Brasil: universitarios marcharon contra el recorte de Bolsonaro y convocaron a un paro general
Grupo realiza passeata e protesta em Salvador contra cortes de verbas da UFBA
Estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais realizaram um protesto, na manhã desta segunda-feira (6), em Salvador, contra o bloqueio de R$ 37,3 milhões em verbas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), anunciado na última semana pelo Ministério da Educação (MEC).
O grupo se concentrou, primeiro, na Faculdade de Educação da UFBA, no Vale do Canela, por volta das 9h. Depois, a passeata teve início e seguiu pela Avenida Reitor Miguel Calmon, uma das mais movimentadas de Salvador.
O ato seguiu rumo à reitoria da instituição e, segundo a Superintendência Municipal de Trânsito, foi encerrado por volta das 12h. Cerca de 500 pessoas participam do protesto.
Durante a caminhada, com cartazes e faixas de protesto, o grupo ocupou todas as faixas da via. O trânsito ficou trânsito travado na região. Os veículos só conseguiam andar à medida em que o protesto avançava pela avenida.
Cortes e polêmica
O corte de repasses às instituições federais em todo o Brasil virou o centro de polêmica no país, após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciar, em entrevista ao Estado de São Paulo, que iria cortar recursos de universidades federais que apresentassem desempenho acadêmico fora do esperado e, ao mesmo tempo, estivessem promovendo «balbúrdia».
Na lista, estavam, inicialmente, somente a Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Depois, o governo disse que a medida valeria para todas as universidades e institutos federais.
A aula hoje foi na rua! Imagens do ato em que alunos, pais e professores de institutos federais do Rio de Janeiro fizeram contra o corte de verbas na educação!
#15M #BolsonaroRespeiteAUniversidade
Publicado por UNE – União Nacional dos Estudantes en Lunes, 6 de mayo de 2019
O reitor da Ufba, João Carlos Salles, rebateu os comentários de Abraham Weintraub e disse que a justificativa do ministro não se aplica à Ufba e que não sabe quais são os critérios utilizados pelo ministério para realizar os cortes.
Cerca de 40 mil alunos são afetados pelo corte do orçamento, que entrou em vigor na última semana. Ainda segundo Salles, a universidade não foi informada previamente sobre a redução da verba. O reitor informou que os cortes atingem despesas que custeiam, por exemplo, gastos de água, luz, limpeza e que medidas serão tomadas para reverter o corte no orçamento da universidade.
Além da UFBA, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia (Ufsb) também relataram cortes orçamentários, que chegam a cerca de R$ 40 milhões.
A UFRB disse que sofreu um bloqueio de créditos no orçamento de custeio e investimento, da ordem de R$ 16.329.642 (cerca de 32% do orçamento).
A Ufob disse que sofreu um bloqueio de 33,2% dos recursos orçamentários para custeio e investimento (R$ 11.872.857,00). Já a Ufsb informou que teve bloqueio de 38% no orçamento de custeio e capital, recursos utilizados para pagamentos de despesas básicas.
Institutos federais
Após o Ministério da Educação anunciar o bloqueio de 30% da verba das instituições de ensino federais, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) e o Instituto Federal da Bahia (IFBA) também confirmaram bloqueio de repasses.
Por meio de nota, o IF Baiano informou que ficou ciente do corte desde a última terça-feira (30), após o bloqueio automático do governo federal.
Já o reitor do IFBA, Renato da Anunciação Filho, contou que o bloqueio do dinheiro destinado à instituição foi notado nesta sexta-feira, através do sistema do governo federal pelo qual os diretores têm acesso às informações sobre as verbas das instituições de ensino.
O que diz o MEC
Por meio de nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o critério utilizado para o bloqueio do orçamento foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos, em decorrência da restrição orçamentária. O bloqueio foi de 30% para todas as instituições.
Segundo o MEC, o bloqueio decorre da necessidade do Governo Federal se adequar ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal. O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas.
O ministério disse, ainda, que até o momento, todas as universidades e institutos já tiveram 40% do seu orçamento liberado para empenho.
Universidades de Brasil convocan huelga general ante ajuste
Estudiantes, maestros y trabajadores de las universidades públicas de Brasil, convocaron a una huelga general para el próximo 15 de mayo, en rechazo a las políticas de recorte presupuestario anunciadas por el Gobierno del presidente Jair Bolsonaro.
La iniciativa encabezada por líderes estudiantiles cuenta con el respaldo del sector docente, que ya adelantó que se sumará a la protesta. En este sentido, el presidente del Sindicato Nacional de los Docentes de las Instituciones de Enseñanza Superior (Andes), Antonio Gonçalves, señaló al Gobierno brasileño por intentar imponer una educación con «pensamiento único que ataca los derechos fundamentales».
Por su parte, la directora de la Unión Nacional de Estudiantes (UNE), Marianna Dias, informó que la próxima semana se realizarán asambleas para «demostrarle al presidente la fuerza de las universidades».
Para la vicerrectora de la UNE, Jessy Dayane, Bolsonaro busca «un país sin desarrollo nacional, un país sin industria, un país sin tecnología y completamente dependiente de la importación».
Recientemente, el ministerio de Educación anunció el recorte del 30 por ciento en el presupuesto para todas las universidades e instituciones educativas federales de Brasil, una de las tantas medidas de Bolsonaro que atacan directamente el desarrollo social del país suramericano.
Grupo protesta contra corte de verba em instituições federais em Salvador
Estudantes, sindicatos e associações protestaram contra os cortes nas universidades federais na manhã desta segunda-feira, 6, no Vale do Canela, em Salvador. O ato começou na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e seguiu em caminhada até a reitoria da instituição. O protestou terminou com todos cantando o Hino do Estado da Bahia.
Integrantes do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino do Estado da Bahia (Apub), do Diretório Central dos Estudantes da Ufba (DCE/Ufba) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba) participaram do ato.
O reitor da Ufba, João Carlos Salles, esteve no local para prestar esclarecimentos sobre os dados dos cortes e a situação da universidade.
«Do dinheiro de investimento, recurso que fazemos obras e compramos equipamentos, temos bloqueado do sistema R$ 6.203.047. Já em custeio, parte fundamental da manutenção da universidade, temos hoje um bloqueio de R$ 49.703.394. Isso, é claro, se mantido, inviabiliza o funcionamento da universidade», explica o reitor da Ufba.
O protesto teve como objetivo ser um espaço de defesa da Ufba, das demais universidades e da educação pública brasileira após o corte de 30% da verba das universidades federais anunciado pelo ministro da educação Abraham Weintraub.
De acordo com João Carlos, o bloqueio da verba precisa ser revertido, caso contrário da Universidade Federal da Bahia não conseguirá manter o funcionamento.
«Universidade é um patrimônio de todos nós e temos que arregaçar as mangas para defendê-la», finaliza João Carlos Salles.