Brasil: allanamientos contra «fake news» que vinculan al presidente del máximo tribunal con Odebrecht

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Censura y allanamientos en la Corte Suprema

Una tormenta institucional sacudió hoy a Brasil luego de que la máxima corte del país decidió aplicar la censura contra dos portales de noticias vinculados al mercado financiero y el allanamiento de la casa de un general retirado aliado del presidente Jair Bolsonaro, acusado de conspirar contra el tribunal.

El caso provocó la reacción contra la Corte de parte del arco político, pero también movió los cimientos del poder militar que forma parte del gobierno del ex capitán Bolsonaro, abiertamente crítico al perfil “garantista” de parte del Supremo Tribunal Federal (STF). Pero todo se archivó en las pocas horas, con ribetes de escándalo institucional, cuando la fiscal general, Raquel Dodge, acusó a la Corte de haber actuado fuera del procedimiento, es decir, de hacer la instrucción sin el Ministerio Público.

El juez del Superior Tribunal Alexandre de Morais ordenó ayer ocho allanamientos contra “fake news” u operaciones de prensa contra el presidente del máximo tribunal, Antonio Dias Toffoli, luego de que mandara censurar una nota supuestamente inverosímil a los portales digitales Crusoé y O Antagonista, propiedad de la agencia financiera Empiricus. Además, bloqueó las redes sociales de los investigados por “contenidos de odio y subversión del orden público”. Estos medios divulgaron información calificada en poder de los fiscales de la Operación Lava Jato de Curitiba sobre una declaración que vinculaba a la empresa Odebrecht con Toffoli, en la cual no se detecta ni se habla de asuntos ilegales.

“Lo que está pasando va más allá de la censura”, fustigó el vicepresidente y general Hamilton Mourao. Uno de los allanamientos fue en la casa de un general retirado, Paulo Chagas, quien contó sobre el operativo en las redes sociales. Chagas es un conocido crítico de la Corte y fue candidato del presidente Bolsonaro a gobernador del Distrito Federal de Brasilia.

Dirigentes parlamentarios de la oposición y el oficialismo denunciaron censura por obligar a borrar, so pena de tener que pagar unos 30.000 dólares diarios, la notas sobre Toffoli.

El caso se enmarca en las disputas de doctrina crecientes entre la Operación Lava Jato –fiscales de primera instancia, Policía Federal y el hoy ministro Sérgio Moro– y parte del Supremo Tribunal Federal, que le puso un freno a los poderes extraordinarios con los que goza el equipo anticorrupción desde 2014.

Página 12


PF faz busca e apreensão em casa de militares que tentam intimidar STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou à Polícia Federal o cumprimento de mandados de busca e apreensão de documentos na residência de suspeitos de estarem por trás de divulgações críticas contra o tribunal, incluindo os demais ministros que compõem o colegiado, por meio de notícias falsas (fake news). Ainda não se sabe o total de suspeitos incluídos na lista e até agora, a Polícia Federal e o STF se pronunciaram. Sabe-se, porém, que o principal alvo, esta manhã (16,) foi o general da reserva Paulo Chagas, que há mais de um ano tem dado declarações duras sobre o Judiciário.

O general tem feito, nos últimos tempos, postagens sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmado que se os ministros superiores decidirem pela soltura de Lula o tribunal ficará fragilizado, dentre outras postagens em tons mais ácidos. As declarações têm sido vistas por vários políticos, parlamentares e juristas como tentativa de inibir a atuação dos magistrados da mais alta Corte do país.

A busca e apreensão realizada na madrugada de hoje se deu pela divulgação, nos últimos dias, de que o empresário Marcelo Odebrecht teria juntado em um dos processos contra ele na Justiça Federal em Curitiba, documento no qual afirma que um personagem mencionado em e-mail como o «amigo do amigo do meu pai», seria o atual presidente do STF, Dias Toffoli, que na época era advogado-geral da União.

Ontem, Alexandre de Moraes determinou ao site O Antagonista e à revista Crusoé a retirada do ar de reportagens e notas que citam o presidente da Corte, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 100 mil pelo descumprimento. Moraes também mandou a Polícia Federal ouvir os responsáveis pelo site e pela revista em até 72 horas.

O ministro é relator de um inquérito que foi aberto em março com o objetivo de apurar notícias fraudulentas que possam ferir a honra dos ministros ou vazamentos de informações sobre integrantes do STF.

No seu Twitter, o general Paulo Chagas contou o episódio e ironizou que foi «honrado» com a ação de busca e apreensão na sua casa. Disse ainda: «Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebê-los pessoalmente».

Rede Brasil Atual

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