Incendios en la Amazonía: Bolsonaro rechaza la ayuda del G7 y le exige disculpas a Macron

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Amazonas: Jair Bolsonaro exige las disculpas de Emmanuel Macron antes de aceptar los US$ 20 millones del G-7

Luego de que el gobierno de Brasil advirtieran que no estaba dispuesto a aceptar la ayuda de 20 millones de dólares anunciada por el grupo del G-7 para combatir los incendios en el Amazonas, el presidente Jair Bolsonaro dijo que quizás acepte el dinero pero solo si antes el mandatario de Francia, Emmanuel Macron, le pide disculpas.

El brasileño expuso su condición en medio de la escalada de tensión entre ambos, que comenzó con las declaraciones del presidente galo, quien lo llamó mentiroso por no cumplir con las políticas ecológicas prometidas y que además lo culpó por el fuego en la selva. El cruce subió de tono con la burla sexista y machista del latinoamericano sobre la primera dama francesa, Brigitte Macron.

«En primer lugar Macron tiene que retractarse por los insultos hacia mi persona. Me llamó mentiroso. Para hablar o aceptar cualquier cosa con las mejores intenciones posibles de Francia, él tendrá que retirar sus palabras», dijo Bolsonaro hoy. «Primero que retire [sus palabras], después que ofrezca, y entonces yo respondo», agregó.

Asimismo, cuando se le preguntó sobre el hecho de que desde el gobierno habían informado que rechazarían la ayuda monetaria, indicó: «¿Dije eso? ¿Yo hablé? ¿Jair Bolsonaro habló?», de acuerdo con lo publicado por el diario O Globo.

Sobre la ofensa a Brigitte
Bolsonaro también se refirió al episodio en redes sociales en el que ofendió a la primera dama de Francia, cuando durante el fin de semana reaccionó a una publicación en Facebook que comparaba con una foto la apariencia de su esposa Michelle, de 37 años, con la de Brigitte, de 66 años y pareja de Macron y que decía: «¿Entienden ahora por qué Macron persigue a Bolsonaro?». «No humillen al hombre, jajaja», escribió entonces el mandatario y elevó la tensión con Macron, que lo tildó de irrespetuoso y deseó ante las cámaras del mundo que el «pueblo brasileño tenga muy rápidamente un presidente que se comporte debidamente».

Al ser consultado al respecto, el mandatario brasileño esquivó los reclamos al decir que no la insultó sino que le comentó a un seguidor suyo que no «hablara tonterías». Y se enojó con los periodistas que le insistieron sobre el tema.

El rechazo

Anoche el gobierno brasileño había rechazado la ayuda del G-7 para combatir los incendios en la selva amazónica al asegurar que la situación está «bajo control». «Agradecemos (la oferta), pero tal vez esos recursos sean más relevantes para reforestar Europa», dijo el jefe del gabinete de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, al referirse al fondo de 20 millones de dólares que anunció Macron durante la cumbre en Biarritz, sur de Francia.

«Macron no logra siquiera evitar un previsible incendio en una iglesia que es un patrimonio de la humanidad y ¿pretende enseñarle a nuestro país?», desafió Lorenzoni, en referencia al incendio que devastó Notre Dame en abril pasado. «Él tiene mucho que cuidar en su casa y en las colonias francesas», agregó, en alusión a los territorios franceses de ultramar, entre los que figura la Guayana Francesa, limítrofe con Brasil.

En sus más recientes arremetidas, Bolsonaro acusó al gobernante francés de «disfrazar sus intenciones sobre la Amazonía detrás de la idea de que una ‘alianza’ de los países del G-7 para ‘salvar’ la Amazonía, como su fuésemos una colonia o una tierra de nadie».

Entre sábado y domingo se registraron 1113 nuevos incendios y en lo que va de año se reportaron 80.626 en todo Brasil, un 78% más que en el mismo periodo de 2018, según datos del Instituto Nacional de Investigación Espacial (INPE).

La Nación


Bolsonaro diz que Macron terá de retirar ‘insultos’ antes de o Brasil aceitar dinheiro para AmazôniaPor Guilherme Mazui

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (27) que o presidente da França, Emmanuel Macron, terá de «retirar insultos» contra ele e contra o Brasil antes de considerar aceitar a ajuda de US$ 20 milhões (cerca de R$ 82 milhões) dos países do G7 para combater queimadas na Amazônia.

Na segunda-feira (26), Macron, disse em entrevista à imprensa que a ajuda oferecida era de 20 milhões de euros. Nesta terça-feira (27), no entanto, a presidência francesa confirmou que o valor é US$ 20 milhões (cerca de 18 milhões de euros)

Bolsonaro disse que Macron o chamou de «mentiroso» e ameaçou a soberania da Amazônia ao falar sobre a definição de um «status internacional» da Amazônia (leia mais abaixo).

O presidente deu as declarações ao ser questionado sobre o motivo de o país não aceitar a ajuda oferecida pelo G7, conforme disseram o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e a assessoria do Planalto.

«Eu falei isso? Eu falei? Jair Bolsonaro falou?», indagou Bolsonaro sobre a recusa em aceitar ajuda do G7.

Após a fala, os jornalistas presentes citaram que Onyx e o próprio Planalto disseram que o governo brasileiro não aceitaria o auxílio financeiro. Bolsonaro, então, apresentou condições para conversar sobre o tema.

“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. E depois, informações que eu tive, de que a nossa soberania está em aberto na Amazônia”, declarou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.
“Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, acrescentou.

Um dos jornalistas insistiu no assunto, ao perguntar que, se Macron retirasse os comentários sobre a internacionalização da Amazônia, o Brasil poderia aceitar o dinheiro. Bolsonaro respondeu:

«Primeiro ele retira, depois ele oferece, daí eu respondo».
Procurada pelo G1, a Embaixada da França não comentou a declaração de Bolsonaro.

Macron e Bolsonaro trocam críticas desde a semana, quando teve início a crise diplomática entre França e Brasil provocada pela alta das queimadas na Amazônia.

Como resposta às críticas recebidas por líderes estrangeiros, sociedade civil e celebridades, Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios nos nove estados da Amazônia Legal.

Status internacional da Amazônia

Bolsonaro tem afirmado que países estrangeiros têm interesse na Amazônia em razão das riquezas da região e que o Brasil deve preservar sua soberania no local.

Macron disse durante a cúpula do G7, ao ser questionado sobre a possibilidade de um status internacional para a Amazônia, que pode ser o caso se um «Estado soberano» tomar de «maneira clara e concreta medidas que se opõem ao interesse de todo o planeta».

«A verdade é que associações, ONGs e atores internacionais, inclusive jurídicos, questionaram em diversos anos se era possível definir um status internacional para a Amazônia», afirmou Macron.
A palavra francesa que Macron usou, «statut», tem dois significados, e isso gerou confusão na imprensa internacional e até mesmo na França. Alguns jornalistas entenderam que o presidente francês estava propondo definir «um status internacional para a Amazônia»; outros entenderam que era «um estatuto internacional para a Amazônia», que seria um marco regulatório definindo regras para proteger a floresta.

Logo depois de falar sobre isso, Macron prosseguiu:

«Isso não está na discussão das iniciativas apresentadas hoje. É realmente uma questão que se colocaria: [e] se um Estado soberano tomasse de maneira clara e concreta medidas que se opõem ao interesse de todo o planeta? Então, aí haveria todo um trabalho jurídico e político a ser feito, mas creio poder dizer que as conversas que o presidente [do Chile] Sebastián Piñera teve com o presidente Jair Bolsonaro não vão nesse sentido».

Primeira-dama da França

Bolsonaro encerrou a entrevista desta terça, irritado, ao ser questionado sobre um comentário que fez em um post publicado no Facebook com fotos da primeiras-damas do Brasil e da França.

Um seguidor do presidente postou foto no Facebook com Bolsonaro e Macron acompanhados de suas mulheres (Michelle Bolsonaro e Brigitte Macron) com a seguinte pergunta: «Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?». O seguidor ainda acrescentou «É inveja presidente do Macron pode crê (sic)».

Bolsonaro respondeu ao comentário dizendo: «Rodrigo Andreaça não humilha cara kkkkk».

Nesta terça, ao ser questionado sobre o assunto, Bolsonaro disse que seu comentário chamou atenção do seguidor para que ele não falasse “besteira”.

“A mulher dele [Macron]… Eu não botei aquela foto. Alguém que botou a foto lá, e eu falei para ele não falar besteira. É isso que eu botei lá”, disse. “[No] meu comentário eu falava para não insistir neste tipo de postagem”, acrescentou.

Diante da observação feita na entrevista de que seu comentário tinha risadas (kkkkk), Bolsonaro encerrou a entrevista e não respondeu a indagação se pretende pedir desculpas à primeira-dama da França.

“Tchau para vocês. … Realmente, vocês não merecem a consideração”, disse.

Macron afirmou na segunda-feira que o comentário de Bolsonaro na rede social foi «extraordinariamente desrespeitoso». O chefe de estado francês disse ainda esperar que os brasileiros tenham rapidamente um presidente à altura do cargo.

«O que eu posso dizer? É triste, é triste. Mas é triste, em primeiro lugar, para ele e para os brasileiros. Eu penso que as mulheres brasileiras têm, sem dúvida, vergonha de ler isso de seu presidente”, afirmou Macron.

O Globo


Amazonas: Bolsonaro omitió un alerta tres días antes de los incendios

El gobierno de Jair Bolsonaro omitió un alerta sobre posibles incendios en la Amazonia presentada tres días antes de que se iniciara el fuego que consume vastos territorios de esa región. El dato que reveló este hecho fue la aparición de un documento oficial del Ministerio Público Federal fechado el 7 de agosto pasado y enviado al Instituto Brasileño del Medio Ambiente (Ibama), en el que se informaba que un grupo de productores rurales iniciarían “quemas” en la región de Novo Progresso, en el departamento de Pará.

La quema sería parte de una manifestación en apoyo a la flexibilización de la legislación ambiental que el gobierno de Bolsonaro impulsó para favorecer la deforestación en esa región, así como también la quita de sanciones a las empresas que las concretan.

Los incendios se iniciarían en las costas de la carretera BR-163, que conecta Pará con los puertos del río Tapajos y del Estado de Mato Grosso. Por este motivo, el Ministerio Público advirtió sobre las “serias infracciones ambientales” que ello podría acarrear y solicitó al gobierno federal un plan de contingencia para evitar que el hecho pase a mayores.

La información fue publicada por el portal de la revista Globo Rural, que incluyó un facsímil de la carta en la que la Fiscalía Federal de Pará indica que se enteró del inicio de quemas a través de un artículo periodístico en el que los productores anticipaban esa modalidad de protesta para el 10 de agosto.

La nota de advertencia fue fechada el 7 de agosto pasado, tres días antes de la protesta. El 12, el Ministerio de Medio Ambiente, a través del Ibama, respondió. Informó que se habían “emitido cartas solicitando apoyo de las Fuerzas de Seguridad”, pero aclaró que no hubo respuesta a esa solicitud.

Dieciséis días después de ese hecho y ante la publicación de la situación en la prensa, el Poder Ejecutivo de Brasil se expresó al respecto y por las redes sociales. El ministro de Justicia, Sergio Moro, dijo que Bolsonaro lo contactó por ese dato y le “solicitó una verificación rigurosa”.

“La policía federal, con su experiencia, determinará el hecho. Los incendios criminales en el Amazonas serán severamente castigados”, añadió sobre el caso que podría echar luz sobre uno de los motivos por los cuales comenzó el incendio que preocupa al mundo.

Página 12


Bolsonaro recebe governadores nesta terça-feira para discutir queimadas na Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro se reunirá na manhã desta terça-feira (27) com governadores de estados da Amazônia para discutir ações de combate às queimadas na região.

O encontro está marcado para as 10h e ocorrerá no Palácio do Planalto quatro dias depois de o presidente ter assinado um decreto autorizando o envio de tropas das Forças Armadas à Amazônia.

A Amazônia Legal é composta por nove estados e todos pediram ao governo federal a atuação dos militares. Já pediram o envio das tropas:

  • Acre
  • Amapá
  • Amazonas
  • Pará
  • Rondônia
  • Roraima
  • Tocantins
  • Mato Grosso
  • Maranhão

No último sábado (24), os governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal divulgaram um documento no qual pediram a cooperação do governo federal no combate às queimadas.

«Solicitamos à vossa excelência imediatas providências no sentido de viabilizar a cooperação das estruturas dos estados da Amazônia Legal e as do governo federal no emprego específico de combate a focos de incêndio na floresta amazônica do Estado brasileiro, com apoio material para enfrentamento efetivo ao desmatamento e incremento às ações de fiscalização de atividades legais», afirma o documento.

Nesta segunda-feira (26), Bolsonaro se reuniu com ministros para discutir as queimadas e, após o encontro, Fernando Azevedo e Silva (Defesa) disse que a situação está «sob controle».

Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há «suspeita de ação orquestrada» nas queimadas na Amazônia. Além disso, a Polícia Federal decidiu investigar se houve ação criminosa na região.

Bolsonaro tem dito, sem apresentar provas, que integrantes de organizações não governamentais (ONGs) podem estar envolvidos. Para ambientalistas, porém, esse tipo de declaração é «irresponsável».

Ajuda internacional

Em uma rede social, Bolsonaro informou que pretende transmitir ao vivo a reunião desta terça com os governadores. Segundo ele, será dita «a verdade sobre o que os outros querem com essa rica região».

O crescimento das queimadas e as declarações recentes do presidente têm repercutido internacionalmente.

O presidente da França, Emmanuel Macron, por exemplo, tem feito críticas públicas a Bolsonaro ao tratar do assunto. O francês até diz que Bolsonaro mentiu sobre a preocupação com a questão ambiental.

Bolsonaro, por sua vez, critica Macron e diz que há uma tentativa internacional de interferir na soberania do Brasil.

Países vizinhos

Bolsonaro informou nesta segunda que discutiu com o presidente da Colômbia, Iván Duque, um «plano conjunto» entre os países com territórios cobertos pela floresta amazônica para garantir a «soberania e riquezas naturais» da região.

Duque abordou o tema no domingo, quando anunciou que levará à Organização das Nações Unidos (ONU) uma proposta de pacto regional de conservação da floresta.

A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) tem como integrantes países que partilham o território amazônico: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

O Globo


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