Brasil: gobernadores de los estados de la Amazonía piden a Bolsonaro que acepte la ayuda internacional

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Los gobernadores de los estados de la Amazonia piden a Jair Bolsonaro que acepte la ayuda internacional

Por Guido Nejamkis

Aceptar la ayuda internacional, regularización de la propiedad de tierras en la Amazonia y aliar producción y preservación. Esos fueron los pedidos principales de los gobernadores de los nueve estados amazónicos de Brasil al presidente Jair Bolsonaro en la reunión que mantuvieron el martes en Brasilia, en la que el mandatario reiteró sus críticas a la creación de áreas preservadas en el mayor bosque tropical del mundo debido a que “inviabilizan” el desarrollo.

Bolsonaro, quien antes de la reunión negó haber ofendido a Brigitte Macron, la esposa del presidente de Francia, volvió a rechazar la propuesta de su colega europeo de crear una instancia para discutir soluciones globales a la crisis en la Amazonia, cuya destrucción se aceleró este año debido a un incremento brutal en el número de incendios y actividades ilegales de deforestación.

“No tenemos nada contra el G7, muy por el contrario, tenemos en contra un presidente del G7. Que sabemos lo que él está reverberando, cuál es su intención”, dijo el presidente de Brasil sobre Macron, con quien viene intercambiando descalificaciones por las críticas del francés a las políticas ambientales de Brasil.

Mientras cientos de militares continúan combatiendo el fuego en ocho estados brasileños con territorio en la selva amazónica, que ocupa una superficie mayor a la mitad del territorio de Brasil, el quinto país más extenso del mundo, algunos gobernadores pidieron al presidente dejar de poner el foco en el presidente de Francia.

“Creo que estamos perdiendo mucho tiempo con Macron. Creo que tenemos que cuidar de nuestro país y ocuparnos de nuestra vida”, dijo Helder Barbalho, gobernador de Pará, uno de los estados más afectados por los incendios en la Amazonia.

Bolsonaro también agitó la necesidad de unión ante una supuesta amenaza global a la soberanía de Brasil. “La posibilidad de internacionalización de la Amazonia no deja de ser una realidad en la cabeza de él (por Macron), y nosotros tenemos que unirnos para preservar lo que es nuestro”, dijo a los gobernadores.

Ante pedidos de aceptar la ayuda internacional, Bolsonaro explicó que “el dinero que viene de afuera” lleva al país a la “insolvencia” porque tiene como contrapartida tiene la demarcación de tierras indígenas, unidades de conservación ambiental, comunidades de descendientes de esclavos (quilombolas) y parques nacionales, lo que a juicio del gobierno impide el desarrollo de una región en la que viven más de 20 millones de personas.

Pero el portavoz del Ejecutivo, Otavio Rego Barros, salió luego aclarar que «el gobierno brasileño (…) está abierto a recibir soporte financiero de organizaciones e incluso de países», siempre que esto «no ofenda la soberanía brasileña y el manejo de recursos esté bajo nuestra responsabilidad».

Interrogado sobre si Bolsonaro ya no condicionaba la recepción de los recursos a un pedido de disculpas de Macron, el portavoz respondió: «Vamos a recibir recursos extranjeros, como ya adelanté, desde que, tras analizarlo, el manejo (de los recursos) sea nuestro».

Bolsonaro también criticó a la Red Globo, principal medio de comunicación de Brasil, a la que acusó de avivar la crisis con una “campaña antipatriótica”.

En la reunión, Flavio Dino, gobernador del estado de Maranhao y adversario político de Bolsonaro, pidió reactivar el llamado Fondo Amazonia financiado por Alemania y Noruega, que los dos países congelaron como respuesta a las políticas ambientales de Brasil.

“No podemos rasgar dinero porque no es sensato en la actual coyuntura”, dijo Dino. “No podemos repeler la cooperación. El diálogo con otros países es imprescindible”.

Clarín


Sem dinheiro, governadores pedem que Bolsonaro aceite verba para Amazônia

Os governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal pediram ao presidente Jair Bolsonaro que o governo federal aceite os recursos oferecidos pelo G7 para combater as queimadas na floresta amazônica. A manifestação ocorre após Bolsonaro sinalizar que recusaria a proposta se o presidente da França, Emmanuel Macron, com quem vem tendo um embate verbal nos últimos dias em torno da questão, não retirasse “os insultos” feitos ao Brasil.

Bolsonaro se reuniu, na manhã desta terça-feira, 27, com os governadores do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Entre eles, há um consenso de que a delicada situação fiscal dos estados reforça a necessidade de o Brasil aceitar a oferta do grupo formado pelos países mais industrializados do mundo. “Não é correto abdicarmos de receita, de recursos”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

Os governadores também pediram ao governo federal a criação de um programa que estimule a regularização fundiária. “Através disso será possível garantir o bom uso do solo na Amazônia, sem que haja nenhum tipo de discurso de terrorismo ambiental”, afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Além disso, há um pedido para maior intercâmbio de ideias entre os governos federal e estaduais. O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), disse que o conhecimento da “realidade local” pode contribuir para a proposição de projetos que visam a superar o que chamou de crise.

Durante o encontro, Bolsonaro manteve sua postura crítica a Macron e condenou o que chamou da intenção do mandatário europeu de “internacionalizar” a Amazônia. Na chegada à reunião, ele foi mais claro sobre o que considerou “insultos” do francês:  “Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. E depois, informações que eu tive, de que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa com a França, que seja com as melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras. Aí a gente pode conversar”, disse.

Durante a reunião, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que a conduta do presidente francês era uma “molecagem”. “Onde a França passou, eles deixaram um rastro”, afirmou o ministro. Além de Heleno, participaram da reunião os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Jorge Antonio de Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

O presidente da República também criticou o que chamou de “psicose” pela demarcação de terras indígenas. Em várias ocasiões, disse que essa política inviabiliza o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. Bolsonaro afirmou, ainda, que muitos focos de incêndio só ocorrem porque ele tem “congelado” a criação de reservas ecológicas. “Se eu demarcar as terras indígenas, como pedem, o fogo acaba na hora”, disse.

Veja


Governo quer autonomia para gerir doações para Amazônia

O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, afirmou na última terça-feira (27) que, caso o governo federal aceite doações de organismos internacionais e de outros países, a gestão dos recursos e da ajuda material deverá ser feita pelo próprio governo brasileiro.

“Quaisquer recursos advindos do exterior, em benefício do combate de queimadas e desmatamento, são bem-vindos, mas gostaria de reforçar que é essencial, de quem venha a promover essa doação, o entendimento de que a governança desses recursos, financeiros ou de reposição de materiais e ferramentas, é do governo brasileiro”, disse Rêgo Barros, em entrevista a jornalistas.

Em nota dilvulgada na noite de segunda-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores destaca que países ricos descumpriram acordos sobre financiamento para preservação da Floresta Amazônica. O Itamaraty pede mais engajamento dos países nos acordos já vigentes.

Em reunião ocorrida nesta segunda-feira, em Biarritz, na França, os líderes dos países do G7 concordaram em liberar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) para ajudar a conter as queimadas na Amazônia, sendo a maior parte do dinheiro para o envio de aeronaves de combate a incêndios florestais. O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

O presidente Jair Bolsonaro e ministros se reuniram com governadores da Amazônia Legal, que pediram que o Brasil retome a cooperação internacional que viabilize mais recursos para a região. No encontro, no Palácio do Planalto, foram discutidas as ações de combate às queimadas nas áreas de floresta.

Segundo o governo federal, uma série de propostas será apresentada ao presidente Bolsonaro na próxima quinta-feira (29). Elas serão consolidadas pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) levando em consideração as sugestões apresentadas pelos governadores da Amazônia Legal, segundo o porta-voz. As medidas podem incluir questões relacionadas à regularização fundiária e regulamentação de atividades extrativistas em unidades de conservação e terras indígenas.

A retomada do Fundo Amazônia foi reivindicada pelos governadores. A iniciativa foi paralisada pelos governos da Noruega e da Alemanha, principais doadores, após impasse na negociação de mudanças na gestão do fundo pretendidas pelo governo brasileiro. O Fundo Amazônia é o maior projeto de cooperação internacional para preservação da área florestal, que abrange alções em mais de 4,1 milhões de quilômetros quadrados (km2) e dispõe de cerca de R$ 3,4 bilhões em recursos financeiros. “Isso faz parte do estudo, vamos ver a partir da quinta-feira, como o governo federal brasileiro vai enxergar essa evolução ou não do tema [Fundo Amazônia]”, disse Otávio Rêgo Barros.

O porta-voz respondeu a uma declaração do governador do Maranhão, Flávio Dino, que disse, durante a reunião com o presidente e os demais governadores da Amazônia Legal, que não é o momento “de rasgar dinheiro”. “O governo não rasga dinheiro e não rasgará. Não é uma coisa adequada em um governo que tem a austeridade como princípio maior”, afirmou Rêgo Barros.

Exame


Bolsonaro diz que reservas indígenas buscam ‘inviabilizar’ Brasil

O presidente Jair Bolsonaro gastou boa parte da reunião com governadores da região da Amazônia Legal, realizada nesta terça-feira no Palácio do Planalto, discutindo a demarcação de reservas indígenas. Após a fala de cada governador, ele perguntava qual o percentual em cada estado de demarcações e de áreas de proteção ambiental. O presidente disse que por trás das demarcações há uma tentativa de «inviabilizar» o país:

— Muitas reservas têm o aspecto estratégico. Alguém programou isso. O índio não faz lobby, não fala a nossa língua e consegue hoje em dia ter 14% do território nacional. Uma das intenções é nos inviabilizar — afirmou, sem entrar em detalhes.

De acordo com Bolsonaro, se ele tivesse demarcado «dezenas» de terras indígenas quando voltou do G20, realizado no Japão, não haveria comoção devido aos incêndios na Amazônia.

— Nosso governo não aceitou, quando veio de Osaka, demarcar mais dezenas de áreas indígenas aqui no Brasil. Se eu demarcar agora, pode ter certeza, o fogo acaba na Amazônia daqui a alguns minutos. Acaba daqui a alguns minutos.

O presidente classificou como «irresponsabilidade» a política indigenista dos seus antecessores:

— Com todo o respeito aos que me antecederam, foi uma irresponsabilidade essa política adotada no passado no tocante a isso, usando o índio como massa de manobra para que, ao inviabilizar o progresso nesses estados,(a Amazônia) não estivesse sob a nossa jurisdição ou fosse usada para o bem-comum nosso.

Bolsonaro ainda disse que havia uma «quase selvageria» na politica ambiental:

— Essa questão ambiental tem que ser conduzida com racionalidade e não com essa quase selvageria

Governadores endossam posição

Alguns dos governadores seguiram na linha de Bolsonaro e criticaram o grande número de demarcações. O governador de Roraima, Antônio Denarium, reforçou a ideia de que há um interesse por trás das demarcações:

— Roraima não é a porção de terra mais rica do Brasil, é a porção de terra mais rica do mundo. E as áreas indígenas e as ONGs de todo o Brasil estão concentradas exatamente nessas áreas onde tem as nossa riquezas.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que é preciso retirar as riquezas das terras indígenas:

— É hora, presidente, de nós, sob a sua liderança, com a sua coragem, com a competência da sua equipe, botarmos o dedo na ferida. Não queremos tirar a indígena, não, nós queremos as riquezas que lá estão. Para tirar essas riquezas, nós podemos afetar 1%, 2% dessas áreas, não mais do que isso. Não podemos ter uma casa com um quadro na parede que vale milhões e ter os nossos filhos passando fome. E é isso que acontece nesse país.

Governador de Rondônia, Marcos Rocha, disse que os índios querem produzir e que é possível utilizar os recursos de forma sustentável:

— Esse número imenso de reservas que existem, os índios querem produzir, existem justamente porque nesses locais existem as maiores riquezas do Brasil, diamante, nióbio, ouro, cassiterita e tanto outros minérios existentes. Então a gente precisa saber utilizar os recursos e é possível, sim, utilizar os recursos de forma sustentável.

Por outro lado, o governador do Amapá, Waldez Góes, disse após a reunião que não vê problema com o número de terras indígenas no seu estado:

— Eu, enquanto governo do Amapá, não tenho nenhum problema do fato das terras indígenas hoje no Amapá, inclusive talvez tenha sido o estado que teve as suas terras indígenas primeiras demarcadas e nós não temos problema com isso. A bem da verdade, queremos criar outros mecanismos de planejamento estratégico público-privado para mobilizar as terras que estão disponíveis, pelo menos no Amapá agora não existe preocupação em querer produzir em terras indígenas ou em reservas extrativistas ou florestais.

Ajuda do G7

Antes da reunião com governadores, Bolsonaro afirmou que só aceitará a oferta de ajuda dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia se o presidente da França, Emmanuel Macron, voltar atrás do que chamou de ‘insultos ‘:

— Primeiramente, o senhor Macron tem que retirar os insultos que faz a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. Depois, pelas informações que eu tive, a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa com a França, que seja com as melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: — Primeiro retira, depois oferece, daí eu respondo.

Brigitte Macron

Bolsonaro negou nesta terça que tenha ofendido a primeira-dama francesa, Brigitte Macron .

A imprensa francesa noticiou nesta terça-feira que o movimento #DesculpaBrigitte , lançado por internautas brasileiros após o presidente Jair Bolsonaro endossar um comentário que zombava da mulher do presidente Macron, 24 anos mais velha, chegou aos ouvidos da primeira-dama.

Segundo o Le Parisien, Brigitte Macron soube dos comentários pouco antes de retornar de Biarritz, onde aconteceu a reunião do G7 no último final de semana, e teria ficado emocionada com a demonstração de apoio dos brasileiros.

A matéria do periódico francês cita ainda a capa do Extra desta terça-feira, em que há uma foto da primeira-dama francesa acompanhada da frase «Pardon, Brigitte» (em português, «desculpe, Brigitte»).

O Globo


Canadá confirma que Brasil rejeitou ajuda para Amazônia

A ministra de Meio Ambiente do Canadá, Catherine McKenna, anunciou nesta terça-feira que o Brasil rejeitou a ajuda oferecida pelo país para combater os incêndios na Amazônia.

Ontem, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ofereceu enviar aviões-tanque para auxiliar na luta contra o fogo e repassar 15 milhões de dólares canadenses (R$ 47,2 milhões) ao governo brasileiro.

McKenna também afirmou que, apesar da negativa, o governo do Canadá não planeja congelar as negociações iniciadas em março sobre um tratado de livre-comércio com o Mercosul.

Para a ministra canadense, a melhor forma de proteger a natureza é vinculá-la à economia, incluindo nos tratados salvaguardas para temas ambientais.

“Acredito que sempre devemos lidar com meio ambiente e economia de forma conjunta. Os acordos comerciais que negociamos, nos quais estive diretamente implicada, têm fortes proteções ambientais”, disse McKenna em entrevista coletiva.

“O acordo com o Mercosul terá as melhores proteções ambientais que qualquer outro”, completou a ministra canadense.

O pedido para suspender as negociações comerciais com o Mercosul foi feito pelo líder do Novo Partido Democrático do Canadá, Jagmeet Singh. Para ele, Trudeau mais uma vez está colocando os interesses de grandes corporações à frente da luta contra a mudança climática ao continuar discutindo um acordo com o presidente Jair Bolsonaro.

McKenna avaliou que o fim das conversas não é uma solução viável e ressaltou que o acordo é uma oportunidade para que o Canadá discuta com os países do Mercosul a importância do reflorestamento.

Sobre a situação da Amazônia, McKenna disse que os incêndios não são apenas um problema do Brasil. Com a negativa do governo federal para a ajuda canadense, ela afirmou que buscará cooperar com os demais países da região.

“A Amazônia está literalmente em chamas. É uma grande preocupação porque o desmatamento e os incêndios fazem com que a Amazônia não possa armazenar carbono. E isso acelera a mudança climática”, explicou.

“Oferecemos ajuda financeira e para combater os incêndios. Temos excelentes equipes de bombeiros e infelizmente parece que o Brasil não aceitou. Mas há outros países que estão envolvidos. Esperamos que possamos trabalhar com outros parceiros”, concluiu McKenna.

Exame


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