Crimen de Marielle Franco: policías acusan a Bolsonaro de intimidar al jefe de la investigación

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Policías acusaron a Bolsonaro de intimidar al jefe de la investigación del crimen de Marielle Franco

Cinco organizaciones profesionales y sindicales de policías de Brasil acusaron este domingo al presidente Jair Bolsonaro de intentar intimidar al encargado de la investigación del asesinato de la concejal de Río de Janeiro y activista humanitaria Marielle Franco.

De ese modo, las asociaciones salieron en defensa del comisario Daniel Rosa, quien encabeza la investigación del crimen de Franco, ocurrido el 14 de marzo de 2018.

El nombre de Bolsonaro apareció en el caso la semana pasada, cuando un testigo -que se desdijo 24 horas después- afirmó que los supuestos asesinos de Franco estuvieron, poco antes de matarla, en una urbanización de Río de Janeiro donde vive uno de ellos y el mandatario tiene su residencia particular.

Sin embargo, los registros oficiales del Congreso señalan que ese día Bolsonaro -que aún era diputado federal- estaba en Brasilia, a más de 1.000 kilómetros de Río de Janeiro.

Bolsonaro afirmó que tuvo acceso a las grabaciones de las llamadas entre la portería y las residencias del condominio antes de que, según él, fueran adulteradas.

Télam


Associações e sindicatos de delegados criticam declarações de Bolsonaro sobre caso Marielle

Associações e sindicatos de delegados da Polícia Civil divulgaram, neste domingo, nota conjunta, em repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após a divulgação da citação do nome dele no caso. Bolsonaro disse que pegou os áudios das ligações realizadas entre a portaria e as casas do condomínio Vivendas da Barra antes que, segundo ele, os áudios fossem adulterados. E voltou a acusar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de «manipular» as investigações, insinuando direcionamento do caso e coação de testemunha. O presidente também referiu-se ao delegado responsável pelo inquérito como «muito amiguinho do governador».

A Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj) também convocou para segunda-feira um ato em defesa da atuação das promotoras do caso Marielle. A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho se afastou das investigações após divulgação de fotos em que ela aparece demonstrando apoio a Bolsonaro.

«As críticas e comentários à atuação do Ministério Público fazem parte do ambiente democrático que deve nortear as pautas públicas sobre os assuntos de interesse da sociedade. No entanto, comentários desrespeitosos e ofensivos, de cidadãos ou autoridades, buscando pura e simplesmente, à falta de outros argumentos e para desviar o foco da discussão, menosprezar a atuação do Ministério Público ou de qualquer dos seus membros, comprometem o salutar debate sobre os melhores caminhos para se alcançar o interesse público e a aplicação da lei penal», diz Amperj.

A nota de entidades ligadas à Polícia civil também reafirma o apoio ao delegado responsável pela investigação.

«Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, (o presidente) claramente ataca e tenta intimidar o Delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade. O cargo de Chefe do Poder Executivo Federal não lhe permite cometer atentados à honra de pessoas, muito menos daquelas que, no exercício de seu múnus público, desempenham suas funções no interesse da sociedade e, não, de qualquer governo», diz a nota conjunta.

Assinam o documento a Associação do Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil), a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil (Fendepol), o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) SINDELPOL-RJ, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas (sindepol-AM) e a Associação dos Delegados de Polícia do Pará (Adepol-PA).

O Globo


Após obstruir investigação, Bolsonaro tira sarro: “E aí Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo?”

Jair Bolsonaro tripudiou, na noite deste sábado, da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em andamento há um ano e oito meses na Polícia Civil do Rio de Janeiro, segundo aponta reportagem do jornal Valor Econômico.

Em um segundo passeio na moto nova que buscou nesta manhã na concessionária, ele provocou, em tom de ironia: “Cadê Globo, já acharam quem matou a Marielle?”, questionou o presidente. “Foi eu mesmo, ou não?”, completou, dando risada.

Neste sábado, pela manhã, Bolsonaro confessou o crime de obstrução judicial. “Nós pegamos [a gravação], antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, afirmou.

Os dois principais suspeitos de assassinar Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, são milicianos de uma organização que tem ligação com a família Bolsonaro. Diante do crime confessado, a oposição prepara um pedido de impeachment.

Bem blogado

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