Brasil: multitudinaria marcha en defensa de la Amazonía y contra las políticas ambientales de Bolsonaro
Caetano Veloso encabeza multitudinaria marcha en defensa de la Amazonía
Miles de personas, entre ellas el cantautor Caetano Veloso y otros importantes artistas, políticos e intelectuales de Brasil, marcharon este domingo en la icónica playa de Ipanema de Río de Janeiro en defensa de la Amazonía y contra el presidente del país, Jair Bolsonaro.
Con pancartas en las que se leía «Quemen a los fascistas, no al bosque» o «¿Cuánto vale el aire que tú respiras?», los manifestantes ocuparon una de las más emblemáticas playas cariocas para protestar contra los incendios que se extienden rápidamente por la selva amazónica.
Veloso, uno de los creadores del Movimiento Tropicalista, afirmó en declaraciones a Efe que se unió a las protestas para luchar «por la naturaleza» y contra «las decisiones que están siendo tomadas por el Gobierno actual».
El artista también calificó como «inaceptable» la «postura oficial» de Bolsonaro con respecto al medioambiente.
«Estoy aquí para levantar la bandera de la preservación ambiental. Los incendios en la Amazonía dejaron en evidencia la importancia de hacerlo», aseguró Veloso.
Igualmente estuvieron presentes en la manifestación el periodista estadounidense Glenn Greenwald y el exministro de Medio Ambiente Carlos Minc, quien tildó a Bolsonaro y al actual titular de la cartera, Ricardo Salles, de «auténticos exterminadores del futuro sostenible».
Embalados al ritmo de los tambores y de la samba, los manifestantes marcharon por las calles de Ipanema mientras gritaban palabras de orden como «Salven la Amazonía», «Fuera Bolsonaro y Salles» y «Bolsonero», en alusión al emperador romano Nerón y el gran incendio de la Roma Antigua.
Este domingo fue el tercer día consecutivo de actos que defienden la preservación de la mayor selva tropical del mundo.
Además de Río, fueron realizadas manifestaciones en las ciudades de Belo Horizonte (sudeste), Piracicaba, en el interior de Sao Paulo, y Porto Velho, la capital regional del amazónico estado de Rondonia, uno de los más afectados por el fuego y que desde este sábado cuenta con el refuerzo de tropas militares para el combate de los incendios.
Según datos divulgados esta semana por el Instituto Nacional de Pesquisas Espaciales (INPE), la región amazónica ha registrado más de la mitad de los 71.497 incendios forestales detectados en Brasil entre enero y agosto de este año, una cifra un 83 % superior al del mismo período de 2018.
Milhares vão às ruas do Rio de Janeiro contra Bolsonaro e devastação na Amazônia
Milhares de pessoas saíram às ruas no centro do Rio de Janeiro na última sexta-feira (23) em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e a política ambiental do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Manifestantes com cartazes «Bolsonaro sai, Amazônia fica», entre outros, se concentraram às 17h nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, e depois caminharam até o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), no centro da cidade.
O aumento de 82% dos incêndios nas regiões amazônicas, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do INPE, tem comovido a opinião pública e causado repercussão internacional.
«Você não me engana, o latifúndio botou fogo na Amazônia», entoava a multidão que ocupou meia pista da Avenida República do Chile. A palavra de ordem foi uma resposta ao presidente que insiste em acusar, sem provas, as ONG’s ambientais como responsáveis pelas queimadas.
«O que acontece com este senhor [Bolsonaro] é o discurso ideológico do colonizador escravista, que nos acompanha desde 1500», disse ao Brasil de Fato Michael Baré Tikuna, da tribo Arauak, do Amazonas. O historiador e técnico em arquelogia fez um discurso para o público que se aglomerou em roda na abertura do ato organizado pelo coletivo Amazônia na Rua.
«Esse discurso colonizador fez de tudo para dissociar o povo brasileiro do povo indígena. O que está acontecendo é uma repetição piorada do que aconteceu nos séculos passados. A história quando é mal contada corre o risco de se repetir cada vez pior e ao infinito», enfatiza a liderança da Aldeia Maracanã. Baré Tikuna foi o primeiro indígena a ingressar pelo sistema de cotas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2009.
No início da noite, a reportagem encontrou a atriz e psicóloga Maria Paula, entre os manifestantes na Praça Floriano indo em direção à Avenida Treze de Maio. Ela ressaltou as raízes indígenas dos brasileiros e o compromisso em defender os povos originários.
«A gente precisa fazer o que puder pra preservar a Amazônia e os povos da floresta. Sou uma pessoa completamente encantada pelas minhas raízes e acho que a gente tem que admirar a nossa herança indígena. O que está acontecendo é muito sério. Além de todas as ameaças a fauna e a flora, tem um monte de gente vivendo lá dentro», disse a atriz.
A estudante de biologia Luiza Rosa estava acompanhada de amigos empunhando cartazes feitos de papelão. Para ela, era uma questão de “honra” participar da manifestação. Protestos contra a destruição da Floresta Amazônica estão sendo organizados em pelo menos 60 cidades do Brasil e 19 países até domingo (25).
«Os brasileiros e o mundo precisam da Amazônia. Estava em casa chorando por alguns dias, me sentindo inútil. Quando descobri esse ato não pensei outra coisa e vim apoiar. É uma questão de honra porque sempre fui ambientalista, preocupada com a natureza e os seres humanos», disse Luiza que participou pela primeira vez de uma manifestação. «É a minha causa e a de todos nós!», completa.
Durante um pronunciamento do presidente na noite de sexta-feira (23) em rede nacional, Bolsonaro foi alvo de panelaços e gritos de «Fora Bolsonaro» em várias cidades. No domingo (25), às 14h, outro protesto a favor da fiscalização e preservação da Amazônia acontece na Praia de Ipanema.
Em BH, esquerda e ativistas pedem: ‘Parem Bolsonaro, salvem a Amazônia’
A área verde da Praça do Papa foi ocupada na manhã deste domingo (25) por grupos de esquerda, ativistas ambientais em defesa da Amazônia e contra as políticas para o setor do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O protesto foi convocado por causa do aumento do desmatamento e das queimadas, que ganharam repercussão internacional nos últimos dias.
O mote do ato, que atraiu também partidos políticos, foi “Parem Bolsonaro, salvem a Amazônia”.
Desde as 10h, pessoas com faixas e cartazes contra Bolsonaro e a favor da Amazônia começaram a se concentrar no alto da Avenida Afonso Pena, no Mangabeiras. “Sem floresta não tem chuva, não tem comida, não tem vida”, dizia um dos cartazes. Outro deles dizia que Bolsonaro mata a Amazônia e que o plano diretor de Contagem pode secar a Pampulha.
Em meio aos motes que se misturaram na praça também havia pedidos de “fora Bolsonaro e todos os golpistas” e fotos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estampadas em camisas e cartazes do grupo que defende “Lula livre”.
Contra Bolsonaro e por Lula
O ator e diretor Munish, coordenador do coletivo Alvorada, que puxou a manifestação, disse que é preciso fazer algo para que não se destrua a Amazônia. De acordo com ele, outros grupos, como o dos Atingidos por Barragens (MAB), partidos e organizações não governamentais se juntaram ao protesto.
“A Amazônia simboliza a soberania nacional, é isso que está em risco. O salve a Amazônia é o salve o Brasil”, disse. Sobre a inclusão do Lula livre no protesto, Munish afirmou ser por querer fazer justiça ao ex-presidente preso, que, para ele, traz a ideia de um país soberano e inclusivo.
Entre as pautas, os grupos se posicionaram contra o desmonte da política ambiental do governo. A professora Leila Louback, 54 anos, do grupo Guayi de agroecologia, disse que o mundo é uma coisa única e que a pauta ambiental brasileira é uma questão de sobrevivência. “Menos fiscalização traz consequências. A Amazônia tem que ser vista mais que como um patrimônio, mas como uma questão e clima, não cuidar da biodiversidade é um crime”, disse.
O servidor público Gabriel Corrêa Pereira, 35, que foi à praça com a namorada e também servidora Débora Freitas de Paula, 39, disse que mais que a polarização política, é importante que todos lutem pelo meio ambiente e contra o desmatamento.
Os dois foram ao protesto atendendo a um chamado nas redes sociais. “Os discursos do presidente estão incentivando os ruralistas, essa semana tivemos o dia do fogo em uma cidade”, afirmou Gabriel, ressaltando em seguida que a causa ambiental “é uma bandeira que deveria estar acima das divergências políticas porque afeta todo mundo”.
Um dos integrantes do coletivo Alvorada, Pedro Martins disse que o desmatamento e as queimadas ocorrem há muitos anos, “mas nunca com um presidente incentivando e jogando a culpa nas ongs”. Ele defendeu que as organizações acionem o presidente pela fala em que ele disse que as queimadas poderiam estar sendo feitas por “ongueiros” para prejudicar seu governo.
Líderes progressistas do Brasil e do mundo lançam manifesto em defesa da Amazônia e rechaçam Bolsonaro
Líderes progressistas como Fernando Haddad, Celso Amorim, Rafael Correa, José Luis Rodríguez Zapatero, Cuauhtémoc Cárdenas, Aloizio Mercadante Oliva, Carol Proner, enre outros, lançaram um manifesto em defesa da Amazônia, ameaçada de devastação com a conivência do governo de exrema direita de Jair Bolsonaro
«O brutal retrocesso ambiental que se observa no Brasil com a chegada de Bolsonaro ao poder, cuja face dramática é a atual devastação da Amazônia por vastos e criminosos incêndios, constitui-se em agressão inominável a um patrimônio inestimável daquele país e à sua soberania nacional, bem como compromete o futuro das jovens gerações de brasileiros e não-brasileiros», diz o documento publicado pelo Movimento por um Novo Impulso Progressista.
O manifesto denuncia que mesmo antes de chegar ao poder, Bolsonaro deu declarações demonstrando sua clara intenção de promover retrocessos substanciais na agenda ambiental do Brasil. «Ademais, ele e seu chanceler pré-iluminista, emulando o governo Trump, colocaram seguidamente em dúvida o aquecimento global, apesar das sólidas evidências científicas disponíveis, e ameaçaram até retirar o Brasil do Acordo de Paris».
Os líderes progressistas alertam que a agenda antiambiental do governo Bolsonaro é «manifestação clara de submissão geopolítica à agenda regressiva do governo Trump e embute o desejo evidente de entregar o imenso patrimônio fitogenético, zoogenético e mineral do Brasil à sanha predatória de empresas estrangeiras, em detrimento do uso soberano e sustentável de seus vastos recursos ambientais e dos direitos dos povos originários à preservação de suas culturas e da população em geral a um meio ambiente equilibrado».
«Esse antiambientalismo pré-científico, irracional e entreguista do governo Bolsonaro contrapõe-se aos grandes avanços civilizatórios feitos nessa área em governos brasileiros anteriores, particularmente os de Lula e Dilma» – enfatiza o documento.
O manifesto termina afirmando que «Bolsonaro não está apenas colocando fogo na Amazônia, está queimando a soberania do Brasil, a soberania dos demais países da Bacia Amazônica e o futuro de toda a humanidade».
Assinam: Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-candidato presidencial, Brasil. José Luis Rodríguez Zapatero, ex-Presidente, Espanha Rafael Correa, ex-Presidente, Equador Cuauhtémoc Cárdenas, ex-candidato presidencial e fundador do PRD, México. Karol Cariola, deputada, Chile. Leonel Fernández, ex-Presidente, República Dominicana. Julián Andrés Domínguez, ex-Deputado e ex-Ministro, Argentina. Miguel Barbosa Huerta, Governador de Puebla, México. José Miguel Insulza, ex-Secretario Geral OEA, atual senador, Chile. Camilo Lagos, presidente Partido Progressista do Chile. Guillaume Long, ex-Chanceler, Ecuador. Clara López Obregón, ex-Ministra do Trabalh e ex- Candidata Presidencial, Colômbia Esperanza Martinez, ex-Ministra da Saúde, atual senadora, Paraguai. Daniel Martínez Villamil, ex-ministro e senador, atual candidato presidencial, Uruguai. Aloizio Mercadante Oliva, ex-ministro da Educação e ex-chefe da Casa Civil, Brasil. Alejandro Navarro, senador, Chile. Carlos Ominami, ex-ministro da Economi e ex- Senador, Chile. Yeidckol Polevnsky, Presidenta de Morena, México. Gabriela Rivadeneira, Assembleia Nacional, Equador. Ernesto Samper, ex-Presidente, Colômbia. Felipe Carlos Solá, deputado nacional, Argentina. Carlos Sotelo García, ex-Senador, México. Jorge Enrique Taiana, ex-Chanceler, Argentina. Carlos Alfonso Tomada, ex-Ministro do Trabalho, atual Legislador Federal, Argentina. Beatriz Paredes, senadora, México. Celso Amorim, ex-chanceler, Brasil. Carol Proner, jurista, Brasil. Marco Enríquez-Ominami, ex-Candidato Presidencial, Chile.
Bolsonaro acerta ajuda israelense na Amazônia em ligação com Netanyahu
O presidente Jair Bolsonaro conversou neste domingo com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , e aceitou uma oferta de ajuda do governo israelense para conter as queimadas na Amazônia. De acordo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Israel irá enviar um avião comequipamento de combate a incêndios.
Eduardo publicou uma foto da ligação em sua conta no Twitter. Ele estava acompanhando Bolsonaro no momento, assim como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo , no Palácio da Alvorada. Segundo Eduardo, o presidente conversou depois com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e eles definiram que o avião pousará em um local definido pelo governo brasileiro.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, também relatou a ligação em sua rede social. De acordo com Martins, Netanyahu «reconheceu os esforço brasileiros no combate aos focos de incêndio» e «reafirmou seu respeito pela soberania brasileira sobre todo seu território».
Bolsonaro mantém uma relação de proximidade com Netanyahu desde o início de seu governo. O isralense veio ao Brasil para a sua posse, em janeiro, e Bolsonaro retribuiu a visita em março. O presidente brasileiro costuma citar frequentemente em seus discursos Israel como um exemplo positivo.
Los líderes del G7 acuerdan una ayuda rápida para la Amazonia
Los líderes del G7 reunidos en Francia llegaron a un acuerdo para ayudar a los países afectados por los incendios en la Amazonia. «Estamos todos de acuerdo en ayudar lo más rápido posible a los países afectados por estos incendios», dijo el presidente francés, Emmanuel Macron, anfitrión del foro de potencias mundiales reunido en la ciudad de Biarritz.
Tras el discurso televisado de Macron, en el que expuso su preocupación por la situación y apeló a una «movilización de todas las potencias», él y los líderes de Estados Unidos, Alemania, Gran Bretaña, Italia, Canadá y Japón acordaron actuar de inmediato. «Nuestros equipos están tomando contacto con todos los países de la Amazonia para que podamos concretar nuestros compromisos con medios técnicos y financieros», agregó el mandatario francés.
Macron rechazó las críticas de Brasil sobre una intromisión en asuntos soberanos de otras naciones, y recordó que Francia es «uno de los nueve países amazónicos» ya que la Guayana, territorio francés, está localizada en el noreste de Sudamérica.
Por su parte, el presidente chileno Sebastián Piñera, único mandatario sudamericano presente en la cumbre, abordó la emergencia de los incendios en la Amazonia junto a la canciller alemana, Angela Merkel. «Estamos estudiando una ayuda, sobre todo logística», indicó Merkel a la prensa. «La ayuda de los Estados europeos será coordinada en Bruselas», agregó la canciller.
La «agenda verde» de Piñera en el G7: piden a Chile que sea el «coordinador» del apoyo internacional y regional a la crisis en el Amazonas
Este domingo, el Presidente Sebastián Piñera participó de la cumbre del G7 en Biarritz, Francia, donde hizo de su agenda ambiental el principal tema de conversación con los distintos mandatarios de las potencias que se reunieron.
Su primer encuentro fue con la canciller alemana, Angela Merkel, donde se hizo un llamado a la expansión de las energías renovables, aumentando la inversión de la industria alemana en el litio, recurso que prolifera en el norte del país.
Le siguió una cita con el primer ministro de Australia, Scott Morrison, donde se habló del cuidado de los mares y estrategias para combatir la pesca ilegal. A eso se sumó la cita con el primer ministro del Japón, Shinzo Abe, y la reunión clave con el recientemente escogido primer ministro británico, Boris Johnson.
Luego de la foto oficial con mandatarios y sus respectivas esposas en Biarritz, Piñera confesó que el propio presidente francés, Emmanuel Macron, pidió que Chile hiciera las veces de coordinador para apoyar y gestionar la ayuda internacional a la crisis en la Amazonía, que sufre por las llamas que han consumido ya más de un millón de hectáreas de bosque selvático.
«El Presidente Macron y los líderes de G7 nos han pedido, a Chile, que colaboremos para poder unir fuerzas en la lucha con más instrumentos, herramientas, recursos y eficacia, para conservar y proteger los bosques lluviosos de la Amazonía, la biodiversidad y poder proteger lo que es un verdadero pulmón de nuestro planeta”, explicó Piñera desde Biarritz.
Por lo mismo, Piñera se contactó en la tarde con el canciller Teodoro Rivera para iniciar las gestiones con los demás países de Sudamérica, y así crear un frente unido de contingencia que reciba el apoyo que emanará desde el G7.