Bolsonaro aseguró que está «dispuesto a hacer justicia con Paraguay» sobre Itaipú

988

Bolsonaro dice que está «dispuesto a hacer justicia» en Itaipú

Jair Bolsonaro fue abordado por los medios del vecino país acerca de la crisis política que se generó en Paraguay con el acuerdo sobre Itaipú y habló sobre la posibilidad de que Mario Abdo Benítez afronte juicio político como consecuencia de este pacto.

Para Bolsonaro, el tema se resolverá y “Marito será reconocido por el buen trabajo que está haciendo en Paraguay», informó el portal O Globo.

El presidente del Brasil destacó las excelentes relaciones que tiene su país con el Paraguay y adelantó que está «dispuesto a hacer justicia” con el tema Itaipú.

Los medios del vecino país consultaron al primer mandatario si es que considera que el Brasil cederá respecto al acuerdo sobre Itaipú y este aseguró que “no se trata de ceder”. Recordó que la binacional es mitad paraguaya y mitad brasileña.

Representantes diplomáticos de Paraguay y Brasil firmaron el pasado 24 de mayo un acuerdo sobre la compra de potencia de la usina de Itaipú, que no tuvo el visto bueno de la Administración Nacional de Electricidad (ANDE). Según argumentos técnicos, lo pactado no favorece a los intereses paraguayos.

Cuando el contenido del acta bilateral se dio a conocer públicamente, tras la renuncia del presidente de la ANDE Pedro Ferreira se desató una fuerte polémica que llevó también a la salida de los altos funcionarios del Gobierno implicados en el tema.

Asimismo, tomó fuerza la posibilidad de un juicio político contra el presidente de la República, Mario Abdo Benítez. Luego, se sumó a la lista el vicepresidente, Hugo Velázquez, quien fue salpicado por un escándalo de supuesto tráfico de influencias.

Velázquez fue vinculado por un abogado en la intermediación para la venta de energía a una empresa brasileña, supuestamente, ligada a Jair Bolsonaro, lo que se dio aparentemente en medio de las negociaciones entre Paraguay y Brasil.

Ùltima Hora


Bolsonaro apoia presidente do Paraguai e diz que está disposto a ‘fazer justiça’ em Itaipu

O presidente Jair Bolsonaro manifestou apoio ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez , ao ser questionado nesta quarta-feira sobre a possibilidade de impeachment do aliado sul-americano por causa da revelação dos termos da ata diplomática assinada pelos dois países em maio, na qual o governo paraguaio concordou em pagar mais pela energia da hidrelétrica binacional de Itaipu.

No Paraguai, ficou a impressão de que o documento negociado em Brasília, já rejeitado pelo Senado do país, foi um acordo secreto prejudicial aos interesses nacionais.

— Você sabe como é que funciona, lá (no Paraguai ) é muito rápido o impeachment. Ontem, eu conversei com o [general Joaquim] Silva e Luna, o presidente da parte brasileira de Itaipu. Estamos resolvendo esse assunto. Pode deixar que com toda a certeza o Marito vai ser reconhecido pelo bom trabalho que está fazendo no Paraguai — declarou Bolsonaro a jornalistas, no Palácio do Planalto, referindo-se ao colega do país vizinho pelo apelido.

Questionado sobre a vinda de uma comitiva paraguaia para reuniões no Itamaraty nesta sexta-feira, o presidente brasileiro afirmou que não está previsto que o grupo converse com ele, mas destacou que o relacionamento do governo brasileiro com o Paraguai «é excepcional, excelente».

— E estamos dispostos a fazer justiça nesta questão de Itaipu Binacional, que lá é importantíssima para o Paraguai e muito importante para nós também — disse Bolsonaro.

Ele foi indagado então se o Brasil deve ceder nesse caso e disse que «não é questão de ceder».

— Qual o acordo lá atrás, não é meio a meio? A princípio é por aí. Algumas pequenas derivações, a gente acerta aí — comentou.

O acerto, considerado por autoridades e parlamentares paraguaios prejudicial ao país, foi divulgado ao público na semana passada, embora tenha sido firmado em maio. Ele decorre de pressões brasileiras para que o Paraguai passe a pagar mais pela energia que usa de Itaipu, responsável por 90% do abastecimento do país vizinho. Um dos pontos mais questionados pelos paraguaios se refere à redução do uso da chamada “energia excedente” de Itaipu. Desde 2007, o país tem preferência para receber essa energia, mais barata.

Para evitar o impeachment, Abdo Benítez, que não tem maioria no Congresso, demitiu as quatro autoridades que assinaram a ata de maio, incluindo o chanceler, Luis Castiglioni, e o embaixador no Brasil, Hugo Saguier.

Antonio Rivas , que era vice-ministro de Relações Exteriores, assumiu nesta quarta-feira no lugar de Castiglioni e estará à frente da comitiva que se reunirá com autoridades em Brasília na sexta. Segundo Rivas, o Paraguai pediu o encontro na tentativa de resolver o impasse. O novo chanceler quer deixar sem efeito a ata de maio e encarregar técnicos da distribuidora paraguaia Ande e da Eletrobras de um novo acordo.

O Globo


Nota do PT sobre o acordo de energia da usina de Itaipu

O Partido dos Trabalhadores acompanha com grande preocupação os acontecimentos que se desenrolam na República do Paraguai, nosso vizinho e parceiro histórico do Mercosul, em torno da questão da energia de Itaipu.

O partido entende que essa gigantesca hidrelétrica, ainda a maior do mundo em geração efetiva de energia, foi construída pelos dois países irmãos para solidificar a amizade que une os povos do Brasil e do Paraguai, e não para servir de motivo torpe para conflitos que atrapalhem uma relação que tem tudo para continuar a produzir resultados muito positivos.

Nesse sentido, o PT lamenta o fato de que o anunciado novo acordo sobre o Anexo C do Tratado de Assunção tenha sido negociado de forma sigilosa, o que vem despertando indignação da República do Paraguai e perplexidade no Brasil.
Lembramos que, durante os governos do PT, o Brasil sempre procurou manter uma boa relação com nosso vizinho, no entendimento de que o progresso do entorno regional representa também progresso para o Brasil.

Salientamos que, que na qualidade de presidenta do partido e de deputada federal, apresentaremos requerimento de informação para exigir o envio imediato do texto negociado na surdina. Por último, enviamos fraterno abraço ao povo paraguaio, expressando nosso sentimento de que estaremos sempre unidos na busca de uma América do Sul integrada, soberana e justa para todos.

Gleisi Hoffmann, presidenta Nacional do PT

PT


COMUNICADO DE LOS OBISPOS DEL PARAGUAY SOBRE EL “ACTA BILATERAL FIRMADO ENTRE PARAGUAY Y BRASIL”

Los obispos del Paraguay, reunidos en la Asamblea Plenaria Extraordinaria número 222°, en la Casa de Retiro “Emaús” de Luque, evaluamos varios temas relacionados al caminar de la Iglesia en el país. Al mismo tiempo nos hacemos eco de la situación que afecta a la nación. Al respecto, manifestamos cuanto sigue:

Como ciudadanos cercanos a nuestro pueblo, acompañamos con preocupación los actos de gobierno que deben estar orientados por el logro del bien común, en el marco de la responsabilidad y la transparencia.

La Conferencia Episcopal Paraguaya aplaude el gesto patriótico del pueblo, que implica estar informado e interesado por el bien común, garantía de salvaguarda de la soberanía nacional.

Pedimos que se aclare, transparente todo lo actuado hasta el momento y se asuma, en consecuencia, las responsabilidades emergentes de un hecho que ha generado una importante crisis en las esferas políticas del país.

Entendemos que el tema relacionado con la ITAIPÚ y la firma de nuevas condiciones en la renegociación del anexo C del tratado, prevista para el año 2023, es sensible y estratégico para el Paraguay. Por ello, es clave que este tipo de acuerdo y negociaciones sean realizados con alto nivel de patriotismo, participación y socialización.

Creemos que la crisis suscitada, en estas circunstancias, es motivo suficiente para apostar y promover, aún más, el trabajo interdisciplinario (equipo jurídico, técnico, económico y político) de alto nivel, con personas competentes, con fuertes convicciones éticas y patrióticas; que puedan garantizar condiciones justas y transparentes para los intereses del Paraguay.

Como Pastores de la Iglesia acompañamos con nuestra oración este proceso y pedimos la intercesión de la Virgen de la Asunción, Patrona del Paraguay, de San Roque González de Santa Cruz y de la Beata, María Felicia de Jesús Sacramentado, “Chiquitunga”, para que Dios ilumine a nuestras autoridades y nos ayude a todos a cuidar juntos la soberanía de nuestro país.

Conferencia Episcopal Paraguaya


VOLVER

Más notas sobre el tema