Brasil: miles de indígenas culminan tres días de marchas y acampe en defensa de sus derechos
Miembros de las comunidades indígenas de Brasil se movilizaron este viernes por la Explanada de los Ministerios en Brasilia (capital), tras participar durante tres días en el campamento Tierra Libre para exigir la defensa de sus derechos.
Más de 4.000 indígenas se reunieron al cierre de la jornada para debatir los argumentos finales del encuentro, que se realiza desde 2004 con el fin de reivindicar los derechos de estas poblaciones.
La corresponsal de teleSUR en Brasil, Danay Galletti, reportó que en la marcha en la explanada las personas «están protestando contra la división de la Fundación Nacional del Indio».
«Una de las partes pasaría al Ministerio pasaría al Ministerio de Agricultura, que es la encargada de demarcar, de crear nuevos asentamientos indígenas y ellos protestan contra esta decisión del Gobierno de Jair Bolsonaro», indicó.
Representantes de comunidades indígenas quienes participan en el Campamento Tierra Libre en Brasilia exigen frente al Ministerio de Justicia el respeto a su derecho a la tierra, educación y salud. También se pronuncian contra el ministro de esa cartera, Sergio Moro. @teleSURtv pic.twitter.com/3dkTvExgrd
— DanayteleSUR (@danaytelesur) April 26, 2019
Asimismo, otra parte del organismo pasaría a manos del Ministerio de la Mujer, la Familia y los Derechos Humanos, por lo que la rechazan.
La medida aún debe ser votada en el Congreso Nacional de Brasil
Acampamento Terra Livre: mães indígenas contam ao G1 sonhos e lutas pelo futuro das crianças
Mais de 4 mil indígenas participaram do Acampamento Terra Livre, em Brasília. De terça a sexta-feira (26), a Esplanada dos Ministérios foi palco de resistência e cultura. Entre o público, estavam centenas de mulheres que escolheram levar os filhos para viverem a experiência de protestar no centro do poder.
Em meio à luta por direitos, os cuidados maternos com os pequenos eram divididos com todos os «parentes» ali presentes. Afinal, como disse a jovem kaingang que veio do Rio Grande do Sul, «toda aldeia se empenha na proteção das crianças, elas são o nosso futuro».
Para falar sobre direitos e futuros desses povos, o G1 conversou com mulheres indígenas, mães e avós, presentes no ato. Ao todo, cerca de 150 etnias enviaram representantes para a 15ª edição do acampamento no DF.
Da etnia Kaingang, a jovem Jaqueline de Paula teve o primeiro filho aos 16 anos. Hoje, aos 20, ela participa pela segunda vez do Acampamento Terra Livre.
Para chegar na edição deste ano, a indígena enfrentou 2,1 mil quilômetros de estrada – do Rio Grande do Sul até o Distrito Federal. Desta vez, com a presença do filho, o pequeno Vitor, de 4 anos.
Apesar das dificuldades de viajar de ônibus e enfrentar quase dois dias de percurso, Jaqueline afirma que «vale a pena o esforço». A meta, segunda ela, é «buscar mais direitos pela demarcação de terras indígenas».
Jaqueline de Paula e o filho, Vitor, de 4 anos, no Acampamento Terra Livre, em Brasília — Foto: Marília Marques/G1
A aldeia onde a jovem vive com a família fica a mais de duas horas da capital do estado, Porto Alegre. No local não tem escola e nem postos de saúde, conta. Todo o atendimento de serviços básicos depende da estrutura de outras cidades da região.
Com as dificuldades, a indígena que não chegou a completar o ensino médio, se diz preocupada com o futuro do filho.
Jaqueline quer que o filho aprenda sobre as culturas do mundo, mas que também goste de estar entre seu povo.
«Não é a mesma coisa viver lá fora”, diz. “Lá dentro me sinto mais à vontade porque têm todos todos os parentes. Se saio, me sinto mal e insegura.»