonaro.
El Gobierno de Bolsonaro también abandonó la participación de Brasil en la Unión de las Naciones Sudamericanas (Unasur), así como lo hicieron países como Argentina, Chile, Colombia, Perú y Paraguay, y optó por integrarse al Foro para el Progreso de Sudamérica (Prosur).
Brasil suspende participação em organização que reúne 33 países latino-americanos
O governo Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou apelos do México e suspendeu sua participação na Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Criada em 2010, no final do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Celac é uma organização internacional em que os países da região se articulam sem a participação de Estados Unidos e Canadá.
Hoje a comunidade é composta por 33 países.
O México assumiu neste ano a presidência do bloco. Em 18 de dezembro, o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, telefonou para o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e pediu que o Brasil voltasse a participar das atividades da entidade.
O Itamaraty já havia deixado de colaborar com a Celac no ano passado, durante a presidência da Bolívia, então governada por Evo Morales.
O governo Jair Bolsonaro, no entanto, decidiu não atender os pedidos mexicanos por considerar a Celac uma articulação com poucos efeitos práticos. Além do mais, a delegação venezuelana no fórum é composta por representantes do ditador Nicolás Maduro.
Além de reconhecer o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado do país, o Brasil é no continente um dos países que tem postura mais agressiva contra o chavismo.
A participação de Cuba na Celac também é apontada como uma das razões da decisão do governo de abandonar a comunidade.
Procurado, o ministério das Relações Exteriores confirmou que o país suspendeu nesta semana sua participação na Celac.
«Em resposta ao convite do México, o governo brasileiro comunicou antecipadamente à chancelaria mexicana que o Brasil não participaria dos eventos relacionados à instalação da nova presidência pro tempore da Celac», disse a chancelaria brasileira.
«Foi informado que o Brasil não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional. Foi dado ciência, igualmente, que qualquer documento, agenda ou proposta de trabalho que viesse a ser adotado durante a reunião ministerial não se aplica ao Brasil», completou a pasta.
Diplomatas que acompanham o tema disseram reservadamente que a decisão do Brasil de suspender sua participação na Celac não deve ser entendida como uma crítica ao México.
O boicote brasileiro, no entanto, gerou frustração no governo de Andrés Manuel López Obrador, que neste ano vai tentar dar relevância ao órgão.
Outros países da região concordam com as críticas de que a Celac é um fórum que está perdendo importância, mas mesmo assim enviaram representantes à Cidade do México para evitar uma desfeita à segunda maior economia da América Latina.
Interlocutores ouvidos pela reportagem avaliaram que, com a ausência do Brasil, a tendência é que a Celac tenha sua atuação ainda mais limitada neste ano.