Inauguran en Brasil el acelerador de electrones Sirius, el «Maracaná de la ciencia»

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Inauguran en Brasil el acelerador Sirius, el «Maracaná de la ciencia»

En una ceremonia en Campinas, al interior de Sao Paulo, el presidente Michel Temer y el ministro de Ciencia y Tecnología, Gilberto Kassab, inauguraron la monumental edificación, cuyas medidas se comparan a las de un estadio de fútbol, por lo que coincidieron al decir que se trata del “Maracaná de la Ciencia” de Brasil.

“Siempre se dice que Brasil es el país del futuro. Pero yo digo que, ante esta inauguración y este proyecto consolidado, el futuro ya llegó a Brasil y llegó para agrandarlo” , celebró Temer durante el acto.

“Brasil pasa a integrar el selecto club de países que disponen de un acelerador de electrones de cuarta generación” , subrayó Temer, ya que el gigante sudamericano, junto con Suecia, son las únicas naciones en contar con equipos de esa clase.

En línea, Kassab destacó que el Sirius, edificado en 68.000 metros cuadrados -un área equivalente a la de un estadio de fútbol- “estaba entre las prioridades” del Ministerio de Ciencia y Tecnología y su entrega representa una “inmensa satisfacción” .

“Es como una carrera de automóviles, cada año alguien está al frente. Brasil indudablemente está en la ‘pole position’ con ese equipamiento”, aseguró el ministro. Agregó que, más allá de la comunidad científica, “quien gana es Brasil” , pues, a través del Sirius, diferentes “materiales orgánicos e inorgánicos” de los más diversos segmentos, como medicina, agricultura y electrónica, podrán ser conocidos “en profundidad”.

El proyecto Sirius será compuesto por tres aceleradores de electrones de cuarta generación, que generan una luz de altísimo brillo -conocida como sincrotrón- y que es capaz de revelar las estructuras de materiales como proteínas, virus, rocas, plantas y ligas metálicas, en acciones similares a las radiaciones de rayos X, pero en altísima resolución.

Iniciado en 2012 y tras cuatro años de obras civiles, el Sirius deberá ser concluido en el segundo semestre del año que viene, cuando empezará sus actividades como “ laboratorio abierto ” con 13 estaciones de investigación, cifra que podría ampliarse hasta los 38 terminales experimentales en los próximos años.

ABC


Primeira etapa do acelerador de elétrons Sirius é inaugurada

O presidente Michel Temer inaugurou nessa quarta-feira (14) a primeira etapa da construção do Sirius, o acelerador de elétrons considerado o maior empreendimento da ciência brasileira, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. O presidente disse que o Sírius vai ser exemplo para o mundo todo. “Se não tivéssemos feito nada no nosso governo, mas concluído o projeto que inauguramos hoje, já teríamos feito muito pelo país”.

“Sempre se diz que o Brasil é o país do futuro. Eu diria que, face a essa inauguração, o futuro já chegou. O Brasil, o estado de São Paulo, a ciência e Campinas engrandeceram”, disse o presidente. Temer destacou que o projeto, totalmente nacional, contou apenas com fornecedores brasileiros. “Presenciamos um Brasil que avança a passos largos, e passa a integrar o seletíssimo grupo de países que dispõem de um acelerador de elétrons de quarta geração”, declarou.

Nesta fase do projeto foram concluídas as obras civis e o prédio que abriga a infraestrutura de pesquisa. Dois dos três aceleradores de elétrons estão concluídos. Esses equipamentos geram a luz síncrotron, de altíssimo brilho, capaz de revelar estruturas de materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas, em alta resolução.

Com a tecnologia, feixes de elétrons com espessura 35 vezes menor que um fio de cabelo são acelerados até atingir velocidade próxima à da luz, de 300 mil quilômetros por segundo. Os elétrons viajam em túneis de ultra alto vácuo, guiada por mais de mil ímãs, numa circunferência de 518 metros. Isso pode trazer avanços nas áreas da saúde, agricultura, energia e meio ambiente.

Os conhecimentos adquiridos a partir desse equipamento permitirão avanços em áreas como as de eletrônica, nutrição, meio ambiente, energia, arqueologia, segurança, medicina, entre várias outras. Será um laboratório aberto à comunidade científica internacional porque sabemos bem que as grandes descobertas são obras de grandes parcerias”, disse ele ao destacar a atração que o empreendimento terá, também, para o setor industrial.

De acordo com o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, Antônio José Roque, os benefícios do laboratório vão bem além da análise de materiais orgânicos e inorgânicos. “Esse projeto envolve também a formação de recursos humanos, tanto dos profissionais ligados ao projeto como de pessoas que vão se utilizar dele”.

Cronograma

A nova etapa do projeto está prevista para o segundo semestre de 2019, com a abertura das seis primeiras estações de pesquisa. O projeto completo inclui outras sete estações, denominadas “linhas de luz, que entram em operação até 2021. Entretanto, o modelo foi desenhado para permitir upgrades no futuro, que permitem ampliação para até 38 estações experimentais.

Estrutura

O Sirius fica num prédio de 68 mil metros quadrados, o equivalente a um estádio de futebol. Tem altos níveis de padrões de estabilidade mecânica e térmica. Para garantir estabilidade e prevenção de vibrações, foi necessário que o piso se constituísse em uma única peça de concreto armado de 90 centímetros de espessura e precisão de nivelamento de menos de 10 milímetros. A temperatura também não varia mais que 0,1 grau Celsius.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que o feixe de luz começa a circular a partir de hoje em fase experimental. Na próxima semana, os cientistas ocuparão as suas salas nos laboratórios e instalações de pesquisa, que serão abertos às comunidades científica e industrial. A pesquisa efetiva terá início no próximo ano.

Para o ministro da Educação, Rossieli Soares, o Sírius é o Maracanã da pesquisa e tecnologia. “Temos aqui uma sementinha plantada para a instituição de ensino superior, para a formação de profissionais, cientistas, que vão contribuir para o crescimento do nosso país”.

Financiado pelo Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Sirius foi orçado em R$ 1,8 bilhão. Até agora, cerca de R$ 1,12 bilhão foram repassados para o projeto, sendo R$ 282 milhões em 2018.

*Da Agência Brasil

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