Lula da Silva: «Brasil está gobernado por una banda de locos»

Foto: Isabella Lanave
953

Lula da Silva, en su primera entrevista desde prisión: «Estamos gobernados por una banda de locos»

«O construye un partido sólido, o no durará», dijo Lula da Silva sobre el actual presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, mientras llamó a la elite brasileña a hacer una autocrítica: «No puede ser que este país está gobernado por una banda de locos. El país no se merece esto y sobre todo la gente no se lo merece».

El ex mandatario, fundador del Partido de los Trabajadores (PT), preso desde abril de 2018 por corrupción y lavado de dinero, fue habilitado por la Justicia esta semana para dar su primera entrevista desde la prisión de Curitiba en la que se encuentra. Casi en el mismo movimiento, el Superior Tribunal de Justicia le redujo la condena y abrió la puerta para su libertad.

«No hay problema» si nunca más salgo de prisión, dijo el petista en declaraciones al diario Folha do Sao Paulo, que accedió a entrevistarlo bajo estrictas condiciones de seguridad.

«Tengo la certeza de que duermo todas las noches con mi conciencia tranquila. Y estoy seguro de que (el procurador Deltan) Dallagnol no duerme, y que (el ex juez Sergio) Moro no duerme», afirmó.

Además, dijo estar «obsesionado» con demostrar su inocencia y la «farsa montada» en su contra, además de desenmascarar a Moro.

Sobre el ex magistrado y actual ministro de Justicia de Bolsonaro, Lula fue punzante: «Moro no sobrevivirá a la política», disparó. También expresó sus deseos de -en caso de salir de prisión- hablar con la cúpula militar para entender el por qué del odio al PT, después de que su gobierno haya recuperado el presupuesto para las Fuerzas Armadas.

Lula también afirmó que sigue desde la prisión la pelea entre el presidente Bolsonaro y su vice, el militar Hamilton Mourão, y se manifestó «agradecido» con el segundo «por lo que hizo ante la muerte de mi nieto». Entonces, el general había defendido que la presencia del líder del PT en el funeral del pequeño era «una cuestión humanitaria».

El pequeño Arthur Araújo, de apenas 7 años, murió el primero de marzo pasado por una bacteria, un recuerdo que provocó el llanto del ex presidente de Brasil. «A veces pienso que habría sido mucho más fácil si yo hubiera muerto. He vivido 73 años, podría haber muerto y dejado vivir a mi nieto», aseguró.

Además, afirmó que Brasil tiene hoy «el nivel más bajo de política exterior» que vio en su vida». Y dijo, bromeando, que el ex canciller de su gobierno, Celso Amorim, tiene una deuda por haber dejado al actual canciller, Ernesto Araújo, hacer una carrera en Itamaraty, nombre con el que se conoce el ministerio de Relaciones Exteriores de su país.

Folha obtuvo la entrevista con Lula da Silva después de una serie de peleas judiciales, que se destrabaron el jueves cuando la policía finalmente habilitó el encuentro.

Infobae


Lula: durmo todo dia com a consciência tranquila. O Moro e o Dallagnol tenho certeza que não

Na primeira entrevista concedida desde que foi preso politicamente, em 7 de abril de 2018, o ex-presidente Lula reforçou sua inocência nesta sexta-feira 26 e disse dormir com a consciência tranquila, ao contrário do que acredita que seus algozes o façam. Ele afirmou, no entanto, que o que mais o preocupa na prisão é a situação do Brasil atualmente. Um trecho de oito minutos do vídeo foi publicado no site do jornal El País.

Aos jornalistas Florestan Fernandes Jr., do El País, e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que conseguiram autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para a entrevista, o ex-presidente disse que seu lugar é no Brasil, onde provará sua inocência a quem o condenou, uma «obsessão» sua.

«Muita gente achava que eu deveria sair do Brasil, ir para uma embaixada, fugir. E eu tomei como decisão que meu lugar é aqui. Eu tenho tanta obsessão de desmascarar o Moro, de desmascarar aqueles que me condenaram que eu ficarei 100 anos preso, mas não trocarei minha dignidade pela minha liberdade», declarou o ex-presidente.

«Eu tenho certeza que durmo todo dia com a minha consciência tranquila. Eu tenho certeza que o Dallagnol não dorme, que o Moro não dorme», disse ainda. «Eu vou trabalhar muito para provar a minha inocência e a farsa que foi montada». Ele ainda caçoou do atual ministro: «Sempre riram de mim porque eu falava ‘menas’. Agora, o Moro falar ‘conje’ é uma vergonha». Lula disse também acreditar que «Moro não sobrevive na política».

«Eu adoraria estar em casa, mas não faço nenhuma questão. Porque quero sair daqui com a cabeça erguida, como um inocente», prosseguiu. Eu penso que um dia as pessoas que irão me julgar estarão preocupadas com os autos dos processos, estarão preocupadas com as provas, e não com a manchete do Jornal Nacional».

Lula chorou ao falar sobre a morte do neto. «Seria tão mais fácil que eu tivesse morrido. Mas o que me mantém vivo? Eu tenho compromisso com este país».

Sobre a situação do País, disse que «não consegue imaginar os sonhos que teve para o Brasil» para agora ver a situação como está, sob o governo de Jair Bolsonaro. «O Brasil é governando por um bando de maluco», resume. «Eu sonhei grande e passei a ser um presidente muito respeitado. Eu virei referência», lembra Lula.

Brasil 247


Como foi a primeira entrevista de Lula após a prisão política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril de 2018 na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, concedeu na manhã desta sexta-feira (26) sua primeira entrevista à imprensa. A jornalista Mônica Bergamo, pela Folha de S. Paulo, e o jornalista Florestan Fernandes Júnior, pelo El País, entrevistaram a Lula durante duas horas.

Após a conversa, a jornalista Mônica Bergamo afirmou que “o presidente estava bem” e que falou sobre como está na prisão e sobre assuntos da política nacional e internacional. O ex-presidente, ainda segundo Bergamo, teria feito sua avaliação sobre o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Os jornalistas também fizeram fotos e vídeos durante a entrevista.

Tanto Bergamo quanto Fernandes Júnior elogiaram o atendimento na sede da PF. A jornalista da Folha de S. Paulo declarou também que a possibilidade de entrevistar o ex-presidente Lula na prisão deveria ser tratada como “algo mais natural”. “Tivemos que ir à justiça para garantir esse o que já deveria ter sido concedido há bastante tempo, mas finalmente agora fizemos a entrevista”, argumentou Bergamo.

Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu a decisão do ministro Luiz Fux que proibia Lula de conceder qualquer entrevista enquanto estivesse detido. Após a decisão, a PF divulgou um despacho afirmando que permitiria a presença de uma plateia de jornalistas na entrevista, em número que a sala de entrevistas comportasse com segurança, alegando querer atender aos inúmeros pedidos de entrevista que chegaram após a decisão do STF.

Entretanto, ainda na quinta-feira (25), o ministro Ricardo Lewandowski decidiu que somente o jornal Folha de S. Paulo e o jornalista Florestan Fernandes Júnior, que haviam tido seus pedidos de entrevista negados pela justiça ainda em outubro de 2018, durante o período eleitoral, poderiam entrevistar Lula.

A decisão de Lewandowski, relator do caso, correspondeu também à vontade dos advogados do ex-presidente que requisitaram que Lula concedesse às entrevistas de modo reservado e somente aos jornalistas com os quais desejasse conversar.

Brasil de Fato


VOLVER

Más notas sobre el tema