Brasil: la huelga contra las políticas de Bolsonaro se sintió en más de 300 ciudades
Paro general: Brasil se movilizó en contra de Bolsonaro y su reforma previsional
La movilización nacional contra la reforma de la previsional y los recortes en la educación se sintió fuerte en San Pablo, la capital económica del país. Las protestas con barricadas y huelgas se extendieron en 24 estados y en Brasilia.
Avenidas importantes fueron bloqueadas por manifestantes, que armaron barricadas con neumáticos encendidos, mientras que las escuelas y los bancos permanecieron mayoritariamente cerrados, según los sindicatos de esos sectores.
En Rio de Janeiro las protestas bloquearon las calles de la ciudad, y una protesta en la Avenida Brasil fue rerpimida por policías militares que usaron bombas de gases lacrimógenos contra los manifestantes.
En Niterói, Rio de Janeiro, cinco personas fueron atropelladas durante una manifestación. Otras tres resultaron heridas, embestidas por autos frente al Hospital Universitarioa Antonio Pedro, cuando un grupo protestaba contra la Reforma Previsonal que impulsa el gobierno de Jair Bolsonaro. Las víctimas fueron dos profesoras y un estudiante. Según testigos, el conductor huyó.
Con respecto a los números, desde los sindicatos afirmaron que hubo una adhesión de 45 millones de trabajadores a la huelga. Otras capitales, como João Pessoa, Curitiba, Maceió y Salvador, también fueron escenario de protesta.
Brasil: alto acatamiento al primer paro contra Bolsonaro
La primera huelga general contra el gobierno de Jair Bolsonaro era acatada en 26 de los 27 estados brasileños al mediodía de ayer, cuando la policía reprimió y detuvo a quince estudiantes cerca de la Universidad de San Pablo.
En esa ciudad y su área metropolitana el paro tuvo un alto acatamiento por parte de maestros, bancarios, metalúrgicos y conductores del subterráneo, pero no tuvo el respaldo de los choferes de colectivos y trenes urbanos.
«La paralización contra la reforma previsional responde a nuestras expectativas», declaró Douglas Izzo, presidente de la Central Unica de los Trabajadores (CUT) de San Pablo.
«Los estudiantes están junto a la clase trabajadora, ellos entendieron que esta reforma va a atacar a las futuras generaciones», señaló Izzo, además de convocar al acto previsto para las 16 horas en la Avenida Paulista, en el centro de la capital.
Las movilizaciones y piquetes de este viernes heredan el envión de la multitudinaria marcha en defensa de la educación pública y contra los cortes del presupuesto, especialmente en las universidades, que fueron encabezadas por estudiantes el 15 de mayo, considerada la primer revuelta contra el gobierno.
El paro de ayer contó con un respaldo unitario, y poco frecuente, de todas las organizaciones gremiales , lideradas por las CUT, ligada al PT.
«La huelga es fuerte, felizmente los petroleros están adhiriendo a la huelga desde el jueves a la noche en las refinerías, afirmó David Bacelar de la Federación Única de Petroleros (FUP).
«La clase trabajadora está despertando después de ser engañada el año pasado cuando muchos votaron a Bolsonaro, hoy está revelándose contra el gobierno, la gente está idignada con este escándalo que dio The Intercept», completó Bacelar.
El dirgente de la FUP se refería a las revelaciones del sitio Intercept sobre la complicidad del ex juez Sergio Moro, actual ministro de Justicia, con los fiscales de la causa Lava Jato a fin de condenar sin pruebas a Luiz Inácio Lula da Silva.
El caso Moro desató una nueva crisis en el gobierno de Bolsonaro, cuya popularidad bajó 20 puntos en los primeros cinco meses de gestión.
Este viernes había poco tránsito en la avenida que pasa frente al Palacio del Planalto, en el centro de Brasilia, donde se registraba una fuerte adhesión al paro. No circularon los colectivos y solo en parte lo hizo el metro, además observase una paralización prácticamente total de los trabajadores de la educación, bancarios y de empleados públicos del Distrito Federal.
Greve geral tem adesão em mais de 360 cidades. Confira no mapa
Para mapear os atos e mostrar a imensa mobilização feita pela classe trabalhadora em todo o país nesta sexta-feira (14), dia da greve geral, o Armazém Memória e Comissão Justiça e Paz de SP, com apoio da CUT e da UNE, produziu um Mapa Interativo no qual o leitor pode acompanhar, em tempo real, onde teve ato e onde terá, e ainda tem acesso a informações e imagens das mobilizações e paralisações já realizadas.
O Mapa é atualizado em tempo real. Em azul, o leitor consegue ver qual cidade tem ato, mas sem a informação de local e horário. Já clicando nos ícones pretos que indicam as cidades, saberá o local e horário dos atos. Os ícones vermelhos indicam que já tem imagens de atos realizados.
Mapa interativo
A ideia do Mapa, além de dar ao leitor do Portal CUT a informação mais completa e fidedigna das paralisações, atos e manifestações desta sexta, facilitar a visualização dos trabalhadores e trabalhadoras de todo país e do mundo que precisarem ou quiserem saber como foi a greve geral chamada pela CUT e demais centrais, que teve adesão das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e envolveu todas as categorias profissionais do Brasil.
No Mapa, os trabalhadores e trabalhadoras verão o que aconteceu neste dia desde a Região norte do país, em Boa Vista, capital de Roraima, até o sul, em Jaguarão, cidade do interior do Rio Grande do Sul.
Mais de 45 milhões cruzam os braços na Greve Geral
Balanço da Central Única dos Trabalhadores (CUT) indica que que 45 milhões de trabalhadores participaram de atos ou paralisações até o início da tarde na Greve Geral desta sexa-feira (14J). Até as 13 horas, mais de 300 cidades de todos os estados haviam registrado protestos.
Segundo boletim parcial das centrais sindicais e de movimentos populares, dezenas de cidades amanheceram com o transporte público total ou parcialmente parado – como São Paulo, Maringá (PR), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Brasília (DF), Volta Redonda (RJ), Sorocaba (SP), Feira de Santana (BA), Piracicaba (SP), Campo Grande (MS), Curitiba (PR e Salvador (BA).
Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização. Outras oito não tiveram interrupção no transporte coletivo por ônibus, mas registraram bloqueios de ruas ou estradas por manifestantes, ou tiveram paralisação parcial no metrô.
Também estão parados trabalhadores de portos como o de Pecém no Ceará; refinarias, como Recap em Mauá e Abreu e Lima em Pernambuco; indústria metalúrgica, como Volks e Mercedes em São Bernardo; energia; bancários em São Paulo e no ABC; pessoal da Saúde; Eletricitários; Correios no Rio e São Paulo; e universidades como UFRJ, UFSC, UFAL, UFBA e UFCG; segundo os primeiros balanços.
Além das paralisações, o dia de Greve Geral está sendo marcado por dezenas de atos em todo país, organizados por movimentos populalres como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Atingidos por Barreiras (MAB) e Marcha Mundial das Mulheres, com interdições de rodovias e avenidas.
Na cidade de São Paulo, ocorreram bloqueios na avenida 23 de Maio, no elevado João Goulart, na USP e em Sapopemba, entre outros pontos. No estado foram registrados atos em São Bernardo, Diadema, Campinas, Bauru, Itapeva, Sorocaba, Vinhedo, Taubaté e Presidente Prudente.
Houve bloqueios ainda em Santa Catarina (Florianópolis e Chapecó), Alagoas (Maceió), Paraná (Araucária, Francisco Beltrão, Cascavel e Pato Branco), Pará (Belém e Eldorado doas Carajás), Pernambuco (em várias rodovias do entorno de Recife e outros pontos do estado, como Aliança, Jaboatão, Gravatá, Pesqueira e Caruaru), em Minas Gerais (Ouro Preto, Juiz de Fora, Congonhas e BH), Rio de Janeiro (Capital, Niterói e Campos dos Goytacazes), Sergipe (Aracaju e Monte Alegre), Rio Grande do Norte (Natal, Extremoz e João Câmara); em vários pontos na Paraíba; na Bahia (Barreiras, Catités, Santo Antonio de Jesus, Salvador); no Maranhão (São Luís), no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Eldorado do Sul), em Rondônia (Jaru), em Goiás (Goiânia) e em muitos outros locais.
Em São Paulo, 15 manifestantes são presos em ato pró-greve geral
Em São Paulo, um ato na USP com participação majoritária de estudantes, professores e servidores públicos foi dissolvido com balas de borracha e bombas jogadas por policiais militares.
Na confusão, algumas pessoas foram atingidas por estilhaços de bombas e em seguida levadas para o Hospital Universitário da USP, segundo o Sintusp. Além disso, 15 manifestantes foram detidos e levados à 51ª Delegacia de Polícia, no Rio Pequeno.
Até o início da tarde, os manifestantes estavam isolados no pátio do 16º batalhão da 3ª Cia. da Polícia Militar, um prédio anexo à delegacia, sem que fosse feito um registro de ocorrência. Eles ficaram sem comer e só puderam tomar água. Incomunicáveis, estavam na expectativa de serem transferidos para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), na zona Norte da capital.
O motivo da detenção, segundo os advogados que acompanhavam o protesto, não foi divulgado pela polícia. Ainda de acordo com os advogados, não há motivos para uma acusação de flagrante de qualquer tipo de crime.
O Brasil de Fato entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, questionando o motivo da detenção, mas não obteve resposta.
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