Brasil: diputados del PT exigen la destitución de Moro
Parlamentares pedem abertura do sigilo de Moro e o seu afastamento do Ministério da Justiça
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, além de se negar a responder aos questionamentos dos deputados da Bancado da PT, também se negou a assinar um documento para que fosse entregue à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e aos órgãos competentes o sigilo dos seus celulares funcionais, supostamente alvo de hackers. O desafio feito pelo líder da Bancada do PT, Paulo Pimenta (RS), foi reforçado pelo vice-líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE). “Vossa Excelência fala não lembro, não sei, não tenho mais as mensagens. É fácil, assine para que a verdade seja restabelecida”, propôs Guimarães.
O deputado do PT cearense frisou ainda que Moro comandou a Operação Lava Jato e hoje ele é suspeito e está sendo julgado na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. “O julgamento da sua suspeição será em agosto, durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula. E, eu pergunto ao senhor: Se essa suspeição for confirmada na segunda turma Vossa Excelência renuncia ao cargo de ministro?”, indagou. Mas Moro não respondeu.
Outro desafio feito a Moro por Guimarães foi sobre as investigações dos casos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. “O senhor reafirmou aqui hoje que a sua luta ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça é para continuar a luta contra a corrupção. Por que o senhor não investiga o Queiroz? Por que o senhor não esclarece a opinião pública sobre quem mandou matar Marielle?, questionou.
Hipocrisia
O deputado Alencar Santana (PT-SP) disse que era preciso acabar com a hipocrisia. “Ninguém aqui está dizendo que juiz não pode atender advogado. Não se trata de atender acusação ou defesa, mas tem que atender à luz do dia, não escondido, não trocar mensagem, não combinar o jogo, não sugerir testemunhas, não dizer faça isso, ou deixe de fazer”, protestou. Para o deputado isso é vergonhoso para uma pessoa que posava de super-herói, “o paladino da moralidade, acima de qualquer suspeita”.
Alencar Santana lembrou ainda que Moro, quando juiz, afirmou que jamais aceitaria participar de um governo, porque tinha de preservar a Operação Lava Jato. “Mas aceitou o cargo antes do resultado eleitoral e agiu durante o segundo turno das eleições para interferir no resultado”, acusou acrescentando que, se Moro tivesse o mínimo de dignidade não estaria mais ministro.
“É necessário o seu afastamento, no mínimo até as apurações se concluírem porque Vossa Excelência admitiu que ‘foi um descuido’… ‘eu errei’… disse na sua fala a todo momento aqui, ‘não, não está mais comigo’… ‘pode ser verdade, pode ser que não’ …”, sugeriu. Alencar Santana também reforçou o pedido para que Moro assine o termo, coloque à disposição o sigilo telefônico. “O senhor não põe à disposição para valer porque não tem coragem. Vossa Excelência agiu como super-herói atrás de uma toga, mas agora é capacho de um governo que protege muitas pessoas que tem cometido ilícitos e não está agindo como verdadeiro ministro da Justiça”, lamentou.
Sérgio Moro defendió su actuación como juez ante una comisión de la Cámara de Diputados
El ministro de Justicia de Brasil, Sérgio Moro, tenía previsto comparecer ayer en tres comisiones de la Cámara de Diputados, pero logró hacerlo sólo en una durante una sesión que duró más de ocho horas. Si el pasaje de Moro de juez de la operación Lava Jato a ministro de Justicia del presidente Jair Bolsonaro generó polémica en su momento, el ex magistrado recibe ahora fuertes cuestionamientos, provenientes de un sector de la política y la sociedad brasileña, por las revelaciones que ha hecho desde mediados de junio el sitio The Intercept. Lo que se filtró es una serie de conversaciones entre los fiscales y el juez de la Lava Jato, que generan muchas preguntas sobre la actuación de unos y otros en el proceso judicial que determinó, entre otras cosas, el encarcelamiento del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva y la imposibilidad de que participara en las elecciones presidenciales que se celebraron en Brasil en 2018.
La jornada legislativa de Moro empezó a las 14.00 en la Comisión de Constitución y Justicia, ámbito en el que fue duramente cuestionado por diputados opositores mientras desde el oficialismo se hacía hincapié en que comparecía como invitado y no como investigado ni como acusado. La dinámica de la sesión fue compleja. Hubo constantes interrupciones por cruces entre los diputados y aplausos a las declaraciones de unos y otros, mientras el presidente de la comisión, el oficialista Felipe Francischini, amenazaba con suspender la sesión.
Moro mantuvo la postura que hace dos semanas había expuesto en la Cámara de Senadores. Se mostró como la víctima de un hackeo que buscó debilitar la causa judicial que investiga la corrupción en torno a Petrobras. “El objetivo principal [de la filtración] es invalidar las decisiones de la operación Lava Jato e impedir nuevas investigaciones”, afirmó el ex juez. El hackeo “no fue de un adolescente con granos frente a una computadora”, sino que lo hicieron profesionales, sostuvo, y subrayó que ni él ni ninguno de los involucrados confirmó la veracidad de los mensajes que se han publicado.
Moro también se pronunció sobre los mensajes revelados, en los que aparece haciendo sugerencias y hasta rezongando al responsable de los fiscales de la Lava Jato, Deltan Dallagnol; reconociendo haber orientado las declaraciones de los acusados que colaboraron con la Justicia e incluso manifestando dudas sobre algunos pasos que había dado la investigación. El ex juez consideró que se trata de mensajes “triviales” y aseguró que son “habituales” en el escenario jurídico brasileño los intercambios entre jueces y fiscales. En el sistema judicial brasileño el fiscal es el responsable de llevar adelante la investigación que debe presentar ante el juez, que debe mantenerse imparcial durante todo el proceso. “Lo que existe en este caso es una invasión criminal de hackers a teléfonos celulares de agentes públicos”, dijo. Las conversaciones “no pueden ser consideradas pruebas” porque fueron obtenidas de forma ilícita y su autenticidad no está demostrada, agregó.
Después del ministro hablaron los diputados, en su mayoría opositores. “Estas son sospechas graves. Lo que está en juego es la legitimidad y la equidad de nuestras instituciones y de la lucha contra la corrupción”, dijo la diputada comunista que se presenta como Professora Marcivânia. Por su parte, desde el Partido de los Trabajadores (PT) se pidió la conformación de una comisión parlamentaria que investigue el caso y entregue sus conclusiones a la Justicia.
Cuando le tocó el turno de responder, Moro aseguró que “no se corresponde con los hechos” que lo acusen de haber prevaricado o de haber actuado con motivaciones políticas, y volvió a señalar sus dudas sobre el origen de los mensajes. Algunos diputados oficialistas lo defendieron y acusaron a los opositores de querer obstruir la operación Lava Jato para no ser investigados ni ellos ni sus respectivos partidos.
Las declaraciones de Moro no apaciguaron las inquietudes de los diputados opositores: “Lo suyo no es imparcialidad”, lanzó la diputada del PT Erika Kokay, quien lo acusó de “desmoralizar la operación Lava Jato y el combate a la corrupción”. Por su parte, la también petista Maria do Rosário dijo a Moro: “Tengo la convicción de que usted es un juez parcial, de que su acción judicial fue motivada por intereses personales. Ayudó a derrumbar a la izquierda”. Concluyó su exposición planteando una pregunta que se repitió en el transcurso de la tarde: “¿A usted le parece natural haberse convertido en ministro de quien benefició ordenando la detención de su principal adversario político?”.
Escândalo: PF pede ao Coaf investigação sobre Glenn, em ato de improbidade de Moro
Subordinada ao ministro Sergio Moro, a Polícia Federal pediu ao Coaf uma investigação sobre as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, que revelou como Moro e a força-tarefa da Lava Jato fraudaram o processo judicial contra o ex-presidente Lula; a se confirmar a informação, divulgada pelo site Antagonista, Moro terá cometido o crime de improbidade administrativa, segundo o ex-deputado Wadih Damous
A Polícia Federal solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) uma investigação sobre as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, que revelou ao Brasil e ao mundo como o ex-juiz Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato fraudaram o processo judicial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A se confirmar a informação, divulgada pelo site Antagonista, Moro terá cometido o crime de improbidade administrativa, segundo o ex-deputado Wadih Damous.
A Polícia Federal pediu ao Coaf um relatório das atividades financeiras de Glenn Greenwald.
A informação é do porta voz oficial da organização Lava Jato, O Antagonista. Se isso for verdade, vai se configurar ato de improbidade da autoridade que determinar a medida.#VazaJato— Wadih Damous (@wadih_damous) 2 de julio de 2019
According to a right-wing site often cited by Sergio Moro & used by corrupt prosecutors for leaks, the Federal Police – which Moro controls – has formally requested an investigation into my finances. They’re not even hiding their abuse of power to retaliate against journalists: https://t.co/1gpKCoU5gQ
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 2 de julio de 2019
Sessão na Câmara termina com confusão após Moro ser chamado de ladrão
O clima na sessão na Câmara, em que o ex-ministro Segio Moro falou sobre a divulgação de diálogos atribuídos a ele e a procuradores da Lava-Jato , piorou de vez por volta das 21h30 desta terça-feira, após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) chamar Moro de «juiz ladrão e corrompido». O deputado Eder Mauro (PSD-PA) partiu para cima. Com dedos em riste, eles ficaram muito próximos de uma brigarem. A confusão se espalhou e um grande bate-boca tomou conta da sessão. Em seguida, Moro deixou a sala sob os gritos de «fujão». Houve uma tentativa de retomar a audiência, que não teve resultado, e ela foi encerrada por volta das 21h50.
— O senhor vai estar sim nos livros de história como um juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão. A população brasileira não vai aceitar como fato consumido um juiz ladrão e corrompido que ganhou uma recompensa por fazer com que a democracia brasileira fosse atingida. É o que o senhor é: um juiz que se corrompeu — disse Glauber Braga, antes de a confusão começar.Após o fim da sessão, Moro contra-atacou.
— Um deputado absolutamente despreparado, que não guarda o decoro parlamentar. Fez uma agressão, ofensas. São inaceitáveis. Infelizmente teve que encerrar a sessão. A culpa é desse deputado totalmente despreparado. Glauber, acho. Glauber alguma coisa. Sabe Deus de onde veio isso aí — disse Moro.
Também depois da sessão, o líder do PT, Paulo Pimenta (RS), disse que vai tentar a convocação do ministro. Para isso, será preciso apresentar um requerimento na comissão e aprová-lo.Enquanto a reunião durou, 59 deputados fizeram perguntas a Moro. Deles, 38 criticaram Moro, 19 se colocaram do seu lado, e dois ficaram neutros.
Ao fim da sessão, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), reclamou da oposição, disse que a sessão se transformou num «circo» e arrematou:
— Não vai ter Moro na CCJ nunca mais. Sem chance.
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