Brasil: Bolsonaro despide al director del Instituto de Investigaciones Espaciales que denunció la deforestación de la Amazonía

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Tras polémica con Bolsonaro: dimite director de instituto que denunció deforestación de la Amazonía

El director del Instituto de Investigaciones Espaciales (INPE) de Brasil, Ricardo Galvao, anunció este viernes su destitución tras la polémica que mantuvo con el presidente Jair Bolsonaro por datos que muestran un fuerte avance de la deforestación en la Amazonía.

“Mis palabras sobre el presidente generaron molestia, entonces seré destituido”, dijo Galvao, que había acusado a Bolsonaro de “cobardía” por haber cuestionado públicamente las cifras proporcionadas por el INPE.

Galvao dijo que ya había discutido del tema con el ministro de Ciencia y Tecnología, Marcos Ponte, y que está convencido de que el INPE, un organismo de reputación internacional, no se vería afectado por su sustitución. “Eso no va a suceder”, declaró a la prensa.

La polémica se inició el 19 de julio, cuando Bolsonaro, un escéptico del cambio climático y partidario de la apertura de áreas protegidas a actividades agrícolas, puso en duda datos del INPE que muestran un aumento de 88% de la deforestación de la selva amazónica en comparación con el mismo mes de 2018.

“Nuestra sensación es que eso no coincide con la verdad. Hasta parece que [el presidente del INPE] está al servicio de alguna ONG”, dijo Bolsonaro en un desayuno con corresponsales extranjeros.

Al día siguiente, Galvao dijo que Bolsonaro “hizo acusaciones indebidas contra personas del máximo nivel de la ciencia brasileña (…) y comparó las sospechas emitidas por el jefe de Estado a “una broma de un chico de 14 años que no corresponde a un presidente de la República”.

Galvao, que recibió un fuerte apoyo de la comunidad científica y de defensores del medio ambiente, volvió a la carga el 21, afirmando que Bolsonaro “ha mostrado su cobardía expresándose así” y agregó: “Quizás pensaba que iba a presentar mi dimisión, pero no lo haré”.

La tensión recrudeció el jueves, cuando Bolsonaro afirmó que los datos del INPE “no corresponde a la verdad” y dañan su fama y la de Brasil. Y agregó que “si [Galvao] rompe la confianza, será destituido sumariamente”.

El INPE había publicado entre tanto nuevos datos, que muestran un aumento de la deforestación de 40% en los últimos doce meses.

Bío Bío


Ricardo Galvão é exonerado do Inpe após críticas de Bolsonaro a dados do desmatamento

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que esteve no centro da polêmica com o presidente Jair Bolsonaro sobre os dados que mostram alta do desmatamento da Amazônia, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, 2. A publicação oficial deve ser feita nesta tarde.

O pesquisador estava no Inpe desde 1970 e cumpria mandato à frente do órgão até 2020. Ele deixa a direção do instituto após duas semanas de intenso bombardeio por parte do governo às informações do instituto que mostram que desde maio os alertas de desmatamento da Amazônia dispararam, atingindo em julho o valor mais alto desde 2015 para um único mês. O desmatamento observado pelos alertas entre agosto do ano passado até 31 de julho é 40% maior do que o período anterior.

A decisão, que já era esperada, foi anunciada por ele mesmo após reunião que teve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. “Diante da maneira como eu me manifestei com relação ao presidente, criou um constrangimento, ficou insustentável e eu serei exonerado”, afirmou Galvão a jornalistas que estavam em frente ao ministério após a reunião.

O Ministério da Ciência e Tecnologia ainda não se manifestou. Em sua conta no twitter, Pontes mandou “abraços espaciais” a Galvão. “Agradeço, pela dedicação e empenho do Ricardo Galvão à frente do Inpe. Tenho certeza que sua dedicação deixa um grande legado para a instituição e para o país. Abraços espaciais”, escreveu.

Bolsonaro x Inpe

A polêmica começou com declarações de Bolsonaro no dia 19, quando, em encontro com jornalistas estrangeiros, ele acusou os dados do Inpe de serem “mentirosos” e insinuou que Galvão estaria “a serviço de alguma ONG”. Em entrevista ao Estado no dia seguinte, o pesquisador reagiu afirmando que a atitude do presidente foi “pusilânime e covarde”.

Os dias seguintes foram marcados por várias outras manifestações de Bolsonaro questionando as informações e dizendo que sua divulgação prejudica a imagem do País. Ele também afirmou que queria receber as informações antes de elas serem tornadas públicas.

Pontes também endossou o chefe e afirmou que compartilhava o estranhamento sobre os dados. Ele convocou Galvão a dar explicações, mas a reunião entre os dois só aconteceu nesta sexta.

Na quarta, técnicos do Inpe estiveram reunidos com Pontes e também com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para explicar como é feito o monitoramento. Após a reunião, Salles admitiu pela primeira vez, desde o início do imbróglio, que o desmatamento está em alta na Amazônia, mas voltou a falar que havia problema com os dados, como uma suposta duplicação de alertas e desmatamentos mais antigos que estariam sendo vistos somente agora.

Para fazer tais afirmações, Salles comparou os dados do Deter, o sistema de detecção em tempo real do desmatamento, com imagens de um outro sistema, chamado Planet, que foram compradas pelo Ibama. Os técnicos do Inpe explicaram como funciona a coleta de informações, que servem para nortear as ações de fiscalização do Ibama, e reafirmaram sua transparência e correção.

Mas na quinta Salles, dessa vez ao lado de Bolsonaro, voltou a falar que havia inconsistências, que poderiam ter como significado uma alta menos significativa do que a mostrada. E disse que vai contratar um novo sistema de monitoramento. Na entrevista coletiva, o presidente afirmou que poderia tomar uma decisão mais drástica.

“Se quebrar confiança vai ser demitido sumariamente, não tem desculpa para nenhum subordinado ao governo divulgar dado com esse peso de importância para o nosso Brasil. A questão de perder a confiança, no meu entender é uma pena capital. Nem na vida particular convivemos com pessoas que perdemos confiança. Temos muita responsabilidade em identificar se houve má fé ou não”, disse.

O Inpe em nenhum momento divulgou os dados para a imprensa. As informações de alertas do Deter podem ser vistas no site Terrabrasilis depois que são encaminhadas para o Ibama.

Em nota divulgada após a coletiva, o instituto afirmou que “reafirma sua confiança na qualidade dos dados produzidos pelo Deter”. Informou ainda que “os alertas são produzidos seguindo metodologia amplamente divulgada e consistentemente aplicada desde 2004” e que “é amplamente sabido que ela contribuiu para a redução do desmatamento na região amazônica, quando utilizada em conjunto com ações de fiscalização”.

Na nota, o órgão afirmou também que não teve acesso prévio à análise feita por Salles, mas que seus técnicos responderam a todas as questões apontadas na apresentação. “De antemão, o Inpe avalia que o estudo apresentado corrobora a metodologia do Deter, pois os alertas de desmatamento mostrados se tratavam de fato de áreas desmatadas. Qualquer comparação dos resultados do Deter com resultados de metodologias ou imagens distintas deve ser aprofundada, e requer uma avaliação mais completa.”

Após o encontro com Pontes nesta sexta, Galvão disse que concordou com a decisão pela sua saída e que sua maior preocupação no encontro era que a crise não respingasse no Inpe. “Isso não vai acontecer. Discutimos em detalhes como vai ser a continuação da administração do Inpe.” Segundo o pesquisador, ele não precisou defender os dados o Inpe diante do ministro. “Ele concorda com os dados do Inpe, sabe como funciona.”

Estadao


Brasil: Despiden director del INPE por divulgar daños de la Amazonía

El titular del Ministerio de Ciencia y Tecnología de Brasil, Marcos Pontes, anunció la destitución del director del Instituto Nacional de Investigaciones Espaciales brasileño (INPE), Ricardo Galvao, luego de las declaraciones que ofreciera denunciando el deterioro y la contaminación a la que ha sido expuesta la Amazonía de esa nación suramericana.

Galvao publicó un informe con datos sobre el avance acelerado de la deforestación en la Amazonía en el 2019, informe que generó el descontento del primer mandatario de Brasil, Jair Bolsonaro y que desencadenó esta decisión de exoneración ministerial.

La determinación de la sede ministerial de investigación brasileña se formalizó luego de la reunión que se desarrolló este viernes, 2 de agosto, con el ahora exdirector del INPE, para informarle sobre su abrupta salida de la dirección del centro de investigación.

«Gracias por la dedicación y compromiso de Ricardo Galvao como jefe de INPE. Estoy seguro de que su dedicación deja un gran legado para la institución y el país. Abrazos espaciales», publicó Marcos Pontes en Twitter.

En este sentido, el ingeniero y físico, Ricardo Galvao, explicó que a raíz de las declaraciones que aportó a un medio local brasileño, sería despedido por la molestia que le causó tal discurso al presidente Bolsonaro.

De acuerdo con afirmaciones de medios de comunicación locales, el exdirector de INPE se mostró conforme con el despido, y aclaró que dejó a su cargo a un funcionario capaz de seguir la línea que él venía manejando en la dirección del instituto espacial.

Los datos publicados por el INPE el pasado 19 de julio de este año, fueron desacreditados por el primer mandatario de Brasil, Jair Bolsonaro.

Telesur


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