Brasil: a seis meses de la tragedia de Brumadinho, familiares realizan homenaje

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Realizan actos a seis meses del desastre ambiental en Brumadinho, Brasil

Familiares y movimientos sociales de Brasil realizan un homenaje a las víctimas de la tragedia ambiental en Brumadinho, luego que colapsará una represa de empresa minera Vale en la ciudad brasileña.

El corresponsal de teleSUR en Brasil, André Vieira, detalló que los afectados y familiares se reúnen todos los 25 de cada mes para rendir homenaje a quienes perdieron la vida, al menos 270 personas, por la irresponsabilidad de la empresa minera.

Llamado a la responsabilidad y justicia

La integrante del Movimiento de los Afectado por Represas (MAB), Soniamara Maranho, indicó que el sistema capitalista debe asumir su responsabilidad y hacer a un lado las ganancias.

Entretanto, María Do Campo, habitante de Brumadinho, expresó que en lugar que ella vive se perdieron siete vidas, incluida un familiar, razón por la que la población quiere justicia.

El 25 de enero de este año, al menos 270 personas perdieron la vida luego que colapsará una represa de empresa minera Vale en el río Doce de la ciudad de Brumadinho. En 2015, un hecho similar también le costó la vida a otros habitantes brasileños por lo que organizaciones afectados por represas alzan sus voz para que estos desastres ambientales no se repitan.

Telesur


Familiares de vítimas de Brumadinho fazem ato 6 meses após tragédia da Vale. ‘Foi crime e não tragédia, tá ok’

Familiares das vítimas do rompimento da barragem da Vale fazem um ato em Brumadinho nesta quinta-feira, 25, dia em que a tragédia completa seis meses.

Durante a homenagem, parentes fizeram um minuto de silêncio, soltaram balões brancos e colocaram jangadas no Rio Paraopeba, atingido pela lama, sinalizando cada um dos desaparecidos.

Desde 25 de janeiro, a cidade turística na Região Metropolitana de Belo Horizonte convive com o luto.

Até o momento, 248 mortos pelo rompimento da barragem B1 já foram identificados e outras 22 pessoas continuam desaparecidas.

Iolanda de Oliveira da Silva, que perdeu na tragédia o filho, Robert Ruan, 19 anos, participou das homenagens.

O rapaz era funcionário terceirizado na Mina do Feijão. Dois meses antes da tragédia, Iolanda tinha perdido o filho Richard, assassinado. Os dois eram irmãos gêmeos.

“Eu faço questão de vir aqui todo dia 25. Para cobrar por Justiça. A lama passou por tudo”, disse Iolanda.

Cartazes e faixas estampam, na cidade, a frase “O lucro não vale a vida”. Uma programação de homenagens teve início às 8h30, organizada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

Com apoio do Corpo de Bombeiros, 24 jangadas foram lançadas no Rio Paraopeba, junto com pétalas de rosas.

Elas representam as 22 pessoas que ainda não foram identificadas, além de duas vítimas cujos familiares não consideram fragmentos como corpos.

Minuto de silêncio

Ao meio-dia, poemas foram lidos no ato. Vítimas que jogavam em times de futebol da cidade foram homenageadas.

Às 12h28, horário em que a barragem se rompeu há seis meses (enquanto muitos funcionários da mineradora almoçavam), os familiares fizeram um minuto de silêncio, em meio a lágrimas.

Michel Fernandes Guimarães participou do ato segurando uma bandeira do time de futebol Córrego do Feijão, em que o irmão dele, Reinaldo Fernandes Guimarães, de 31 anos, jogava.

No dia do rompimento da barragem, Michel e o amigo Jeferson Ferreira dos Passos resgataram Alessandra de Souza e Talita Cristina de Souza, que deixou o hospital no dia 18 de julho.

“Só aumenta o sofrimento, cada dia que passa, mais difícil fica. Quatro dias após o rompimento da barragem, encontraram meu irmão. Perdi minha sogra também. Está muito difícil pra gente, (a tragédia) acabou com a nossa vida”, disse Michel Guimarães.

Cada família soltou um balão em memória dos entes perdidos. Como vem sendo feito todo dia 25, uma chamada foi realizada, com a leitura dos 270 nomes de vítimas no rompimento da barragem da Vale.

Oi Diario


Seis meses depois, famílias ainda esperam notícias dos desaparecidos na tragédia da Vale em Brumadinho

A tragédia da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, completa nesta quinta-feira (25) seis meses. No dia 25 de janeiro, uma onda de lama, causada pelo rompimento da barragem B1 na Mina do Córrego do Feijão, invadiu a área administrativa da Vale e parte da cidade.

O Jornal Hoje acompanhou como está a vida de quem espera notícia dos 22 desaparecidos.

Lecilda de Oliveira trabalhava na Vale há quase 30 anos. É uma das pessoas que até hoje não foram encontradas depois da tragédia do dia 25 de janeiro, em Brumadinho. Na época, consolava uma amiga pela perda da mãe.

«A gente começa a lembrar das pessoas e sentir falta delas né? Saudade é uma coisa que dói. Mas eu espero que você esteja bem, porque a gente tem que tocar, seguir em frente apesar de todas as tristezas né?».
Natalia de Oliveira, irmã de Lecilda, diz que essa fala agora serve de consolo pela perda dela. “Meu telefone é 24 horas. Eu vigio ele de dia, de noite, de madrugada, eu tenho pesadelos, eu nunca tomei remédios e agora, para dormir, é só com remédio porque a gente fica lembrando, a gente pensa se ela sofreu, se ela gritou por socorro”, completa a irmã.

Apesar de ter se passado seis meses, 180 dias ou 4.320 horas, o tempo corre diferente para quem ainda espera para enterrar o filho, o marido ou a irmã. É como se o relógio tivesse sido travado no dia 25 de janeiro de 2019, ao meio dia e 28 minutos.

Foi nesse horário que a barragem da Vale se rompeu despejando 12 milhões de metro cúbicos de lama, que destruiu o que encontrou pelo caminho.

O trabalho dos bombeiros não parou desde o dia da tragédia. Muitos corpos são encontrados incompletos, o que dificulta o trabalho dos peritos. 138 fragmentos estão no Instituto Médico Legal (IML) ainda sem identificação.

A tecnologia tem sido aliada, especialmente na identificação por DNA. “Esses segmentos, por vezes, são muito pequenos e em estágio avançado de deterioração. Isso dificulta a extração do DNA. Nós não podemos abrir mão da técnica, nem em nome do tempo”, explica o policial civil do IML.

É uma espera que machuca ainda mais quem já carrega tanta dor. “No início a gente pedia para encontrar vivo, aí passava uma semana nada, passava 15 dias, você já sabia que a chance ia diminuindo muito mais, todo mundo esperava que ele estivesse na mata, depois pedia pra que pelo menos não tivesse sofrido, que tivesse sido rápido a ponto de ele não terem nem visto, sentido. Depois você espera que encontre pelo menos um pedacinho, e o pior, você pede para receber aquela ligação que é tão triste, que é a pior que alguém que ama pode receber, mas é a que todos nós temos esperado”, diz um dos que esperam por notícia dos 22 desaparecidos.

O Globo

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