Bolsonaro ataca de nuevo: «Argentina, por el populismo, cada vez más cerca de Venezuela»

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Contexto de Nodal
El 11 de agosto Argentina celebró elecciones Primarias, Abiertas, Simultáneas y Obligatorias (PASO) con nueve fórmulas presidenciales. En esta etapa los partidos políticos postularon candidaturas a la presidencia, al Congreso nacional y a las gobernaciones provinciales y locales en cada distrito para resolver sus propias internas. El oficialismo, con el frente Juntos por el Cambio que busca la reelección de Mauricio Macri y lleva como vicepresidente al peronista Miguel Ángel Pichetto, quedó con un 32% detrás de la fuerza opositora del Frente de Todos, encabezada por Alberto Fernández y la expresidenta Cristina Fernández de Kirchner, que alcanzó el 47,65%. Seis coaliciones que superaron el piso de 1,5% de los votos competirán en las elecciones presidenciales del próximo 27 de octubre.

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, volvió a arremeter contra los resultados de las PASO de Argentina del domingo 11 de agosto, en las que el Alberto Fernández obtuvo un amplio triunfo frente al actual mandatario Mauricio Macri.

Según el líder brasileño, un «posible regreso del Foro de San Pablo a la Argentina» hace que «el pueblo retire en masa el dinero de los bancos» y que «por el populismo», el país «está cada vez más cerca de Venezuela».

Las palabras del mandatario brasileño fueron escritas, como es su costumbre, en su cuenta de Twitter, donde el presidente ya había manifestado anteriormente su descontento por el resultado de las PASO en Argentina.

En esta oportunidad, el nuevo Tweet del «ex capitán del ejército Brasileño, electo 38º presidente de la República Federativa del Brasil» -así se define en su perfil de la red social-, está encabezado por una cita Bíblica del Evangelio de San Juan: «Y conocerán la verdad, y la verdad los hará libres».

Debajo de esta cita del evangelio, Bolsonaro escribió: «Con el posible retorno del grupo del Foro de San Pablo a la Argentina, ahora el pueblo saca, en masa, su dinero de los bancos. Argentina, por su populismo, está cada vez más cerca de Venezuela».

El Foro de San Pablo es una organización que está conformada por partidos de izquierda y centro izquierda de numerosos países latinoamericanos. Con su mensaje, el presidente de Brasil instala a la fórmula del Frente de Todos como parte de dicho foro, o al menos, en una postura alineada a dicho movimiento.

Poco tiempo más tarde, el presidente de Brasil volvió a tuitear, nuevamente insertando una cita bíblica a su dura posición política en contra de lo que él llama «populismo». «Quien labra su tierra comerá hasta hartarse. Quien persigue fantasías, se hartará de miseria». Esta vez, la cita corresponde al versículo 19 del capítulo 18 del libro de Proverbios.

Otros mensajes de Bolsonaro contra el triunfo del Frente de Todos

Esta no es la primera vez que el mandatario del Partido Social Liberal (PSL) expresa, a través de mensajes de Twitter, su desagrado respecto de los resultados de las PASO en Argentina.

El pasado 14 de agosto, Bolsonaro relacionaba en un mensaje el triunfo del Frente de todos co la debacle económica del país: «Fernandez-Kirchner (por Alberto Fernández y Cristina Fernández de Kirchner) tuvieron el 47 por ciento de los votos en la previa de las elecciones argentinas de este domingo. Con esto, el peso de desvalorizó, de 45 para 59, una pérdida de 30 por ciento. El riesgo país subió de 860 a 1800 puntos y las acciones perdieron 50 por ciento de su valor».

En un segundo mensaje, el exmilitar sentenció: «Los precios comienzan a acercarse a los valores de un país cada vez más parecido a Venezuela».

Además, Bolsonaro había tratado de «bandidos de izquierda» a Fernández y Kirchner, a menazó con que su país podía salir del Mercosur si ganara la fórmula del Frente de Todos y auguró que una derrota de Macri podría traer a la Argentina una crisis migratoria. «No queremos argentinos huyendo hacia aquí», había señalado el mandatario un día después de las PASO en Argentina.

Alberto Fernández, ante este compendio de críticas dirigidas hacia su figura y su partido, respondió con contundencia: «Celebro que Bolsonaro hable mal de mí. Es un misógino, un racista y violento. Con Bolsonaro no tengo problema en tener problemas».

La Nación


Bolsonaro diz que Argentina está cada vez mais próxima da Venezuela

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, neste domingo (18/8), um possível retorno do kirchnerismo ao poder na Argentina. Pelo Twitter, Bolsonaro disse que «com o possível retorno da turma do Foro de São Paulo na Argentina, agora o povo saca, em massa, seu dinheiro dos bancos. É a Argentina, pelo populismo, cada vez mais próxima da Venezuela».

Logo em seguida, o presidente citou o livro Provérbios. «Quem lavra sua terra terá comida com fartura, quem persegue fantasias se fartará de miséria».

Após a publicação, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também se manifestou a respeito do país vizinho. «Nós que estamos aqui de fora olhando o que está acontecendo com a Argentina nem acreditamos. Mas ainda creio que a Argentina não naufragará em outubro», escreveu no microblog. As eleições na Argentina estão previstas para ocorrer em 27 de outubro.

Troca de farpas

As duas mensagens fazem referência ao candidato kirchnerista, Alberto Fernández, que derrotou no último domingo (11/8) o atual presidente da Argentina, Maurício Macri, nas eleições primárias com mais de 15 pontos de vantagem. Fernández tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.

Desde então, Bolsonaro e Fernández trocam farpas. Pouco depois de saber sobre a vitória do candidato da oposição argentina, o presidente brasileiro comentou que a volta de Kirchner ao poder colocaria a Argentina no «caminho da Venezuela». «Povo gaúcho, se essa ‘esquerdalha’ voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima», disse.

Como resposta, Fernández chamou o presidente brasileiro de racista, misógino e violento. «Com Bolsonaro, não tenho problema em ter problemas», rebateu Fernández em uma entrevista à televisão com os jornalistas argentinos María O’Donnell e Ernesto Tenembaum. «Com o Brasil, vamos nos relacionar muito bem. O Brasil sempre será nosso principal parceiro, Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, assim como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina», completou.

Neste sábado (17/8), Bolsonaro voltou a comentar as eleições. «Peçamos a Deus, neste momento, que a nossa querida Argentina, mais ao Sul, saiba como proceder, através do seu povo, para não retroceder. A liberdade não tem preço», disse. Na quinta-feira (15/8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que uma política econômica menos liberal por parte do kirchnerismo ameaçaria o Mercosul. “Se a Cristina Kirchner entrar e fechar a economia, a gente sai do Mercosul”, afirmou.

Após as declarações, Fernández voltou a criticar o governo brasileiro, e prometeu manter a economia da Argentina aberta. «Para mim, o Mercosul é um lugar central. E o Brasil é nosso principal sócio e vai continuar sendo. Se Bolsonaro pensa que eu vou fechar a economia e que então o Brasil vai deixar o Mercosul, que fique tranquilo, porque não penso em fechar a economia. É uma discussão idiota», declarou ao «La Nación».

Correio Braziliense


Alberto Fernández pede que Bolsonaro ‘fique tranquilo’: ‘Não penso em fechar a economia’

Decidido a aliviar as tensões com o governo do Brasil, país que considera central para a estratégia de desenvolvimento da Argentina, o líder de centro-esquerda e vencedor das eleições primárias de domingo passado no país, Alberto Fernández , colocou um freio no confronto com o presidente Jair Bolsonaro e enviou uma mensagem de estabilidade à toda região.

— Não se preocupem, porque não penso em fechar a economia — afirmou ao jornal “La Nacion”.

A declaração é uma resposta à ameaça feita pelo mandatário brasileiro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil deixaria o Mercosul caso o próximo governo argentino — um governo de Cristina Kirchner, disseram — decida fechar a economia.

— Para mim, o Mercosul é uma questão central. E o Brasil é nosso principal parceiro e continuará sendo. Se Bolsonaro pensa que eu vou fechar a economia e que, então, o Brasil vai sair do Mercosul, que fique tranquilo, porque não penso em fazer isso. É uma discussão burra — disse o candidato da Frente de Todos.

Na mesma linha, afirmou ainda que não é contra o Mercosul estabelecer acordos comerciais com outros blocos. Mas advertiu que deve fazê-lo protegendo os interesses nacionais :

— Meu problema não é que a economia se abra . Meu problema é que essa abertura prejudique os argentinos. Se for aberta preservando os argentinos, que seja bem-vinda.

A questão trabalhista

Depois da vitória que o deixou às portas da Casa Rosada e o alçou a virtual presidente eleito, Fernández se mostrou disposto a aceitar a flexibilização dos acordos trabalhistas , caso exista acordo com os sindicatos.

— O que for decidido em convenção é uma decisão da empresa e dos trabalhadores. O que não quero é colocar regras gerais de flexibilização. Nem tudo é igual — afirmou ao abordar alguns dos temas que discutiu na quinta-feira com o dono do Mercado Livre, Marcos Galperin, grande defensor da reforma trabalhista.

Com um olho nas eleições de 27 de outubro e outro na transição de mandato, em 10 de dezembro, o candidato da Frente de Todos insistiu que o atual presidente, o liberal Mauricio Macri, deve renegociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir um adiamento dos vencimentos das parcelas dos empréstimos feitos pelo organismo previstas para os próximos anos:

— O governo firmou um acordo impossível de cumprir e não cumpriu nada. Não cumpriu as metas de inflação, de crescimento e das metas fiscais. O que Macri tem que fazer é voltar a se encontrar com o Fundo e explicar por que não cumpriu nada. Porque, se não, é preciso assumir o que vem de todos os seus descumprimentos.

Fernández disse que espera que a próxima missão do FMI peça sua opinião sobre as condições do próximo desembolso, de US$ 5,4 bilhões, e reiterou que é “impossível” que sejam cumpridas as datas de pagamento.

— A única solução que aparece é adiar as datas — afirmou, antecipando a posição que terá nessa negociação, que lembra o papel que teve quando foi chefe de Gabinete do ex-presidente Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007.

Em outro ponto em comum com aquela gestão, o ex-chefe de Gabinete antecipou que, chegando à Presidência, aplicará uma política de “ flutuação administrada ” do dólar, e repetiu que o nível atual da moeda americana, que na sexta-feira fechou em torno de 58 pesos, é adequado. Mas se distanciou da desvalorização de segunda-feira.

— Quando disse que a 60 pesos o dólar estava bem, ele estava caminhando a 67 ou 68. Disse que um dólar por 60 estava recebendo a queda que a divisa havia tido diante da inflação. Nesses termos, o dólar por 60 pesos soa razoável. Um dólar por 60 pesos é um dólar que torna competitiva a produção e que torna as exportações possíveis.

Um posto chave

Quem poderia ser o homem que, desde o Ministério da Economia, se encarregaria de levar adiante essas políticas? O candidato guarda o nome. Não quer submeter esse eventual funcionário a um desgaste de quatro meses. É descabido pensar que pode oferecer o cargo ao ex-ministro da Economia Roberto Lavagna [no governo Néstor Kirchner (2003-2007)]?

— Não é descabido, sempre lamentei que tenha saído do governo de Kirchner. Mas o que não sei é o que o Lavagna quer fazer — afirmou ao jornal “La Nacion”.

Na entrevista, Fernández reiterou sua preocupação com os efeitos que podem ter as medidas de alívio recém-anunciadas pelo presidente Macri sobre a inflação e nas contas fiscais das províncias.

— Essas medidas, ainda que estejam de acordo com o objetivo, devem ser debatidas com as províncias, porque a desordem que gera para elas é enorme. Faço esse pedido porque fazem isso sem discutir com as províncias.

Fernández também não se comprometeu a manter o congelamento do preço dos combustíveis sem um acordo com os setores afetados.

— As medidas que o Macri anunciou não podem ser tomadas assim, sem falar com ninguém.

Fernández explicou que, caso ganhe as eleições de outubro, tentará estabelecer uma devolução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dos alimentos da cesta básica a titulares da Asignação Universal por Filho (programa de de renda mínima semelhante ao Bolsa Família), pensões por invalidez e aposentadorias de salário mínimo, mas só depois de fazer um acordo com os governadores.

— Não é um problema que se possa resolver sozinho. Tem muito de coparticipação aí. É um assunto delicado, porque há províncias com uma situação fiscal muito debilitada. Por exemplo, Catamarca deixa de cobrar 1,1 bilhão de pesos por essa medida. Isso é um mês de salários em Catamarca — afirma.

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O Globo

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