Brasil: ya son dos los futuros ministros de Bolsonaro investigados por corrupción
Corte Suprema de Brasil aprueba investigación de futuro jefe de gabinete de Bolsonaro
La Corte Suprema de Brasil dijo el martes que autorizó una investigación federal de las acusaciones de que el futuro jefe de gabinete del presidente electo, Jair Bolsonaro, recibió donaciones ilegales de campaña.
La fiscal general, Raquel Dodge, pidió al alto tribunal que permita una investigación sobre si Onyx Lorenzoni, un veterano congresista federal que será jefe de gabinete de Bolsonaro, aceptó donaciones ilegales de campaña por parte de la mayor compañía cárnica mundial, JBS SA.
Lorenzoni dijo en un comunicado que no está preocupado por el caso y está seguro de que será rechazado.
En un testimonio judicial presentado el año pasado, ejecutivos de JBS dijeron que realizaron pagos por 200,000 reales (52,290 dólares) a Lorenzoni entre 2012 y 2014, según documentos judiciales a los que tuvo acceso Reuters.
El testimonio formó parte de un acuerdo con fiscales que llevó a que J&F Investimentos SA, el holding que controla JBS, pagara una multa récord de 10,300 millones de reales por sobornos a unos 1,800 políticos a todos los niveles en los últimos años en Brasil.
Uno de los futuros colegas de gabinete de Lorenzoni, Sergio Moro, que será ministro de Justicia y que como juez lideró una gran investigación contra la corrupción política, dijo el martes que confía plenamente en Lorenzoni. Según dijo, es un fuerte defensor de las medidas anticorrupción que los fiscales querían que aprobara el Congreso.
La investigación es la segunda acusación de soborno contra un alto cargo del futuro gobierno del ultraderechista Bolsonaro, quien fue elegido al frente de una plataforma de ley y orden y ha prometido poner fin a la amplia corrupción política.
La semana pasada, la policía federal abrió una investigación contra Paulo Guedes, futuro ministro de Economía, para determinar si cometió un fraude ligado a fondos de pensiones de firmas bajo control estatal. Los abogados de Guedes argumentan que no hizo nada ilegal.
Fachin autoriza abertura de processo sobre caixa dois para Onyx
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a abertura de um processo para apurar o suposto recebimento de doações de campanha não declaradas – caixa dois – envolvendo o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, e a empresa J&F, proprietária do frigorífico JBS.
A abertura do procedimento foi feita a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e trata-se de uma fase preliminar. A partir de agora, a PGR deverá promover diligências e analisar o caso com maior atenção antes de decidir se leva as investigações adiante e encaminha um pedido para a abertura de inquérito.
De acordo com a delação de ex-executivos da J&F, Lorenzoni teria recebido dois repasses em espécie no valor de R$ 100 mil, um em 2012 e outro em 2014, a título de caixa dois. O deputado já admitiu publicamente ter recebido o repasse mais recente, sobre o qual pediu desculpas, mas sempre negou o mais antigo.
Foram abertos procedimentos para apurar o recebimento de caixa dois também pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Alceu Moreira (MDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS), Zé Silva (SD-MG) e Marcelo Castro (MDB-PI), bem como pelos senadores Wellington Fagundes (PR-MT), Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Ciro Nogueira (PP-PI).
Fachin, relator dos processos da Lava Jato, entendeu, entretanto, que os novos processos não serão necessariamente de sua relatoria, pois os fatos narrados não guardam relação direta com a Lava Jato. O ministro encaminhou os casos para distribuição por sorteio entre todos os ministros da Supremo, com a exceção do presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Bolsonaro diz que “nada preocupa” em relação a Onyx
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou ontem (4) que “nada preocupa” em relação à abertura de um processo para apurar o suposto recebimento de doações de campanha não declaradas – caixa dois – envolvendo o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para Casa Civil, e a empresa J&F, proprietária do frigorífico JBS.
«Nada preocupa. Em havendo qualquer acusação robusta de irregularidade, estamos acertados com o ministro Moro [Sérgio Moro, que comandará o Ministério da Justiça e Segurança Pública], nós tomaremos uma providência», disse o presidente eleito durante entrevista coletiva.
Segundo Bolsonaro, qualquer providência só será tomada se houver acusações «robustas» envolvendo Onyx ou outros auxiliares.
A decisão de abrir o processo foi tomada ontem pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Bolsonaro, não há preocupação no momento. A abertura do procedimento para investigar a acusação foi uma iniciativa da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e trata-se de uma fase ainda preliminar de apuração.
Nota
À noite, Onyx divulgou nota em que afirma receber “com muita tranquilidade” a decisão de Fachin. De acordo com o ministro, será a oportunidade para esclarecer os fatos e a verdade de “forma definitiva”.
“Tal procedimento me dará oportunidade de esclarecer, com a verdade e de forma definitiva, perante o Poder Judiciário, as questões relativas ao fato, a exemplo do que já foi feito diante da opinião pública de meu estado e da sociedade brasileira.”