Brasil: Eduardo Bolsonaro se reunió con líderes de la extrema derecha en Europa

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Matteo Salvini le obsequió al hijo de Jair Bolsonaro una copia de la polémica ley de legítima defensa italiana

El ministro del Interior de Italia, el ultraderechista Matteo Salvini, regaló el viernes en Milán a Eduardo Bolsonaro, hijo del presidente brasileño, Jair Bolsonaro, una copia de la polémica ley de legítima defensa italiana para que inspire el proyecto que quiere aprobar el mandatario brasileño.

Salvini y Eduardo Bolsonaro mantuvieron una reunión en la sede milanesa del consulado carioca y después ofrecieron una rueda de prensa conjunta, que fue retransmitida por el ministro italiano en sus redes sociales.

Salvini regaló a Eduardo Bolsonaro una copia de la controvertida ley de legítima defensa que ha aprobado recientemente Italia y que permite repeler un asalto a un domicilio con el empleo de un arma legal.

La intención, ha explicado Salvini, es que sirva de inspiración para el proyecto que quiere impulsar Bolsonaro en el país.

El hijo del presidente brasileño reconoció que su padre quiere aplicar una medida «similar» a la promovida por Salvini y confió en que «el parlamento brasileño apruebe» esta ley próximamente.

Eduardo Bolsonaro subrayó que «el mundo está cambiando», tras los triunfos de su padre en Brasil o de Donald Trump en Estados Unidos, y vaticinó que también líderes populistas vencerán en los países europeos.

En esta línea, Salvini recordó que está trabajando para que los partidos euroescépticos de derechas de la Unión Europea (UE) se alíen y sean la fuerza más votada en las elecciones al Parlamento Europeo del próximo mayo.

«Tenemos la posibilidad de cambiar Europa y construir una Europa fuerte, que defienda las fronteras», argumentó el ministro italiano y también vicepresidente del Gobierno del país.

Finalmente, Salvini agradeció al Gobierno brasileño la extradición del italiano Cesare Battisti, antiguo miembro del ya desaparecido grupo terrorista Proletarios Armados por el Comunismo (PAC) condenado por terrorismo.

«Tenemos que dar las gracias al presidente brasileño y al pueblo brasileño porque hemos esperado 37 años y para Italia fue un gran día, porque finalmente Battisti está en la cárcel. (…) Es el comienzo de un camino que permitirá que vuelvan a Italia muchos terroristas y delincuentes», apuntó el líder de la Liga.

Battisti, de 64 años, fue extraditado a Italia el pasado 14 de enero, tras 37 años de huida, directamente desde Bolivia, donde fue capturado tras haberse fugado un mes antes de Brasil, donde vivía desde 2004.

Infobae


Eduardo Bolsonaro reúne-se com líderes da extrema direita europeia

Em viagem na Europa para encontrar líderes de partidos de extrema direita, nesta sexta-feira 19 o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) reuniu-se com o vice-premiê e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, na sede do Consulado Geral do Brasil em Milão.

Participou do encontro, transmitido ao vivo no Facebook, o deputado ítalo-brasileiro Roberto Lorenzato, do partido da Liga, ultranacionalista, que também se improvisou como tradutor.

Durante a transmissão, que durou quase sete minutos, eles falaram da expansão do populismo de direita no mundo, das políticas liberais e dos valores conservadores, do caso de Cesare Battisti, extraditado em janeiro passado do Brasil para a Itália, do porte de armas para legítima defesa recentemente aprovado na Itália, das eleições para o Parlamento Europeu, que vão acontecer em maio, e da restrição aos imigrantes.

Salvini agradeceu pela extradição de Salvini e comentou a lei que permite a legítima defesa de quem tiver sua casa ou local de trabalho invadido, sem falar em armas.

Brasileiros descendentes de italianos

Ao falar da imigração, Eduardo Bolsonaro cometeu uma gafe ao confundir jus sanguinis com jus soli. Jus sanguinis é um termo em latim que significa “direito de sangue” e garante ao indivíduo a cidadania de um país por meio de sua ascendência. Enquanto jus soli, do latim “direito de solo”, dá ao indivíduo o direito à nacionalidade do lugar onde nasceu.

Na Itália prevalece o direito de cidadania só por parentesco (jus sanguinis) uma politica defendida pela Liga. A lei italiana estabelece que um filho de um estrangeiro que nasce no país só pode obter a cidadania após completar 18 anos.

Eduardo Bolsonaro disse que apoia as políticas restritivas contra a imigração, que o primeiro-ministro Viktor Orbàn aplica também na Hungria, e perguntou a Salvini: “O que os brasileiros podem esperar da dupla cidadania? Já que tem uma comunidade em torno de 30 milhões de brasileiros descendentes de italianos. Não que eles desejam ter esta cidadania, mas eles se sentem um pouco italianos. Então o que o brasileiro pode esperar desta questão do jus sanguinis? Vocês são a favor somente do jus soli, ou concordam que o jus sanguinis é uma maneira de reconhecimento da nacionalidade italiana?”

Percebendo a confusão do termo, o deputado Roberto Lorenzato corrigiu na tradução.

Ao responder, Salvini ressaltou que os únicos imigrantes que interessam são os descendentes de italianos no mundo, citando especificamente brasileiros, argentinos e europeus.

“Esquerda apavorada”

Lorenzato aplaudiu dizendo que é uma grande notícia. Salvini e Lorenzato aproveitaram a transmissão na internet para fazer campanha para as eleições europeias em maio.

“Salvini conta com todos vocês no Brasil. A italianada que ligue para os seus parentes na Itália para votar na Liga”, exclamou Lorenzato.

Ainda sobre as eleições, Salvini disse que “a esquerda vai ficar apavorada” quando saírem os resultados.

Antes de se reunir com Salvini, Eduardo Bolsonaro, nesta sexta-feira, encontrou-se também com Alberto Torregiani, que teve o pai assassinado por Cesare Battisti e que se tornou paraplégico no atentado. Ontem, o deputado do PSL visitou a Hungria de Viktor Orbán.

Carta Capital


Eduardo Bolsonaro afina discurso com líderes de extrema direita de Hungria e Itália

Com a missão de reforçar a cruzada contra o socialismo no mundo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, visitou, nesta semana, dois países que têm à frente governos ligados à extrema direita: a Hungria e a Itália . E aproveitou para afinar o discurso com o premier húngaro, Viktor Orbán, e o vice-premier italiano Matteo Salvini, criticando tanto o bilionário George Soros, desafeto de Orbán, como a imigração, ponto-chave na plataforma de Salvini.

O objetivo da viagem é dar continuidade ao chamado Movimento, idealizado pelo americano Steve Bannon, ex-estrategista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para criar um bloco ultraconservador na Europa.

Eduardo Bolsonaro passou um dia e meio na Hungria. Na quinta-feira, foi recebido por Orbán. Em uma rede social, o deputado disse ter aprendido com Orbán, principalmente, sobre cultura e «trato com a imprensa sem politicamente correto». Ao falar sobre o encontro, o parlamentar mencionou o bilionário húngaro-americano George Soros, dono de uma instituição que financia projetos de direitos humanos no mundo e o inimigo número um de Orbán. No ano passado, a Fundação Open Society de Soros pôs fim a décadas de presença na Hungria alegando perseguição por parte do governo.

«[Assim como Orbán] Nós também não gostamos do George Soros, bilionário que financia movimentos que desafiam as culturas ocidentais, pró-aborto por exemplo», destacou Eduardo Bolsonaro.

Recentemente, o Partido Popular Europeu (PPE) — sigla de centro-direita que detém a maior bancada no Parlamento da União Europeia — suspendeu o Fidesz, legenda comandada por Orbán, em função de suas políticas contra a liberdade de expressão e de seus frequentes ataques contra líderes do bloco europeu.

Nesta sexta-feira, Eduardo passou cerca de quatro horas com o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, da Liga. Ao lado do italiano, o parlamentar brasileiro reforçou a razão das viagens que vem fazendo a vários países, que tiveram início no fim do ano passado, em uma visita aos EUA, passando por Colômbia e Chile.

— Ele [Salvini] é uma das pessoas que melhor representam esse movimento de direita que está ocorrendo no mundo inteiro. Se nós olharmos as mudanças que estão acontecendo do socialismo para uma economia mais liberal e com valores conservadores, temos (Jair) Bolsonaro no Brasil, (Donald) Trump nos EUA, o grande Benjamin Netanyahu, que venceu a eleição em Israel e, na Europa, Orbán e Matteo Salvini – afirmou, em vídeo divulgado na internet.

O deputado conversou sobre a nova lei italiana que permite o uso de armas de fogo pelos cidadãos em legítima defesa, as medidas migratórias tomadas pelo governo daquele país e pediu desculpas pelos 37 anos em que Cesare Battisti, acusado de ter cometido vários homicídios na Itália, ficou no Brasil. Como resposta, Salvini agradeceu ao governo e ao povo do Brasil e aproveitou para pedir que os brasileiros descendentes de italianos liguem para seus parentes na Itália e recomendem voto na Liga nas eleições europeias de maio.

— Para ajudar a mudar a Europa, criar uma Europa forte em que a esquerda finalmente sairá das instâncias de poder — disse.

Eduardo Bolsonaro também conversou com Alberto Torregiani, vítima cadeirante de Cesare Battisti. O italiano relatou ter sido atingido por um disparo em um atentado idealizado por Battisti para assassinar seu pai.

O deputado do PSL promoveu, em dezembro passado, em Foz do Iguaçu (PR), a 1ª Cúpula Conservadora das Américas, em contraposição ao Fórum de São Paulo – uma organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, criada em 1990. Com a presença de representantes de vários países, entre os quais EUA, Hungria, Chile, Colômbia e Paraguai, o evento teve como tema principal «Um novo rumo ao mundo».

O Globo


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