Bolsonaro amenaza con encarcelar a Glenn Greenwald, periodista de The Intercept

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Bolsonaro fala em “cana” para Greenwald e diz que jornalista é “malandro”

Presidente comentou a portaria publicada pelo ministro Sérgio Moro sobre repatriação e deportação sumária de ‘pessoa perigosa’

O presidente Jair Bolsonaro comentou neste sábado 27 a Portaria 666, publicada na sexta-feira 26 pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em evento no Rio de Janeiro – o presidente participou da cerimônia de brevetação de novos paraquedistas – Bolsonaro disse que o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, não se encaixa na portaria. Porém, deu a entender que Glenn é passível de prisão. “Talvez pegue uma cana aqui no Brasil”, disse o ex-capitão.

Para Bolsonaro, o fato de Glenn ser casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) e ter adotado duas crianças seria uma “malandragem”. “Ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil”, disse.

O presidente elogiou a portaria de Moro e defendeu a deportação de estrangeiros suspeitos de cometer crimes, ainda que não haja comprovação judicial. “Não sou xenófobo, mas na minha casa entra quem eu quero, e a minha casa no momento é o Brasil. É suspeito apenas, sai daqui. Já tem bandido demais no Brasil. O sentimento dele (Moro) é o meu, parabéns ao Moro”, disse o presidente aos jornalistas.

Lei de Migração

A Portaria 666, que diz tratar de “impedimento de ingresso, a repatriação e a deportação sumária de pessoa perigosa”, não deve colocar em risco o jornalista Glenn Greenwald, por conta da Lei de Migração e da Constituição Federal. Mesmo assim, ela foi classificada com problemas graves do ponto de vista jurídico e pode representar uma intimidação ao trabalho da imprensa e de ativistas estrangeiros no País.

“Uma portaria é um instrumento feito simplesmente para regular um procedimento interno de uma determinada pasta administrativa. Não deve criar novas categorias jurídicas ou criar novos direitos ou deveres”, analisa Thiago Amparo, professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo.

CartaCapital


Bolsonaro afirma que periodista “Glenn Greenwald podría ir preso en Brasil”

Greenwald, que vive en Río de Janeiro con su esposo brasileño y dos hijos adoptados, es cofundador del medio The Intercept. Sitio web de investigaciónque publicó chats filtrados que muestran que el ministro de Justicia y exjuez Sergio Moro conspiró para mantener al expresidente de izquierda Luiz Inácio Lula da Silva alejado de las elecciones presidenciales de 2018, finalmente ganadas por Bolsonaro.

Tras describir a Greenwald como un “tramposo”, Bolsonaro dijo que el periodista no sería expulsado de Brasil en virtud de un decreto emitido por Moro el viernes que permite la deportación de extranjeros considerados peligrosos.

El decreto no tiene “nada que ver con” Greenwald, dijo de acuerdo a la prensa brasileña Bolsonaro, que también se refirió a que el periodista está casado “con otro hombre y ha adoptado niños en Brasil”.

“Tramposo, tramposo. Para evitar el problema se casa con otro embaucador y adopta a un niño en Brasil”, dijo Bolsonaro. “Ese es el problema que tenemos. No se irá. Quizás vaya preso en Brasil, pero no será expulsado”.

Greenwald reaccionó rápidamente en Twitter, describiendo a Bolsonaro como alguien que “quiere ser dictador”.

El gobierno “no tiene el poder de deportarme”, señaló. “No tiene nada sobre mí”, dijo, reiterando que no se iría de Brasil.

Greenwald se enfrentó a pedidos de deportación por la publicación de mensajes filtrados de Telegram que Moro intercambió con los fiscales cuando era el juez que encabezaba la investigación del caso de corrupción masiva conocido como Lava Jato.

Designado ministro de Justicia por Bolsonaro en enero, Moro ha sido acusado de tratar de influir de manera indebida en esa investigación, iniciada en 2014, y que condujo a la cárcel a numerosos políticos y empresarios, incluido Lula.

Él ha negado cualquier delito y afirmado que los criminales piratearon los teléfonos celulares con el objetivo de anular las condenas resultantes de la investigación.

Moro sostiene que cuatro personas arrestadas el martes por supuestamente piratear teléfonos pertenecientes a él, a los fiscales y a Bolsonaro fueron la fuente de las conversaciones que se filtraron a The Intercept.

La publicación se ha negado a identificar su fuente o a revelar cómo accedió a la información.

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