Brasil: partidos opositores piden anular el mandato a diputado del hijo de Bolsonaro por sus dichos pro dictadura

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Oposición brasileña presenta petición contra hijo de Bolsonaro

Los principales partidos de la oposición brasileña presentaron este martes una petición formal ante el Consejo de Ética de la Cámara de Diputados para anular el mandato a diputado del hijo del presidente Eduardo Bolsonaro por sus comentarios a favor instaurar una nueva dictadura en el país suramericano.

Representantes del Partido de los Trabajadores (PT), Partido Socialista de Brasil (PSB), Partido Comunista de Brasil (PCB), Partido Socialismo y Libertad (PSOL) y Partido Democrático Laborista mantuvieron un encuentro con el presidente del Consejo de Ética, Juscelino Filho para entregar la petición: «Es por la posición que (Eduardo Bolsonaro) presentó en ese momento, pero es una postura recurrente», dijo al entregar el oficio el diputado Ivan Valente, del PSOL.

Por su parte la diputada del Partido Comunista Jandira Feghali remarcó que los familiares de los asesinados por la dictadura militar (1964-1985) se sintieron «muy agredidos» por los dichos  del diputado Bolsonaro y remarcó que el tono siempre es muy irrespetuoso y antidemocrático.

La semana pasada, Eduardo Bolsonaro concedió una entrevista a un canal de YouTube, y al ser preguntado por las protestas de Chile y la victoria del peronismo en Argentina dijo que en Brasil «si la izquierda se radicaliza» se podría implantar un nuevo (AI-5).

El Acto Institucional Número 5 (AI-5) abrió en 1968 el periodo más duro de la dictadura militar brasileña, que llevó al  cierre del Congreso Nacional y suspendió las garantías constitucionales de todos los ciudadanos.

Las palabras del hijo de Jair Bolsonaro causaron una ola de críticas en un gran sector de la sociedad brasileña, y  también en colegas de su propio partido.

Para este martes se convocaron varias manifestaciones y actos de protesta en varias ciudades de Brasil en rechazo a las afirmaciones del diputado y el presidente Bolsonaro.

El Consejo de Ética está formado por 21 miembros titulares, que en los próximos días realizarán un informe sobre el asunto que será llevado a votación; en caso de mayoría, Eduardo Bolsonaro perdería su mandato como diputado federal.

teleSUR


Partidos de oposição pedem cassação de Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética da Câmara

Os partidos de oposição entraram hoje (5) com pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara. O pedido foi feito por conta das declarações do deputado à imprensa com ameaças à ordem democrática e fazendo apologia à ditadura civil-militar.

“Nós do PT, PCdoB, Psol e PDT protocolamos no Conselho de Ética um pedido de cassação contra Eduardo Bolsonaro. O filho do presidente não pode atacar a democracia e sair impune”, disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

A ação foi motivada pelo vídeo que circula nas redes sociais, em que o deputado, filho do presidente Jair Bolsonaro, anuncia a possibilidade de “um novo AI-5” durante entrevista concedida à jornalista Leda Nagle. Na última terça-feira (29), o deputado já havia utilizado a tribuna da Câmara para dizer que caso a população brasileira vá às ruas, como tem acontecido em países como Chile e Equador, o governo Bolsonaro deve utilizar de autoritarismo, repressão e romper com a ordem democrática. “A história vai se repetir”, afirmou em seu discurso.

O Psol também apresentou notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) para responsabilizar Eduardo Bolsonaro por suas declarações. PDT, PSB, PCdoB e PT subscrevem a ação. A notícia-crime foi apresentada em 31 de outubro. Na ocasião, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que “o AI-5 é a ruptura do Estado democrático de direito, e ele (Eduardo Bolsonaro) precisa responder por isso, porque é crime de responsabilidade contra a Constituição Federal.”

Rede Brasil Atual


Manifestantes rechaçam autoritarismo de Bolsonaro e pedem justiça no caso de Marielle

Milhares de brasileiras e brasileiros foram às ruas nesta terça-feira (5) para se manifestarem pela democracia, contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e por respostas no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Os atos foram convocados por movimentos populares, partidos de oposição e frentes de esquerda como a Povo Sem Medo e a Brasil Popular – com o lema “Por justiça para Marielle, por democracia e por direitos, Basta de Bolsonaro!” – e ocorreram em diversas cidades do país.

Nas redes sociais, os chamados circulam com hashtag #5NcontraAI5. A chamada para as manifestações ocorreu após o líder do PSL na Câmara e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que o governo pode criar um «novo AI-5” em reação a eventuais protestos.

Em São Paulo (SP), a manifestação foi convocada para o centro financeiro da cidade. Cerca de 10 mil pessoas ignoraram a forte chuva que caía na capital e se mobilizaram na Avenida Paulista.

O ato, organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, reuniu estudantes, partidos políticos, centrais sindicais. A concentração ocorreu no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e as manifestantes caminharam em direção à sede do Ministério Publico Federal, na rua Frei Caneca, onde pediram justiça para Marielle.

Ricardo Marcolino Pinto, professor municipal participou da manifestação mesmo debaixo da forte chuva que caiu sobre a capital paulista no início da noite. Ele destacou a importância de todos os brasileiros se engajarem na defesa da democracia.

«Ninguém pode pedir a volta do AI-5. O AI-5 foi perverso para a sociedade brasileira, perseguiu pessoas, invadiu casas, fez com que as pessoas se submetessem à ordem de um regime que nada contribuiu com o país», exclamou.

Maria Vaz é professora e produtora de documentários e se juntou ao ato na avenida Paulista. Segundo ela, o Brasil pode estar caminhando para uma tentativa de volta da ditadura e é dever de todos dialogar com a população que elegeu Bolsonaro para fomentar a consciência crítica.

«Antes de gritar ‘Fora Bolsonaro!’, nós temos que ter consciência de quem esta por trás dele, de quem o elegeu. Trata-se de uma forca enraizada em muitos lugares, que precisa ser combatida. São as corporações, o que engloba a indústria do petróleo, a armamentista, a alimentícia, a  farmacêutica; engloba as religiões, que são organizações com fins lucrativos», argumentou.

Rio de Janeiro

Centenas de pessoas se reuniram na Candelária, região central do Rio de Janeiro, nesta terça. Segundo Julia Aguiar, diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das entidades organizadoras, o ato foi uma resposta aos últimos acontecimentos da política nacional, envolvendo Bolsonaro, Marielle e ameaças à democracia.

“O ato de hoje está sendo chamada a nível nacional porque na semana passada vimos esse escândalo do nome presidente da República e sua família, relacionados ao assassinato da Marielle. Não podíamos não dar uma resposta a isso. Junto com essas informações veio a declaração do filho do presidente dizendo que deveria estabelecer um novo AI-5 no Brasil. É um absurdo que nesse momento da história a gente tenha que continuar defendendo que a democracia tem que continuar no nosso país. Estamos aqui pela memória de Marielle, pela democracia e sem esquecer dos nossos direitos como educação, saúde, Previdência”, disse durante o protesto.

A estudante Beatriz Vargas, de 20 anos, moradora de Rio das Pedras, zona Oeste do Rio, também esteve presente no ato, ao lado de sua mãe, Karla Vargas, de 40 anos.

“Tenho medo de ver a história se repetir, tenho medo que as pessoas percam seu direito à liberdade, tenho medo pela minha família. Tô aqui por todos nós, para que respeitem a nossa voz”, completou Beatriz.

Nas ruas

Atos ocorreram em outras cidades, dentre as quais algumas capitais do país. «Marielle perguntou, eu também vou perguntar, quantos mais têm que morrer pra essa guerra acabar?», entoaram manifestantes nas ruas de Porto Alegre, nesta terça.

O ato reuniu milhares de pessoas na chamada esquina democrática, no centro da capital gaúcha. Uma das participantes, Ana Paula Santos, coordenadora-geral do DCE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) destacou o legado da vereadora Marielle Franco como lutadora social.

«Estamos aqui para exigir justiça por Marielle Franco, que era uma mulher, negra, lésbica, da favela, que defendia muitas das lutas que todos os dias a gente defende. Nós temos o dever histórico de lutar por justiça, buscar resposta, mas mais do que tudo seguir defendendo as ideias que Marielle defendia», assinalou.

O ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont (PT) ressaltou a temerosa escalada autoritária do governo federal. «Estamos vendo que a família do Bolsonaro, e o próprio Bolsonaro, não só elogiavam torturadores, como fazem a defesa como alternativa política do AI-5. Então nada mais oportuno do que este ato demonstrando a capacidade de luta e de resistência, que é o que todos nós temos que assumir», afirmou.

Brasil de Fato


Bolsonaro defende filho Eduardo por fala sobre o AI-5

O presidente Jair Bolsonaro saiu nesta terça-feira, 5, em defesa do filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que vem sendo duramente criticado em virtude das referências feitas ao AI-5. «Procuramos dar o melhor de si, às vezes erramos», disse o presidente, durante cerimônia para marcar os 300 dias de seu governo. O presidente citou já ter sido alvo de uns 30 processos de cassação. «Espero que Eduardo não entre nessa aí», disse.

Para mais tarde emendar: «Mas sempre respeitaram a opinião», numa alusão à imunidade parlamentar, uma prerrogativa que permite a deputados e senadores se expressarem quando estão no exercício de suas funções.

Bolsonaro afirmou ainda que integrantes de seu governo não hesitariam em dar o sangue pela liberdade. «Se preciso for dar o sangue pela nossa liberdade, ninguém se furtará a essa missão», disse durante a cerimônia.

Ao defender o filho, o presidente citou a crise enfrentada no Chile e afirmou que precisamos ter a capacidade de nos anteciparmos a problemas. «Nós sabemos que, infelizmente, no Brasil, existem alguns maus brasileiros que ficam maquinando como chegar ao poder, não interessa por que meio. Não podemos admitir isso. Eu acredito que meu governo que eu seja um dos mais democráticos dos últimos anos. Nunca falei de controle social da mídia, nunca falei que a internet precisa ser domada», disse.

O presidente rebateu a informação de que seu nome teria sido citado nas investigações que apuram a morte da vereadora Marielle Franco. «A imprensa querer colocar no meu colo a execução porque um dos suspeitos mora no meu condomínio? Não é imprensa que colabora com o Brasil», afirmou. Segundo ele, se dependermos apenas de uma imprensa, «corremos o risco de sermos réus sem crime». «Que motivo eu teria para cometer ato daquele? Estaria contrariando meus princípios cristãos. Em que aquela pessoa me atrapalhava? Em nada. Lamento pelo que ocorreu, pela sua família», completou.

Noticias Terra


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