Elecciones en Argentina: ministro de Economía brasileño amenaza con salir del Mercosur

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En Contexto
El 11 de agosto Argentina celebró elecciones Primarias, Abiertas, Simultáneas y Obligatorias (PASO) con nueve fórmulas presidenciales. En esta etapa los partidos políticos postularon candidaturas a la presidencia, al Congreso nacional y a las gobernaciones provinciales y locales en cada distrito para resolver sus propias internas. El oficialismo, con el frente Juntos por el Cambio que busca la reelección de Mauricio Macri y lleva como vicepresidente al peronista Miguel Ángel Pichetto, quedó con un 32% detrás de la fuerza opositora del Frente de Todos, encabezada por Alberto Fernández y la expresidenta Cristina Fernández de Kirchner, que alcanzó el 47,65%. Seis coaliciones que superaron el piso de 1,5% de los votos competirán en las elecciones presidenciales del próximo 27 de octubre.

Amenaza de un ministro de Brasil

El ministro de Hacienda de Brasil, Paulo Guedes, advirtió este jueves que su país podría abandonar el Mercosur si las autoridades de la Argentina -en un posible gobierno del Frente de Todos- se oponen a la apertura comercial del bloque económico en el que además participan Uruguay y Paraguay.

“El Mercosur es un vehículo para abrir la economía. Y si (Cristina) Kirchner asume y quiere cerrar la economía, nosotros salimos del Mercosur. Vamos a abrir la economía de cualquier forma», afirmó Guedes. El funcionario brasileño realizó estas declaraciones en un evento del Banco Santander en San Pablo.

Guedes aseguró que su país no saldrá afectado por la inestabilidad financiera del mercado interno argentino. «¿Desde cuándo Brasil necesita de la Argentina para crecer?», señaló. La Argentina es el tercer socio comercial de Brasil, detrás de China y Estados Unidos, y el primer destino de manufacturas producidas en las fábricas locales.

«No tengo miedo ni de la desestabilización de la Argentina ni de la pelea comercial (entre China y Estados Unidos). No tengo miedo de ser tragado por la crisis internacional porque no nos vamos a caer si hacemos las cosas bien», subrayó. El funcionario es ultraliberal formado en la escuela económica de Chicago.

El Gobierno de Brasil es ultra conservador y no consigue entender que Cambiemos haya recibido el rechazo rotundo del pueblo argentino en las urnas. El presidente Jair Bolsonaro planteó esta semana que “la Argentina está sumergida en el caos porque delincuentes de la izquierda comenzaron a volver al poder”. La respuesta de Alberto Fernández no se hizo esperar y aseguró que Bolsonaro es “racista, misógino y violento”.

Bolsonaro hace días que ataca la posibilidad de un recambio político en la Argentina. El lunes comparó al país con Venezuela. Dijo que Brasil, si gana el Frente de Todos, podría ser un centro de refugiados para los argentinos como ocurre actualmente en Roraima, norte del Amazonas, que se transformó en un área de llegada masiva de venezolanos.

El presidente Bolsonaro se encargó de adelantar que su relación con Alberto Fernández será “conflictiva”. Esto podría impactar incluso en el acuerdo comercial del Mercosur con la Unión Europea, el cual se firmó en junio. Ese acuerdo se encuentra pendiente de ratificación. El candidato de presidente del Frente de Todos mencionó en julio que el acuerdo se “anunció precipitadamente” para beneficiar electoralmente a Macri. Planteó además que revisará este acuerdo si llegara a ganar las elecciones presidenciales.

La economía brasileña empieza a mostrar señales de ingresar en una nueva fase de recesión. La gestión ortodoxa de Guedes no da buenos resultados en ese país. Las declaraciones de Bolsonaro parecen poco apropiadas y sin fundamentos de gestión.

Página|12


Guedes: Brasil sai do Mercosul se Argentina frear abertura do bloco

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na noite desta quinta-feira (15) que, caso a oposição vença as eleições presidenciais na Argentina e apresente resistência à abertura econômica do Mercosul, o Brasil deixará o bloco. As primárias realizadas no último fim de semana pelo país vizinho, que servem como uma pesquisa nacional, indicou o favoritismo da chapa encabeçada pelo peronista Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner. Eles receberam 47% dos votos. O atual presidente, Mauricio Macri, ficou com 32%.

O primeiro turno está marcado para 27 de outubro e, caso algum candidato obtenha mais de 45% dos votos, não há necessidade de segundo turno. «Se vence o Macri, o Bolsonaro se dá bem com ele e os dois se dão bem com o Trump. Então tudo caminha em alta velocidade. Se der errado, der o outro lado? A pergunta é simples. Nós vamos continuar abrindo. Vocês também? Se não vão, então tchau. A gente sai fora do Mercosul e vamos embora. Acho que vamos ser muito práticos. E não tememos o efeito disso. O Brasil precisa retomar sua dinâmica de crescimento», disse Guedes.

Sem crise

As declarações foram dadas em discurso na cerimônia de encerramento do Seminário sobre Gás Natural, evento organizado há cada dois anos no Rio de Janeiro pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Em junho, o Mercosul fechou um acordo de livre comércio com a União Europeia. Segundo o ministro, os Estados Unidos também manifestaram interesse em um acordo comercial com o bloco. Ele disse ainda que a disposição do Brasil em abrir o seu mercado faz o país ser disputado. «Todo mundo está fechando para balanço e nós somos a única moça da festa disponível para dançar. Então todo mundo quer dançar com a gente».

Ao final do evento, Guedes conversou com jornalistas e argumentou que o Brasil não precisa se preocupar com crise externa se o dever de casa for bem feito, porque dispõe de uma economia com dinâmica própria de crescimento. Segundo ele, houve momentos em que o mundo estava crescendo aceleradamente e o país não se beneficiou.

«Se há uma momento favorável lá de fora, valoriza o câmbio, mas em compensação você vende menos móveis, têxteis. O Brasil foi até desindustrializado mais rapidamente durante o período em que o câmbio se valorizou. Agora pode ser contrário. O mundo pode desacelerar e nós podemos acelerar. De repente, com energia barata e um câmbio um pouco mais alto, você vai reindustrializar autopeças, móveis, sapatos, indústria têxtil. Não devemos temer o efeito contágio. O Brasil tem uma dinâmica própria como poucos países: os Estados Unidos, a China, a Índia», disse Paulo Guedes. «Se o dólar quiser ir para R$4 ou mais de R$4 por causa da eleição na Argentina ou pelo vento lá fora, deixa ir. Estamos preparados», acrescentou.

Pacto federativo

O ministro defendeu ainda um novo pacto federativo entre União, estados e municípios. Para ele, esse novo pacto pode se beneficiar de um interesse internacional no Brasil. «Estivemos em Dallas há pouco tempo e falava-se da nossa fronteira de pré-sal. Os cálculos eram de US$500 bilhões, US$600 bilhões, até US$900 bilhões e US$1 trilhão em reservas. É um valor colossal pensar que tem quase US$1 trilhão para extrair do chão ao longo dos próximos 25 anos e isso tudo é o que vai reavivar o nosso pacto federativo. O dinheiro que sair do chão vamos jogando para os estados e municípios para reconstruir a federação. São eles que financiam saúde, educação, saneamento, segurança pública».

Uma proposta está sendo elaborada, de acordo com Guedes, para que o percentual da arrecadação do pré-sal que fica com a União seja encolhido gradativamente. Ao final de oito anos, estados e municípios ficariam com 70% desses recursos. Ao mesmo tempo, o ministro defende a desvinculação e desindexação das despesas dos orçamentos de todos os entes federativos, assim como o fim das verbas carimbadas.

«A principal função da classe política é administrar os recursos públicos, é alocar os recursos de forma mais eficiente. Vou dar um exemplo. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, precisa de R$500 milhões para reequipar a Força de Segurança Nacional. Mas ele tem R$1,5 bilhão do fundo penitenciário. Ele não consegue pegar esse dinheiro. O natural era ele poder remanejar esses recursos. E aí no final do ano, falta dinheiro para todo mundo, mas sobra dinheiro congelado nos diversos fundos».

Privatizações

Guedes disse ainda que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está cada vez mais sintonizado com a agenda de privatizações e tem cobrado mais agilidade de Salim Matar, secretário especial de desestatização e desinvestimento do Ministério da Economia. «Eu durante a campanha falava: vamos privatizar todas. Minha obrigação é recompor as finanças da União. E estou convencido que as estatais esgotaram o seu ciclo de financiamento, foram perdendo a capacidade de investimento e foram ficando para trás», analisou o ministro.

Segundo ele, a capacidade de investimento que o Brasil necessita não é compatível com monopólios e demanda de capital privado. Ele não descartou a privatização da Petrobras. De acordo com o ministro, apesar de estar se recuperando, a estatal não tem capacidade de investimento para fazer frente à extração dos R$700 bilhões em reservas do pré-sal.

Agencia Brasil


Diosdado Cabello alertó a Alberto Fernández: “Que no vaya a creer que lo están eligiendo porque es él”

El titular de la Asamblea Nacional de Venezuela, Diosdado Cabello, se refirió al resultado de las elecciones Primarias en la Argentina y lanzó una advertencia directa al compañero de fórmula de Cristina Fernández de Kirchner, Alberto Fernández. “Que no vaya a creer que lo están eligiendo porque es él”, dijo el referente chavista. Además rescató la figura de Néstor Kirchner.

Cabello, se refirió a la actualidad de la Argentina durante una nueva emisión de programa televisivo que conduce, llamado “Con el mazo dando”. El segundo de Nicolás Maduro, expresó su alegría por la ventaja del Frente de Todos sobre la alianza electoral que encabeza Mauricio Macri, pero disparó un aviso directamente a Alberto Fernández.

“Me alegro mucho por el esfuerzo y el valor del pueblo argentino. Ojalá, Dios querido que no me equivoque, que a quien están eligiendo no vaya a creer que lo están eligiendo porque es él”, precisó Cabello. Y agregó que Argentina es “un pueblo eligiendo ‘No’ al neoliberalismo. Ojalá no lo defrauden”. Luego, sin mencionar a la expresidenta, el militar venezolano rescató la figura de Néstor Kirchner.

“El único que entendió eso fue Néstor Kirchner; lo entendió perfectamente después del desastre, de los cinco presidentes en casi nada de tiempo. Entendió y se ganó el corazón de los argentinos y no sólo de los argentinos, sino de los revolucionarios y revolucionarias de todo el continente por su valor, su esfuerzo, su desprendimiento, su entrega y por no caerse a coba (por no mentir)”.

Tras sus halagos al fallecido expresidente, Cabello reiteró en tono de advertencia: “Porque hay algunos que después, cuando llegan ahí, se olvidan de que solos no podrían jamás. Aquí nosotros podemos contra el imperio si nos mantenemos unidos. De la Patagonia al Río Grande”. De este modo, el régimen venezolano también se coló en las PASO argentinas.

Previamente, Alberto Fernández sostuvo que en Venezuela se encuentra “un Gobierno autoritario muy difícil de defender” y que su principal preocupación reside en el informe de la Alta Comisionada de Derechos Humanos de la ONU, Michelle Bachelet, donde se registran secuestros, torturas y más de siete mil ejecuciones extrajudiciales. “Yo tampoco soy Venezuela, nunca lo fui” añadió Fernández.

Desde su programa en la televisión pública venezolana, “Con el mazo dando”, Cabello amenaza a periodistas y legisladores. Es también desde la emisión, donde revela el adelanto de sentencias de la Justicia chavista. Tras las PASO argentinas, también el Presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, se expresó diciendo que “se parece cada vez más a Venezuela”.

El Intransigente 


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