Brasil: Bolsonaro destituyó al ministro de Educación Ricardo Vélez Rodríguez y nombró en el cargo a Abraham Weintraub

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Brasil: Bolsonaro confirma a nuevo ministro de Educación a través de Twitter

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, anunció un nuevo cambio en su gabinete, esta vez fue el turno del ministerio de Educación que estará presidido por el profesor de la Universidad Federal de Sao Paulo, Abraham Weintraub, en reemplazo de Ricardo Vélez Rodríguez, quien fue nombrado en la cartera en noviembre del año pasado.

La medida fue anunciada a través de Twitter por el mandatario, quien destacó la carrera del nuevo secretario de Estado. “Es doctorado, profesor universitario y tiene una amplia experiencia en gestión y el conocimiento necesario para la cartera”, preciso el diputado del Partido Social Liberal (PSL).

Posteriormente corrigió la información señalando que “Abraham posee una maestría en finanzas de FGV y un MBA Ejecutivo Internacional de OneMBA”.

Además aprovecho en la publicación de agradecer a Vélez “por los servicios prestados”.

El secretario de Estado saliente es de origen colombiano y radicado en Brasil desde 1970. Trabajo como profesor de filosofía en la Universidad Federal de Juiz de Fora y es conocido por ser opositor al Partido de los Trabajadores (PT).

La salida de Vélez estaba prevista debido a múltiples problemas al interior de la cartera como la definición de programas educativos, entre otros. Incluso el día viernes, Bolsonaro había adelantado que trataría el tema y anunciaría medidas.

Weintraub se desempeña actualmente como secretario ejecutivo de la Cámara Civil. De acuerdo a diario brasileño Folha do Sao Paulo, el médico se reunió con el mandatario el día domingo, pero esperaba que fuera designado en el cargo.

El cambio en el gabinete se da un día después del sondeo presentado por Datafolha, que muestra que Bolsonaro es el líder con peor evaluación desde el regreso de la democracia al país en 1985. De acuerdo al sondeo, el 30% de los encuestado considera que el desempeño del mandatario es “pésimo o malo”.

El anunció a través de Twitter, es de un estilo similar al que suela usar el presidente de EE.UU. , Donald Trump, quien ha anunciado varios cambios en su gabinete a través de la misma red social. Siendo el más reciente, la salida de Kirstjen Nielsen como secretaria de Seguridad Nacional el día domingo.

El mandatario estadounidense aprovecho que explicar que Kevin McAleenan, comisionado de la Oficina de Aduanas y Protección Fronteriza, se convertirá en director interino del departamento.

Nielsen era conocida como la autoridad que concretó la polémica medida de la separación de las familias migrantes en la frontera.

La Tercera


Abraham Weintraub: saiba quem é o novo ministro da Educação

O economista Abraham Weintraub é o novo ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro. Ele foi anunciado nesta segunda (8) após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez. Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil, cargo considerado o «número 2» da pasta de Onyx Lorenzoni.

Antes de ir para o MEC, Weintraub atuou na equipe do governo de transição de Bolsonaro. Junto com o irmão, Arthur, foi responsável por propostas para a área de Previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro por Lorenzoni.

De acordo com o colunista do G1 Valdo Cruz, a nomeação de Weintraub funciona como uma solução de meio termo para apaziguar os ânimos de militares e do escritor Olavo de Carvalho, que disputavam nos bastidores quem iria fazer o sucessor de Ricardo Vélez Rodríguez, segundo assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro (leia mais abaixo).

Uma das maiores críticas a Vélez era sua falta de capacidade de gerenciar o ministério, pasta sobre a qual ele nunca teve total autonomia.

Weintraub substitui Vélez após pouco mais de 3 meses de uma gestão marcada por diversas controvérsias e recuos.

Houve ao menos 14 trocas em cargos importantes na pasta, editais publicados com incongruências, e que depois foram anulados, além de frases polêmicas de Vélez, que levaram a críticas.

Ameaças

O ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni conheceu os irmãos Weintraub em um seminário internacional sobre Previdência realizado em 2017 no Congresso Nacional. Nesta mesma ocasião, apresentou os dois ao presidente Jair Bolsonaro.

Em 2018, ainda deputado, Onyx Lorenzoni fez uma requisição de audiência pública para analisar denúncias de agressões, ameaças e perseguições contra os irmãos Arthur e Abraham Weintraub.

De acordo com o documento, o motivo seria a participação deles no evento.

De acordo com o requerimento, os centros acadêmicos dos cursos de Economia e Relações Internacionais do campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) publicaram uma nota de repúdio contra os irmãos. O documento diz, ainda, que os irmãos foram atacados em rede social e teriam sofrido ameaças de morte. O requerimento diz, também, que a Unifesp não tomou providências contra os estudantes.

“A postura da Unifesp frente aos seus dois docentes no episódio relatado, no entanto, mostrou-se compatível com o processo de perseguição que vem sendo imposto aos mesmos, em razão de seus posicionamentos políticos, ideológicos e do trabalho científico que desenvolvem, pela própria instituição”, diz o texto.

«A doutrinação político-partidária nas universidades públicas as tem transformado, de espaço plural de educação, formação, ciência, estudo, pesquisa e integração social; em verdadeiros guetos ideológicos, dominados por arautos de verdades únicas, obscurantismo e negação de processos históricos que, valendo-se de um desvirtuado conceito de autonomia universitária, pretendem impor suas ideias e concepções e mundo sem o cotejo do contraditório», escreveu Onyx no requerimento.

Frases

Em 2010, Weintraub publicou um artigo de opinião com o título «2025: o apogeu brasileiro» no jornal Valor Econômico. “(…) Enfim, ao redor do ano 2025 o Brasil viverá seu apogeu. Não seremos a fagulha do renascimento libertário econômico ou político, tampouco um vetor obscurantista. Nessa idade de incertezas, o Brasil, moreno faceiro, é um país inteligente o bastante para não ser radical. Historicamente, nossos movimentos são suaves. Há uma deterioração mundial, mas aqui ela é marota, quase imperceptível. Além disso, tendemos a entrar tarde em qualquer ciclo, sendo que a inércia do antigo capitalismo ocidental ainda nos gera uma dinâmica positiva”, escreveu.

Currículo

Abraham Weintraub é formado em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo (1994). Apesar de ter sido apresentado como «doutor» pelo presidente Jair Bolsonaro, ele é mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na iniciativa privada, trabalhou no Banco Votorantim por 18 anos, onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio na Quest Investimentos.

G1 Globo


Novo ministro da Educação é tão obscurantista quanto Vélez Rodriguez

Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando no órgão. Abraham Weintraub, ligado ao mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para «derrotar a esquerda». Sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Foi demitido e seguiu para a Quest Corretora. Depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Abraham e seu irmão Arthur Weintraub, também da Unicesp, atuam em dupla no interior do bolsonarismo. Os dois chegaram a defender a luta contra uma suposta tentativa de transformar o Brasil numa grande Venezuela. «Durante o século XX, mais da metade das pessoas do mundo viveram sob alguma forma de terror. Hoje, a América do Sul, e o Brasil em particular, faz parte do espaço vital de uma estratégia clara para a tomada de poder por grupos totalitários socialistas e comunistas», diz Abraham. «Eu não acreditava nisso. Achava que era teoria da conspiração. Todavia, está tudo documentado! O Foro de São Paulo é uma realidade! As FARC eram convidadas de honra. O crack foi introduzido no Brasil de caso pensado. Vejam os arquivos, está na internet!». Seus relatos foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O novo ministro também se envolveu em um conflito com estudantes da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, onde ele ensinava junto com o irmão Arthur Weintraub. A polêmica veio após Jair Bolsonaro publicar, em novembro passado, um texto nas redes sociais assinado pelos Weintraub, que defendia a independência do Banco Central.

«Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada», dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais – os representantes de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Atuariais não se posicionaram.

Os irmãos rebateram dizendo achar impressionante que os estudantes de Economia os dessem «lição de moral». Segundo os Weintraub, os alunos deveriam deixar «de ser ridículos» e ter vergonha «por puxar a nota do campus lá para baixo». Os dois professores também afirmaram que os jovens que aguardavam «ansiosamente pela Ditadura do Proletariado».

Brasil 247


Petistas se preocupam com um economista na gestão do MEC: a educação continua sem perspectivas

“O ministro Ricardo Vélez Rodrigues caiu, mas a educação continua sem perspectivas”. Essa afirmação do deputado José Guimarães (PT-CE) resume bem a avaliação de parlamentares da Bancada do PT, que usaram as redes sociais para comentar a troca do comando do Ministério da Educação. Sai Vélez e entra Abraham Weintraub. “A demissão do ministro da educação veio tarde, mostra o total despreparo deste governo. O novo cotado para assumir a pasta, Weintraub, defende as teorias do Olavo de Carvalho para destruir a esquerda. Não existe projeto!”, protestou Guimarães.

Para o deputado Helder Salomão (PT-ES), Bolsonaro escancarou de vez! “Quer mesmo privatizar a educação pública no Brasil escolhendo o economista Abraham Weintraub, representante do mercado, para o Ministério da Educação”. Ele ainda citou o perfil do novo escolhido: “É economista, possui experiência em carreira bancária e mercado financeiro. Foi sócio de um banco de investimentos, diretor do Banco Votorantim e conselheiro financeiro. Assim como eu, você deve estar se perguntando se ele entende de educação”, criticou em sua rede social.

O deputado Bohn Gass (PT-RS), em sua rede social, reforçou que a demissão de Vélez era dada como certa. “Mas o ministério, um dos mais importantes e com mais dinheiro, passa a ser a joia da coroa no balcão de negócios aberto para aprovação do pacote anti-Previdência de Bolsonaro. Estaremos de olho”, avisou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) também manifestou preocupação com o perfil do novo ocupante da pasta. “Um privatista no MEC. É a raposa tomando conta do galinheiro!”, criticou.

Na avaliação da deputada Margarida Salomão (PT-MG), a política de Bolsonaro segue sua obscura “lógica”: “Requisito para ser ministro da Educação do governo Bolsonaro é não entender nada de educação”, afirmou em sua rede social. E o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) completou: “Sucateamento da educação agora sob nova direção”.

“Até que enfim caiu o Vélez!”, comemorou o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) em sua conta no Twitter. “Vamos ver se agora Bolsonaro consegue ir além e estimular um plano de verdade para a educação porque, até agora, falou muito e não fez absolutamente nada”, acrescentou o deputado, destacando sua preocupação com o setor: “Antes era a um “lunático”, agora a educação está entregue aos bancos”.

Demissão não era fake news

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), ironizou na sua conta no Twitter: “Então não era fake news a demissão do Ricardo Vélez e o mentiroso compulsivo Jair Bolsonaro estava mentindo mais uma vez?”. E provocou: “A turma que está usando essa tag #EuAprovoBolsonaro passa a vergonha no crédito ou no débito?”.

Paulo Pimenta se refere ao desmentido de Bolsonaro ao furo jornalístico de uma colunista que anunciou que Vélez seria demitido, logo após a participação desastrosa do ministro na audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, no dia 27 de março. Em sua rede social Bolsonaro disse que era vítima de fake news para desgastar o governo. Nesta segunda-feira (8) o presidente, que governa por redes sociais, demitiu Vélez e anunciou o substituto por Twitter.

Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), Bolsonaro não quis dar o braço a torcer para a jornalista e demitiu Vélez com 2 semanas de atraso. “Nem deveria ter nomeado! A Educação precisa de pessoas que democratizem o acesso, ampliem as universidades, e não de um MEC promotor de notas bizarras”, afirmou em sua conta no Twitter.

Sobre o substituto de Vélez, o deputado do PT baiano disse que Weintraub não tem o menor trato com a pauta da educação. “Já no mercado financeiro possui os dois pés fincados, o que é perigoso diante das tentativas de privatização das universidades. Bolsonaro apenas realizou um puxadinho da Casa Civil no MEC”, alertou.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também usou de ironia sobre a demissão: “O ministro da Educação foi demitido? Será que agora é verdade ou isso é mais do mesmo desse desgoverno?”. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) completou: “Ué, mas Bolsonaro não disse que era fakenews? Não vai desmentir?”.

E o deputado Afonso Florence (PT-BA) reforçou: “Esta estava prevista. A pergunta é: quem é o próximo?”, ironizou.

Gestão desastrosa e sem planejamento

Para o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), só em um “governo insano” como este, alguém deste perfil – se referindo a Vélez – é nomeado para ministro da educação. “Só em um governo débil um ministro desse permanece por 3 meses, resumo: Foi tarde, quem nunca deveria ter estado à frente da pasta mais importante do Brasil”. O deputado ainda fez um organograma da desastrosa atuação do ministro, que começou afirmando que brasileiro é canibal e rouba no exterior, passando pela determinação filmar os alunos cantando o hino nacional, revisar os livros didáticos sobre o golpe militar de 64, até a troca de 14 cargos importantes no Ministério da Educação.

Em outro tuite Zeca Dirceu criticou o nomeado para comandar o Ministério da Educação. “Abraham Weintraub é ligado ao mercado financeiro e com 20 anos de atuação no setor bancário. Não resta dúvida sobre para onde ele vai mirar seu trabalho no MEC. O plano do governo é esvaziar investimentos públicos e tentar privatizar nosso ensino”, denunciou.

Em sua conta no Twitter, a Professora Rosa Neide (PT-MT) enfatizou que a exoneração de Ricardo Vélez é o resultado de um ministério sem planejamento e desorganizado. “São quatro meses perdidos. Não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar”.

Já o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) observou que quem assume o MEC se preparou a vida inteira para atuar no mercado financeiro. “Que tenha a humildade que Bolsonaro e Vélez não têm: Ouvir quem trata de educação”. Ele alertou ainda que não há perda maior para o futuro do Brasil do que 4 anos parados em relação a educação.

E a deputada Marília Arraes (PT-PE) disse que a escolha de alguém do mercado financeiro para comandar o MEC prova o descaso do governo com a Educação. “O que esperar de um presidente que trata direitos constitucionais como negócio?”, indagou.

Na avaliação do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) entre todas e todos os educadores brasileiros, Bolsonaro escolheu Vélez Rodrigues como primeiríssima opção. “Seguindo a lógica, o seu ‘plano B’ pode ser ainda pior, mas Vélez merecia ser demitido de um cargo que jamais deveria ter assumido”, afirmou.

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a demissão de Ricardo Velez é a prova cabal de que “a agitação ideológica de Bolsonaro não dá conta de governar o País”.

O deputado Carlos Veras (PT-PE) lamentou que só depois de 100 dias de desmandos na área da Educação, com consequências terríveis para o povo brasileiro, Bolsonaro resolve demitir ministro da pasta.

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