Brasil: el gobierno divulgó video que niega el golpe de 1964 y hubo protestas contra la dictadura en todo el país

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Ejército salvó de la oscuridad a Brasil dice video gubernamental

La secretaría de Comunicaciones del Palacio de Planalto, la sede presidencial brasileña, divulgó vía celular un video a medios de prensa en el cual afirma que con el golpe de Estado de hace 55 años, el Ejército salvó a Brasil.

La acción militar que derrocó al entonces presidente João Goulart se dio por el momento de «oscuridad» que vivía Brasil, y que también era «tiempo de miedos y amenazas», en que los «comunistas prendían y mataban a sus compatriotas».

«Había miedo en el aire», «huelga en las fábricas», «inseguridad». El narrador dice, entonces, que Brasil «recordó» que «poseía un Ejército» y fue cuando el pueblo llamó por la acción de los militares, describe el sitio informativo Oglobo.com.

«El Ejército nos salvó, el Ejército nos salvó, no hay como negarlo, y todo eso sucedió en un día como hoy, un 31 de marzo, no se puede cambiar la historia», precisa.

La secretaría de Comunicaciones de la presidencia brasileña confirmó la divulgación del material desde el Palacio de Planalto, pero señaló que no habría comentarios.

En tanto, varias protestas fueron realizadas este domingo por organizaciones civiles y de derechos humanos en Brasilia, Río de Janeiro y Sao Paulo por el 55 aniversario del golpe militar de 1964.

El actual presidente brasileño Jair Bolsonaro, de gira en Israel, pidió «rememorar» en los cuarteles la fecha, pero no celebrarla.

Desde que el pasado lunes el vocero presidencial, Otávio Régo Barros, afirmó que el presidente pidió que el aniversario fuera conmemorado con «las celebraciones debidas» en los cuarteles, pero los llamados a manifestarse se multiplicaron.

Una juez prohibió el viernes las reivindicaciones del golpe que instauró una dictadura de 21 años, alegando que cualquier celebración de esa sublevación «no es compatible con el proceso de reconstrucción democrática». Su fallo, sin embargo, fue revertido el sábado por una corte de apelaciones.

Ante la controversia, Bolsonaro matizó sus propósitos y dijo que los actos en los cuarteles no serían para «conmemorar, sino para rememorar» este episodio de la historia brasileña, que se cerró en 1985 con el retorno de gobiernos democráticos.

Según un informe de la Comisión Nacional de la Verdad (CNV) -la versión oficial del Estado brasileño sobre el período- publicado en 2014, los «años de plomo» dejaron al menos 434 muertos y desaparecidos, un número de víctimas considerablemente menor al de otros países latinoamericanos como Chile (tres mil 200) o Argentina (30 mil, según organizaciones de la sociedad civil).

El Relator Especial de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) , Fabián Salvioli, emitió un comunicado para pedir al presidente Jair Bolsonaro reconsiderar las recomendaciones para celebrar este domingo el aniversario del golpe militar de 1964.

Todos los gobiernos democráticos brasileños han condenaron desde 1984 esas acciones de los militares. Incluso la expresidenta Dilma Rousseff -presa y torturada en el período- había prohibido en 2011 a las fuerzas armadas cualquier acto que celebrase el golpe.

Bolsonaro defiende la idea de que en 1964 no se instauró una dictadura, sino que se inició una «revolución», y asegura que los militares se hicieron cargo del gobierno que depuso al presidente Goulart y cerró el Congreso como respuesta a la «voluntad popular» que deseaba frenar la instauración de un gobierno socialista en Brasil.

Bolsonaro pasa el aniversario del golpe en Israel, a donde viajó el sábado en el marco de una visita oficial.

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Vídeo que nega o golpe de 1964 é distribuído em canal de comunicação do Planalto

O Palácio do Planalto divulgou neste domingo (31) um vídeo negando que um golpe de estado instaurou a ditadura militar no Brasil, ato que completou neste dia 55 anos. A Secretaria de Imprensa da Presidência confirmou que ele foi enviado em um grupo de WhatsApp para distribuição de informações a jornalistas, mas não soube dizer quem enviou para o canal. Também diz que o governo não produziu o vídeo nem soube dizer quem produziu.

O vídeo também foi postado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, no Twitter.

No vídeo, um homem não identificado fala de uma época em que havia no Brasil «um tempo de medo e ameaças» provocadas pelo comunismo. E que «jornais, rádios, TVs e principalmente o povo na rua» apelaram ao Exército.

O vídeo termina com a imagem da bandeira nacional e a inscrição «31 março» e um locutor afirmando que «o Exército não quer palmas nem homenagens. O Exército apenas cumpriu o seu papel»

Bolsonaro

O golpe de estado que instaurou a ditadura militar no Brasil em 1964 completou 55 anos neste domingo (31). Após o ato, iniciou-se um regime de exceção que durou até 1985. Nesse período, não houve eleição direta para presidente. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa.

De acordo com a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados. Em 2014, a comissão entregou à então presidente Dilma Rousseff um documento no qual responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa a produção de um documento com referências ao golpe de 1964 e que foi lido nos quartéis. A intenção, segundo o presidente, foi «rememorar» o fato e identificar pontos corretos e errados para o «bem do Brasil no futuro».

O texto afirma, sem mencionar «golpe militar», que a ascensão dos militares ao poder se deu para interromper «a escalada em direção ao totalitarismo».

O Instituto Vladimir Herzog e o Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) fizeram uma denúncia em caráter confidencial à Organização das Nações Unidas (ONU) do que definiram como «tentativa de modificar a narrativa sobre o golpe de 1964», que deu início à ditadura militar (1964-1985).

Na sexta (29), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido apresentado por parentes de vítimas da ditadura e pelo Instituto Vladimir Herzog para proibir comemorações sobre o golpe militar de 31 de março de 1964.

A Justiça Federal em Brasília chegou a proibir, seguindo um pedido da Defensoria Pública da União, que o golpe fosse celebrado pelas Forças Armadas. No entanto, outra decisão, também da Justiça Federal, liberou as comemorações.

Manifestações

Manifestações contra a ditadura ocorreram em várias cidades do Brasil neste domingo (31), como São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Belém. Houve manifestações menores a favor dos militares em Belo Horizonte e Goiânia.

Também neste domingo, mais de 50 organizações divulgaram uma nota de repúdio às declarações de Bolsonaro de rememorar o golpe de 1964, assim como a «tentativa de relativização e revisão histórica proposta pelo presidente».

«Que o dia 31 sirva para nos lembrar daquilo que não queremos repetir e para que possamos olhar para frente, imaginar e construir uma democracia que seja promotora de liberdades, mais plural e menos desigual», afirmara a nota, assinada por entidades como o Instituto Sou da Paz e Transparência Brasil.

G1


PT vai à Justiça contra divulgação de vídeo pró-ditadura pelo governo

O vídeo divulgado pelo Palácio do Planalto em comemoração ao golpe de 1964 pode colocar Jair Bolsonaro em maus lençóis. Segundo os deputados Paulo Teixeira e Gleisi Hoffmann, do PT, o partido vai à Justiça cobrar que o presidente seja responsabilizado.

“Vamos representá-lo no Supremo Tribunal Federal e na PGR por crime de improbidade”, disse Teixeira a CartaCapital. Gleisi Hoffmann, presidenta do partido, disse que a ofensiva também acontecerá dentro da Câmara. “Ele já havia sido alertado que não poderia pedir a comemoração do dia 31 de março. Recuou um pouco nas declrações, mas publica esse vídeo lamentável.”

Nesta domingo 31, o canal oficial do governo no WhatsApp divulgou um vídeo apócrifo, em que um senhor já idoso tece loas ao golpe militar. “O Exército salvou o Brasil”, diz o ator, sem qualquer menções às torturas e prisões políticas perpetradas pelo regime. Ele diz ainda que o movimento que levou os militares a tomarem o poder teria partido da mídia e do “povo de verdade — pais, mães, Igreja”.

Os petistas querem que o presidente responda por improbidade administrativa —quando um agente público contraria os princípios básicos da administração pública. O artigo 4º da Constituição considera crime de responsabilidade atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição e os. Esse tipo de infração é passível de impeachment.

Ambos participaram da Marcha do Silêncio, que anualmente presta homenagens aos mortos e desaparecidos da ditadura. A edição de São Paulo saiu por volta das 16h horas do Parque Ibirapuera.

Carta Capital


Milhares protestam contra a Ditadura Militar em várias cidades do País

Brasileiros e brasileiras saíram às ruas em várias cidades do País para manifestar repúdio contra o Golpe Militar de 1964, que completa 55 anos neste domingo, 31, e está sendo comemorado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Em São Paulo, uma manifestação ocorreu na Praça da Paz, no Parque do Ibirapuera. Com velas, flores e fotos das vítimas da violência estatal, os manifestantes fizeram uma caminhada silenciosa em direção ao Monumento pelos Mortos e Desaparecidos Políticos. Também na capital paulista hou manifestação no vão do Masp.

No Rio de Janeiro, os protestos conta a Ditadura Militar reuniram cerca de 4 mil pessoas na Cinelândia, região central da capital, segundo o site Brasil de Fato. Em Brasília, houve um manifesto contra a ditadura durante a manhã. Os organizadores dizem que foram 600 participantes e a Polícia Militar, 450.

Em Minas Gerais, manifestações aconteceram em Belo Horizonte e Uberlândia. Na capital, o ato contrário à ditadura reuniu centenas de pessoas na Praça da Liberdade, região centro sul da capital mineira.

Em Porto Alegre (RS), militantes políticos se reuniram no Parque da Redenção. O ato unitário teve como mote a defesa da ditadura e a repulsa a governos autoritários como o instaurado em 1964. Na ocasião foi inaugurada uma escultura em memória aos mortos e desaparecidos gaúchos e de todo Brasil.

Um grupo se reuniu em manifestação contra a ditadura na Rua da Aurora, no Centro do Recife. No Ceará, uma aula pública sobre ditadura reuniu cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores, na praia de Iracema, em Fortaleza.

Brasil 247


Brasil repudió 55 años del golpe militar que instauró una dictadura

Cientos de miles de brasileños salieron hoy a las calles en diferentes ciudades del país para repudiar los 55 años del golpe militar que instauró una dictadura que se extendió por 21 años.

Después de años sin distinción en la sociedad, la fecha se hizo notable tras el lunes comunicar el presidente Jair Bolsonaro su propósito de conmemorar el golpe en los cuarteles, anuncio que hizo emerger la polémica y hasta la justicia tuvo que pronunciarse al respecto.

Bajo gritos de Dictadura nunca más, frase que se escuchó en todas la manifestaciones, un acto se realizó en Brasilia, donde la diputada federal Erika Kokay, del Partido de los Trabajadores (PT), criticó la falta de respeto del gobierno contra las víctimas de un régimen que causó más de 400 muertes y desaparecidos.

Una marcha por memoria, verdad y justicia recorrió calles de esta capital, donde también se percibieron manifestaciones artísticas para recordar el horror de las torturas que marcaron el periodo dictatorial.

El PT organizó en Curitiba, capital del sureño estado de Paraná, un acto en la Feira do Largo da Ordem.

‘No podemos aceptar que el Gobierno exalte un momento sombrío de nuestra historia, marcado por torturas, persecuciones políticas, ausencia de democracia y corte de derechos de la clase trabajadora’, afirmó André Machado, presidente del PT en Curitiba, sede de la unidad de la Policía Federal donde cumple prisión desde abril el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para que no se repita, señaló Machado, ‘tenemos que rechazar la dictadura y denunciar los absurdos autoritarios de ese gobierno’.

Calificó de inaceptables las alegaciones sobre la dictadura que hizo Bolsonaro, quien considera que no hubo tal régimen y cambió finalmente el verbo conmemorar por rememorar.

En Río de Janeiro, cuatro mil personas participaron en una protesta y en Sao Paulo el acto de repudio se celebró en la Plaza de la Paz, en el Parque del Ibirapuera.

Con velas, flores y fotos de las víctimas de la violencia, los manifestantes hicieron en ese último estado una caminata silenciosa hacia el Monumento por los Muertos y Desaparecidos Políticos.

Mientras que en Porto Alegre, capital del estado de Río Grande del Sur, militantes políticos de izquierda se reunieron en el Parque de la Redención.

Durante el acto hubo repulsa a gobiernos autoritarios como el instaurado en 1964. En la ocasión se inauguró una escultura en memoria a los muertos y desaparecidos gauchos y de todo Brasil.

En el estado de Ceará (noreste), una clase pública sobre dictadura reunió a unas 500 personas, según los organizadores, en la playa de Iracema, en Fortaleza.

Por su parte en Minas Gerais (noreste), manifestaciones ocurrieron en Belo Horizonte, en la Plaza de la Libertad, y en Uberlândia.

El golpe militar del 31 de marzo de 1964 depuso al presidente João Goulart, legítimamente elegido por el voto popular, y estableció una dictadura.

Según analistas, el terrorismo de Estado ejecutado por ese régimen, tuvo el mando del alto escalón de las Fuerzas Armadas y fue financiado directamente por empresarios y entidades, que se beneficiaron con el gobierno golpista y actualmente están en la élite económica del país y en la estructura del Ejecutivo.

Prensa Latina


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