Brasil: la policía reprime nueva manifestación contra el aumento de tarifas del transporte en Sao Paulo

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La policía militar reprimió a manifestantes vinculados al Movimiento de Pase Libre (MPL) y arrestó al menos a diez personas, la noche de este jueves, durante la tercera protesta contra el aumento de las tarifas del transporte público en Sao Paulo, Brasil.

El movimiento ciudadano se reunió frente al Teatro Municipal a última hora de la tarde para luego dirigirse hacia la Plaza de la República, pacíficamente, siempre acompañado por la policía, con la intención de llegar a la avenida Paulista.

Durante la marcha, pudieron apreciarse banderas de movimientos estudiantiles, como la Unión Nacional de Estudiantes y la Unión Brasileña de Estudiantes Secundarios, además de grupos políticos entre los que se encontraban el Partido Socialismo y Libertad, el Partido Socialista de los Trabajadores Unificado y el Partido Comunista Revolucionario.

Una vez en la plaza, mientras esperaban el final del acto, otro grupo de policías militares bloqueó la manifestación y arrestó a dos chicas, que fueron arrastradas por la policía a un automóvil, sin conocerse los motivos.

En total, una decena de personas fue detenida y el resto de los manifestantes dispersados con ​​gases lacrimógenos y balas de gomas, aunque los organizadores aseguraron que la ruta de protesta se había presentado por adelantado a la policía militar.

De acuerdo con las autoridades, se impidió que el grupo de unas 500 personas siguiera el recorrido pautado ante el temor a dificultar aún más el tráfico, que ya era complicado a causa de las inundaciones que dejaron las fuertes lluvias de la tarde.

La acción de este jueves fue la tercera manifestación contra el aumento de la tarifa del pasaje del transporte público, luego de que a comienzos de año, el alcalde, Bruno Covas, y el gobernador de Sao Paulo, Joao Doria, anunciaran el aumento de 4,30 a 4,40 reales (1,03 a 1,05 dólares).

«Otros diez centavos en el pasaje en un contexto donde aumenta el desempleo, aumenta la pobreza, la población está experimentando dificultades debido al costo de vida, que solo crece, aumentar el pasaje nuevamente es un ataque directo del alcalde y del gobernador a la población más pobre», sostuvo Gabriela Dantas, militante del MPL.

El jueves pasado jueves, la policía también empleó armas no letales para contener a los manifestantes del MPL, cuando intentaban ingresar a la estación de metro. Hasta ahora las protestas han tenido lugar semanalmente y ya está programada una nueva acción.

Telesur


PM tenta impedir, mas SP tem novo ato contra aumento da tarifa

Apesar da Polícia Militar fazer um cordão de isolamento e tentar impedir a realização da terceira manifestação do MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (16), os organizadores conseguiram entrar em acordo com os policiais e iniciaram o protesto pelas ruas da região central.

Os manifestantes começaram a concentração por volta das 17h em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade, que já contava com um grande número de policiais que cercaram o grupo.

A PM afirmou que não seria permitido fazer o trajeto apresentado pelos manifestantes, que seria de seguir pela rua da Consolação até a avenida Paulista, em função do aumento do fluxo de trânsito na cidade em decorrência das chuvas.

Após este impasse, o grupo iniciou o ato caminhando com destino à Praça da República, de maneira pacífica, sempre acompanhados pelos policiais.

Na Praça da República, aguardando pelo fim do ato, um outro grupo de PMs fez um bloqueio e a manifestação acabou terminando em confusão quando duas garotas foram detidas e arrastadas por policiais para uma viatura da PM. Ao menos 10 pessoas foram detidas.

Não há informações sobre o motivo que levou a detenção das garotas. Após isto, o restante dos manifestantes foram dispersos com bombas de gás. Na correria, algumas pessoas foram imobilizandas e chegaram a apanhar dos policiais.

As estações República e Anhangabaú ficaram parcialmente fechadas e passageiros mais uma vez tiveram que correr para fugir dos efeitos das bombas lançadas pela PM próximo das entradas das estações.

Não há informações sobre os motivos que levou a PM a fazer as detenções. Entretanto, nas redes sociais, a Polícia Militar afirmou que o confronto iniciou pois os manifestantes começaram a montar uma barricada para «atacar os policiais com pedras».

Aumento da passagem

O MPL (Movimento Passe Livre) reclama além do reajuste da tarifa, também contra a redução de linhas e viagens de ônibus prevista em licitação da gestão Bruno Covas (PSDB). «Não vamos pagar mais para circular menos», diz Gabriela. No ato, se vê bandeiras de movimentos estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), e de grupos políticos, como PSOL, PSTU, PCR.

Na virada do ano, o prefeito, Bruno Covas (PSDB), e o governador paulista, João Doria (PSDB) anunciaram o aumento da tarifa de R$ 4,30 para R$ 4,40. O valor das passagens unitárias do transporte público aumentou já a partir do dia 1 de janeiro de 2020. O custo do Bilhete Único Escolar será fixado em R$2,20.

Na época em que anunciou a intenção de abaixar o valor das passagens, o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, justificou: «não é um aumento na tarifa, é uma reposição menor do que deveria acontecer. O reajuste proposto está abaixo da inflação que deve ficar entre 3,5 e 3,9% ao ano», durante reunião do CMTT (Conselho Municipal de Transporte e Trânsito), que ocorreu no dia 19 de dezembro do ano passado.

Noticias R7


PM arrasta mulheres pelos cabelos em ato do MPL

A Polícia Militar do Estado de São Paulo, comandada pelo governador João Doria (PSDB), agrediu manifestantes no terceiro ato contra o aumento no valor das tarifas do transporte público, puxado pelo MPL (Movimento Passe Livre) nesta quinta-feira (16/1). Os policiais puxaram uma manifestante pelos cabelos e outra pelo pescoço enquanto as prendia na Praça da República, centro da cidade de São Paulo. A tropa ainda prendeu ao menos 10 manifestantes.

A Ponte flagrou o momento em que dois policiais homens iniciaram a ação ao dar golpes de mata-leão em duas garotas que seguravam a faixa do protesto. Os PMs as escolheram aleatoriamente. Com a agressão, as pessoas se revoltaram e tentaram interromper os golpes. Em meio à tentativa, a ativista Andreza Delgado, do MPL e PerifaCon, também acabou agredida.

“Eu tentei acudir as garotas pegas com mata-leão quando um PM se soltou delas e veio para cima de mim”, conta. “Os policiais me pegaram pelo cabelo, me arrastaram muito. Colocaram o pé em cima de mim. Estou muito dolorida, toda machucada”, descreve Andreza.

Os policiais levaram as duas jovens abordadas inicialmente para viaturas que estavam na Praça da República, no lado contrário à manifestação. Uma delas foi arrastada pelo pescoço em parte do trajeto. Ao menos três PMs que as levaram não possuíam identificação, como determina regra da PM. “Caiu no caminho”, justificou o policial que segurava a garota, enquanto os outros dois se calaram quando perguntados.

Outras sete pessoas também foram levadas para o 2º DP (Bom Retiro), na região central da capital paulista. Até o momento, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, comandada pelo general João Camilo Pires de Campos, não informou o motivo das prisões, conforme questionado por e-mail para a assessoria de imprensa terceirizada da pasta, a InPress. “Não me falaram nada. Estou só esperando”, conta Andreza, sentada na delegacia, aguardando para ser ouvida.

Antes de ser arrastada, a ativista do MPL levou um jato de spray de pimenta dentro da boca em uma primeira ação truculenta da PM, ocorrida na esquina das avenidas Ipiranga e São João. “Em uma foto, eu tô com a boca cheia de leite, que era pra amenizar a irritação”, diz. Depois de detida, ela aguardou até ir para a delegacia. “Fiquei 45 minutos algemada, ouvindo várias provocações. Um PM disse que gostava de manifestação para bater nas pessoas”, relembra.

Ato contra valor das passagens

O terceiro protesto contra o aumento no valor da passagem do transporte público, de R$ 4,30 para R$ 4,40, teve concentração no Theatro Municipal, centro da cidade. A ideia dos manifestantes era chegar à Avenida Paulista, passando pela Rua da Consolação, mas a PM os impediu. Alegou que a chuva que caíra em São Paulo causou trânsito e que o ato pioraria as condições.

Segundo pesquisa no site da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) às 18h, hora em que a marcha sairia, a cidade registrava 38 quilômetros de congestionamento, sendo 7 deles no centro, número que está abaixo da média de trânsito para o horário. Uma das alegações do 1º tenente Cesário, líder dos PMs mediadores, é de que havia o risco de acontecerem “arrastões” nos engarrafamentos.

A marcha só começou quando os manifestantes se irritaram e driblaram o bloqueio da PM fixado em direção à Prefeitura de São Paulo, indo no sentido contrário, rumo ao Largo do Paissandu. Cerca de 300 metros depois, a primeira ação truculenta, com a PM usando escudos para impedir a entrada na Avenida Ipiranga.

Nesse instante, PMs distribuíam golpes em quem estivesse na frente, entre eles o fotógrafo da Ponte Daniel Arroyo, agredido com três chutes por um policial. “Dá para perceber que estou trabalhando: estou com uma câmera na mão, credencial, capacete. Estava na linha, identificado, levei três chutes”, relatou Daniel.

Com a liberação, o ato seguiu para a Praça da República, onde foi novamente bloqueada, desda vez definitivamente. Cerca de 30 minutos depois, os dois policiais agrediram com mata-leão e detiveram as duas garotas.

Outros cinco manifestantes foram presos na Praça da República e outro nas imediações da Rua Sete de Abril. Um dos policiais mediadores filmou a conversa de advogados da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) com os detidos, o que viola o direito de defesa, segundo os defensores.

Os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha, deram golpes de cassetete e com seus escudos, inclusive em jornalistas identificados. Com a dispersão dos manifestantes por conta do cheiro, que invadiu a estação República do Metrô e atingiu pessoas que ali estavam, entre elas crianças, a PM passou a caçar quem estava no protesto no entorno da praça.

As dez pessoas foram levadas para o 2º DP e assinariam termo circunstanciado por desacato à autoridade e resistência à prisão, segundo integrantes da OAB que acompanharam o desenrolar das acusações. A liberação não aconteceu até às 23h54 desta quinta-feira (16/1). PMs impediram jornalistas de permanecerem dentro do prédio para acompanhar os trabalhos da Polícia Civil.

Os primeiros protestos organizados pelo MPL, em 7 e 9 de janeiro, tiveram repressão por parte da polícia. No primeiro ato, 32 pessoas foram detidas “para averiguação”, como definiu um policial. Entre as pessoas estava o fotógrafo Rodrigo Zaim, que trabalhava na cobertura do protesto. O fotojornalista Daniel Arroyo, da Ponte, foi agredido com golpe de cassetete por um PM na dispersão de manifestantes na estação Trianon/Masp da Linha 2-Verde do Metrô.

O segundo ato teve mais agressões a jornalistas, com profissionais identificados e com câmera nas mãos recebendo novos golpes de cassetete de PMs e outro fotógrafo atingido por uma bomba de gás, que explodiu ao cair no chão. Neste ato, o repórter Arthur Stabile, da Ponte, foi revistado por PMs quando registrava a revista dos policiais a dois manifestantes antifascista, impedidos de usar bandeira com logo do movimento. “Usa drogas? Tem algum ilícito? Tem problema na Justiça?”, questionou o PM ao profissional.

A Ponte questionou a SSP sobre as prisões, as agressões cometidas pelos policiais, a falta de identificação de parte dos PMs e por quais crimes os presos foram acusados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Ponte

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