Brasil: Lula asegura que está cada día más cerca de quedar en libertad
Brasil: Lula da Silva aseguró que está cada día más cerca de quedar libre
El expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, ha asegurado que cada día está más cerca de ser puesto en libertad dado que su caso «no tiene misterio», según señala una carta enviada al exministro de Exteriores Celso Amorim.
Lula, que ha transmitido su preocupación por la situación que atraviesa Brasil, ha señalado que solo es necesario que el Supremo Tribunal Federal (STF) de Brasil lea las pruebas presentadas por sus abogados para que sea aceptado el recurso de habeas corpus.
Amorim es uno de los coordinadores de la campaña internacional por la libertad de Lula. Este lunes, se han registrado varias manifestaciones de apoyo al exmandatario en el marco del Día Nacional de Agitación por su liberación.
«No pierdo la fe en nuestro pueblo, lo que me ayuda a no flaquear en la prisión injusta en que estoy haciendo más de un año», explica en la misiva tras cumplir más de 14 meses en la Prisión Federal de Curitiba.
Lula ha expresado así su preocupación por la situación socioeconómica que vive Brasil. «Las noticias que recibo son de desempleo, crisis en las escuelas y hospitales, la reducción e incluso el fin de los programas que ayudan al pueblo, la vuelta del hambre», ha lamentado.
Sobre la influencia del exmagistrado y actual ministro de Justicia, Sergio Moro, Lula ha reiterado la necesidad de analizar con imparcialidad la actuación del jurista en el proceso en su contra. «Él mandó invadir mi casa y llevarme a la fuerza para declarar sin haberme intimado nunca», ha insistido.
«La denuncia contra mí era tan falsa e inconsistente que, para condenarme, Moro cambió las acusaciones hechas por los fiscales. Me acusaron de haber recibido un inmueble a cambio de favor pero, como vieron que no era mío, él me condenó diciendo que fue ‘atribuido’ a mí», aclara Lula.
En este sentido, ha recordado que Moro suspendió sus vacaciones para buscar a un juez que anulara la decisión del magistrado que ordenó su liberación en julio de 2018. «Si alguien aún tenía duda sobre de qué lado el juez (Moro) siempre estuvo y cuál era el motivo de perseguirme, la duda acabó cuando él aceptó ser ministro de Justicia de (Jair) Bolsonaro», ha afirmado.
El exjefe de Estado ha puesto en duda que otorgarle la libertad a él signifique anular las decisiones tomadas en el caso de Lava Jato por hechos de corrupción de la constructora brasileña Odebrecht, tal y como señalan voces críticas.
«Todo lo que quiero es tener derecho a un juicio justo, por un juez imparcial, para poder demostrar con hechos que soy inocente de todo lo que me acusaron», ha enfatizado.
Carta completa de Lula a Celso Amorim
Nota do Partido dos Trabalhadores: Justiça que tarda não é justiça
Ao retirar da pauta de julgamentos desta terça-feira (25/06), na Segunda Turma, o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula contra a inegável suspeição e parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, o Supremo Tribunal Federal (STF) postergou o cumprimento de seu dever e missão constitucional de ministrar a Justiça.
O habeas corpus de Lula, que se encontra pronto para julgamento, tem prioridade de julgamento definida por lei e pelo Regimento Interno do Supremo, por quatro razões que não podem ser ignoradas na definição da pauta:
1)Por se tratar de pedido de habeas corpus (Artigo 149 do Regimento Interno do STF);
2)Por se tratar de julgamento com réu preso; no caso de Lula, preso há 443 dias em antecipação inconstitucional da pena (Artigo 149);
3)Por se tratar de julgamento já iniciado, em 4 de dezembro de 2018, data em que houve pedido de vistas e dois dos cinco votos foram pronunciados (Artigo 138);
4)Por se tratar de julgamento envolvendo pessoa idosa; no caso de Lula, 73 anos de idade.
Todas essas razões foram apresentadas à presidência da Segunda Turma em petição da defesa de Lula. E não foram ouvidas, como tem ocorrido sistematicamente nos atos judiciais referentes aos direitos do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, constituindo um escandaloso conjunto de exceção ao devido processo legal e ao estado democrático de direito. A pauta foi alterada hoje à tarde, quando ainda estava pendente a petição da defesa.
O verdadeiro réu no julgamento postergado pelo STF não é o presidente Lula, é o ex-juiz que o condenou contra a lei e sem provas. É Moro quem precisa desesperadamente responder às graves acusações feitas pela defesa de Lula, confirmadas em detalhes grotescos nos últimos dias pela divulgação de suas trocas de mensagens com os procuradores da Lava Jato.
Os crimes de Moro é que deveriam ser julgados amanhã, e não a inocência de Lula que já foi demonstrada ao longo do processo, verdadeira farsa judicial comandada por Moro em criminoso conluio com os procuradores da Lava Jato. O ex-juiz está condenado a arrastar as provas de sua parcialidade e suspeição, mesmo que este juízo tenha sido postergado.
O STF continua devendo à comunidade jurídica nacional e internacional, à sociedade brasileira e à opinião pública mundial uma resposta inequívoca aos graves fatos denunciados pela defesa de Lula. E continua devendo Justiça a um cidadão inocente, pois é esta sua missão, por maiores que sejam as pressões dos interessados em manter a injustiça, sejam políticos, militares, plutocratas, barões da mídia ou potências estrangeiras.
Justiça que tarda não é Justiça.
Lula Livre!
COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT
VOLVER