Bolsonaro propone crear un colegio militar en todas las capitales de Brasil
Bolsonaro y el Ultraderecha Fest: anunció dos polémicas medidas
El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, aseguró que su Gobierno trabaja para que las capitales de los 27 estados del país tengan al menos un colegio militar.
Lo hizo en el marco de jornadas en las que, además, prometió que en el mediano plazo eliminará los radares que detectan la violación a los máximos de velocidad en las rutas.
«Proponemos, junto al Ministerio de Defensa y el de Educación, un colegio militar en todas las capitales de Brasil», disparó el ultraderechista durante un acto de conmemoración de los 130 años del Colegio Militar de Río de Janeiro.
Brasil cuenta en la actualidad con 13 colegios militares. Si cumple su anuncio, el gobierno deberá crear 16 nuevos institutos.
Las declaraciones del bizarro mandatario llegan apenas unos días después de que el Ministerio de Educación anunciara un recorte del 30 por ciento en el presupuesto destinado a la educación pública federal.
En otro orden, Bolsonaro anunció que cuando venzan los contratos de las empresas que licenciatarias de los radares de velocidad instalados en caminos y rutas brasileñas, los eliminará.
El anuncio generó que un juez federal emitiera una declaración contraria a la declaración y, además, ordenara instalar 8 mil nuevos radares. Sin embargo, el ministro de Infraestructura, Tarcisio de Freitas, se niega a cumplir el fallo.
El dato central fue aportado por el diario Folha de Sao Paulo, que publicó que la familia Bolsonarol tiene acumuladas más de 40 multas por infracciones de tránsito solo en los últimos cinco años. Más de la mitad fueron por exceso de velocidad.
Bolsonaro diz que meta é implantar um colégio militar em cada capital
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a construção de colégios militares e disse que a meta do atual governo é implantar um em cada capital do país. “O que tira um homem ou mulher de uma situação difícil em que se encontre é o conhecimento. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Respeito, disciplina e amor à pátria são fundamentos importantes desses colégios”, afirmou.
Bolsonaro participou de cerimônia em comemoração ao 130º aniversário do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Ele destacou a excelência do ensino e o sucesso dessas instituições nas avaliações da educação básica. “Precisamos promover uma educação que prepare nossos jovens para os desafios da quarta revolução industrial”.
De acordo com o presidente, já está em andamento a construção do maior colégio militar do Brasil, no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.
Protesto
Pais, alunos e professores dos colégios Pedro II (CPII), Aplicação e Centro Federal de Educação Celso Suckow da Fonseca ocuparam as ruas em frente ao Colégio Militar para protestar contra a redução de 36,37% no orçamento anual do CPII, anunciada na semana passada pelo Ministério da Educação.
As ruas Morais e Silva e São Francisco Xavier estavam interditadas de manhã para a visita do presidente Jair Bolsonaro. Uma das oito unidades do Pedro II no estado fica em frente ao Colégio Militar, na Tijuca, zona norte do Rio.
Bolsonaro volta a defender retirada dos radares em rodovias federais
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender a retirada dos radares em rodovias, em entrevista transmitida no domingo (05) no Programa Silvio Santos, do SBT. O presidente não citou nenhum estudo técnico diferente do que cobrou a justiça há um mês. A 5ª Vara Cível de Brasília determinou que o governo federal “se abstenha de retirar radares das rodovias” e cobrou estudos que embasem o fim da instalação de novos medidores.
Como justificativa o presidente utilizou o argumento de devolver ao povo brasileiro “o prazer em dirigir”.
“Eu quero que o povo brasileiro tenha prazer em dirigir”, disse o Presidente.
Além de citar, novamente, que engavetou a solicitação de mais de 8 mil radares nas rodovias federais, Bolsonaro reafirmou que quando expirar o prazo do contrato dos radares já instalados, estes não serão renovados. “Tinha 8 mil pedidos de novos radares para o Brasil. Nós engavetamos, não vai ter. As rodovias federais que tem radares instalados quando expirar o prazo do contrato, não vamos renovar“, reiterou Bolsonaro.
O presidente citou ainda dados de acidentes em rodovias federais no último feriado e disse que houve queda no número de mortes. Porém, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os resultados se devem ao reforço concentrado na fiscalização e em ações de combate à criminalidade e prevenção de acidentes graves, com distribuição de agentes em trechos onde, de acordo com estatísticas existe maior incidência de imprudência por parte dos condutores ou maior registro de acidentes.
Opinião
Para Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal, a segurança, no trânsito, está atrelada a fiscalização.
“É preciso separa o joio do trigo: fiscalização feita sob intenções arrecadatórios, sem critérios técnicos, é que é ruim. É fundamental lembrar que segurança é um direito do cidadão que, justamente, é protegido pela fiscalização. E é obrigação do estado garantir este ambiente seguro no trânsito. Não vai ser desligando todo o aparato de fiscalização de velocidade que garantirá isso. Mas rever o que está mal feito, otimizar os recursos disponíveis, eliminar distorções, é sim importantíssimo”, fundamenta Mariano.
Outros especialistas também já se declararam contra a medida. Foi o caso de Mércia Gomes, que é advogada especialista em legislação de trânsito. Em texto escrito no Portal do Trânsito, ela afirmou que números divulgados por órgãos fiscalizadores, mostram a diminuição de acidentes e mortes após o uso do sistema de fiscalização eletrônica.
“Como especialista na área, observo que o presidente Bolsonaro faz declarações populistas sem o menor amparo técnico, estudo especifico, deixando todos os profissionais temerosos, porque, provavelmente, a quantidade de acidentes vai aumentar. Quando falamos de um fluxo de via rápida, como é o caso de uma rodovia, quanto maior a velocidade, os acidentes tendem a ser cada vez mais frequentes e graves. A consequência disso são vidas perdidas”, analisa a advogada.
Para Márcia Pontes, especialista em direito de trânsito, que trabalha com condutas preventivas nesse ambiente, disse em entrevista ao Portal do Trânsito que essa declaração deve ser repensada urgentemente. “A gente sabe que os redutores de velocidade, são fundamentais principalmente em trechos críticos de rodovias e até dentro das cidades, onde motoristas abusam da velocidade. Quanto maior a velocidade, maior a gravidade das lesões, maior a ocorrência de óbitos”, aponta.
A educadora deu, ainda, uma sugestão ao presidente. “O presidente deve rever esse posicionamento. Que verifique se esses equipamentos têm estudo técnico assinado por engenheiro de tráfego. Faça uma revisão dos estudos de engenharia de tráfego, mas simplesmente eliminar não. A velocidade é uma epidemia, é uma doença. Você quer acabar com a doença, matando o doente? Matando aquele que acelera? Matando as vítimas dele? Ou a gente quer curar a doença com o remédio certo ou a gente quer matar o paciente. Isso não vai resolver”, conclui Pontes.